Janela Publicitária    
 
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Janela Publicitária - Edição de 16/MAI/2014
Marcio Ehrlich

 

Prêmio Abril faz festa no Rio dia 21

Publicidade carioca volta ao Miranda para o Prêmio Abril, dia 21 de maio.
Em seu 28º ano, o Prêmio Abril de Publicidade reúne o mercado carioca para revelar os finalistas e o vencedor do seu "Prêmio Criação Revista Regional Rio de Janeiro".
O evento acontece dia 21 próximo, quinta-feira, a partir das 19:30h, no Miranda, e os criativos responsáveis pela peça vencedora serão levados pela editora para a cerimônia de entrega dos troféus, em São Paulo, dia 4 de junho. Na ocasião, serão conhecidos os ganhadores da premiação nacional.
O júri das peças do Rio, divulgado na última semana, teve apenas 5 participantes: Roberto Vilhena, VP de Criação da Artplan Rio; Marcelo Pires, diretor de Criação da W/McCann Rio; Carlos Di Celio, diretor de Criação F/Nazca Rio; Luís Claudio Salvestroni, diretor de Criação da Agência3 e Eduardo Salles, supervisor de Criação da Borghi/Lowe Rio.
A Abril não revelou quantos trabalhos concorreram à regional carioca.

Engarrafamentos já preocupam dirigentes das agências

Gorodicht: "Não se consegue chegar aos lugares no Rio".
Quanto custam, para as agências, as horas de seus profissionais presos no trânsito?
Essa questão chamou a atenção da Janela, a partir das crescentes reclamações de publicitários no Facebook, como a do diretor da X-Tudo, Marcelo Gorodicht, cujo escritório é na Barra da Tijuca e, na última semana, desabafou em um post ser "a cada dia mais difícil ter um dia normal de trabalho com compromissos marcados e agenda cumprida. Simplesmente não se consegue chegar aos lugares".
A questão preocupa dirigentes de agências de todos os portes. Flávio Martino, da Giacometti, lembra que "em alguns casos, entre o tempo de ida e de volta, mais o tempo de reunião, um profissional -- ou mesmo toda uma equipe -- pode ter todo o dia de trabalho, na agência, bem comprometido".
Não por acaso, as empresas cada vez mais estão se estruturando para, em muitos casos, substituir a reunião presencial pela virtual. Em agências internacionais, calls e videoconferências fazem parte do dia a dia, já que todas atendem clientes em várias praças e também precisam se comunicar rapidamente com seus outros escritórios, inclusive quando são formados times de criação com profissionais de outros escritórios.
Franco: "Custo sem contrapartida de receita é sempre uma preocupação".
Marcio Borges, da WMcCann, e Luis Carlos Franco, da Ogilvy, são unânimes em relatar que todas as agências de seus grupos no mundo já têm pelo menos uma sala para vídeoconferência, inclusive conectada na mesma rede com seus principais clientes. Na Ogilvy, diz Franco, todos os funcionários têm seu próprio número internacional para realizaçao de calls. Um dos clientes multinacionais da WMcCann, conta Borges, chega a ter sala preparada para a tecnologia da telepresença. "Se garantimos aos clientes que a agência não tem fronteiras, temos que estar estruturados para falar rapidamente com qualquer cliente em qualquer lugar", se orgulha o diretor da WMcCann.
E mesmo em uma agência exclusivamente nacional, como a Giacometti, a situação se repete e a estruturação tecnológica para as reuniões virtuais se torna fundamental. "As reuniões virtuais são a principal maneira de mantermos integração regular entre nossas unidades, alinhando práticas e informações", informa Martino.
Ainda assim, ninguém desconsidera a importância de uma reunião presencial. "Os encontros estabelecem laços profissionais importantes", acredita Flavio Martino, que, por outro lado, reconhece que a maioria das reuniões que uma agência tem com seus clientes é para resolver coisas simples.
Borges: "Deslocamentos acima de duas horas já levantariam um bom ponto de discussão".
- O melhor dos mundos seria o cliente concordar em realizar reuniões virtuais para as tarefas do dia a dia e deixar os encontros presenciais para reuniões de maior necessidade, como apresentações, explica o diretor da Giacometti.
Quanto a incluir no time-sheet e cobrar dos clientes estes novos tempos de deslocamento urbano, nem todos são da mesma opinião. O próprio Gorodicht admite que ainda vai demorar um pouco para os clientes entenderem que o tempo que a agência despende no seu atendimento precisaria fazer parte do custo da conta.
Ainda assim, "deslocamentos acima de duas horas considerando ida e volta já levantariam um bom ponto de discussão", diz Marcio Borges, cuja agência, por enquanto, só inclui este custo no caso de viagens.
A Giacometti, por sua vez, não cobra porque, na opinião de Flávio Martino, seria injusto:
- O deslocamento é um problema urbano, de política pública na área, e não do cliente. E também afeta diretamente as pessoas para chegarem e saírem do trabalho.
Na Ogilvy, quando é fechado um contrato com um cliente, a agência já calcula um número médio de horas que ele demandará. E Luis Carlos Franco garante que os tempos de deslocamento representam um percentual muito pequeno do total de horas trabalhadas. Mas admite:
Na telepresença, participantes da reunião parecem estar ao redor da mesa (Foto: Cisco)
- Se um cliente, por algum motivo, exigir uma demanda grande de reuniões presenciais, a cobrança deste tempo pode, sim, ser negociada. Afinal, as horas de deslocamento poderiam ser alocadas a outras atividades e clientes.
Como ressalta Franco, "um custo sem contrapartida de receita é sempre uma preocupação". E como o aumento da quantidade de carros nas ruas dos grandes centros parece ser irreversível, sem que haja perspectiva de melhora significativa na infraestrutura de transporte público, pode estar mesmo na hora de os tempos de deslocamento serem avaliados caso a caso pelas agências, para poderem negociar com seus clientes. "Transparência e negociação são sempre a melhor solução", recomenda o diretor da Ogilvy.

Concorrência tumultuada do Finep chega ao fim com Staff na ponta

Paulo Castro comemora a conquista de uma conta federal sediada no Rio.
A Staff foi proclamada em Diário Oficial a vencedora da concorrência nº 4/2013 pela conta do Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa do Ministério da Ciência e Tecnologia, que estava na Agência3 e tem verba de R$ 8 milhões anuais.
A disputa vem se arrastando desde setembro de 2013, quando as sete agências interessadas na conta entregaram as suas documentações. Em janeiro -- depois de quatro meses --, o órgão chegou a divulgar que a vencedora da parte técnica havia sido a Giacometti, com 212 pontos, seguida pelas agências Staff (203 pontos), Popcorn (192), DPZ (177), De Brito (165), OCP (154) e Tarso (151). Na época, a Janela registrou a vitória da Giacometti e que os temas a ser desenvolvidos abordavam "Quem inova tem Finep" e "Nosso negócio é inovar o seu".
Só que, em seguida, através do escritório de advocacia Kalache, Chama, Costa Braga, a Staff entrou com recurso contra a Giacometti, alegando que a agência havia infringido as regras de igualdade do processo, ao possibilitar a identificação de seu material quando entregou o plano de comunicação "com uma capa plástica transparente e contracapa plástica preta", enquanto o edital determinava papel A4 branco.
Dia 5 de fevereiro, a comissão oficializou a desclassificação da Giacometti, passando a Staff para o primeiro lugar da fase técnica, posição que a agência conseguiu manter até o final do processo.
Comemoração
Para o diretor da Staff, Paulo Castro, a vitória deve ser comemorada principalmente por ficar em uma agência carioca uma conta de governo sediada no Rio de Janeiro. "O Finep sempre permitiu trabalhos criativos em suas agências e nós queremos levar isso até a um novo patamar", antecipou o publicitário.
Ainda segundo Castro, o contrato com o cliente ainda vai ser assinado e só a partir dele a agência poderá começar a trabalhar na conta e analisar quando as primeiras peças chegarão à rua.
A Staff, que hoje é associada à Agência3, atende a outras contas públicas, como o Ministério do Trabalho/ FGTS, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e a Prefeitura de Campos.