Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 02/OUT/2009
Marcio Ehrlich

 

Marcelo Santos renuncia à vice-presidência do CCRJ

EM PRIMEIRA MÃO - O vice-presidente eleito ao Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ) e diretor de criação da Percepptiva, Marcelo Santos, renunciou ao cargo esta sexta-feira, como antecipou mais cedo a Janela em seu Twitter.
A amigos, Santos já revelava descontentamento ao rumo tomado pela repercussão da eleição e a forma com que o candidato eleito, Tadeu Vieira, vinha administrando a crise.
Em entrevista à Janela, Vieira confirmou a renúncia e informou que ainda não tem o nome que substituirá Marcelo Santos no cargo. Em reunião com Ronaldo Conde e Gustavo Bastos, diretores da agência 11|21 e ex-presidentes do CCRJ, que foram convidados a participar como consultores da nova diretoria do clube, ficou acertado que, na próxima segunda-feira, 28, haverá um encontro do grupo com outros diretores de criação de agências cariocas, provavelmente na sala de reunião da 11|21, para ouvir sugestões sobre o que desejam para o CCRJ e, na qual poderá, inclusive, ser definido o nome do novo vice-presidente.
Tadeu Vieira credita a desistência de Marcelo Santos à pressão que o profissional estaria recebendo dos descontentes com os resultados da disputa. "Nosso pessoal tem recebido diversas ameaças, inclusive de não conseguirem mais trabalhar com as agências do grupo perdedor das eleições".
O presidente eleito explicou à Janela que não respondeu a nenhuma das críticas enviadas ao site porque estaria aguardando a formalização da posse. "Até agora não tenho nenhum documento a respeito", protestou Vieira, garantindo, porém, que não vai se intimidar. "Se nossos opositores quiserem ganhar no grito, não vão conseguir nada. Sou o presidente eleito do clube e não saio enquanto não terminar meu mandato", prometeu.
Tadeu Vieira antecipou que pretende reunir a imprensa especializada para uma coletiva na próxima quinta-feira, 1º de outubro, quando anunciará as metas de sua gestão e os nomes da diretoria e daqueles -- além de Gustavo e Ronaldo -- que comporão seu conselho.

N.R.: A Janela recebeu a seguinte mensagem de Gustavo Bastos, após a publicação da nota acima:

"Marcio,
A reunião dos Diretores de Criação realmente está sendo planejada para acontecer, mas não será nem na sala de reunião da 11|21, nem terá a presença do presidente eleito ou de sua diretoria. O local ainda não está defindo. Será uma reunião independente que aconecerá pelo interesse de alguns Diretores de Criação de discutir e tentar achar um caminho para a crise. Ou seja, uma reunião com agenda positiva.
O interesse deste grupo - e meu e do Ronaldo como ex-presidentes - é aproveitar o imbroglio para discutir e mudar algumas coisas no CCRJ, como o estatuto por exemplo e as regras para as próximas eleições. Quem sabe podemos aproveitar o interese gerado em torno do clube para sair desta crise fortalecidos.
Na segunda te falo mais.
Abs,
Gus."

Marcelo Santos explica sua renúncia ao CCRJ

O criativo Marcelo Santos, vice-presidente demissionário da nova diretoria eleita para o Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ), está distribuindo comunicado ao mercado para explicar sua decisão, noticiada em primeira mão pela Janela.
Apesar de a explicação oficial de Santos não falar no assunto, amigos da Janela garantem que um dos motivos da saída foi o fato de o novo presidente Tadeu Vieira não respeitar o acordo feito para a entrada do redator Romeu Loures na nova diretoria. Romeu teria ouvido de Santos a confirmação para o convite, que Vieira depois desconfirmou, desautorizando seu vice-presidente.
No texto de Santos, ele também revela a plataforma que levou para o grupo, na quarta-feira, dia das eleições, para que fosse distribuida ao mercado, mas Marcelo informou à Janela que o candidato à presidência não autorizou.

Penso. Logo mudo.

Marcelo Santos"Primeiramente gostaria de agradecer a todos que votaram nesta última eleição do CCRJ. Aos que me apoiaram juntamente com a Chapa "Renova Rio", peço apenas que reflitam sobre a minha decisão de desligamento da chapa.
O motivo se dá por divergência interna neste momento. Respeito a todos da chapa, porém o fato de não concordar com alguns pontos fez com que tomasse esta atitude.
Dou os parabéns a todos pelo mérito alcançado. Saio deste episódio fiel aos meus valores e aos meus pensamentos.
Não vou me desfiliar do CCRJ, mas não quero continuar trilhando o caminho desta forma. Não vou virar as costas para o Clube, seria um desrespeito a todos que ali passaram e fizeram por ele.
Durante o processo eleitoral diversas manifestações foram feitas, mas mantive meu silêncio em RESPEITO a todos. Preferi utilizar meu tempo para expor o que realmente pensava e queria para o Clube. Infelizmente, contra minha vontade, mas respeitando a democracia da chapa, meu pensamento não chegou ao conhecimento do público.
Os profissionais que me conhecem sabem de minha seriedade e do meu foco no trabalho criativo. Gostaria de tornar agora público os pensamentos iniciais que tinha para a chapa.

Ao Mercado do Rio de Janeiro

Está chegando a hora. Sabemos que muitos estão acostumados ao corre-corre do dia-a-dia, mas, sinceramente, gostaria de ter tido mais tempo para expor as idéias da Chapa "Renova Rio".
Hoje estamos indo às urnas praticamente escolher por pessoas, quando poderíamos estar indo com muito mais consciência da escolha feita.
Mas enfim, estamos cumprindo as regras estipuladas e todos nós sabemos: regras são regras. E vamos em frente.
Sabemos que nos momentos mais difíceis somos colocados à prova do nosso talento e não vai ser diferente agora. Estamos certos que o CCRJ não está abandonado e não estará enquanto tivermos pessoas interessadas em trabalhar sério (independente do resultado).
Vejo uma quantidade enorme de críticas sendo feitas nesse momento. Pena que isso não se reflita em um número maior de chapas envolvidas nesta eleição. Expor sua opinião e ter suas críticas ouvidas e respeitadas é tão importante quanto querer participar para construir.
A chapa que estamos apresentando vai se basear neste princípio participativo, onde saber ouvir e dividir é fundamental. A nossa experiência profissional nos demonstra isso diariamente.
E as chapas aqui inscritas nesta eleição só conseguirão fazer um CCRJ representativo, se os sócios tiverem a intenção de colaborar. Quando falamos sócios, falamos em profissionais criativos, agências, fornecedores, estudantes, veículos, falamos de todo o mercado.
Atualmente o CCRJ não se paga. Não adianta tapar o sol com a peneira, chegou a hora de repensarmos os formatos atuais, somarmos nossas experiências e o mais importante: trabalharmos por isso. E o ponto de partida é seu voto.

Pontos importantes que teremos que trabalhar:

1 - Obtenção de uma sede para o CCRJ (local este que já temos em negociação).
2 - Realização do Festival Melhor do Rio em novo formato.
3 - Aproximação do Clube com empresas investidoras.
4 - Aproximação do Clube junto as Universidades.
5 - Intercâmbio com as outras instituições como GAP, Grupo de Mídia, ALAP, ABP entre outras.
6 - Formação de uma chapa com estrutura de presidente, vice, diretoria e conselho (de diversos segmentos)
7 - Sanar as dívidas.
8 - Desenvolver atividades sociais com envolvimento dos sócios, sejam esportivas, culturais, etc.
9 - Desenvolver canais de comunicação como site (conteúdo de todo o mercado), Twitter, e-mail, celular etc

Quanto ao Festival, o formato proposto:

Institucionalizar datas: Maio - Cidade do Rio e Novembro - Búzios.
Em maio, um Festival para selecionar o Melhor do Rio, com registro em anuário impresso, júri carioca e votação de Grand Prix com participação de júri internacional. Lançamento do Anuário durante o Festival de Búzios. As peças selecionadas neste anuário estarão concorrendo automaticamente no Festival de Búzios.
O Festival de Búzios passa a ter uma abrangência nacional aceitando peças de outras capitais. O julgamento é formado por júri carioca.. E registro feito através do site do CCRJ em um novo formato. podendo ser comercializado através de associação ao site ou CD e DVD."

Tadeu Vieira chama João Santos para vice do CCRJ

O diretor de criação da agência Giacometti, João Santos, é o novo vice-presidente do Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ), convidado pelo novo presidente Tadeu Vieira para ocupar a brecha deixada pela renúncia de Marcelo Santos, da Percepttiva. Apesar de ambos serem Santos, não são parentes. É mera coincidência.
O presidente anterior do CCRJ, Flávio Medeiros, chegou a se preocupar se a saída de Santos poderia inviabilizar a transmissão do cargo, já que a chapa era composta apenas por dois nomes: o de Tadeu e o de Marcelo.
Consultado o advogado do clube, acabou sendo resolvida até uma outra questão: a de quando aconteceria a posse da nova diretoria. Segundo a consulta jurídica aos estatutos, nem precisa haver transmissão de cargo. Encerrada as eleições, Tadeu já era formalmente presidente. Com isso, Marcelo Santos renunciou no exercício da vice-presidência e João Santos também pode se considerar oficialmente empossado.
Flávio Medeiros não precisa mais nem assinar cheque do CCRJ, portanto.

DR no CCRJ: diretores de criação se reúnem no Rio

EM PRIMEIRA MÃO - Instalada a crise no Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ) após a eleição do praticamente desconhecido publicitário Tadeu Vieira como presidente da entidade, um grupo de 14 diretores de criação de agências cariocas aceitou se reunir esta segunda-feira para discutir a relação, convocados por Gustavo Bastos e Ronaldo Conde, ambos ex-presidentes da entidade, conforme informou na sexta-feira a Janela Publicitária.
No encontro, relata Bastos, ficou estabelecido que "o grupo apóia o CCRJ, mas quer conhecer em detalhes os planos da nova diretoria". Somente a partir daí se criará um conselho consultivo para acompanhar tanto a implementação dos planos da diretoria quanto discutir novas idéias.
Uma nova reunião foi marcada para esta terça-feira, agora com a presenta de Tadeu Vieira. Marcelo Santos, que era vice de Tadeu e renunciou ao cargo por "divergências internas", já avisou à Janela que não participará de nenhum destes encontros.
Entre as questões debatidas pelo grupo estão:
- a publicação do anuário que já foi julgado;
- trazer o festival do anuário de Búzios para o Rio;
- abrir inscrições para o anuário de todo o país;
- trazer de volta para o CCRJ as categorias de sócio como diretores de comerciais, fotógrafos, produtores, etc,;
- campanha por mais sócios;
- a convocação de uma assembleia geral.
Gustavo reafirmou que, "o mais importante neste momento, é mostrar que o mercado está unido e vai trabalhar pelo sucesso do CCRJ".
Estivervam presentes ao encontro Álvaro Rodrigues (Agência3 e ex-presidente do CCRJ), Carlos di Celio (F/Nazca), Carlos Pedrosa (ex–presidente do CCRJ), Filipe Raposo (DPZ), Fabio Barreto (Kindle), Gustavo Bastos (11|21 e ex-presidente do CCRJ), Heleno Bernardi (Casa da Criação), João Santos (Giacometti), Marcos Silveira (Agnelo Pacheco), Marcelo Giannini (Loja), Renata Raggi (W/), Renata Giese (B. de Mello), Roberto Vilhena (Artplan) e Ronaldo Conde (11|21 e ex-presidente do CCRJ). Alguns outros diretores de criação confirmaram presença e declararam apoio ao movimento, mas tiveram compromissos de última hora e não puderam comparecer, como Ricardo Real (Script), Francisco Luchini e Eduardo Almeida (Quê), Marcelo Felício (Euro RSCG Contemporânea), Celso Batalha (Publicis) e Marcos Pedrosa - GCom Rede Globo).

Eleição do CCRJ - Falam os leitores (6)

De Silvio Lachtermacher, redator

Silvio Lachtermacher"Marcinho,
Antigamente a gente falava "Deu no New York Times". Hoje a gente fala: "Fudeu o New York Times".
Ok, mas o que isso tem a ver com o CCRJ? Tudo.
O mundo mudou. Os veículos mudaram. A criação se espalhou pra fora das agências tradicionais, para fora das mídias convencionais. E deixar de ser convencional é uma das atitudes mais criativas que o ser humano pode experimentar.
Temos um desafio maravilhoso pela frente, onde um mundo novo nos incentiva a abrir nossas cabeças, pensar diferente e contar nossas histórias para as mais diversas plataformas de comunicação.
Não somos mais apenas criativos de 30", de títulos ou layouts. A criatividade se espalhou para agências de rede social, para agências digitais, para agências de idéias, para empresas de promoção etc...
É lógico que o novo gera desconforto. E é lógico também, que quem está desconfortável, critique o novo, essa coisa pentelha que veio para atrapalhar, mudar hábitos, costumes e crenças, quebrar paradigmas e colocar pontos de interrogação onde antes estavam pontos finais.
O CCRJ não pode ser mais só o clube de quem faz anúncio, filme e spot. Tem que ser o clube da criatividade. E como tem criativo por aqui.
Estamos vivendo um mundo em reinvenção. Cabe ao clube também se reinventar. O momento nunca foi tão inspirador.
O mercado do Rio não está acabando. Ao contrário: ele cresceu, só que para outros cantos, outras plataformas, outras formas criativas.
Essa é a minha humilde sugestão: O CCRJ deixar de ser um clubinho fechado. E abrir as portas pro novo. Mesmo que a gente ainda não saiba como colocar esse "novo" num anuário impresso.
Abs"

N.R.: Silvio, o clube começou assim. Era um clube "de criação", não só "de criativos de agências de propaganda". Isso mudou em 1999, na gestão do Sérgio de Paula.

De Marcos Silveira, diretor de criação da Agnelo Pacheco-Rio

NEM CHEGOU E O TADEU JÁ ESTÁ TRABALHANDO.

Marcos SilveiraConheço o Tadeu não é de hoje.
Sempre vi no olhar dele o brilho da determinação daqueles que seguirão adiante. Como diria o poeta: uns passarinho, outros passarão.
Mas além de tudo o que Tadeu fez na vida, um detalhe jamais será esquecido: ele provocou o mercado criativo do Rio.
Há quanto tempo não vemos essa efervescência.
Muito já foi escrito sobre isso. O Ronaldo Conde fez uma esplanação brilhante.
Na opinião de muitos, as últimas diretorias não conseguiram encantar os eleitores. Com exceção, é claro, dos coleguinhas mais próximos que se enganavam com os premiozinhos fáceis do CCRJ, doados entre a rapaziada da diretoria, por um juri na maioria das vezes inodoro, incolor e insípido.
Enfim, aquela famosa ação entre amigos.
Obrigado, Tadeu.
Não fosse você, teríamos mais uma chapa eleita sem qualquer representatividade.
Cinquenta votos de diferença em noventa. Diante do tamanho do mercado, pode?
Não vai aqui nenhum desmérito pelo grupo derrotado, que nem teve tempo de mostrar trabalho. Não tenho dúvidas da seriedade e comprometimento do Alexandre Motta e do Paulo Castro. Mas, como diriam meus filhos, já era.
Obrigado, Tadeu. E, modestamente, aceita uma opinião?
Só existe um cara na criação que fez tudo sozinho: Deus.
Reúna um grupo legal. Tem muita gente que pode ajudar. E pelo o que li de opiniões na coluna do Marcio, vai ter gente sobrando.
Chama o Ronaldo Conde, Gustavo Bastos, Marcepo Coli, Renata Giese, Marcelo Santos, Chiquinho Lucchini, Fábio Barreto, Guto de Paula, Marcelo Santos, Alexandre Mota e o Paulo Castro.
E, de quebra, convoca o Glaucio Binder e entrega a representação do CCRJ em São Paulo ao Andre Pedroso e ao meu querido Meierman, Rynaldo Gondim.
E tem mais: se nessa orquestra precisar de alguém para empurrar o piano, eu me convido."

Flávio Medeiros responde ao mercado em carta aberta

O presidente do Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ), Flávio Medeiros, distribuiu hoje uma carta aberta ao mercado se manifestando sobre as eleições realizadas na última semana, que elegeram, para a próxima gestão, o publicitário Tadeu Vieira:

Carta aberta do Clube de Criação do Rio de Janeiro ao mercado e aos sócios.

O CCRJ esteve calado. Talvez por tempo demais. E não tem a ver com os últimos acontecimentos. Ao longo dos últimos quatro anos, conquistamos muitas coisas. E perdemos outras tantas. Mas nunca fez o estilo da atual gestão contar as suas vitórias ou comentar as suas reuniões antes de concretizar algum projeto. Reconhecemos, sim, as nossas derrotas. E procuramos aprender com as sugestões e críticas. As duas sempre foram bem-vindas. São a matéria prima de qualquer entidade de classe.

Eleições do Clube acontecem de dois em dois anos, todo sócio sabe. Tempo suficiente para montar projeto, exercer a situação e a oposição. A próxima será em agosto de 2011.

O resultado dessa eleição foi dentro das regras convencionadas pelo atual estatuto, criado em 1991 e ratificado em 2001, e pela jurisprudência do mercado carioca. Os candidatos à presidência, Tadeu Vieira, e à vice-presidência, Marcelo Santos, foram sufragados democraticamente nas urnas e, portanto, reconhecidos pelo Clube de Criação do Rio de Janeiro como os novos representantes legais da entidade. Com o ônus e o bônus que todo processo traz.

O CCRJ esteve calado. Por reconhecer que as críticas, as discussões, as #ccrj, as opiniões, as cartas abertas, as desfiliações, as reuniões, as indignações de ambas as partes e as manifestações, independente de cargo, atuação ou projeção, que aconteceram nas mídias sociais e na imprensa especializada, são válidas e democráticas. Fazem parte do processo.

O CCRJ esteve calado. Porque ao longos dos últimos quatro anos, sempre privilegiou o silêncio e os principais projetos do Clube: o anuário, o Clube do Futuro, o Young Creatives e o Festival Melhor do Rio. E, na medida da participação dos sócios, o CCRJ se empenhou em ampliar a atuação da entidade.

Apesar da crise do mercado carioca, conseguimos realizar três festivais, quatro anuários, quatro edições do Young Creatives e do Clube do Futuro. E, institucionalmente, conseguimos outras conquistas.

Sobre a relação com outras entidades.

Desde que assumiu a gestão do Clube de Criacão, a atual diretoria tem promovido intercâmbios com várias entidades representativas dos mercados carioca e brasileiro.

Hoje, o CCRJ faz parte do Conselho Permanente do GAP-RJ. O Clube também faz parte da diretoria de Inovação do Grupo de Mídia do Rio e é um dos patrocinadores do Encontro de Redação Publicitária de Paraty, promovido pela ALAP, ajudando inclusive na sua concepção.

O CCRJ também participou da campanha contra a corrupção promovida pela ABAP Brasil e Instituto Ethos e tem representado o mercado do Rio nos júris do Profissionais do Ano, Prêmio O Globo, Prêmio Abril e Festival da ABP. Além disso, o CCRJ passou a fazer parte do conselho da Memória da Propaganda, sendo um dos seus mantenedores, e participa do painel "Cinema, que mídia é essa?" do Festival de Cinema do Rio de Janeiro.

Há duas edições, os anuários do CCRJ têm sido registrados na Biblioteca Nacional e doados para outras bibliotecas do Estado do Rio de Janeiro.

Sobre os outros Clubes de Criação.

Muito se discute se o anuário do Rio de Janeiro deveria ser nacional ou regional. Idéias como abrir a inscrição para profissionais cariocas radicados em outros estados fizeram parte do cotidiano do CCRJ há tempos.

Por decisão da atual diretoria, há três edições do anuário, o CCRJ tem registrado peças nacionais. Usando um critério democrático e de incentivo à participação local, a atual diretoria do Clube do Rio tem convidado os Clubes de Criação de outros estados para enviar as peças mais significativas de cada cidade, valorizando os profissionais regionais e estreitando os laços da entidade carioca com outras entidades similares em todo o país. Foi a forma encontrada para nacionalizar o anuário carioca sem abrir mão da valorização do nosso mercado e do espírito do "Melhor do Rio", criado pelos ex-presidentes Fernando Campos e André Eppinghaus.

Além disso, o CCRJ também tem participado de eventos realizados nos mercados de Natal, no Rio Grande do Norte, e em Juiz de Fora, em Minas Gerais. E tem relação próxima com os Clubes de Criação de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina.

Sobre a relação do CCRJ com estudantes.

Ao longo dos últimos quatro anos, o CCRJ tem mantido o concurso Clube do Futuro, dando oportunidade neste período para mais de 60 estudantes ingressarem na criação das principais agências do Rio de Janeiro.

Por decisão das últimas diretorias, os júris do Clube do Futuro foram formados, em sua maioria, por profissionais que normalmente não participam do júri do anuário. A idéia foi dar a chance para estes profissionais ganharem experiência em exercer critério e atuação em júris. Ao todo, aproximadamente 30 profissionais fizeram a sua estréia neste júri.

Além disso, o Clube de Criação participa de seminários promovidos pelas escolas de comunicação de várias universidades do estado e do Brasil. Nos últimos anos, participamos do Interseção, realizado pela Escola de Comunicação da UFRJ, da Semana de Comunicação da PUC e do Curso de Portfólio promovido pela ESPM-RJ, entre outros eventos. Há três anos, o CCRJ vem promovendo, em parceira com a Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro, o Portfólio Hour.

Sobre representatitivade das agências nos júris do anuário.

Desde que atual diretoria assumiu, dois modelos para escolha dos jurados do anuário foram adotados: por votação e por escolha da diretoria. Os dois formatos já foram utilizados por outras entidades e têm argumentos a favor e contra cada um. Foi também uma preocupação da atual gestão que nenhum diretor do CCRJ fizesse parte do corpo de jurados: quem decide as regras não faz parte do jogo.

Na prática, mais de 30 agências foram representadas pelos seus profissionais nos júris formados para a escolha das peças nas quatro últimas edições do anuário. Entre elas, Agência 3, Staff, NBS, Quê, DPZ, W/Brasil, Contemporânea, F/Nazca, McCann, DM9/DDB, Duda, Publicis, Artplan, Giovanni, FCB, CGCOM, Binder, VS, JWT, Script, 100%, Young & Rubicam, MG, Thinkers, Praia de Comunicação, Loja, Ogilvy, Casa da Criação, Percepttiva, Heads e 11/21. Além dessas agências, profissionais de agências de comunicação online e designers também foram convidados para compor os júris de material promocional e internet.

Muitos profissionais estrearam em júris do CCRJ na atual gestão. Ao todo, ao longo dos últimos anos, mais de 50 profissionais diferentes participaram dos júris do Melhor do Rio. Com os júris do Clube do Futuro e do Young Creatives, a conta chega a mais de 80 profissionais. Um número absolutamente significativo para representar todo o mercado carioca.

Sobre o Young Creatives.

Durante os ultimos quatro anos, um contrato registrado em cartório com a Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro, com direitos e deveres de ambas as partes, garantiu uma vaga por ano para o mercado carioca, sendo que, no ano de 2007, foram duas vagas.

Os profissionais indicados para representar o Rio de Janeiro nestas edições foram escolhidos por um júri formado por ex-youngs e profissionais das principais agências do Rio de Janeiro e sempre contou com a parceria e a supervisão do responsável pelo concurso no Brasil, o professor Emanuel Públio Dias.

Sobre o resultado das eleições e a participação no CCRJ.

Quem foi atuante e participou do Clube de Criação nos últimos anos sabe que o CCRJ sempre esteve aberto às opiniões e aos projetos de todos os sócios. Desde que, claro, com a sua viabilidade comprovada.

Foi na atual gestão que a lista oficial de sócios começou a constar no site da entidade e impressa nos anuários, ratificando o número de profissionais atuantes e que têm contribuído anualmente para o Clube.

Desde que a lista de sócios passou a ser divulgada, a maior participação de profissionais e estudantes foi nos anos em que o júri do anuário era escolhido por voto, e não por indicação, chegando a 192 sócios em dia com as suas obrigações consolidados no anuário "Exercício" e 196 sócios consolidados no anuário "Caos". Na última eleição, a lista final tinha 140 sócios, dos quais 91 compareceram à votação.

Para finalizar, a atual diretoria do Clube de Criação do Rio de Janeiro agradece à oposição e à situação, os elogios e, principalmente, as críticas. Esses binômios mantém qualquer entidade e mercado vivos. Acertamos e erramos. Um dos erros: ficar calados. Um dos acertos: trabalhar com discrição, correção e dedicação ao Clube.

Pessoalmente, quando assumi o CCRJ sabia que, como qualquer presidente, estava sujeito às palmas, aos humores e às críticas do mercado. Quem esteve próximo, acompanhou a lisura e o empenho. Dedicação reconhecida pelos Colunistas do Rio de Janeiro que, pela primeira vez, premiou o presidente do Clube como Destaque do Ano pela atuação e fortalecimento do CCRJ, em 2007.

Quem acompanhou soube de perto a preocupação em registrar as marcas CCRJ e Festival Melhor do Rio no INPI. Reconheceu as lutas encampadas, como a de ter um representante carioca no júri do Festival de Cannes, a criação de um site especial para o Melhor do Rio, com inscrição e pagamento on line das peças, e a preocupação e o exercício hercúleo para manter saudável o fluxo de caixa do Clube.

Quem acompanhou de perto sabe que construímos mais manilhas que pontes. E manilhas não mobilizam, não viram bandeira. Mas são fundamentais, estruturais.

Agradeço aos parceiros do Clube. Agradeço aos sócios atuantes em todos esses anos. Agradeço a quem, apesar do aplauso ou da vaia, contribuiu para o CCRJ e participou dele. Para saber quem são essas pessoas, basta olhar os nomes repetidos nas listas registradas nos anuários. E também agradeço aos sócios de ocasião. Da sua forma, também ajudaram o Clube.

Agradeço aos diretores que me acompanharam: Jose Luiz Vaz, Bruno Pinaud, Marcio Juniot, Luiz Vieira, Rodrigo Westin, Dan Zechinelli, Luiz Claudio Salvestroni, Marcio Morgade, Ricardo Weitsmann, Alexandre Motta. Ao Paulo Castro, que não era diretor, mas encampou a missão como se fosse.

Agradeço ao Marcos Hosken, ao Marcello Noronha, ao Rodrigo de Lamare e ao Luiz Claudio, mais uma vez, por terem criado os anuários e acompanhado a produção deles.

Agradeço ao Adilson Xavier por ter aceitado o convite para presidir o último júri. Ao Paulo Costa, à Marina Colassanti e ao Lula Vieira por terem ajudado a escolher e terem escrito os textos do Hall da Fama. Ao Renato Jardim que escreveu o texto de apresentação do último anuário. Agradeço aos ex-presidentes, principalmente ao André Eppinghaus, ao Fernando Campos e ao Álvaro Rodrigues por resgatarem o prestígio da entidade.

Agradeço, também, ao Ercílio Tranjan, ao André Lima e ao Cláudio Loureiro por entenderem minha jornada dupla nos últimos anos.

E gostaria de agradecer especialmente ao Igor Cunha e à Priscila Serra por terem sido a alma e os braços do Clube de Criação do Rio de Janeiro nesse tempo todo.

Para finalizar, a atual diretoria deseja boa sorte ao grupo que assumir o CCRJ. Deseja boa sorte para quem realmente quer trabalhar para o CCRJ, independente de ser eleito ou escolhido.

Desde já, a atual diretoria e o presidente em exercício se colocam à disposição para quaisquer outros esclarecimentos no processo de transição.

Que todas as opiniões, sem exceção ou julgamentos de certo ou errado, sejam respeitadas e que a democracia viva.

Sempre.
Flávio Medeiros
Presidente do CCRJ.

Eleição do CCRJ - Falam os leitores (7)

De Tony Coelho, diretor de criação da Conceito Rio

"Marcio,
Estou acompanhando a polêmica eleição do CCRJ.
Afinal, apesar de muitos acharem que não, entendo que lá é casa de todo criativo, não apenas o publicitários, por isso, quero sempre saber como ele anda.
Acompanhei as opiniões de todos através do Janela, mas fico com o que disse o Conde e o Silveira, por entender que são as posições mais sensatas em relação ao que aconteceu.
Com a Conceito, recebemos este ano o prêmio de Profissional de Marketing Promocional do Ano do Rio de Janeiro do Globes Awards, mas nunca conseguimos um espaço no CCRJ para fortalecermos a Criação em Marketing Promocional ou mesmo interagirmos em favor do nosso mercado.
Recentemente, estive com o Alvinho da Agência 3 no Festival da ABP e fiquei de marcar um papo com ele, era para falar sobre isso (nem ele sabe), pois o considero um grande cara.
A Criação do Rio é, e sempre será, o berço dos grandes talentos, formadora de conceitos e caminhos, inovadora e diferenciada, polêmica e convulsiva.
Não é de admirar que os Deuses da Criação (sem alusões) dessem a oportunidade única de uma grande virada pra gente, de um recomeço, a partir do CCRJ.
Há muito o Clube não tinha tanta evidência, espaço e adesão.
Então, para somar, proponho que se aproveite a oportunidade e se abra o caminho para os profissionais de Criação de Marketing Promocional e, como disse o Silveira, se for pra empurrar o piano, também estamos aqui de braços (e cabeça) abertas e estendidas para o pessoal do CCRJ."

De Luiz Vieira, redator

Luiz Vieira"Podemos ficar aqui apontando dedo para A ou para B. É fácil, cômodo, confortável. Basta culpar os outros.
Não é esse o caso.
É um caso de omissão, covardia ou desinteresse. Pode escolher.
Sabe qual é o cargo mais solitário do planeta? É presidente do CCRJ. Na primeira reunião de diretoria, vem uma multidão. Na segunda, meia dúzia de gatos pingados. Na terceira, zero.
Quer arranjar um culpado?
Vai olhar no espelho. Me incluo também. Junto com todos os criativos que viram isso acontecer e nada fizeram.
Eu sou culpado, você é culpado, nós somos os únicos culpados.
E agora?
Agora é tarde.
Quem viu este Clube nascer, deve estar pasmo de ver onde foi parar.
O CCRJ nasceu na ditadura militar. Atuou, articulou, mobilizou intensamente neste período, a ponto de ter toda a diretoria vigiada e grampeada pela repressão. Havia um senso de dever de participar do CCRJ. Não era só comprar um anuário.
O CCRJ se posicionava, tinha respeito, representatividade. Fazia a diferença.
Teve presidentes importantes, corajosos, dedicados. Teve importância.
Lembra do Jornal CCRJ? Claro que não.
O Clube virou um anuário. Você compra e vota pra presidente inteiramente grátis.
O CCRJ era uma bandeira que qualquer criativo do Rio tinha orgulho em empunhar. Era uma voz que falava alto e grosso.
Era a nossa voz.
Agora é o silêncio.
Que vergonha!"

Agência3 fecha 2009 com crescimento de 20%

Álvaro RodriguesApesar da crise, a Agência3 está prevendo fechar 2009 com um crescimento de 20%, informou à Janela seu presidente, Álvaro Rodrigues (foto).
Os resultados são decorrentes não apenas da reativação de clientes imobiliários como a Rossi, mas da conquista de duas novas contas este mês de setembro. A agência foi a vencedora da concorrência pública realizada pela FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos - ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, cuja verba, segundo o edital, é de R$ 7 milhões/ano. A segunda conta conquistada foi a do curso de inglês Ibeu, também através de concorrência da qual participaram Staff e Binder. A verba do Ibeu, de acordo com especulações do mercado, ficaria entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões.
A movimentação supera a perda da conta do CCAA, ocorrida em agosto último.

Multieconomia volta às origens como duas redes de varejo

Oito meses depois de anunciarem sua fusão como Multieconomia, as redes Multimarket e Redeconomia voltam a atuar independentemente a partir de outubro. A conta estava na Agnelo Pacheco, que fez o lançamento da união, mas fica cuidando agora somente da rede Multimarket. A Redeconomia, que antes da junção era conta de Wesley Marine, passa a ser atendida pela Tendência.
As duas agências já estão autorizando para seus novos clientes.

Gente Que Vai e Vem

Kindle (Rio - RJ) - Contratou Guilherme Cunha Rahde como Diretor de Novos Negócios e Bernardo Martins como Gerente de Projetos. Martins tem passagem pela Script, onde trabalhou para clientes como BB Seguro, Repsol, Taco e Shopping Iguatemi, além de ter atuado no ramo de promoção e eventos como sócio da consultoria em comunicação Marka, por dois anos, atendendo clientes como FGV, CBF e Prefeitura de Búzios. Já Rahde atuou diretamente em agências como DCS Comunicação (membro do WPP Group), Bits e Núcleo 3. E indiretamente com empresas como Competence, Escala, E21, W3HAUS, entre outras. Foi sócio da agência ACT2, no qual se manteve durante 3 anos atendendo clientes nacionais e estrangeiros como Bringer Corporation, Mahindra, Bramont e LeGrand. (28/09/2009)

FALECE ARAPA - O publicitário Sérgio de Andrade, mais conhecido como Arapuã e Arapa, faleceu em São Paulo aos 81 anos de idade, dia 2 de outubro. Nascido em 1928, foi jornalista, publicitário, cronista esportivo, humorista, cartunista e especialista em marketing político. Estava no Núcleo de Redação da Imprensa Oficial desde 2006. É dele o clássico comercial da Antarctica de 1972, com Adoniran Barbosa perguntando "Nós viemos aqui pra beber ou pra conversar?", adaptado de uma piada da época..