Janela Publicitária    
 
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Janela Publicitária - Edição de 22/MAI/2015
Marcio Ehrlich

 

Prefeitura do Rio oficializa vencedoras da sua concorrência

O Diário Oficial do Município do Rio publicou na última quarta-feira, 13 de maio, o resultado oficial da concorrência nº 03/2014, pela conta publicitária da Prefeitura, definindo formalmente a Prole, a Binder+FC e a Propeg como as vencedoras nos valores individuais de R$ 50 milhões, perfazendo o valor total de R$ 150 milhões.
A expectativa das vencedoras é de que, em até dez dias úteis, os contratos estejam assinados.

Presente para o Prefeito
Classificação
Técnica
Licitante Proposta de Preços
(% de honorários)
Prole 9%
Binder+FC 9%
Propeg 10%
Agência 3 9%
Nova S/B 9,9%
Africa São Paulo 10%
Artplan 10%
Agência Nacional 9%
Giacometti 10%
10º Havas Worldwide 5%
11º Eugênio 10%
12º Script 5%
13º Agnelo Pacheco 10%
14º Tática 5%
A nota oficial registrou também que as mesmas trabalharão com percentuais de honorários de 5% sobre materiais não veiculados. O valor se deve às três terem tido que reduzir suas propostas para aquele valor, o mais baixo entre os apresentados pelas licitantes. A tabela com estes percentuais já havia sido publicada no Diário Oficial de 7 de abril último (esta aqui ao lado).
As propostas de 5% das agências Havas, Script e Tática foram muito criticadas nos bastidores por empresários cariocas do setor, em conversa com a Janela. Segundo o dirigente de uma entidade do mercado, abaixar os percentuais não ajuda mais ninguém a ganhar concorrência pública, só beneficia o contratante e prejudica a rentabilidade das agências vencedoras, o que acaba sendo ruim para o mercado.
A prática é resquício de época em que, nas concorrências de governo, a pontuação das agências levava em conta, com pesos semelhantes – e em um mesmo momento --, a parte técnica e a proposta de preço.
Atualmente, como foi no caso da Prefeitura do Rio, as propostas de preço são abertas apenas após definida a pontuação técnica, sendo dada, às agências melhor colocadas nesta fase, a oportunidade de baixar os seus próprios percentuais para não perderem ponto no final. Como acabaram fazendo Prole, Binder e Propeg, que esperavam ter honorários entre 80% e 100% maiores com a conta.
Pode ser uma boa oportunidade para alguma das muitas entidades do setor publicitário distribuir uma orientação ao mercado, atualizando os donos de agências sobre as novas regras.
O que diz o CENP
Estes honorários sobre materiais não veiculados referem-se a folhetos, livros, projetos especiais etc. E sobre eles, o CENP não estabelece percentuais mínimos.
Até por isso, pelo que sabemos, a Prefeitura também já vinha trabalhando com o percentual de 5% no contrato anterior com as agências Prole, Binder e Agência Nacional.
Quando a peças destinadas a veiculação, os honorários de mídia e de produção são estabelecidos pelo CENP, que determina que a comissão sobre o valor do veículo -- no caso de verbas como a da Prefeitura -- pode chegar a 15%, enquanto que sobre a produção destas peças -- como filmes e anúncios -- os honorários podem cair até mesmo a 0%.

Pesquisa aponta que clientes do Rio estão pessimistas

Uma pesquisa encomendada pelo capítulo carioca da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap-Rio) apontou um cenário pouco animador para o setor publicitário carioca nos próximos meses. Pelos resultados -- obtidos pela UP-Ulrich Pesquisa e Marketing com 30 anunciantes da iniciativa privada e pública --, os clientes do Rio de Janeiro estão muito pessimistas em relação à economia, com grande possibilidade de reduzirem as suas verbas de comunicação neste ano. A pesquisa foi apresentada esta quarta-feira, 20/05, em encontro fechado para associados da entidade na Casa do Saber, na Zona Sul do Rio.
Entre os aspectos que mais incomodaram os donos de agências presentes foi ouvir que muitos clientes esperam que, neste momento de crise, suas agências se disponham a trabalhar mais e conseguir mais resultados com menos verba. Ou seja, com menos rentabilidade, inclusive. Uma "parceria na alegria e na tristeza", como disse textualmente um dos entrevistados pelo instituto. A promessa é que, as agências que souberem se manter próximas de seus clientes nesta hora serão recompensadas quando a crise terminar.
Para as agências de grande porte, a pesquisa revelou um aspecto ainda mais preocupante. Clientes grandes declararam ressentir-se do afastamento que suas agências têm mantido nesta hora. Não por acaso, entre as soluções apontadas por eles para garantir mais atenção neste momento de contenções estaria passar a trabalhar mais com agências de pequeno e médio porte -- ou de expertises diferenciadas --, dividindo sua verba de comunicação.
Outro aspecto curioso é o interesse que os anunciantes demonstraram pelas redes sociais como alternativa para uma mídia barata. Apesar de a maioria ainda acreditar que a TV aberta é a que oferece os resultados mais mensuráveis, seus custos estão se tornando proibitivos para quem está controlando investimentos publicitários. Daí a solicitação de que as agências aprendam mais sobre como atingir os consumidores através da internet.

Gigio expõe no Iate Club seu amor pelo Rio de Janeiro

Arcos da Lapa, por Gustavo Gigio
Os Arcos da Lapa, por Gustavo Gigio
Quis o destino que, no mesmo dia em que o publicitário e artista plástico Gustavo Gigio inaugurava a sua exposição "Esta Cidade é Muito Maneira", o Rio de Janeiro dava um banho de água fria nos cariocas, com mais um assassinato de um ciclista, desta vez na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Não por acaso, o próprio artista desabafou em seu Facebook de que perdeu o ânimo de postar as fotos do vernissage, porque "esta cidade está deixando de ser maneira".
Claro que é uma pena tudo isso ter acontecido, porque o Rio de Janeiro mereceria ser mais cuidado, assim como a exposição dos trabalhos de Gustavo Gigio merece ser prestigiada. Seus trabalhos denotam um enorme amor pela cidade, registrando com seu traço peculiar aqueles pontos que todos identificam como sendo inquestionavelmente cariocas.
Formado em Desenho Industrial pela Puc-Rio, Gigio já trabalhou com Joaquim Redig e Marilu Schneider, duas feras do design carioca. Rodou por Curitiba e Juiz de Fora e, no Rio, foi cria da Next, depois Quê/Next, Quê e atualmente NBS. Saiu da agência em janeiro deste ano e desde então vem trabalhando nessa linha de ilustrações do Rio, com a série Essa Cidade é Muito Maneira e com as homenagens aos grandes nomes do futebol, Zico, Fred, Garrincha, juninho Pernambucano, entre outros.
A exposição estará até 24 de maio no Iate Clube do Rio de Janeiro (Av.Pasteur, 333 - Urca).

A vida leva de 30 a 90 segundos para a propaganda

Admito que gostei muito, quando assisti na TV, do novo comercial da Vivo para seu produto 4G, criado pela agência África, propondo que "A vida passa na velocidade 4G. Viva intensamente cada minuto". Com bom roteiro e muito bem produzido pela Killers, até quis ver de novo.
Mas aí um leitor da Janela me alertou que poderia lembrar de um comercial de 2010 da seguradora John Lewis, em que a personagem também passa da infância à velhice em um minuto e meio.
Na hora lembrei também do comercial do XBox, da Microsoft, premiado com ouro em Cannes mostrando uma vida do parto à cova. E que, curiosamente, acabou banido da TV de vários países porque foi considerado "ofensivo, chocante e de mau gosto". Ele propunha "Life is Short. Play More".
Ou seja, são variações sobre o mesmo tema. Os publicitários realmente gostam de contar vidas inteiras em seus comerciais. Aí vão, então, os três comerciais -- todos ótimos, aliás --, para os nossos leitores conferirem.
Aliás, alguém lembra de mais algum?
N.R.: O criativo Gustavo Bastos, da 11:21, mandou o dele também, para o colégio Eliezer Max, em que o tempo igualmente passa para o personagem durante o movimentação da câmera. Incluímos na matéria.
Novo comercial da África para a Vivo tem "For Once in My Life" regravado.
No comercial da John Lewis, a trilha é "She's Always a Woman", de Fyfe Dangerfield.
Leão de Ouro em Cannes, comercial da XBox foi banido em vários países.
No comercial da 11:21, como são só 20", o garoto só vai até a adolescência.