Marcelo
Santos renuncia à vice-presidência
do CCRJ
EM PRIMEIRA MÃO - O
vice-presidente eleito ao Clube de
Criação do Rio de Janeiro
(CCRJ) e diretor de criação
da Percepptiva, Marcelo Santos, renunciou
ao cargo esta sexta-feira, como antecipou
mais cedo a Janela em seu Twitter.
A amigos, Santos já revelava
descontentamento ao rumo tomado pela
repercussão da eleição
e a forma com que o candidato eleito,
Tadeu Vieira, vinha administrando
a crise.
Em entrevista à Janela, Vieira
confirmou a renúncia e informou
que ainda não tem o nome que
substituirá Marcelo Santos
no cargo. Em reunião com Ronaldo
Conde e Gustavo Bastos, diretores
da agência 11|21 e ex-presidentes
do CCRJ, que foram convidados a participar
como consultores da nova diretoria
do clube, ficou acertado que, na próxima
segunda-feira, 28, haverá um
encontro do grupo com outros diretores
de criação de agências
cariocas, provavelmente na sala de
reunião da 11|21, para ouvir
sugestões sobre o que desejam
para o CCRJ e, na qual poderá,
inclusive, ser definido o nome do
novo vice-presidente.
Tadeu Vieira credita a desistência
de Marcelo Santos à pressão
que o profissional estaria recebendo
dos descontentes com os resultados
da disputa. "Nosso pessoal tem
recebido diversas ameaças,
inclusive de não conseguirem
mais trabalhar com as agências
do grupo perdedor das eleições".
O presidente eleito explicou à
Janela que não respondeu a
nenhuma das críticas enviadas
ao site porque estaria aguardando
a formalização da posse.
"Até agora não
tenho nenhum documento a respeito",
protestou Vieira, garantindo, porém,
que não vai se intimidar. "Se
nossos opositores quiserem ganhar
no grito, não vão conseguir
nada. Sou o presidente eleito do clube
e não saio enquanto não
terminar meu mandato", prometeu.
Tadeu Vieira antecipou que pretende
reunir a imprensa especializada para
uma coletiva na próxima quinta-feira,
1º de outubro, quando anunciará
as metas de sua gestão e os
nomes da diretoria e daqueles -- além
de Gustavo e Ronaldo -- que comporão
seu conselho.
N.R.: A Janela recebeu a seguinte
mensagem de Gustavo Bastos, após
a publicação da nota
acima:
"Marcio,
A reunião dos Diretores de
Criação realmente está
sendo planejada para acontecer, mas
não será nem na sala
de reunião da 11|21, nem terá
a presença do presidente eleito
ou de sua diretoria. O local ainda
não está defindo. Será
uma reunião independente que
aconecerá pelo interesse de
alguns Diretores de Criação
de discutir e tentar achar um caminho
para a crise. Ou seja, uma reunião
com agenda positiva.
O interesse deste grupo - e meu e
do Ronaldo como ex-presidentes - é
aproveitar o imbroglio para discutir
e mudar algumas coisas no CCRJ, como
o estatuto por exemplo e as regras
para as próximas eleições.
Quem sabe podemos aproveitar o interese
gerado em torno do clube para sair
desta crise fortalecidos.
Na segunda te falo mais.
Abs,
Gus."
Marcelo
Santos explica sua renúncia
ao CCRJ
O criativo Marcelo Santos, vice-presidente
demissionário da nova diretoria
eleita para o Clube de Criação
do Rio de Janeiro (CCRJ), está
distribuindo comunicado ao mercado
para explicar sua decisão,
noticiada em primeira mão pela
Janela.
Apesar de a explicação
oficial de Santos não falar
no assunto, amigos da Janela garantem
que um dos motivos da saída
foi o fato de o novo presidente Tadeu
Vieira não respeitar o acordo
feito para a entrada do redator Romeu
Loures na nova diretoria. Romeu teria
ouvido de Santos a confirmação
para o convite, que Vieira depois
desconfirmou, desautorizando seu vice-presidente.
No texto de Santos, ele também
revela a plataforma que levou para
o grupo, na quarta-feira, dia das
eleições, para que fosse
distribuida ao mercado, mas Marcelo
informou à Janela que o candidato
à presidência não
autorizou.
Penso. Logo
mudo.
"Primeiramente
gostaria de agradecer a todos que
votaram nesta última eleição
do CCRJ. Aos que me apoiaram juntamente
com a Chapa "Renova Rio",
peço apenas que reflitam sobre
a minha decisão de desligamento
da chapa.
O motivo se dá por divergência
interna neste momento. Respeito a
todos da chapa, porém o fato
de não concordar com alguns
pontos fez com que tomasse esta atitude.
Dou os parabéns a todos pelo
mérito alcançado. Saio
deste episódio fiel aos meus
valores e aos meus pensamentos.
Não vou me desfiliar do CCRJ,
mas não quero continuar trilhando
o caminho desta forma. Não
vou virar as costas para o Clube,
seria um desrespeito a todos que ali
passaram e fizeram por ele.
Durante o processo eleitoral diversas
manifestações foram
feitas, mas mantive meu silêncio
em RESPEITO a todos. Preferi utilizar
meu tempo para expor o que realmente
pensava e queria para o Clube. Infelizmente,
contra minha vontade, mas respeitando
a democracia da chapa, meu pensamento
não chegou ao conhecimento
do público.
Os profissionais que me conhecem sabem
de minha seriedade e do meu foco no
trabalho criativo. Gostaria de tornar
agora público os pensamentos
iniciais que tinha para a chapa.
Ao Mercado do Rio de Janeiro
Está chegando a hora. Sabemos
que muitos estão acostumados
ao corre-corre do dia-a-dia, mas,
sinceramente, gostaria de ter tido
mais tempo para expor as idéias
da Chapa "Renova Rio".
Hoje estamos indo às urnas
praticamente escolher por pessoas,
quando poderíamos estar indo
com muito mais consciência da
escolha feita.
Mas enfim, estamos cumprindo as regras
estipuladas e todos nós sabemos:
regras são regras. E vamos
em frente.
Sabemos que nos momentos mais difíceis
somos colocados à prova do
nosso talento e não vai ser
diferente agora. Estamos certos que
o CCRJ não está abandonado
e não estará enquanto
tivermos pessoas interessadas em trabalhar
sério (independente do resultado).
Vejo uma quantidade enorme de críticas
sendo feitas nesse momento. Pena que
isso não se reflita em um número
maior de chapas envolvidas nesta eleição.
Expor sua opinião e ter suas
críticas ouvidas e respeitadas
é tão importante quanto
querer participar para construir.
A chapa que estamos apresentando vai
se basear neste princípio participativo,
onde saber ouvir e dividir é
fundamental. A nossa experiência
profissional nos demonstra isso diariamente.
E as chapas aqui inscritas nesta eleição
só conseguirão fazer
um CCRJ representativo, se os sócios
tiverem a intenção de
colaborar. Quando falamos sócios,
falamos em profissionais criativos,
agências, fornecedores, estudantes,
veículos, falamos de todo o
mercado.
Atualmente o CCRJ não se paga.
Não adianta tapar o sol com
a peneira, chegou a hora de repensarmos
os formatos atuais, somarmos nossas
experiências e o mais importante:
trabalharmos por isso. E o ponto de
partida é seu voto.
Pontos importantes que teremos que
trabalhar:
1 - Obtenção de uma
sede para o CCRJ (local este que já
temos em negociação).
2 - Realização do Festival
Melhor do Rio em novo formato.
3 - Aproximação do Clube
com empresas investidoras.
4 - Aproximação do Clube
junto as Universidades.
5 - Intercâmbio com as outras
instituições como GAP,
Grupo de Mídia, ALAP, ABP entre
outras.
6 - Formação de uma
chapa com estrutura de presidente,
vice, diretoria e conselho (de diversos
segmentos)
7 - Sanar as dívidas.
8 - Desenvolver atividades sociais
com envolvimento dos sócios,
sejam esportivas, culturais, etc.
9 - Desenvolver canais de comunicação
como site (conteúdo de todo
o mercado), Twitter, e-mail, celular
etc
Quanto ao Festival, o formato proposto:
Institucionalizar datas: Maio - Cidade
do Rio e Novembro - Búzios.
Em maio, um Festival para selecionar
o Melhor do Rio, com registro em anuário
impresso, júri carioca e votação
de Grand Prix com participação
de júri internacional. Lançamento
do Anuário durante o Festival
de Búzios. As peças
selecionadas neste anuário
estarão concorrendo automaticamente
no Festival de Búzios.
O Festival de Búzios passa
a ter uma abrangência nacional
aceitando peças de outras capitais.
O julgamento é formado por
júri carioca.. E registro feito
através do site do CCRJ em
um novo formato. podendo ser comercializado
através de associação
ao site ou CD e DVD."
Tadeu
Vieira chama João Santos para
vice do CCRJ
O diretor de criação
da agência Giacometti, João
Santos, é o novo vice-presidente
do Clube de Criação
do Rio de Janeiro (CCRJ), convidado
pelo novo presidente Tadeu Vieira
para ocupar a brecha deixada pela
renúncia de Marcelo Santos,
da Percepttiva. Apesar de ambos serem
Santos, não são parentes.
É mera coincidência.
O presidente anterior do CCRJ, Flávio
Medeiros, chegou a se preocupar se
a saída de Santos poderia inviabilizar
a transmissão do cargo, já
que a chapa era composta apenas por
dois nomes: o de Tadeu e o de Marcelo.
Consultado o advogado do clube, acabou
sendo resolvida até uma outra
questão: a de quando aconteceria
a posse da nova diretoria. Segundo
a consulta jurídica aos estatutos,
nem precisa haver transmissão
de cargo. Encerrada as eleições,
Tadeu já era formalmente presidente.
Com isso, Marcelo Santos renunciou
no exercício da vice-presidência
e João Santos também
pode se considerar oficialmente empossado.
Flávio Medeiros não
precisa mais nem assinar cheque do
CCRJ, portanto.
DR
no CCRJ: diretores de criação
se reúnem no Rio
EM PRIMEIRA MÃO - Instalada
a crise no Clube de Criação
do Rio de Janeiro (CCRJ) após
a eleição do praticamente
desconhecido publicitário Tadeu
Vieira como presidente da entidade,
um grupo de 14 diretores de criação
de agências cariocas aceitou
se reunir esta segunda-feira para
discutir a relação,
convocados por Gustavo Bastos e Ronaldo
Conde, ambos ex-presidentes da entidade,
conforme informou na sexta-feira a
Janela Publicitária.
No encontro, relata Bastos, ficou
estabelecido que "o grupo apóia
o CCRJ, mas quer conhecer em detalhes
os planos da nova diretoria".
Somente a partir daí se criará
um conselho consultivo para acompanhar
tanto a implementação
dos planos da diretoria quanto discutir
novas idéias.
Uma nova reunião foi marcada
para esta terça-feira, agora
com a presenta de Tadeu Vieira. Marcelo
Santos, que era vice de Tadeu e renunciou
ao cargo por "divergências
internas", já avisou à
Janela que não participará
de nenhum destes encontros.
Entre as questões debatidas
pelo grupo estão:
- a publicação do anuário
que já foi julgado;
- trazer o festival do anuário
de Búzios para o Rio;
- abrir inscrições para
o anuário de todo o país;
- trazer de volta para o CCRJ as categorias
de sócio como diretores de
comerciais, fotógrafos, produtores,
etc,;
- campanha por mais sócios;
- a convocação de uma
assembleia geral.
Gustavo reafirmou que, "o mais
importante neste momento, é
mostrar que o mercado está
unido e vai trabalhar pelo sucesso
do CCRJ".
Estivervam presentes ao encontro Álvaro
Rodrigues (Agência3 e ex-presidente
do CCRJ), Carlos di Celio (F/Nazca),
Carlos Pedrosa (ex–presidente
do CCRJ), Filipe Raposo (DPZ), Fabio
Barreto (Kindle), Gustavo Bastos (11|21
e ex-presidente do CCRJ), Heleno Bernardi
(Casa da Criação), João
Santos (Giacometti), Marcos Silveira
(Agnelo Pacheco), Marcelo Giannini
(Loja), Renata Raggi (W/), Renata
Giese (B. de Mello), Roberto Vilhena
(Artplan) e Ronaldo Conde (11|21 e
ex-presidente do CCRJ). Alguns outros
diretores de criação
confirmaram presença e declararam
apoio ao movimento, mas tiveram compromissos
de última hora e não
puderam comparecer, como Ricardo Real
(Script), Francisco Luchini e Eduardo
Almeida (Quê), Marcelo Felício
(Euro RSCG Contemporânea), Celso
Batalha (Publicis) e Marcos Pedrosa
- GCom Rede Globo).
Eleição
do CCRJ - Falam os leitores (6)
De Silvio Lachtermacher,
redator
"Marcinho,
Antigamente a gente falava "Deu
no New York Times". Hoje a gente
fala: "Fudeu o New York Times".
Ok, mas o que isso tem a ver com o
CCRJ? Tudo.
O mundo mudou. Os veículos
mudaram. A criação se
espalhou pra fora das agências
tradicionais, para fora das mídias
convencionais. E deixar de ser convencional
é uma das atitudes mais criativas
que o ser humano pode experimentar.
Temos um desafio maravilhoso pela
frente, onde um mundo novo nos incentiva
a abrir nossas cabeças, pensar
diferente e contar nossas histórias
para as mais diversas plataformas
de comunicação.
Não somos mais apenas criativos
de 30", de títulos ou
layouts. A criatividade se espalhou
para agências de rede social,
para agências digitais, para
agências de idéias, para
empresas de promoção
etc...
É lógico que o novo
gera desconforto. E é lógico
também, que quem está
desconfortável, critique o
novo, essa coisa pentelha que veio
para atrapalhar, mudar hábitos,
costumes e crenças, quebrar
paradigmas e colocar pontos de interrogação
onde antes estavam pontos finais.
O CCRJ não pode ser mais só
o clube de quem faz anúncio,
filme e spot. Tem que ser o clube
da criatividade. E como tem criativo
por aqui.
Estamos vivendo um mundo em reinvenção.
Cabe ao clube também se reinventar.
O momento nunca foi tão inspirador.
O mercado do Rio não está
acabando. Ao contrário: ele
cresceu, só que para outros
cantos, outras plataformas, outras
formas criativas.
Essa é a minha humilde sugestão:
O CCRJ deixar de ser um clubinho fechado.
E abrir as portas pro novo. Mesmo
que a gente ainda não saiba
como colocar esse "novo"
num anuário impresso.
Abs"
N.R.: Silvio, o clube começou
assim. Era um clube "de criação",
não só "de criativos
de agências de propaganda".
Isso mudou em 1999, na gestão
do Sérgio de Paula.
De Marcos Silveira,
diretor de criação da
Agnelo Pacheco-Rio
NEM CHEGOU E O TADEU JÁ
ESTÁ TRABALHANDO.
Conheço
o Tadeu não é de hoje.
Sempre vi no olhar dele o brilho da
determinação daqueles
que seguirão adiante. Como
diria o poeta: uns passarinho, outros
passarão.
Mas além de tudo o que Tadeu
fez na vida, um detalhe jamais será
esquecido: ele provocou o mercado
criativo do Rio.
Há quanto tempo não
vemos essa efervescência.
Muito já foi escrito sobre
isso. O Ronaldo Conde fez uma esplanação
brilhante.
Na opinião de muitos, as últimas
diretorias não conseguiram
encantar os eleitores. Com exceção,
é claro, dos coleguinhas mais
próximos que se enganavam com
os premiozinhos fáceis do CCRJ,
doados entre a rapaziada da diretoria,
por um juri na maioria das vezes inodoro,
incolor e insípido.
Enfim, aquela famosa ação
entre amigos.
Obrigado, Tadeu.
Não fosse você, teríamos
mais uma chapa eleita sem qualquer
representatividade.
Cinquenta votos de diferença
em noventa. Diante do tamanho do mercado,
pode?
Não vai aqui nenhum desmérito
pelo grupo derrotado, que nem teve
tempo de mostrar trabalho. Não
tenho dúvidas da seriedade
e comprometimento do Alexandre Motta
e do Paulo Castro. Mas, como diriam
meus filhos, já era.
Obrigado, Tadeu. E, modestamente,
aceita uma opinião?
Só existe um cara na criação
que fez tudo sozinho: Deus.
Reúna um grupo legal. Tem muita
gente que pode ajudar. E pelo o que
li de opiniões na coluna do
Marcio, vai ter gente sobrando.
Chama o Ronaldo Conde, Gustavo Bastos,
Marcepo Coli, Renata Giese, Marcelo
Santos, Chiquinho Lucchini, Fábio
Barreto, Guto de Paula, Marcelo Santos,
Alexandre Mota e o Paulo Castro.
E, de quebra, convoca o Glaucio Binder
e entrega a representação
do CCRJ em São Paulo ao Andre
Pedroso e ao meu querido Meierman,
Rynaldo Gondim.
E tem mais: se nessa orquestra precisar
de alguém para empurrar o piano,
eu me convido."
Flávio
Medeiros responde ao mercado em carta
aberta
O presidente do Clube de Criação
do Rio de Janeiro (CCRJ), Flávio
Medeiros, distribuiu hoje uma carta
aberta ao mercado se manifestando
sobre as eleições realizadas
na última semana, que elegeram,
para a próxima gestão,
o publicitário Tadeu Vieira:
Carta aberta
do Clube de Criação
do Rio de Janeiro ao mercado e aos
sócios.
O
CCRJ esteve calado. Talvez por tempo
demais. E não tem a ver com
os últimos acontecimentos.
Ao longo dos últimos quatro
anos, conquistamos muitas coisas.
E perdemos outras tantas. Mas nunca
fez o estilo da atual gestão
contar as suas vitórias ou
comentar as suas reuniões antes
de concretizar algum projeto. Reconhecemos,
sim, as nossas derrotas. E procuramos
aprender com as sugestões e
críticas. As duas sempre foram
bem-vindas. São a matéria
prima de qualquer entidade de classe.
Eleições do Clube acontecem
de dois em dois anos, todo sócio
sabe. Tempo suficiente para montar
projeto, exercer a situação
e a oposição. A próxima
será em agosto de 2011.
O resultado dessa eleição
foi dentro das regras convencionadas
pelo atual estatuto, criado em 1991
e ratificado em 2001, e pela jurisprudência
do mercado carioca. Os candidatos
à presidência, Tadeu
Vieira, e à vice-presidência,
Marcelo Santos, foram sufragados democraticamente
nas urnas e, portanto, reconhecidos
pelo Clube de Criação
do Rio de Janeiro como os novos representantes
legais da entidade. Com o ônus
e o bônus que todo processo
traz.
O CCRJ esteve calado. Por reconhecer
que as críticas, as discussões,
as #ccrj, as opiniões, as cartas
abertas, as desfiliações,
as reuniões, as indignações
de ambas as partes e as manifestações,
independente de cargo, atuação
ou projeção, que aconteceram
nas mídias sociais e na imprensa
especializada, são válidas
e democráticas. Fazem parte
do processo.
O CCRJ esteve calado. Porque ao longos
dos últimos quatro anos, sempre
privilegiou o silêncio e os
principais projetos do Clube: o anuário,
o Clube do Futuro, o Young Creatives
e o Festival Melhor do Rio. E, na
medida da participação
dos sócios, o CCRJ se empenhou
em ampliar a atuação
da entidade.
Apesar da crise do mercado carioca,
conseguimos realizar três festivais,
quatro anuários, quatro edições
do Young Creatives e do Clube do Futuro.
E, institucionalmente, conseguimos
outras conquistas.
Sobre a relação
com outras entidades.
Desde que assumiu a gestão
do Clube de Criacão, a atual
diretoria tem promovido intercâmbios
com várias entidades representativas
dos mercados carioca e brasileiro.
Hoje, o CCRJ faz parte do Conselho
Permanente do GAP-RJ. O Clube também
faz parte da diretoria de Inovação
do Grupo de Mídia do Rio e
é um dos patrocinadores do
Encontro de Redação
Publicitária de Paraty, promovido
pela ALAP, ajudando inclusive na sua
concepção.
O CCRJ também participou da
campanha contra a corrupção
promovida pela ABAP Brasil e Instituto
Ethos e tem representado o mercado
do Rio nos júris do Profissionais
do Ano, Prêmio O Globo, Prêmio
Abril e Festival da ABP. Além
disso, o CCRJ passou a fazer parte
do conselho da Memória da Propaganda,
sendo um dos seus mantenedores, e
participa do painel "Cinema,
que mídia é essa?"
do Festival de Cinema do Rio de Janeiro.
Há duas edições,
os anuários do CCRJ têm
sido registrados na Biblioteca Nacional
e doados para outras bibliotecas do
Estado do Rio de Janeiro.
Sobre os outros Clubes de Criação.
Muito se discute se o anuário
do Rio de Janeiro deveria ser nacional
ou regional. Idéias como abrir
a inscrição para profissionais
cariocas radicados em outros estados
fizeram parte do cotidiano do CCRJ
há tempos.
Por decisão da atual diretoria,
há três edições
do anuário, o CCRJ tem registrado
peças nacionais. Usando um
critério democrático
e de incentivo à participação
local, a atual diretoria do Clube
do Rio tem convidado os Clubes de
Criação de outros estados
para enviar as peças mais significativas
de cada cidade, valorizando os profissionais
regionais e estreitando os laços
da entidade carioca com outras entidades
similares em todo o país. Foi
a forma encontrada para nacionalizar
o anuário carioca sem abrir
mão da valorização
do nosso mercado e do espírito
do "Melhor do Rio", criado
pelos ex-presidentes Fernando Campos
e André Eppinghaus.
Além disso, o CCRJ também
tem participado de eventos realizados
nos mercados de Natal, no Rio Grande
do Norte, e em Juiz de Fora, em Minas
Gerais. E tem relação
próxima com os Clubes de Criação
de São Paulo, do Paraná
e de Santa Catarina.
Sobre a relação
do CCRJ com estudantes.
Ao longo dos últimos quatro
anos, o CCRJ tem mantido o concurso
Clube do Futuro, dando oportunidade
neste período para mais de
60 estudantes ingressarem na criação
das principais agências do Rio
de Janeiro.
Por decisão das últimas
diretorias, os júris do Clube
do Futuro foram formados, em sua maioria,
por profissionais que normalmente
não participam do júri
do anuário. A idéia
foi dar a chance para estes profissionais
ganharem experiência em exercer
critério e atuação
em júris. Ao todo, aproximadamente
30 profissionais fizeram a sua estréia
neste júri.
Além disso, o Clube de Criação
participa de seminários promovidos
pelas escolas de comunicação
de várias universidades do
estado e do Brasil. Nos últimos
anos, participamos do Interseção,
realizado pela Escola de Comunicação
da UFRJ, da Semana de Comunicação
da PUC e do Curso de Portfólio
promovido pela ESPM-RJ, entre outros
eventos. Há três anos,
o CCRJ vem promovendo, em parceira
com a Escola Superior de Propaganda
e Marketing do Rio de Janeiro, o Portfólio
Hour.
Sobre representatitivade das agências
nos júris do anuário.
Desde que atual diretoria assumiu,
dois modelos para escolha dos jurados
do anuário foram adotados:
por votação e por escolha
da diretoria. Os dois formatos já
foram utilizados por outras entidades
e têm argumentos a favor e contra
cada um. Foi também uma preocupação
da atual gestão que nenhum
diretor do CCRJ fizesse parte do corpo
de jurados: quem decide as regras
não faz parte do jogo.
Na prática, mais de 30 agências
foram representadas pelos seus profissionais
nos júris formados para a escolha
das peças nas quatro últimas
edições do anuário.
Entre elas, Agência 3, Staff,
NBS, Quê, DPZ, W/Brasil, Contemporânea,
F/Nazca, McCann, DM9/DDB, Duda, Publicis,
Artplan, Giovanni, FCB, CGCOM, Binder,
VS, JWT, Script, 100%, Young &
Rubicam, MG, Thinkers, Praia de Comunicação,
Loja, Ogilvy, Casa da Criação,
Percepttiva, Heads e 11/21. Além
dessas agências, profissionais
de agências de comunicação
online e designers também foram
convidados para compor os júris
de material promocional e internet.
Muitos profissionais estrearam em
júris do CCRJ na atual gestão.
Ao todo, ao longo dos últimos
anos, mais de 50 profissionais diferentes
participaram dos júris do Melhor
do Rio. Com os júris do Clube
do Futuro e do Young Creatives, a
conta chega a mais de 80 profissionais.
Um número absolutamente significativo
para representar todo o mercado carioca.
Sobre o Young Creatives.
Durante os ultimos quatro anos, um
contrato registrado em cartório
com a Escola Superior de Propaganda
e Marketing do Rio de Janeiro, com
direitos e deveres de ambas as partes,
garantiu uma vaga por ano para o mercado
carioca, sendo que, no ano de 2007,
foram duas vagas.
Os profissionais indicados para representar
o Rio de Janeiro nestas edições
foram escolhidos por um júri
formado por ex-youngs e profissionais
das principais agências do Rio
de Janeiro e sempre contou com a parceria
e a supervisão do responsável
pelo concurso no Brasil, o professor
Emanuel Públio Dias.
Sobre o resultado das eleições
e a participação no
CCRJ.
Quem foi atuante e participou do
Clube de Criação nos
últimos anos sabe que o CCRJ
sempre esteve aberto às opiniões
e aos projetos de todos os sócios.
Desde que, claro, com a sua viabilidade
comprovada.
Foi na atual gestão que a
lista oficial de sócios começou
a constar no site da entidade e impressa
nos anuários, ratificando o
número de profissionais atuantes
e que têm contribuído
anualmente para o Clube.
Desde que a lista de sócios
passou a ser divulgada, a maior participação
de profissionais e estudantes foi
nos anos em que o júri do anuário
era escolhido por voto, e não
por indicação, chegando
a 192 sócios em dia com as
suas obrigações consolidados
no anuário "Exercício"
e 196 sócios consolidados no
anuário "Caos". Na
última eleição,
a lista final tinha 140 sócios,
dos quais 91 compareceram à
votação.
Para finalizar, a atual diretoria
do Clube de Criação
do Rio de Janeiro agradece à
oposição e à
situação, os elogios
e, principalmente, as críticas.
Esses binômios mantém
qualquer entidade e mercado vivos.
Acertamos e erramos. Um dos erros:
ficar calados. Um dos acertos: trabalhar
com discrição, correção
e dedicação ao Clube.
Pessoalmente, quando assumi o CCRJ
sabia que, como qualquer presidente,
estava sujeito às palmas, aos
humores e às críticas
do mercado. Quem esteve próximo,
acompanhou a lisura e o empenho. Dedicação
reconhecida pelos Colunistas do Rio
de Janeiro que, pela primeira vez,
premiou o presidente do Clube como
Destaque do Ano pela atuação
e fortalecimento do CCRJ, em 2007.
Quem acompanhou soube de perto a
preocupação em registrar
as marcas CCRJ e Festival Melhor do
Rio no INPI. Reconheceu as lutas encampadas,
como a de ter um representante carioca
no júri do Festival de Cannes,
a criação de um site
especial para o Melhor do Rio, com
inscrição e pagamento
on line das peças, e a preocupação
e o exercício hercúleo
para manter saudável o fluxo
de caixa do Clube.
Quem acompanhou de perto sabe que
construímos mais manilhas que
pontes. E manilhas não mobilizam,
não viram bandeira. Mas são
fundamentais, estruturais.
Agradeço aos parceiros do
Clube. Agradeço aos sócios
atuantes em todos esses anos. Agradeço
a quem, apesar do aplauso ou da vaia,
contribuiu para o CCRJ e participou
dele. Para saber quem são essas
pessoas, basta olhar os nomes repetidos
nas listas registradas nos anuários.
E também agradeço aos
sócios de ocasião. Da
sua forma, também ajudaram
o Clube.
Agradeço aos diretores que
me acompanharam: Jose Luiz Vaz, Bruno
Pinaud, Marcio Juniot, Luiz Vieira,
Rodrigo Westin, Dan Zechinelli, Luiz
Claudio Salvestroni, Marcio Morgade,
Ricardo Weitsmann, Alexandre Motta.
Ao Paulo Castro, que não era
diretor, mas encampou a missão
como se fosse.
Agradeço ao Marcos Hosken,
ao Marcello Noronha, ao Rodrigo de Lamare
e ao Luiz Claudio, mais uma vez, por
terem criado os anuários e
acompanhado a produção
deles.
Agradeço ao Adilson Xavier
por ter aceitado o convite para presidir
o último júri. Ao Paulo
Costa, à Marina Colassanti
e ao Lula Vieira por terem ajudado
a escolher e terem escrito os textos
do Hall da Fama. Ao Renato Jardim
que escreveu o texto de apresentação
do último anuário. Agradeço
aos ex-presidentes, principalmente
ao André Eppinghaus, ao Fernando
Campos e ao Álvaro Rodrigues
por resgatarem o prestígio
da entidade.
Agradeço, também, ao
Ercílio Tranjan, ao André
Lima e ao Cláudio Loureiro
por entenderem minha jornada dupla
nos últimos anos.
E gostaria de agradecer especialmente
ao Igor Cunha e à Priscila
Serra por terem sido a alma e os braços
do Clube de Criação
do Rio de Janeiro nesse tempo todo.
Para finalizar, a atual diretoria
deseja boa sorte ao grupo que assumir
o CCRJ. Deseja boa sorte para quem
realmente quer trabalhar para o CCRJ,
independente de ser eleito ou escolhido.
Desde já, a atual diretoria
e o presidente em exercício
se colocam à disposição
para quaisquer outros esclarecimentos
no processo de transição.
Que todas as opiniões, sem
exceção ou julgamentos
de certo ou errado, sejam respeitadas
e que a democracia viva.
Sempre.
Flávio Medeiros
Presidente do CCRJ.
Eleição
do CCRJ - Falam os leitores (7)
De Tony Coelho,
diretor de criação da
Conceito Rio
"Marcio,
Estou acompanhando a polêmica
eleição do CCRJ.
Afinal, apesar de muitos acharem que
não, entendo que lá
é casa de todo criativo, não
apenas o publicitários, por
isso, quero sempre saber como ele
anda.
Acompanhei as opiniões de todos
através do Janela, mas fico
com o que disse o Conde e o Silveira,
por entender que são as posições
mais sensatas em relação
ao que aconteceu.
Com a Conceito, recebemos este ano
o prêmio de Profissional de
Marketing Promocional do Ano do Rio
de Janeiro do Globes Awards, mas nunca
conseguimos um espaço no CCRJ
para fortalecermos a Criação
em Marketing Promocional ou mesmo
interagirmos em favor do nosso mercado.
Recentemente, estive com o Alvinho
da Agência 3 no Festival da
ABP e fiquei de marcar um papo com
ele, era para falar sobre isso (nem
ele sabe), pois o considero um grande
cara.
A Criação do Rio é,
e sempre será, o berço
dos grandes talentos, formadora de
conceitos e caminhos, inovadora e
diferenciada, polêmica e convulsiva.
Não é de admirar que
os Deuses da Criação
(sem alusões) dessem a oportunidade
única de uma grande virada
pra gente, de um recomeço,
a partir do CCRJ.
Há muito o Clube não
tinha tanta evidência, espaço
e adesão.
Então, para somar, proponho
que se aproveite a oportunidade e
se abra o caminho para os profissionais
de Criação de Marketing
Promocional e, como disse o Silveira,
se for pra empurrar o piano, também
estamos aqui de braços (e cabeça)
abertas e estendidas para o pessoal
do CCRJ."
De Luiz Vieira,
redator
"Podemos
ficar aqui apontando dedo para A ou
para B. É fácil, cômodo,
confortável. Basta culpar os
outros.
Não é esse o caso.
É um caso de omissão,
covardia ou desinteresse. Pode escolher.
Sabe qual é o cargo mais solitário
do planeta? É presidente do
CCRJ. Na primeira reunião de
diretoria, vem uma multidão.
Na segunda, meia dúzia de gatos
pingados. Na terceira, zero.
Quer arranjar um culpado?
Vai olhar no espelho. Me incluo também.
Junto com todos os criativos que viram
isso acontecer e nada fizeram.
Eu sou culpado, você é
culpado, nós somos os únicos
culpados.
E agora?
Agora é tarde.
Quem viu este Clube nascer, deve estar
pasmo de ver onde foi parar.
O CCRJ nasceu na ditadura militar.
Atuou, articulou, mobilizou intensamente
neste período, a ponto de ter
toda a diretoria vigiada e grampeada
pela repressão. Havia um senso
de dever de participar do CCRJ. Não
era só comprar um anuário.
O CCRJ se posicionava, tinha respeito,
representatividade. Fazia a diferença.
Teve presidentes importantes, corajosos,
dedicados. Teve importância.
Lembra do Jornal CCRJ? Claro que não.
O Clube virou um anuário. Você
compra e vota pra presidente inteiramente
grátis.
O CCRJ era uma bandeira que qualquer
criativo do Rio tinha orgulho em empunhar.
Era uma voz que falava alto e grosso.
Era a nossa voz.
Agora é o silêncio.
Que vergonha!"
Agência3
fecha 2009 com crescimento de 20%
Apesar
da crise, a Agência3 está
prevendo fechar 2009 com um crescimento
de 20%, informou à Janela seu
presidente, Álvaro Rodrigues
(foto).
Os resultados são decorrentes
não apenas da reativação
de clientes imobiliários como
a Rossi, mas da conquista de duas novas
contas este mês de setembro. A
agência foi a vencedora da concorrência
pública realizada pela FINEP
- Financiadora de Estudos e Projetos
- ligada ao Ministério da Ciência
e Tecnologia, cuja verba, segundo o
edital, é de R$ 7 milhões/ano.
A segunda conta conquistada foi a do
curso de inglês Ibeu, também
através de concorrência
da qual participaram Staff e Binder.
A verba do Ibeu, de acordo com especulações
do mercado, ficaria entre R$ 1,5 milhão
e R$ 2 milhões.
A movimentação supera
a perda da conta do CCAA, ocorrida em
agosto último.
Multieconomia
volta às origens como duas
redes de varejo
Oito meses depois de anunciarem sua
fusão como Multieconomia, as
redes Multimarket e Redeconomia voltam
a atuar independentemente a partir
de outubro. A conta estava na Agnelo
Pacheco, que fez o lançamento
da união, mas fica cuidando
agora somente da rede Multimarket.
A Redeconomia, que antes da junção
era conta de Wesley Marine, passa
a ser atendida pela Tendência.
As duas agências já estão
autorizando para seus novos clientes.
Gente Que Vai e Vem
Kindle (Rio - RJ) - Contratou Guilherme Cunha Rahde como Diretor de
Novos Negócios e Bernardo Martins como Gerente de Projetos. Martins tem
passagem pela Script, onde trabalhou para clientes como BB Seguro, Repsol, Taco
e Shopping Iguatemi, além de ter atuado no ramo de promoção
e eventos como sócio da consultoria em comunicação Marka,
por dois anos, atendendo clientes como FGV, CBF e Prefeitura de Búzios.
Já Rahde atuou diretamente em agências como DCS Comunicação
(membro do WPP Group), Bits e Núcleo 3. E indiretamente com empresas
como Competence, Escala, E21, W3HAUS, entre outras. Foi sócio da agência
ACT2, no qual se manteve durante 3 anos atendendo clientes nacionais e estrangeiros
como Bringer Corporation, Mahindra, Bramont e LeGrand. (28/09/2009)
FALECE ARAPA - O publicitário Sérgio de Andrade, mais conhecido
como Arapuã e Arapa, faleceu em São Paulo aos 81 anos de idade,
dia 2 de outubro. Nascido em 1928, foi jornalista, publicitário, cronista
esportivo, humorista, cartunista e especialista em marketing político.
Estava no Núcleo de Redação da Imprensa Oficial desde 2006.
É dele o clássico comercial da Antarctica de 1972, com Adoniran
Barbosa perguntando "Nós viemos aqui pra beber ou pra conversar?",
adaptado de uma piada da época..
|