Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
A Fenêtre é a cobertura da Janela Publicitária em Cannes.
12 de junho de 2012, terça-feira
No próximo domingo, 17, começa em Cannes
mais um Festival, que agora não se apresenta como sendo de
Publicidade, mas de Criatividade. Afinal, atualmente em Cannes julga-se
de cases de assessoria de imprensa a comerciais para iPhone.
A Fenêtre, no clima de "Esquenta-Cannes", perguntou
a 20 diretores de criação de agências do Rio
de Janeiro se eles irão ao festival, se continuam achando
que vale a pena já que todos os concorrentes estão
disponíveis online e quais são as suas apostas para
Leão, tanto de trabalhos brasileiros como estrangeiros.
André Lima, diretor
de criação da NBS
Está indo para Cannes
e acha que vale muito ir.
"Primeiro, porque tirando
as premiações
óbvias e esperadas, ainda
há uma grande parte do
trabalho que não é
tão fácil assim
de se achar na internet. Segundo
porque depois que o festival
se assumiu mais como uma grande
"congresso" de comunicação,
os espaços para debates,
palestras e workshops ganharam
muito em qualidade. Se o trabalho
que a gente vê lá
não antecipa tendências
- até porque é
o resultado do que foi feito
no ano anterior - as discussões
têm tido este papel de
agente de provocação
e estímulo."
O
comercial "The Bear"
para o Canal Plus e a ação
"Invisible Drive"
para a Mercedes são as
apostas de André Lima
para os Leões de Cannes.
Paulo Castro, diretor de criação
da Staff.
Paulo embarca
este sábado para Cannes
e garante que sempre vale e
sempre vai valer ir ao Festival.
"O clima de criatividade
que contagia a todos não
se vê pela internet. A
troca que acontece entre colegas
e profissionais não se
vê pela internet. Resumindo:
você vê as peças
pela Internet. Mas não
vê o Festival de verdade."
A aposta
de Paulo Castro é o trabalho
da Santa Casa para doações
de órgãos. Segundo
ele, "pela simplicidade".
Filipe Raposo, diretor de criação
da DPZ Rio.
Filipe não
vai a Cannes mas acha que vale
a pena ir.
"Vale pelo tamanho da mobilização
internacional em torno da grande
causa que move nosso mercado:
criatividade. Cannes se tornou
muito maior que sua premiação.
As palestras são imperdíveis."
Segundo
Filipe, "o anúncio
da Budweiser que você pode
tocar no toca-discos é
certeza de Leão. E este
anúncio é apenas
parte da campanha que tem fortes
chances na categoria Integrated".
Outro fortíssimo canditado
é o filme da Almap para
Getty Images. "É uma
obra-prima", diz o diretor
de criação da DPZ
Rio.
Marcos Apóstolo, diretor de criação
da Binder
Apóstolo vai ficar no Brasil, mas diz que "é
por uma boa causa: a Binder está bombando de novos
jobs e novas perspectivas de contas. Ele garante que Cannes
não será a mesma, mas promete ir ano que vem.
"Ver Cannes ao vivo é melhor. Ah, ainda tem as
idéias! Claro que Cannes ainda vale a pena pela troca
cara-a-cara com os novos caminhos da comunicação.
Inclusive, para onde estamos indo. Quem souber, me conte quando
voltar."
Sobre
suas apostas, vejam o que diz
Marcos Apóstolo:
"Já que escolheram
o da Almap para Getty imagens
e o da Draft argentina para
Zona Jobs, fico com a ação
dos Hell's Angel's para Carlsberg
que consegue fazer você
querer realmente estar naquele
cinema com aqueles caras.
E da Coca Cola argentina é
a prova de que ainda dá
para olhar diferente a mesmice.
Álvaro Rodrigues,
diretor de criação
da DM9Rio
Alvinho vai ao Festival de Cannes
este ano, porque "vale
ir e vai continuar valendo",
diz ele.
"O festival percebeu a
necessidade de ser mais abrangente
para continuar sendo relevante.
Mudou o nome, inclusive. Celebrar
e premiar a criatividade, independente
da plataforma. Conteúdo,
palestras, workshops, networking.
Isso é o que motiva atualmente
a ida a Cannes. Como a palestra
do ex-presidente dos Estados
Unidos, Bill Clinton, promovida
pelo Grupo ABC, comemorando
os seus 10 anos lá na
Croisette."
A aposta
do diretor da DM9Rio é
para a ação criada
pela própria DM9 para
a C&A em que os cabides
da loja tem o botão de
"like" do Facebook.
"Ideia inovadora, com uma
puta utilidade para a consumidora.
Ela poder comprar uma roupa
que é previamente 'curtida'
pela maioria. Bacana".
Paco Conde, diretor de criação
da Ogilvy Rio
Paco não vai poder ir
a Cannes. A Ogilvy está
trabalhando para Rio+20 e ele
terá que ficar no Brasil.
"Acho que sim, vale a pena
ir. Não conheço
nada que seja mais inspirador
que o Festival de Cannes. Se
você vai e não
se sente inspirado, com vontade
de voltar a seu escritório
e fazer coisas melhores do que
viu ou não fica chateado
porque não conseguiu
ganhar nada, você tem
que mudar de profissão.
Cannes é onde você
vai sentir mais paixão
pela propaganda. Se você
não sente nada é
porque está na profissão
errada."
O diretor
da Ogilvy diz que a melhor ideia
do ano de longe é Rebrief
da Google. "É uma
dessas ideias que eu mataria
por fazer. Para mim a melhor
demo da história, que
demostra que o mais importante
é a ideia".
'Outra das melhores peças
do ano é o filme da BBH
para The Guardian, "Three
little pigs". Um filme
clásico que fala de como
a tecnologia mudou o jeito de
informar.
E acho que na Ogilvy Brasil
temos algumas peças que
podem ser Leão: Sprite
Shower em uma ideia de activação
muito simple que fala do maior
beneficio do produto, refresh.
E Hellmann's Recipe Receipt,
uma dessas peças que
a tecnologia está ao
serviço da ideia. É
uma peça que agrada a
criativos e às mães
dos criativos."
Ricardo Real, diretor de
criação da Script
Apesar de que este ano Real
não conseguiu "conciliar
a fome com a vontade de comer",
ele acha que Cannes é
imperdível.
"Cada vez mais é
um evento com palestras super
concorridas. E isso tudo, é
na Côte D'Azur".
Real aposta em 6 peças,
sendo 3 delas brasileiras, uma
das quais da própria
Script:
- Audi VS Mercedes. Um filme
com uma Ideia brilhante. Aristrocracia
evoluiu.
- Mercedes invisível.
Para um carro que emite 0 de
CO2.
- Para a Nivea Brasil - Outdoor
feito de miçangas brancas
que ficam coloridas quando expostas
ao sol.
- Para o lançamento da
música Needing/Getting
da banda OK Go em parceria com
a Chevrolet produziram um épico.
- Para Sucos Camp da AgeIsobar
- Vai além da mídia
uma ideia bastante engenhosa.
- Metrô do Rio para o
Dia Mundial em Carro. uma ação
que distribuiu pela cidade milhares
de folhas, que foram coletadas
nas ruas, com uma mensagem impressa
pedindo para os motoristas irem
de Metrô. Uma maneira
de usar a própria natureza
para falar de consciência
ambiental.
Gustavo Bastos, diretor de
criação da 11:21
Gustavo conta que "infelizmente"
não vai a Cannes este
ano, porque o trabalho na agência
não deixou.
"Ainda que a gente não
veja mais tantas novidades,
vale ir pelas palestras, pelas
conversas, pelos encontros e
para ver tudo reunido e mais
um monte de coisas (boas, ruins
e péssimas) que a gente
não viu na internet.
"
As apostas
de Gustavo para Leão
são o anúncio
para iPad da Almap/BBDO para
seguro de automóveis
da Bradesco Seguros, o filme
"3 porquinhos" para
jornal inglês The Guardian
e o filme "Grandma"
da Draft argentina para o site
de empregos Zonajobs.com.
Flávio Medeiros, diretor
de criação da
Heads
Flavinho, que está indo
para Cannes este ano, defende
que o mais legal, hoje, é
o conteúdo do festival.
"Vale muito a pena assistir
as palestras. Também
vale ver os videocases. Outro
costume que eu tenho e recomendo
é ver o que foi inscrito
e todo o shortlist nos terminais
do Pallais. Inclusive, vale
fotografar as peças que
você só vai ver
ali. E ainda existe a troca
entre os profissionais: é
importante ver as peças
ouvindo a opinião dos
amigos."
A aposta
de Flavio Medeiros é
o filme "From Love To Bingo",
que a AlmapBBDO fez para a Getty
Images.
Luis Claudio Salvestroni,
diretor de criação
da Agência3
Luis Claudio também estará
em Cannes este ano, porque continua
achando que vale a pena.
"É lógico
que muita coisa perdeu o ineditismo
mas assistir o conjunto é
diferente, seja ele em film,
press, poster, cyber, PR...
Não importa a categoria,
quando colocamos um ao lado
do outro a comparação
é outra. Desenvolvemos
nosso próprio critério
de avaliação do
que foi inscrito, percebemos
a temperatura do mercado e acho
o long list um excelente material
de estudo. Ainda sou um "rato
de Palais". Adoro ver o
long list de film pois aprendo
até com o que é
ruim, além de ver coisa
boa que fica de fora do shortlist.
E é inegável que
o conteúdo das palestras
e dos workshops é muito
rico e merece ser aproveitado,
mas assim como qualquer longlist,
eles também têm
coisas chatas. Aliás,
muito chatas.
Somando tudo isso ao network
que o evento proporciona o segredo
é respirar fundo e tentar
aproveitar ao máximo
o Festival, só assim
para valer."
As
duas primeiras apostas em Leão
que vieram à cabeça
de Luis Claudio são o
comercial Three Little Pigs,
da Guardian e o argentino Abuela,
do Zona Jobs, que já
é o maior sucesso entre
os criativos brasileiros.
João Santos, diretor
de criação da
Giacometti
A caminho de Cannes, João
garante que vale a pena ir ao
festival:
"Ouvir pode ser melhor
que ver. :-)"
João
Santos não gosta de fazer
apostas porque "nunca ganhou
nem em bingo". Mas mandou
como dicas a campanha Google
Chrome de fim de ano -- destacando
que a trilha é f... --
e, com saudades da velha Benetton,
indicou a nova campanha da marca.
Como terceira opção,
o filme da AlmapBBDO para a
Getty Images, que já
aparece lá em cima nas
dicas do Flávio Medeiros.
Roberto Vilhena, diretor
de criação da
Artplan
Vilhena não poderá
ir a Cannes este ano, mas acha
que vale ir, sim, pelo acontecimento
em si.
"Para você perceber,
principalmente quem é
apaixonado por propaganda, que
fazemos parte de uma indústria
gigantesca com um monte de gente
querendo fazer coisas boas no
mundo inteiro. Vale também
para dar uma parada no dia-a-dia
e ficar imerso uma semana inteira
"bebendo" novas influências,
critérios e, novos parâmetros.
Agora, do ponto de vista prático,
de saber sobre as premiações
em primeira mão não
vale mais. A notícia
sobre o meu primeiro leão,
de 2007, eu recebi através
de um telefonema do Rio. E eu
estava lá em Cannes."
Vilhena
não só está
apostando como torcendo para
dois trabalhos da Artplan: o
alisamento das ondas do calçadão
de Copacabana, para a Niely,
e o case "Social Home Tour",
para a Carvalho Hosken.
Alexandre Motta, diretor
de criação da
Publicis
Motta não vai a Cannes
este ano. "A lojinha tá
cheia de serviço",
diz ele. Mas defende que vale
a pena ir.
"Agora que virou um congresso,
com palestras, reuniões
de agências e clientes
multinacionais, o Festival conseguiu
manter a importância,
já que a criação
inscrita lá normalmente
já está disseminada
muito antes de chegar ao Palais."
O diretor
da Publicis diz que tem muita
coisa boa que viu do Brasil.
Mas vai apostar "num filme
deles, sempre eles, os argentinos.
Pegaram uma verdade e fizeram
um filmaço da Zonajobs,
um portal de empregos. Pra mim
é Leão na certa."
Carlos "Russo"
Di Célio, diretor de
criação da F/Nazca
S&S
Apesar de não ir este
ano para Cannes, Russo acha
que sempre vale a pena.
Russo
também aposta na Abuela
argentina e acrescenta o filme
"Pais de Cueca", do
ar condicionado splitter BGH,
também da Argentina.
Bruno Richter, diretor de
criação da Camisa
10
Bruno é mais um que usa
o "infelizmente" para
dizer que não vai a Cannes.
"Com toda certeza vale
a pena! É o evento de
maior relevância do nosso
mercado.
Uma comparação:
podemos ver também obras
de arte pela internet, só
que no museo, ao vivo, é
muito melhor.
Fica mais fácil de vivenciar
as novidades estando por lá,
além do network feito
durante o evento."
A primeira
aposta de Bruno é o trabalho
My time is now.
"É a fórmula
de sempre da Wieden+Kennedy
para a Nike. Uma grande produção,
excelente trilha, imagens maravilhosas
e celebridades do mundo da bola.
Como amo futebol, sou meio suspeito
para esse palpite, mas acho
que leva um Leão."
A segunda é para um filme
que ainda não foi mencionado,
mas que ele considera maravilhoso:
"É o filme Best
Job da Wieden + Kennedy para
a P&G. Emocionante. Além
de estarmos perto dos jogos.
Leão, e de Ouro!"
Marcelo Santos, diretor de
criação da am:pm
Marcelo também lamenta
não ir a Cannes este
ano. "O momento na am:pm
não me permitiu, muito
trabalho neste início,
mas ano que vem estarei em Cannes
novamente."
"Acho muito importante
ir a Cannes. Na oportunidade
que tive em 2008, vi de perto
o melhor do que a propaganda
produz, conheci pessoas de outras
culturas e quanto a questão
da internet, não se vê
tudo que rola por lá
na internet. Por melhor que
sejam as coberturas jornalisticas,
não dá pra ter
Cannes na íntegra se
não estiver lá.
Ver como os cases são
montados, através dos
argumentos utilizados e construídos
nas defesas. E também
você vê em Cannes
como uma ideia simples e uma
mega produção
tem seus valores. Enfim, a proposta
de entitular Cannes como um
Festival de CRIATIVIDADE, mostra
a valorização
da ideia como ponto central
do nosso mercado em nível
internacional."
Marcelo
selecionou dois trabalhos: A
campanha da F/Nazca Brasil para
Nike que já figura entre
as peças indicadas pelo
Cannes Predictions 2012: Essa
é mais que uma aposta,
praticamente é uma certeza
de leão, pela ideia central
da campanha ser muito forte
e pela linguagem utilizada.
Acredito que deva ir bem em
Integrated e film.
Outra é a máquina
de dinheiro da Almap/BBDO para
o Peixe Urbano pela originalidade
da ação.
Eduardo Almeida, diretor de criação da Quê
Dudu Almeida embarca este sábado para Cannes. Mas passa
pela Espanha e já deixa seus amigos de sobreaviso:
"Espero não ser deportado no aeroporto de Madri".
O criativo acha que vale muito ir a Cannes.
"Nada como estar lá no exato momento em que as
coisas acontecem. Além do mais, o festival deixou de
ser apenas uma mostra de trabalhos premiados para se tornar
uma excelente fonte de conteúdo. Palestras, seminários
e fóruns passaram a ser tão disputados quanto
o acesso aos shortlists. "
Eduardo
Almeida aposta no “Dads
in Briefs”, o "Pais
de Cuecas", que também
foi indicado pelo Padilha e
você pode ver aí
em baixo.
"Vi no júri do Wave.
É sensacional (embora
seja argentino) e levou o GP
de Film naquele júri.
E também no filme “The
Thief”, da Y&R de
Amsterdam. "Simples e muito
bom".
José Raimundo Padilha,
diretor de criação
da X-Tudo
Padilha não vai a Cannes
e explica: "A X-Tudo está
começando, temos pouco
mais de 6 meses de vida e não
inscrevemos nada no Festival.
Todo o investimento da agência
está voltado para conquistar
contas e construir uma agência
sólida."
Mas defende que ainda vale a
pena ir ao festival:
"Estar em Cannes e ver
como as ideias são expostas,
promovidas e recebidas pelo
público do Festival é
uma experiência inestimável,
que acrescenta muito ao seu
trabalho quando você volta,
mesmo que se possa ver tudo
antes pela Internet."
A aposta
de Padilha é para a série
"Pais de Cuecas",
da Del Campo Saatchi & Saatchi
para o ar condicionado BGH.
"É a melhor coisa
que vi este ano na propaganda.
Resgata a boa ideia, simples
e impactante, além de
muito bem realizada e extremamente
focada em cima do briefing.
Sensacional e muito divertida."
Felipe Rodrigues, diretor
de criação da
Giovanni+Draftfcb
Felipe já estava em Paris,
a caminho de Cannes, quando
respondeu à Fenêtre.
Então, mandou seu depoimento
pelo celular.
Ele
aposta em dois trabalhos para
levar Leões: "Cable
Effects", da Grey de Nova
York para a DirecTV. "É
Leão Certo".
E no maior sucesso da Argentina
no Brasil. O filme "Abuela",
da Zonajobs, indicado por quase
todos os diretores de criação
ouvidos pela Fenêtre:
"É do meu parceiro
Javier Campopiano, da Draft
FCB Argentina e aposto muito
que vai dar Leão".
Fábio Barreto, diretor
de criação da
Kindle
Fábio não vai
a Cannes:
"Não vou este ano
pois a carteira de clientes
da Kindle acaba de ser incrementada
com a conquista de 8 contas.
Para os negócios da agência,
é como ganhar um Leão!!
Por isso, vou acompanhar o Festival
via Fenêtre Publicitaire.
Cannes é importante porque
anualmente nos relembra que
é possível fazer
propaganda divertida, inusitada,
interessante. É importante
porque nos diverte, nos emociona,
nos provoca, nos desafia e,
acima de tudo, nos ensina. Ou
seja, é uma grande aula
de propaganda com o melhor conteúdo
e os professores mais capacitados
do mundo."
O diretor
da Kindle aposta em dois trabalhos:
"Acredito bastante no “Before
& After” da F/Nazca
para a Nike, que mostra como
era o mundo antes e depois de
Ronaldo Fenômeno. Uma
ação divertida
e baseada em fatos reais.
Outra aposta é no filme
“Best Job — Olympics”,
da Wieden + Kennedy para P&G.
Lindo e de uma sensibilidade
ímpar. Com certeza atingiu
seus objetivos de marketing
e agora poderia muito bem ser
agraciado com um reconhecimento
em Cannes.
Marcio Ehrlich, que não está em Cannes, mas está ligado no Festival.