Prefeitura
do Rio suspende concorrência
Adiamento sine die não é
uma boa notícia. Assim reagiu
o executivo de uma agência carioca
à notícia do cancelamento
da entrega dos documentos para a concorrência
da Prefeitura do Rio, que agitou a
reunião da ABAP esta sexta-feira
no Rio, onde estavam dirigentes das
principais agências cariocas.
A reunião para a apresentação
das agências estava marcada
para a próxima segunda-feira,
14, e a maioria das concorrentes tinha
seu material fechado, já que
esta é a segunda data marcada
pela Prefeitura. Esta sexta-feira,
pela manhã, as agências
que retiraram o edital receberam a
comunicação que a data
de entrega dos documentos havia sido
adiada "sine die".
A licitação da conta
publicitária do município
tem causado polêmica desde que
foi lançada, principalmente
pelas cláusulas que permitem
a escolha de agências que sequer
possuam escritório completo
na cidade.
Originalmente, a verba estipulada
pela Prefeitura era de R$ 42 milhões,
o que foi corrigido na segunda versão
do edital para R$ 60 milhões.
A Prefeitura está sem agência
desde que César Maia resolveu
desenvolver as campanhas em house-agency.
Binder
defende Edital da Prefeitura do Rio
O presidente do Sindicato das Agências
de Propaganda do Rio de Janeiro, Gláucio
Binder (foto), escreveu à Janela
manifestando sua opinião sobre
a polêmica que o Clube de Criação
do Rio de Janeiro (CCRJ) levantou
sobre o Edital de Concorrência
da Prefeitura do Rio de Janeiro, criticando
que, segundo sua leitura, pelas regras
do documento, haveria o risco de que
agências sem estrutura no Rio
de Janeiro conquistassem a conta publicitária
do município.
Márcio,
Só para ajustar. O CCRJ interpretou errado o edital da prefeitura.
Não existe essa história de que uma agência não
precisa ter sede no Rio para disputar a conta.
O Edital, antes de ser publicado, foi submetido ao advogado do Sindicato
e da ABAP. É comum editais serem avaliados pelo nosso jurídico
antes de ser publicado.
E, de acordo com o Dr. João Luiz Faria Netto, o edital está
ok.
Existe uma cláusula que diz que agências com estruturas de
criação fora do Rio podem usar essa estrutura no apoio ao
atendimento da conta. (não o departamento de atendimento)
Mas, na hora de pontuar as estruturas completas no Rio de Janeiro pontuam
melhor.
Do ponto de vista legal (pelo que me disse o Dr. João) restringir
a Agências exclusivamente do Rio é um indício de vício
no Edital. Não poderia ser assim. Sabemos que algumas regiões
do Brasil cometeram este erro, mas a prefeitura do Rio não poderia
fazer um Edital que corresse risco de ilegalidades.
Acho louvável a posição do CCRJ em defesa do nosso
mercado, mas eles não atentaram aos detalhes de pontuação
que favorece estruturas completas no Rio.
Institucionalmente, especialmente pela experiência com a prefeitura
anterior, precisamos defender a simples existência do Edital. O
mercado precisa que a Prefeitura volte a ser um anunciante. Meu interesse
é fazer com que o pleito se dê de forma tranquila. A posição
equivocada do CCRJ pode gerar turbulências que o Rio não
precisa.
Não sei porque o edital foi suspenso e também me chateio
com isso, mas o maior interesse do mercado do Rio é fazer com que
tudo ocorra com tranquilidade. Por isso estou enviando pra você
este email para chamar atenção para uma afirmação
que a sua nota deu que não é precisa.
Abraços,
Glaucio |
Como a concorrência foi adiada
"sine die" pela Prefeitura,
sem maiores explicações
sobre os motivos, vamos aguardar para
ver o que vai estar escrito no próximo
Edital.
A Prefeitura do Rio está sem
agência desde 10 de janeiro
de 2006, quando, pelo decreto 26178,
o ex-prefeito César Maia decidiu
proibir agências de propaganda
a intermediar a publicidade do governo
municipal e estruturou uma house-agency
para cuidar do trabalho, entregando
sua gerência à publicitária
Leila Castanheira.
Leia mais no resumo da Janela de 13/01/2006.
CCRJ
responde ao Sindicato das Agências
do Rio
O Clube de Criação
do Rio de Janeiro (CCRJ) assinou uma
resposta à mensagem enviada
à Janela pelo presidente do
Sindicato das Agências de Propaganda
do Rio, Gláucio Binder:
Marcio,
Vamos direto ao ponto sobre a posição do
presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Rio de Janeiro,
Glaucio Binder, em relação ao CCRJ.
Primeiro, o CCRJ estranha que ele só tenha se manifestado agora,
com o a concorrência adiada sine die.
Estamos com essa reinvidicação há mais de 1 mês,
com carta aberta ao Prefeito no nosso blog e inúmeros comentários,
com notas na Flávia Oliveira, matérias na Janela e no JB,
e com a repercussão no próprio mercado do Rio de Janeiro.
Acionamos, inclusive, o presidente da ABAP Rio, Clóvis Speroni,
que acolheu nosso pleito e prometeu algum tipo de ação.
Portanto, ele teve tempo suficiente para se posicionar a respeito.
Depois, por que essa cláusula - a nosso ver inédita - que
diz que " agências com estrutura de criação fora
do Rio podem usar essa estrutura no apoio ao atendimento da conta..."
?
É exatamente isso que o CCRJ está combatendo: que não
se exige criação no Rio de Janeiro, certo?
Por que não fazer como a Petrobras que exige, como a Prefeitura
de Vilha Velha, Espírito Santo, que exige e como todas as empresas
de Brasília que exigem escritório completos.
Gostaríamos de lembrar que Brasília é, hoje, um grande
mercado de trabalho por conta disso.
Respeitamos muito o Dr. João Luiz Faria Netto mas o simples fato
de ele ter aprovado o Edital não signfica que ele (o edital) seja
a favor do mercado de trabalho do Rio de Janeiro.
O ponto de vista jurídico, claro, não leva em consideração
esse aspecto.
E se o Edital é tão perfeito juridicamente, por que ele
foi adiado sine die, numa sexta-feira, anterior à segunda-feira,
dia da entrega das propostas?
O CCRJ vai continuar brigando pelo mercado de trabalho do Rio de Janeiro.
Essa é uma das bandeiras que justificam sua existência.
CCRJ |
Na opinião deste colunista
-- que até agora só
reproduziu os fatos e as opiniões
dos outros --, independente dos aspectos
jurídicos envolvidos na questão,
a preocupação sobre
a existência de uma cláusula
de espectro tão genérico
quanto esta da licitação
é que ela dá margem
a se especular sobre alguma maracutaia
que já esteja sendo armada
pela Prefeitura do Rio de Janeiro
para atender a objetivos políticos
na eleição de 2010.
Afinal, a iniciativa não é
inédita. Em 2004, a Governadora
Rosinha Garotinho frustou os empresários
cariocas de publicidade ao escolher
para lhe atender 3 agências
de fora do Rio: a Eurofort (Bahia),
a Makplan (Pernambuco) e a Agnelo
Pacheco (São Paulo), numa manobra
que claramente atendia aos interesses
políticos do seu marido Anthony
Garotinho. As três até
chegaram a abrir escritórios
cariocas. Mas, a bem da verdade, terminado
o governo de Rosinha, apenas a Agnelo
Pacheco se manteve no Rio, tendo até
hoje estrutura completa de criação,
atendimento e mídia. As demais,
quando acabou o dinheiro público,
fecharam suas portas.
Evitar que isto aconteça de
novo deve ser obrigação
de cada profissional, empresário
ou entidade do setor publicitário
carioca.
Gente Que Vai e Vem RedeTV! (Rio - RJ) - Acaba de contratar
para reforço da equipe comercial
a Executiva de Atendimento Vera Belini,
ex Lance e Editora Globo. Vera fará
parte da equipe do Jair Cunha. (11/12/2009)
|