21 de junho de
2011, terça-feira
A NOITE DE DIRECT, PROMO e PR
Foi curtinha a primeira cerimônia de entrega dos leões
de Ouro ontem no Grand Auditorium. Poucos prêmios foram distribuídos.
E olha que nível não estava ruim.
A surpresa da noite foi a McCann Romênia que abocanhou dois
GPs, Promo e Direct pelo case do chocolate Rom. A ideia é
bem simples: mudaram a embalagem do produto, um clássico
por lá e que tinha as cores do país, por uma bandeira
americana. Aí os consumidores chiaram e eles disseram que
era brincadeirinha.
O Brasil esteve no palco com o coletivo Don’tTryThis representado
apenas por Caio Mattoso, da AgênciaClick que, com seus ex-colegas
de DM9DDB, Rodrigo Mendes e Pedro Gravena criou o clip colaborativo
do Skank e levou ouro em PR.
A
própria DM9 também subiu no palco para buscar
o ouro pelo case da volta do Ferrorama (que tem entre seus
criativos um amigo meu, tal de Leo Ehrlich, que não
pode comparecer porque está no México. Nosso
editor Marcio conhece bem o moleque. Parabéns!).
A festa ficou por conta dos criativos Moa, João Mosterio,
Fábio Seixas e Daniel Bottas. Este último, saiu
do Brasil às 18h de anteontem e chegou aqui ontem,
faltando 20 minutos para subir no palco. Mal sabia onde ia
dormir. Veio na raça.
Num evento tão enxuto, os discursos de dois presidentes
de júri chamaram a atenção.
O de PR, mais uma vez, insistiu na sua teoria do triângulo
criativo aqui, que comentei ontem na coluna. Desta vez ele
pediu, acredite, que o auditório fizesse um triangulozinho
com os dedos, para exemplificar o que estava dizendo. Se excedeu.
Já o de Direct, deu de presente para os jurados uma
bala (de revólver) dourada. Segundo ele, era para eles
encontrarem ideias que atingissem direto o coração
do consumidor. Dar bala de presente em Cannes é mole,
quero ver dar no julgamento do Colunistas em Copacabana, perto
da ladeira dos Tabajaras.
No final, festa para a Ogilvy, que rema com braçadas
fortes para ser a agência brasileira mais premiada do
festival. Ontem, a agência liderada por Sérgio
Amado, Luís Fernando Musa e Anselmo Ramos foi celebrada
no palco como a 3a agência mais premiada do mundo em
Direct, repetindo o resultado da 2010.
O primeiro lugar ficou com outra Ogilvy, a da Argentina. |
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A Ogilvy Brasil em terceiro lugar entre as mais premiadas
de Direct no mundo. |
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Caio Mattoso recebe o Leão da DonTryThis para o clip
do Skank.
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A galera da DM9DDB dando coletiva com Moa segurando o Leão
de Ouro. |
JONGEHONDEN
Os Young Dogs (jovens cachorras e cachorrões) da Holanda
pegaram seu tradicional busão fumegante e desceram de Amsterdam
até o sul da França para curtirem o festival. E quem
paga isso? Uma festinha que eles fazem há 20 anos aqui na
praia.
Mas olha, tava caidinho. Tirando uma ou outra moça neohippie
em transe (eu disse transe) dançando e caindo na areia, tava
fracote. Tinha pouca gente e o DJ estava pegando leve, tocando um
set que mais parecia bodas de prata. Rolou até La Bamba.
Só faltou o Roupa Nova e New York, New York no final.
Aliás, sério, alguém sabe explicar porque nos
casamentos no Brasil sempre toca New York, New York no final, mesmo
quando o casal não vai passar a lua de mel em NY?
SUECAS
NA ÁREA. E NA AREIA.
Começou o campeonato de futebol de areia e o time da Suécia
tem, ora veja você, duas meninas. E antes que você me
pergunte qualquer coisa (sim, este site tem um aplicativo que permite
que eu leia os seus pensamentos), a resposta é não.
Vê aí.
Mais tarde tem Brasil em campo. Torçam pra gente (sair vivo).
REDFORD É O CARA
Rolou
até briga para ver a palestra de Robert Redford (o Brad Pitt
dos anos 70) patrocinada pelo Yahoo que rolou na manhã desta
terça aqui no Palais.
O festival consegue cobrar quase 3 mil Euros por uma entrada, coloca
10 mil pessoas aqui dentro, consegue trazer um mito da cultura mundial
e não consegue organizar uma fila.
E como no mundo inteiro sempre tem um espertinho, teve gente querendo
furar a fila, o pau cantou na casa de Noca. Estresse, segurança,
empurrões e o Le Barraque foi parar do lado de fora.
Depois do morro da Mangueira, já se comenta que o Bope pode
ocupar o Palais.
Mas gente, na boa, quem vem pra cá não quer assistir
os eventos no telão, porque se for assim, é melhor
ver tudo na internet depois.
Pois bem, Redford, alheio a isso tudo, entreteu a turma com curiosidades
sobre sua vida como ator (sabia que os papéis dele e do Paul
Newman em Butch Cassidy e Sundance Kid eram para ser trocados?)
e como diretor do festival de cinema mais cool do mundo, Sundance.
Um dos pontos altos foi quando respondeu sobre o que o faz trabalhar
tanto a essa altura da vida: “sexo”, ele disse, para
depois corrigir, “na verdade, as novidades é que me
estimulam, a vontade de encontrar coisas novas todo dia é
o que me move”.
Não é à toa que Robertão, com quase
120 anos de idade e sem nenhuma plástica, ainda arranca suspiros
da mulherada.
TED@CANNES
Se antes da palestra de Redford as filas já estavam confusas,
imagine que em seguida, no mesmo Auditório, ia rolar a primeira
edição do TED feita direto de Cannes. Ninguém
conseguia entrar e começaram a deslocar os delegados para
o auditório ao lado onde estava um telão. Mais chiadeira.
Honestamente, fiquei um pouco decepcionado com o TED, porque gosto
muito do formato do Seminário, onde pessoas ligadas que representam
algum tipo novo de pensamento falam cerca de 10 ou 15 minutos apenas.
Mas o time veio mal escalado.
O palestrante Bill Barhydt apresentou o case M-Via, um dinheiro
em forma de SMS que já tinha sido apresentado no mesmo auditório
um dia antes. Depois, o autor Tom Chatfeld que fez uma apresentação
burocrática sobre os meios de comunicação nos
dias de hoje comparados aos do passado. A melhor parte acabou sendo
de uma poetisa de 23 anos, Sarah Kay, que chegou a assustar pela
maneira como recita e conta suas histórias. Mas foi só.
O primeiro TED@Cannes me impressionou.
GARRUCHA
O que faz este seu correspondente de arma em punho num set de
filmagem? E esse urso? Como diria o Sílvio Santos: Aguardemmmmmm.
OB DE BEBER
Como estava cansado, fugi um pouco das badalações
e fui jantar num lugar tranquilo ontem. E descobri que eles servem
OB num restaurante coreano. O sabor de OB até que é
bom, pelo menos para mim que nunca tinha colocado OB na boca.
HOMENS TRABALHANDO
Tentei dormir um pouco até mais tarde hoje, depois de ter
sofrido com o fuso nos primeiros dias (pois é, tenho essa
frescura). Aí os desgraçados dos franceses resolveram
prospectar petróleo na calçada do meu hotel.
Comecei a escutar britadeira, serra, caminhão, dinamite,
a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel e até
a mãe do Chewbacca dando luz a uma ninhada, embaixo da minha
janela. Fui dar uma olhada e descobri que não só uma,
mas três obras começaram ao mesmo tempo na rua da biboca
onde estou hospedado.
Dormir agora, só no long list das categorias de filmes para
ONGs de caridade.
VAMOS A LA PLAYA
Como não consegui pregar a pestana, fui dar uma volta pela
praia. E que decepção. Parece que proibiram a praia
para menores de 80 anos aqui. Aqueles vistosos toplesses de outrora
se foram, deram lugar a uma muxibaria sem precedentes.
Isso aí que vocês estão vendo foi o melhorzinho
que se arrumou.
MOMENTO AMAURY JR
A Fenêtre,
numa operação em conjunto com a Interpol, localizou
os seguintes suspeitos trafegando pela cidade de Cannes. |
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Rodolfo Medina e Gustavo Tirre, felizes pelo leão da
Artplan, o primeiro do Rio este ano. |
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Cannes também é das brasileiras. Olha aí
a reunião das meninas de produtoras e agências
no stand da Film Brazil, na beira da praia. |
Fábio Baraldi, da MoMa, saindo do Palais, já
de noite, mas ainda com sol. |
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O casal Polika Teixeira (DM9) e Zé Guilherme Vereza
(11:21) se refrescando antes da maratona de filas. |
Carlos "Ia" Murad, da WMcCann, reencontra o amigo
Alexandre Level, da ProBrasil em frente ao carro da polícia.
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Adriano Mattos, também da MoMa, na praia, com uma cervejinha
na mão e...mochila? Será que dentro dela já
estão os Leões da agência? |
E ele, sempre ele, Accioly assumindo o que já era seu:
o posto de rei de Cannes. |
N.R.: Fabio, estou contando aqui, acho que já é
a segunda foto do Accioly na Fenêtre, certo? Não se
esquece de me enviar o CNPJ da Margarida pra eu poder mandar a fatura,
ok? Valeu! (M.E.)
CAIXA POSTAL
E é incrível, mas ainda tem gente lendo e escrevendo
para a nossa coluna. Desocupados como Bruno Richter, da Camisa 10,
a fotógrafa Laine Nascimento, Marcelo Conde da Y&R, Rubens
Marinelli da WMcCann...
E até o Sérgio Cardoso da Gema Filmes que nos mandou
essa mensagem enigmática.
"Amigo Fabio.
Eu sei que não devia, mas estou aqui, novamente, acompanhando
tudo o que acontece na Croisette através da sua coluna.
Espero que a merreca que o Marcio disponibilizou pra viagem, você
esteja acomodado e conseguindo rachar um sanduba por aí.
Sei não, mas acho que esse festival ainda não pegou
no breu (...).
Boa cobertura.(no sentido bíblico, é claro)
Sérgio"
Seidl Responde:
Serjolas,
Não devia estar acompanhando mesmo, principalmente porque
você mandou um email que me deixou encucado. O que é
"pegar no breu", melhor eu não saber, né?
Um abraço pra você (no sentido bíblico, mais
especificamente do capítulo do Apocalipse)
Além dele, André Pellenz, depois da espinafrada
que nos deu no início da cobertura, tenta nos chantagear
mandando um vídeo de Marcio Ehrlich liderando uma reunião
do Alcóolicos Anônimos.
Calma, que é mais uma artimanha do nosso edi-ator-chefe,
desta vez na série Natália, que o Pellenz dirigiu
e está no ar na TV Brasil aos domingos.
Continuem mandando suas mensagens em papel de carta da Hello Kitty
para:
janela@janela.com.br e
fseidl@ig.com.br
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