Cahique
e Duda, após a separação,
contam seus planos
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Duda Moncalvo e Cahique Equi,
em tempos da Staff. |
EXCLUSIVA PARA A JANELA - Dia
31 de janeiro, o último de Cahique
Equi na direção da agência
Staff, seu sócio de 20 anos Duda
Moncalvo pediu-lhe que esperasse para
ambos saírem juntos ao final
do expediente e fossem beber algumas
cervejas.
Cahique conta que os dois riram muito,
mostrando que, se a sociedade não
continuou, pelo menos a amizade conseguiu
ser preservada.
Em suas primeiras entrevistas desde
que uma possível venda da Staff
foi anunciada na imprensa, Cahique
e Duda conversaram com este colunista
para contar o que aconteceu e quais
são seus planos.
E ambos fizeram questão absoluta
de serem elegantes em relação
a seus ex-sócios. Afinal, falar
que uma sociedade de 20 anos não
deu certo é como dizer que
um casamento de 20 anos não
deu certo porque um dia acabou. Mas
-- assim como acontece com muitos
casais -- parece haver um momento
da convivência em que ambos
os parceiros descobrem que querem
coisas diferentes das que quando começaram.
No caso de Cahique e Duda (que chegaram
a ser sócios também em
um restaurante no centro do Rio), o
pomo da discórdia parece ter
sido o crescimento das contas de governo
-- gerenciadas por Duda -- na carteira
da agência. Além de Infraero,
Alerj e Prefeitura de Campos, a agência
também conquistou a campanha
do FGTS do Ministério do Trabalho
em 2010. Para Cahique, o tipo de administração
operacional -- e principalmente financeira
-- que clientes como estes exigem estaria
descaracterizando a Staff conforme ela
foi criada. Já Duda defendia
que a mudança havia sido combinada
há cerca de 5 anos, quando os
dois perceberam que no Rio de Janeiro
as alternativas de conquista de contas
privadas para agências de porte
médio estavam escasseando.
Além disso, nos últimos
anos, os sócios -- que detinham
50% das ações cada um
-- também vinham discordando
sobre a abertura da sociedade para
Paulo Castro, diretor de criação
da agência desde 2006, quando
deixou a sociedade da agência
Bossa Nova.
Decidida a separação no
início de 2010 -- e como um não
tinha bala na agulha para comprar sozinho
a parte do outro --, um consultor sugeriu
que ambos saissem procurando empresas
que assumissem esta função.
Duda encontrou o Grupo 3+ para comprar
a parte de Cahique. E este encontrou
uma multinacional (cujo nome uma cláusula
de confidencialidade impede que seja
revelado) para comprar as ações
de Duda. No meio do processo, porém,
Cahique diz ter percebido que, no seu
caso, precisaria de tanto esforço
para recolocar a Staff do seu jeito
que não valeria a pena. Preferiu
retirar sua proposta.
Fechada a negociação,
o Grupo 3+ acabou comprando as ações
de Cahique e este se comprometeu a não
prospectar os atuais clientes da Staff
por dois anos. Parte das ações
de Duda foram repassadas para Paulo
Castro, resolvendo a questão
que estava pendente com o criativo.
E estes dois passam a receber também
um percentual -- não revelado
-- sobre os clientes que o Grupo 3+
mantinha na agência Local (como
Pinto de Almeida, SHV e Urbi et Orbi),
cuja operação foi absorvida
pela Staff e representava um faturamento
em torno de R$ 15 milhões.
Fisicamente, houve uma certa dança
das cadeiras. A Staff passou a ocupar
o 4º andar da Rua da Passagem
123, onde funcionava a Local. Enquanto
isso, o antigo endereço da
Staff, na Rua Ipiranga, passa a sediar
o Grupo 3+, com os diversos serviços
administrativos e de pesquisa que
atenderão tanto a Agência3
quanto a própria Staff.
DAQUI PRA FRENTE,
TUDO SERÁ DIFERENTE
Responsável agora pela gerência
da Staff, e com o apoio dos sócios
majoritários, Duda Moncalvo
aposta num enorme potencial de crescimento
para a agência. "Nosso
faturamento deve passar de R$ 28 milhões,
em 2010, para pelo menos R$ 65 milhões
em 2011", diz o executivo. O
escritório de São Paulo
será remontado e há
perspectivas de aumento da presença
da agência em Brasília.
Nas concorrências do mercado,
diz Moncalvo, não há
nenhum acordo com a Agência3:
"Vamos trabalhar de forma totalmente
independente e podemos inclusive disputar
a mesma conta", ele garante,
numa atitude que a Agência3
não conseguiu totalmente realizar
em relação à
Local.
Quanto a Cahique, o publicitário
diz que ainda não sabe o que
quer, apenas o que não quer
fazer. "Não tenho o menor
interesse em voltar a dirigir uma
agência de propaganda",
assegura. Segundo ele, já há
solicitações de projetos
de marketing de empresas clientes,
assim como outras agências tem-lhe
solicitado consultorias. "A Staff
era reconhecida no mercado como uma
agência muito sólida
administrativamente e, como esta era
a minha área na empresa, tenho
sido procurado por agências
até de outros estados para
analisar suas operações",
revelou, confessando à Janela:
"Pelo menos posso dizer agora,
depois de um bom tempo, que estou
feliz".
Margarida
Filmes procura novos talentos em cinema
A
produtora de comerciais Margarida Filmes
e Flores, comandada no Rio de Janeiro
por Antônio Carlos Accioly (foto),
resolveu abrir suas portas para novos
talentos cariocas de cinema, nas áreas
de direção e direção
de arte. "O mercado de produção
está crescendo no Rio e as agências
têm pedido para apresentarmos
sangue novo", explicou Accioly.
Os jovens diretores de cena e diretores
de arte que quiserem ter seu trabalho
analisado pela equipe da Margarida devem
enviar e-mail com os links para seus
trabalhos no Youtube, Vimeo ou similar
para a produtora, aos cuidados de Bianca
Marques (bianca@margaridafilmes.com.br).
Gente Que Vai e Vem Heads (Rio - RJ) - A agência
contratou Álvaro Figueira como RTV.
Álvaro começou sua carreira,
em 2001, quando passou por grandes agências.
Também trabalhou na produtora TvZero,
atendendo às maiores agências
do Rio de Janeiro e São Paulo. Neste
período, participou da produção
de mais de 300 filmes, que rendaram diferentes
prêmios do CCSP, ABP, Profissionais
do Ano e Colunistas. A partir de agora coordenará
a produção dos clientes da
Heads no Rio: Petrobras, RioSul, grupo Lance!
e Ampla. (11/02/2011)
PS10 (Rio - RJ) - A agência anuncia a contratação
do diretor de arte Fabiano Klotz. O criativo vem da Agência3 e irá
fazer dupla com o diretor de Criação, Otávio Mello. (07/02/2011)
FALECE SÉRGIO BORGNETH - A Janela
presta sua homenagem ao jornalista Sérgio Borgneth, falecido esta terça-feira,
8 de fevereiro, aos 60 anos, depois de lutar um ano contra um linfoma. Sérgio
é da geração de jornalistas que valorizava a notícia
e não o release. Foi o grande responsável pela imagem no mercado
do Meio & Mensagem, onde entrou como reporter e chegou a sócio.
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