Sindicato de Publicitários quer reajustes de 8 a 10% no Rio
Com a data do dissídio anual dos publicitários se aproximando -- será dia 1º de novembro --, os Sindicatos dos Publicitários e das Agências de Publicidade do Rio de Janeiro já começaram a debater de quanto será o reajuste concedido à classe este ano.
Esta quinta-feira, 9 de outubro, representantes das duas entidades vão se encontrar para tentarem chegar a um acordo. Em conversa com a Janela, o ex-presidente e atual diretor financeiro do órgão representativo dos profissionais adiantou que, na assembléia que tiveram em 16 de setembro, os publicitários resolveram pedir reajustes salariais entre 8 e 10%, nesta escala:
• Até R$ 2.000,00: 10% de reajuste
• De R$ 2.001,00 a R$ 5.000,00: 9%
• De R$ 5.001,00 a R$ 10.000,00: 8%
• Acima de R$ 10.001,00: 8% sobre R$ 10.000,00
Além disso, o Sindicato dos Publicitários quer elevar o piso salarial e do ticket-referição, com reajustes de 10%. Neste caso, porém, os valores dependerão da área de atuação do profissional e da região em que a empresa está situada, considerando "Área Administrativa" atividades como secretaria, financeira etc, e "Área Técnica" as atividades de criação, produção, atendimento e mídia.
Assim ficariam os pisos, segundo a reivindicação dos profissionais: | Região Metropolitana | Grande Rio | Área Administrativa | R$ 942,00 | R$ 883,00 | Área Técnica | R$ 1.413,00 | R$ 1.119,00 | Ticket Refeição | R$ 27,00 | R$ 17,00 | O presidente do Sindicato das Agências de Publicidade do Rio, José Calazans, confirmou a presença do grupo de trabalho de sua entidade na reunião de quinta-feira, mas não adiantou qual será a contra-proposta dos empregadores.
Mesmo sem associação, contatos comemoram seu dia no Rio
| Enio Santiago: em busca da ata da ACVC! | A Associação dos Contatos de Veículos de Comunicação do Rio (ACVC) pode não existir mais há alguns anos, mas o almoço de confraternização do Dia dos Contatos, comemorado em 21 de outubro, continua acontecendo desde 2006, graças ao esforço de profissionais da área como Enio Santiago e Paulo Santos (Gestão de Negócios) e Ozimar Galdino (Record).
Este ano, o encontro – um almoço -- está marcado para o dia 20 de outubro, segunda-feira, a partir das 12:30h. no Espaço Candelária, no prédio da Associação Comercial do Rio (Rua da Candelária, 9/13º andar.)
A adesão é de R$ 65,00, com direito a buffet e refrigerantes, sem cobrança de 10% de serviços!
O evento está criado no Facebook, onde os contatos de veículos podem conseguir mais informações (Procure AQUI o dia 20 de outubro ou fale com o Enio Santiago no FB).
Ano passado, no Real Astória, o Almoço do Dia dos Contatos chegou a reunir 200 profissionais da área e de mídia das agências.
CADÊ A ATA DA ACVC?
Quando retomou o programa de comemorações, em 2006, o grupo liderado por Enio Santiago imaginava reabrir formalmente a Associação de Contatos de Veículos de Comunicação do Rio, como ele próprio chegou a declarar para a Janela na época.
De lá para cá, no entanto, a boa vontade deu lugar à desilusão, porque ninguém até agora conseguiu descobrir onde estão os documentos da associação, desaparecidos desde a morte de Adhemar Gonçalves, o líder do setor desde os anos 80. Enio conta que até buscas em cartórios foram feitas, sem sucesso.
Mas como a própria Janela é testemunha de que o mercado publicitário, neste século 21, também não está muito em climas de fortalecimento a associações -- praticamente todas estão enfraquecidas ou só vivem de organizar premiações --, ficou pelo menos entre eles desejo de reunir a classe nos almoços, para festejar a data criada pelo publicitário Aroldo Araújo há mais de 40 anos.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Enio lamenta a inexistência da ACVC até como força mobilizadora do fortalecimento do setor. Diz ele que chegou a tentar criar cursos de formação de profissionais de atendimento de veículos em algumas faculdades, mas sem sucesso.
Quem sabe, neste encontro do dia 20, os contatos de veículos, reunidos, desmintam o pessimismo da Janela e decidam -- se não tem Ata antiga -- criar uma nova entidade que os represente e brigue pela valorização da sua classe.
Como deverá ser o perfil das agências no futuro?, por Jadna Rodrigues
| Jadna Rodrigues | A Burson-Marsteller, uma das maiores redes globais de consultoria de Comunicação Corporativa e Relações Públicas, com presença nos cinco continentes, realizou na Espanha um estudo bastante interessante para o perfil das agências no futuro. A instituição entrevistou 25 diretores de Comunicação de grandes empresas no país – como Accenture, Santander, Siemens e Merck – para saber deles quais serão os futuros desafios e o que esperar das agências até o ano 2025.
Que habilidades e conhecimentos serão necessários para ser uma agência competitiva? Que novos serviços serão demandados às agências e qual será o perfil ideal para elas no futuro?
As mudanças têm sido tão grandes e tão rápidas que é difícil prever com exatidão, mas o que todos garantem é que a relação entre as áreas de Comunicação das empresas e suas agências vai passar por grandes mudanças.
• Especializar para diferenciar
A necessidade de buscar especialização como uma forma de diferenciar-se é um dos pontos altos. Serão mais necessárias as agências especializadas em um campo temático, como, por exemplo, tecnologia, saúde, turismo, política etc. ou especialistas em serviços específicos: assessoria para comunicação de crise, lobby, análise de informação e tendências etc. Hoje a maioria delas oferece mais do mesmo.
• Serviços 2.0 e tecnologia de ponta
A tendência é que as campanhas tomem um caminho cada vez mais virtual e viral. Para desenvolvê-las, as agências deverão comunicar a marca dos seus clientes em todos os tipos de plataformas. Por isto, serão valorizadas aquelas que estejam antenadas com as novas tecnologias e aptas a trabalhar em mídias sociais.
• Reputação da marca
Por falar em campanha, espera-se cada vez mais o aumento na demanda relacionada com a gestão da reputação da marca – em detrimento à oferta de produto ou serviço – para os diferentes stakeholders, assim como o gerenciamento de crise no segmento online.
• Agilidade
Agilidade desponta como a palavra-chave para o futuro. Se informação é poder, hoje o consumidor está cada vez mais poderoso e se comunica de maneira cada vez mais veloz por meio das mídias sociais. Ele deixou de ser um mero receptor para tornar-se também um emissor – e as empresas deverão estar aptas a respondê-lo em igual velocidade.
Uma solução a ser proposta pelas agências é o serviço in company. Assim, elas poderão acompanhar melhor o dia a dia dos seus clientes, oferecendo-lhes agilidade na reação frente a determinadas situações, na reestruturação de estratégias e, assim, mais valor.
• Consultoria estratégica
Espera-se que as agências ofereçam mais do que seus clientes esperam delas e os surpreendam propondo novas plataformas de comunicação e tipos de mensagens a serem veiculadas. Por isto, a consultoria estratégica é um serviço que também parece ter seu espaço garantido no futuro.
• Geração de conteúdo
Além da criatividade, a novidade no perfil das agências será a geração de conteúdo. Será necessária uma comunicação que trabalhe a reputação da marca ou da empresa para fomentar uma geração constante de conteúdos atrativos e de interesse (storytelling) através de canais adequados e até inusitados. Os usuários confiam cada vez menos na informação vinda dos tradicionais formatos pagos.
• Orientação a resultados
O estudo aponta que a principal crítica dos executivos de comunicação em relação às agências é a falta de proatividade por parte delas. Afirmam que, na maioria das vezes, são eles que orientam e dirigem quase todo o trabalho a ser feito. O que eles esperam é que elas sejam mais executoras – além de proativas e ágeis – na detecção de demandas para que possam apresentar novos caminhos e ir além dos planos de comunicação já pensado por eles.
Terá futuro aquela agência que valorizar a flexibilidade, a agilidade na capacidade de reagir e responder, mesmo mediante o volume e a rapidez em que a informação circula – agora não mais gerada apenas pela empresa ou pela imprensa, mas também por seus usuários e stakeholders.
Mistério no sumiço da agência ToME Group
Quem souber o que aconteceu com a agência ToME Group Mídia e Publicidades Ltda., que já atendeu clientes como Orlean, Volvo, Michelin, ThyssenKupp, Jac Motors, Sinaf e outros, por favor conte para a Janela, porque há várias pessoas do mercado também querendo saber.
A empresa, que vinha sendo comandada por Jacinto Romeu Masip, demitiu um grande número de funcionários no primeiro semestre deste ano e, atualmente, seu telefone e seu site estão fora do ar, a página do Facebook desatualizada e no Google não se encontra nenhuma informação atual. Em 2010, os releases da agência citavam que ela estava "presente em 10 cidades na Europa e EUA" e no Brasil possuia escritórios no Rio de Janeiro e Curitiba.
Ex-funcionários da agência também relatam a mesma dificuldade, inclusive para poderem receber valores atrasados de salários, segundo soubemos.
A ToME, que já contou com profissionais significativos do mercado carioca, chegou a absorver a premiada empresa de marketing digital Zign em 2012, mas já vinha há tempos enfrentando dificuldades financeiras. Em 2013, pelo que encontramos na Internet, seus sócios New Millenium Market Sociedad Limitada e Giuseppe Donaldo Nocosia reduziram o seu capital social alegando "prejuizos operacionais e não operacionais acumulados em exercicios precedentes (...) decorrentes e próprios do insucesso de operações comerciais da sociedade".
Apesar de não podermos afirmar ser a mesma pessoal, uma busca no Google pelo nome de Jacinto Romeu Masip localiza um empresário ligado a negócios na Espanha, como o Laboratório Perez Gimenez.
Com Dilma ou Aécio, contratos da Petrobras devem ser prorrogados
| Última grande campanha da Petrobras foi em 2013, para comemorar seus 60 anos. | Se a Petrobras não quiser correr o risco de ficar alguns meses sem agência de publicidade, terá que renovar em janeiro, ao menos por mais um ano, o contrato com as suas agências FCB Brasil, Heads e NBS.
As três foram as vencedoras da licitação que começou em outubro de 2013, foi oficializada em 21 de janeiro deste ano e culminou em 31 de janeiro com a assinatura de um contrato que iniciava-se em 1º de fevereiro, no valor de R$ 110 milhões para cada uma, pelo período de um ano, renováveis por períodos iguais e sucessivos até o limite de 5 anos.
Como as datas acima demonstram, são necessários pelo menos quatro meses para um órgão do porte da Petrobras mudar de agências. E como a empresa este ano acabou sendo restringida em sua publicidade -- inclusive de produtos -- por conta do período de campanha eleitoral, não pode se dar ao luxo de passar mais alguns meses de 2015 fora da mídia.
Aliás, situação semelhante deve acontecer também com outras contas do Governo Federal cujos contratos estejam vencendo nos próximos três meses.
Laclau substitui Rangel no comando da DPZ-Rio
| Raphael Laclau | Acabou sendo confirmado o boato que vinha correndo pelo mercado já há alguns meses, de que Ronaldo Rangel estava em vias de deixar o cargo de diretor geral da DPZ-Rio. A agência confirmou a mudança esta semana, informando que em seu lugar assume Raphael Laclau, diretor de atendimento e planejamento.
Ronaldo estava na DPZ há 25 anos, sendo o comandante do escritório desde março de 2001, quando substituiu a Edeson Coelho na função.
O publicitário também é presidente da Associação Brasileira de Propaganda (ABP), cumprindo o seu segundo mandato à frente da entidade.
A DPZ também está noticiando a conquista da conta, para o Rio, da empresa de cosméticos Embelleze.
Gente Que Vai e Vem
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Charles Nobili
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FCB Brasil (Sao Paulo - SP) - O carioca Charles Nobili, que já está radicado em São Paulo há vários anos, é o novo Diretor de RTV da FCB Brasil. Com 22 anos de experiência na área, ele assume o departamento composto por quatro pessoas.
Formado em Comunicação pela Facha, no Rio, ele vem da produtora Vetor Zero/Lobo, onde estava há um ano. Em sua carreira trabalhou em diversas produtoras e agências, como a A9 Áudio, Hungry Man, Zeppelin Filmes, Dentsu Propaganda, DM9DDB, Studio Nova Onda, O2 filmes, entre outras. Entre 2004 e 2006 foi Diretor de RTV na então Giovanni+Draftfcb no Rio de Janeiro.
Charles também é um grande roqueiro, como o Blog do Marcio (desativado) registrou em 2005, tocando guitarra na banda Taxi Tóxico e ainda na Robelvis, banda que também contou com os publicitários Fabio Seidl (baixo), Alexandre Abu (vocal), Erico Braga (guitarra) e Leo Ehrlich (bateria). Confiram no blog Nanquim Maldito.
(09/10/2014)
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