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Janela Publicitária - Edição de 13/JUN/2014 Marcio Ehrlich
Dedé Eyer: "Criativos precisam de estrutura para fazer um bom trabalho"
Dedé Eyer, atrás de condições de um bom trabalho de criação.
"A gente trabalha muito e o nosso trabalho é por natureza rasgar 80% a 90% do que a gente produz. Já que é assim, os outros 10% a gente não pode desperdiçar."
Com essas palavras, o criativo Carlos André "Dedé" Eyer explicou para a Janela o porque de estar sempre buscando trabalhar em agências que lhe deem condições de realizar bons trabalhos. Foi assim na Giovanni FCB, depois na África, na Santa Clara (onde chegou a sócio) e na própria NBS de São Paulo.
E elas também justificam a opção de Dedé Eyer voltar ao Rio -- onde acaba de assumir a direção nacional de criação da NBS -- depois de cerca de 10 anos atuando no mercado paulista.
Ao contrário do que muita gente acredita, garante Dedé, não só em São Paulo existem agências com estrutura para dar ao criativo as condições ideais. Para ele, esta estrutura passa tanto por ter clientes com verba e mentalidade para investir em comunicação quanto pelos investimentos que a agência faz nas áreas de mídia e planejamento.
- A criação não trabalha sozinha, principalmente com as características do mercado brasileiro. Para eu poder tirar o melhor do meu time, preciso receber um trabalho sólido e de alto nível da equipe de planejamento da agência e também dados concretos de pesquisa de mídia. Aliás, mídia e planejamento não só são fundamentais para a estruturação de qualquer campanha como para conquistar a confiança do cliente, que vai, assim, apoiar o nosso trabalho criativo, detalhou o profissional. Cliente brasileiro quer proximidade
Dedé Eyer discorda de que apenas em São Paulo existam anunciantes com conhecimento e condições de permitir bons trabalhos publicitários. "Trabalhei para o Boticário, por exemplo, que é de Curitiba, e tem mostrado sempre ótimos trabalhos assinados pela NBS e pela AlmapBBDO, que dividem a conta", lembrou ele:
- Naturalmente, o mercado brasileiro acabou sendo prioriariamente em São Paulo, pelo desenvolvimento econômico do país. Aqui, os anunciantes têm como característica a necessidade de proximidade dos seus fornecedores, o que é diferente do mercado americano, onde uma Wieden + Kennedy, de Portland, por exemplo, atende a grandes empresas sediadas em outros estados. Com isso, a verba publicitária acaba muito concentrada nas agências que operam na cidade de São Paulo.
No caso da NBS, no entanto, a maior concentração de clientes está no Rio, onde a agência tem um faturamento cerca de seis vezes maior que o do escritório paulista. Como diretor nacional de criação da agência, portanto, cuidando dos escritórios do Rio, São Paulo e Brasília, fez mais sentido para Dedé voltar para esta cidade.
O que também explicou a agência trazer de volta para o Rio, como diretor de criação, o criativo Sérgio Lobo, que já passou por Lisboa, Madri e estava dirigindo a criação do escriotório paulista da AgênciaClick Isobar.
Atualmente, na NBS, a criação é comandada pelo sócio André Lima, como VP da área. Abaixo dele vem Dedé, que tem como diretor de criação em São Paulo Cassio Faraco e no Rio Marcello Noronha, Sergio Lobo e Dudu Almeida. Pra não esquecer mais
Há muitos anos, em um festival do CCRJ em Búzios, por duas vezes chamei Dedé de "Gatão", confundindo-o com o outro criativo da agência, o -- também ótimo diretor de arte -- Cláudio Gatão. Da primeira vez, Dedé não falou nada. Da segunda, em plena Rua das Pedras, Dedé voltou e me falou:
- Marcio, eu sou o Dedé Eyer e você me chamou de Gatão duas vezes. E isso é muito preocupante. Primeiro, porque você é um jornalista importante da área e precisa saber quem eu sou. Segundo, porque eu sou muito mais bonito que ele.
Estava dado o recado, recebido com as minhas desculpas, claro. Está vendo, Dedé, como não esqueci mais?
Artplan ajuda Meninos de Luz a combater o analfabetismo
O tenista Pico Monaco mandou beijinhos para as meninas e tuitou em sua página sobre a ação, cujo case está aí abaixo.
Ter ideias que fujam das limitações de espaço e tempo da mídia tradicional é hoje uma obrigação de todo criativo publicitário. Infelizmente, nem todas estas ideias conseguem ser colocadas em prática.
Uma agência que tem conseguido romper esta barreira é a carioca Artplan, que já adesivou o calçadão da Atlântica e botou fotos de videogame como se fossem reais em sites de esportes.
Esta última semana, a agência conseguiu finalizar e colocar no ar no YouTube o case de uma ação feita no começo do ano, durante o Brasil Open de Tênis, para o Solar Meninos de Luz, uma ONG que existe desde 1991 e ajuda as crianças das comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Para reconhecer o esforço das crianças que se mantém na escola e vencem a barreira do analfabetismo, a Artplan levou algumas delas para ter a mesma emoção que já se tornou tradicional entre os vencedores de torneios de tênis: a de autografar a lente da câmera de TV.
Com o apoio da Koch Tavares, antes de os tenistas darem os seus autógrafos, foram as crianças que assinaram a lente da câmera da BandSports, que transmitia o torneio. Ficha Técnica
VP de Criação: Roberto Vilhena
Diretor de Criação: Ricardo Weitsman, Alessandra Sadock e Gustavo Tirre
Redator: Henrique Louzada, Pedro Rosas e Leonardo Marçal
Diretor de Arte: João Santos, Bruno Foscaldo e Rodrigo Freire
Diretora de Mídia: Malu Melo
Atendimento: Fernanda Cunha e Clara Castro
Gerente de Operações: Ronaldo Martins
Gerente de Projetos: Guilherme Rahde
Motion Designer: Luiz Henrique Almeida
Mercado perde Álvaro Gabriel
Álvaro Gabriel de Almeida
Faleceu esta madrugada, de parada cardíaca, enquanto dormia, o redator Álvaro Gabriel de Almeida, um dos mais premiados do mercado carioca no período em que atuou em agências como Giovanni, Caio, Salles, DPZ, MPM e SGB.
Foi Vice-Presidente Social da ABP e duas vezes Presidente do CCRJ-Clube de Criação do Rio de Janeiro, de 1981 a 1983 e de 1992 a 1993.
Alvinho será cremado na terça-feira, no Caju.
Leia mais sobre Álvaro Gabriel em seu perfil da Janelapédia.
MISSA DE 7º DIA DE ALVINHO - Acontece na terça-feira, 17 de junho, na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, às 10 horas da manhã, a Missa de 7º Dia do criativo Álvaro Gabriel de Almeida.
Mozak envelopa árvores do Rio em ação promocional
As obras da artista gaúcha Letícia Matos cobriram árvores da Lagoa em ação promocional da Mozak
Os cariocas que passaram pela Lagoa -- muitos deles parando para fotografar -- no último fim de semana, foram surpreendidos por uma intervenção que envolvia diversas árvores com coloridas capas de tricô.
A ação, utilizando peças criadas pela artista Letícia Matos, foi uma iniciativa da agência de Campinas Desafio para o seu cliente Mozak, uma construtura cujo estande fica exatamente na frente das árvores decoradas. Além da Lagoa, árvores da Praia de Botafogo também receberam a intervenção, e a agência veiculou uma sobrecapa nos repartes de assinantes do jornal O Globo, com o tema da campanha "#euquerocopas" (que remete à Copa e às árvores), das duas regiões.
Letícia Matos é uma artista gaúcha residente em São Paulo que, além de dar oficinas de tricô, tem realizado as suas intervenções em troncos de árvores de várias cidades brasileiras. Esta é a primeira vez que o trabalho da artista chega ao Rio, com o patrocínio da Mozak. O trabalho de Letícia apareceu recentemente vestindo de tricô uma trave de futebol na campanha "Vamos colorir o Brasil", da Coca-Cola.
Segundo Carolina Lindner, gerente de marketing da Mozak, em conversa com a Janela, a ideia de trazer as peças de Letícia Matos para decorar a cidade do Rio de Janeiro veio para reforçar o conceito de que a construtora está preocupada com o bem estar dos moradores da cidade não só em seus empreendimentos.
Apple aproveita a Copa do Mundo para anunciar no Brasil
Primeira campanha da Apple no Brasil aproveita o embalo da Copa.
É uma achado, além de graficamente linda, essa campanha do iPhone 5C que está nos mobiliários urbanos e bancas de jornais de todo o país, marcando o primeiro investimento da Apple na publicidade brasileira. Ela consegue aproveitar o clima da Copa do Mundo sem se utilizar de nenhum dos símbolos proibidos pela Fifa, apenas mostrando a combinação de cores entre o iPhone 5C, uma capa e o fundo da tela, mais, é claro, a frase "Que Bonito É", da música "Na Cadência do Samba", que virou tema de futebol desde os tempos em que era usada como trilha das matérias sobre o esporte no noticiário de cinema Canal 100.
Quem cuida da conta da Apple lá fora é a TBWA\Media Arts Lab (ou TBWA\MAL, como ela se assina), uma agência criada pela TBWA\Chiat\Day com escritórios em Los Angeles, Londres, Beijing e Tóquio exclusivamente para cuidar deste cliente.
No Brasil, a adaptação foi feita pela Lew'Lara\TBWA, que pertence ao grupo internacional.
Gente Que Vai e Vem
Rafael "Clark" Pfaltzgraff
Borghi/Lowe (Rio - RJ) - Chega a equipe de criação da agência no Rio, comandada por Eduardo Salles, o Diretor de Arte Rafael Pfaltzgraff, conhecido como Clark. Com 7 anos de carreira, possui passagens por diversas agências cariocas e nos últimos anos desenvolveu trabalhos para clientes como Petrobras, Chevrolet, Grupo Schincariol, Sea Shepherd Brasil, Prefeitura do Rio de Janeiro, Infoglobo e KFC. Antes de chegar a Borghi Lowe, Rafael passou pela Heads. (11/06/2014)