Janela Publicitária    
 
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Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 17/ABR/2015
Marcio Ehrlich

 

Chapa de José Luis Vaz concorrerá sozinha ao CCRJ

José Luis Vaz será o novo presidente do CCRJ
Com o prazo para inscrições encerrado no final da última sexta-feira, 10/04, apenas a chapa liderada pelo criativo José Luis Vaz se candidatou para suceder a diretoria de Luis Claudio Salvestroni no Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ).
Assim, José Luis pode se considerar virtualmente como o próximo presidente do clube, tendo ao seu lado Bob Ferraz (NBS) como vice-presidente.
A chapa montada pela dupla recebeu o nome de "Somos Todos Criativos", inspirada em ter na sua composição nomes de diversas origens profissionais, como agências, produtoras, veículos e anunciantes. Na verdade, nem houve distribuição de cargos. Os nomes serão distribuídos no organograma assim que os trabalhos da nova diretoria começar. Aqui estão eles.
Presidente: José Luis Vaz (Agência3)
Vice-Presidente: Bob Ferraz (NBS)
Diretores: Ana Couto (Ana Couto Design), Antonio Carlos Accioly (A+Movie&Art), Daniel Brito (FCB Brasil), Fred Moreira (Artplan), Hugo Godinho (InPress), Lucas Duque (Sonido), Luis Claudio Salvestroni), Hamdan (Studio H), Márcio Morgade (Agência3), Márcio Werneck (Coca-Cola), Micarlos Medeiros (Publiká7 (Rio das Ostras)), Natasha Maasri (Ogilvy), Otto Pajunk (Africa Rio), Pedro Ganem (Rádio Ibiza), Rafael Liporace (A Vera), Renata Granchi (Record Rio), Ricardinho Weitsman (Artplan), Sergio Lobo (NBS), Taciana Abreu (WMcCann)
Conselheiros: André Lima (NBS), Clóvis Speroni (Agência3), Fábio Seidl (Lapiz/Leo Burnett), Gean Martinez (Winnin), Paco Conde (BBH Londres), Washington Olivetto (WMcCann).
E aqui está a plataforma distribuída pela chapa:
Chapa Somos Todos Criativos

O Rio é uma cidade criativa. Para ser mais objetivo, o Rio é considerado a maior economia criativa do Brasil.
Vemos isso na moda, na arte, na música, no design, no cinema, na tecnologia e na publicidade.
Numa cidade tão criativa, A nossa criatividade não pode ficar restrita em um só segmento. Queremos ir além. Não queremos apenas ser um clube de publicitários. Até porque a maioria dos publicitários não é só isso. Publicitário também tem banda, pinta, ilustra, faz projeto social, faz roupa, escultura, faz aplicativo, faz inovação.
Queremos reunir todas essas vertentes e também toda a indústria criativa latente no Rio num só projeto.
Queremos beber de todas as fontes, aprender, trocar ideia e mostrar essa mistura para o mundo. Porque a boa propaganda se alimenta de tudo isso.
Publicidade, arte, moda, start-up, música, cinema, projetos sociais, tecnologia e inovação. O que o mundo admira em nós tem que ser disseminado através do Clube.
E não queremos mostrar apenas o melhor que está aqui. Queremos mostrar a cultura criativa carioca que ganhou asas e saiu do Rio. Gente criativa que está em outras cidades, em outros países, mas que leva o nome e o jeitinho carioca nas suas criações. Gente que representa o que temos de melhor: nossa criatividade! Queremos aproximar esse pessoal do clube, fazendo essa fusão de experiências.
Queremos ser mais internacionais, mais globalizados. Nos abrirmos mais para outros mercados. Trocar experiências com russos, espanhões, franceses, ingleses e até com os hermanos.
Faremos um clube democrático, mais globalizado, mais feliz. Como essa cidade é.

Escândalo da Borghi escancara crise na relação agência-cliente no Brasil

No Cash
A forçada oficialização da existência do BV de produtoras, a partir da revelação dos pagamentos que a agência BorghiLowe estava orientando seus fornecedores a fazerem para empresas ligadas ao PT, não evidencia apenas as distorções com que o país tem convivido com a corrupção nas esferas das contas governamentais. Mais que isso, a confirmação de que há agências que recebem não somente BV de veículos -- o que já era admitido publicamente -- como de produtoras, mostra a fragilidade com que trabalham as agências de comunicação no Brasil, sendo muitas delas obrigadas a se remunerar através de mecanismos sub-reptícios e não pela forma que se esperaria acontecer em qualquer relacionamento comercial entre empresas: quem contrata é que tem que pagar condignamente pelos serviços prestados.
Definir agora de quem é a culpa fica um pouco mais complicado. Por seu lado, as grandes agências sempre fizeram questão de defender a superdefasada Lei 4.680, para garantirem que os anunciantes de governo -- hoje provavelmente os principais clientes do país -- fossem obrigados a respeitar os comissionamentos de veiculação e de produção previstos na legislação. Vale lembrar que em praticamente todos os principais mercados internacionais, comissionamento é letra morta. Agências se remuneram por fees e participação em resultados dos trabalhos que prestam.
O Brasil, no entanto, chega a ter um órgão -- o Conselho Executivo das Normas Padrão (CENP) -- que teoricamente fiscalizaria que nenhuma agência deixaria de cumprir as regras nos seus relacionamentos comerciais com os clientes.
Só que -- como é comum acontecer no Brasil --, as coisas são feitas para inglês ver. O resultado é que, acomodados por confirmarem que seus prestadores de serviço publicitário não precisam ser remunerados por eles e sim pelos BVs dos grandes veículos, os anunciantes passaram a, cada vez mais, entubar nas suas agências pedidos infindáveis de trabalhos -- além de outras atividades como compra de pesquisa de mídia etc. --, criando um mecanismo que há anos empurra os empresários de agências a rebolarem para não perderem rentabilidade. E, o que é pior, até a serem forçados a distorcer planejamentos para não levar seu negócio rumo ao prejuízo. Como não querer que uma agência sonhe em fazer filmes de TV, em vez de um conjunto de estratégias digitais, por exemplo, quando se sabe que a Rede Globo paga BV -- e agora ficou claro que as produtoras também -- e os sites de internet não?
A insistência em se tapar o sol com a peneira, neste momento, leva a situações curiosas. O colunista Adonis Alonso pubicou esta quarta-feira a matéria "Tinham passado por cima do tema BV", na qual conta que tanto a BorghiLowe quanto a Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais (APRO) negam a existência da prática.
Por outro lado, em matéria que já chegou à grande imprensa, a produtora Conspiração foi clara em admitir que pagou sim, porque a agência BorghiLowe pediu.
Onde isso vai dar?
A Janela já está entrando em contato com as lideranças publicitárias do mercado carioca para discutir o assunto que não está mais restrito ao trade publicitário.

Conta da Casa & Vídeo volta para a Artplan

Um dos trabalhos que a Artplan fez para o cliente na primeira fase da conta.
A Casa & Vídeo deixou a Borghi Lowe do Rio, para voltar à carteira da Artplan, onde esteve de agosto de 2011 -- logo após a Casa & Vídeo fechar a sua agência interna -- até maio de 2013.
Dois anos depois, o cliente abriu nova concorrência -- da qual teriam participado, além daquelas duas agências, a Agência3 e a NBS -- e decidiu voltar para a Artplan.
Segundo amigos da Janela que já trabalharam com a Casa & Vídeo, o cliente não é considerado de grande rentabilidade. O vício de ter tido algumas vezes house-agency leva a sua diretoria a apertar mais do que o recomendado as agências com que trabalha.
Atualmente, pelo que soubemos, o fee mensal, não considerando a produção dos encartes, estaria abaixo dos R$ 100 mil.

Inferno Astral

A BorghiLowe parece estar vivendo um dos momentos mais complicados da sua história. A notícia da perda da conta vem na semana seguinte à prisão do seu ex-vice-presidente em Brasília, Ricardo Hoffmann, envolvido em repasse de BVs de produtoras para empresas ligadas ao PT. Tanto a Caixa Econômica Federal quanto o Ministério da Saúde chegaram a noticiar que estariam suspendendo os pagamentos à BorghiLowe até o esclarecimento das acusações.
De qualquer forma, a saída da Casa & Vídeo surpreendeu o mercado, que vinha vendo de forma muito positiva o trabalho criativo da equipe do diretor de criação Eduardo Salles para o cliente, tanto nos encartes quanto em comerciais de televisão.
O trabalho mais recente da agência utilizava, como personagem, de forma divertida, o compositor e cantor Mr.Catra, conhecido também por ter 25 filhos naturais e três adotivos. No comercial, a Borghi brincava: "O Papai chegou!".

CCSP assume que São Paulo é o centro do país e se declara nacional

O novo logo do CCSP não fala mais em São Paulo
Aproveitando a comemoração dos seus 40 anos, o Clube de Criação de São Paulo (CCSP), presidido pelo carioca Fernando Campos, decidiu mudar de nome, passando a se chamar apenas "Clube de Criação" para ser visto a partir de agora como uma entidade nacional.
Em matéria no novo site www.clubedecriacao.com.br, estão registradas as palavras de Campos no seu discurso:
"Há muito tempo, diversos criativos comentavam: 'mas por que Clube de Criação de São Paulo, por que não apenas Clube de Criação?'. E, na prática, não éramos mesmo o Clube de Criação de São Paulo, mas o Clube de Criação de todo o Brasil. O D&AD não é chamado D&AD de Londres, apesar de estar sediado em Londres", disse Campos. "Com a chegada dos 40 anos, achamos que era o momento certo de mudar."
Esta não é a primeira tentativa de haver uma entidade nacional de criativos. Nos anos 70, Pedro Galvão presidiu por um tempo um Conselho Nacional dos Clubes de Criação, que realizou no Rio o 1º Encontro Nacional de Criação, evento coberto pela Janela (veja aqui)
Naturalmente, a decisão pegou de surpresa os criativos de outros mercados. A Janela aproveitou para começar a pedir depoimentos de lideranças do Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ) sobre o que acharam da novidade e o que sobra para a entidade do Rio neste processo.

Luis Claudio Salvestroni, atual presidente do CCRJ

Luis Claudio SalvestroniO CCRJ, assim como todos os Clubes regionais, continua com a mesma força e representatividade. Existem necessidades e relações muito estreitas com o mercado local e com os profissionais que representamos que mantém a importância da existência do CCRJ. O fato do Clube de Criação (de São Paulo) assumir um papel nacional não diminui em nada o nosso, muito pelo contrário, vejo uma grande oportunidade de aproximação entre as duas entidades pois para se ter representatividade nacional há que se ouvir os regionais. Somos organizações independentes mas com portas abertas para trocas de ideias. Eu compartilho do mesmo pensamento que o Clube de Criação no que diz respeito a abertura de não sermos apenas para publicidade mas para todas as mentes criativas. Lá aconteceu primeiro, aqui pode acontecer amanhã, dependendo apenas da vontade de se investir mentalmente e financeiramente em um desejo comum em todos nós.
E o Rio de Janeiro, com toda força cultural e histórica que tem em seu nome, com toda sua importância nacional, influenciadora de ideias, tendências e comportamentos, merece ter um Clube com as letras RJ.
Dou os parabéns ao Fernando Campos e toda sua diretoria pela ousadia da mudança e apostarei em todos seus projetos megalomaníacos, e desejo também um grande sucesso a todos os Clubes Criativos do Brasil.

Gustavo Bastos, presidente entre 1990 e 1992

Gustavo BastosAcho difícil o posicionamento vingar. Por mais que o CCSP seja uma referência para todo o Brasil, ele é o Clube de Criação de São Paulo.
Isto pode ser um estímulo para o CCRJ, afinal, nada como a concorrência para estimular a gente, certo? O próximo presidente tem que aumentar a prersença co CCRJ na vida dos profissionais do Rio. Desafio bom para o José Luis Vaz. E pode contar comigo...

José Luis Vaz, próximo presidente do CCRJ

Todos nós sabemos que o mercado de São Paulo é feito de paulistas, cariocas, gaúchos, cearenses, curitibanos, baianos. Gente de todo Brasil. É um mercado que recebe bem e dá oportunidades a quem quer que tenha talento.
Sem discriminação de origem.
Desde que eu me conheço como publicitário eu vejo o Rio de Janeiro, Porto Alegre, Minas, enfim todos os estados que tem um Clube de Criativos ou não, inscreverem suas peças no Anuário do CCSP. Mas nunca vi o Rio inscrever peças no Clube de Minas ou do Paraná e vice versa.
Isto só demonstra que o CCSP tem toda legitimidade de virar o CC com uma representatividade nacional reconhecida por criativos de todo Brasil.
Apoio totalmente a mudança que o Fernando Campos realizou. Porque consigo ver algo a mais nessa mudança.
Algo muito bom para os outros Clubes de Criação.
Com um Clube de Criação Nacional, os outros Clubes não vão morrer ou ficar em segundo plano. Muito pelo contrário. Acredito que agora teremos um Clube forte que vai olhar pelo Brasil inteiro e não mais apenas pelo mercado de São Paulo.
E como ele pode fazer isso?
Unindo forças com todos os Clubes de Criação do Brasil. Trabalhando por um Brasil mais criativo. Fazendo projetos nacionais que ajudem a melhorar nosso Mercado como um todo.
Com um Anuário Nacional, quem sabe poderemos até ter um juri Nacional. Com mais trabalhos sendo inscritos, representando cada vez mais a criatividade brasileiral. Todos temos a ganhar.
Claro que isso é apenas achismo meu. Mas quem sabe acontece. :)

A discussão está aberta. Fiquem à vondade de participar, leitores.

11:21 combate o racismo para a Voz da Comunidade

Uma das peças da campanha, para publicação em jornal.
A 11:21 está veiculando uma nova campanha para a Voz da Comunidade, jornal e portal do Complexo do Alemão, que a agência atende desde a pacificação da comunidade.
Desta vez, para atacar o racismo, as peças propõem uma "pegadinha" ao mostrar uma família com traços orientais, mas tendo com eles um negro na foto. O título sugere que "tem uma pessoa nesta foto que não deveria estar aí", mas o texto esclarece que a estranha é a Priscila, "que torce por um time enquanto todos torcem por outro”. O conceito é de que o racismo pode estar "mais dentro de você do que parece".
O esforço, conta Gustavo Bastos, diretor de criação da 11:21, terá materiais impressos, filme e peças para redes sociais.
Ficha técnica:
Criação: Gustavo Bastos, Robson Oshiro
Foto: Shutterstock
Atendimento: Diego Crisostomo
Produção filme: Onzevintewood
Midia: Bianca Brandão
Finalização: Alex Maia
Aprovação: Rene Silva

Gente Que Vai e Vem

Mariana Louzada
Mariana Louzada
Agência3 (Rio - RJ) - A redatora Mariana Louzada volta à criação da agência. Ela, que começou a carreira vencendo um Clube do Futuro do CCRJ, em 2011, também já passou pela Nova e pela Pereira & O'Dell e, na Binder, foi uma das criativas da peça "Pequeno Furo", que ganhou Colunistas e Leão de Bronze em Cannes em 2013. (16/04/2015)