Rio
Sul mantém agências na
expectativa
Com resultado prometido para o final
de fevereiro, o shopping Rio Sul está
deixando nervosas as agências
que participaram da sua concorrência
iniciada em janeiro, até agora
mantidas sem qualquer informação
sobre quem vai levar a conta (ou a
vencedora já saberia e não
contou a ninguém?).
Não que a verba seja excepcional.
Comenta-se que não passa de
R$ 3 milhões. Mas a imagem
do Rio Sul como anunciante é
muito bem consolidada no mercado,
pelo espaço que sempre deu
para a criação publicitária,
desde os tempos de Delano D'Ávila
no comando da criação
até Rodolfo Sampaio, pela Salles,
responsável por suas campanhas
durante muitos anos.
Historicamente o Rio Sul não
é simples em suas concorrências.
Na última, em 2004, quando
decidiu deixar a Salles, comentou-se
no mercado que a conta praticamente
estaria pousando na Heads, de Curitiba,
que para isso abriria escritório
no Rio.
Em vez disso, foi aberta uma concorrência,
noticiada logo após que seria
apenas para um job. Venceu a Giovanni,
FCB, que pouco depois acabou confirmada
na conta.
Agora, além da própria
Giovanni, que está na luta
para manter o cliente, estariam na
disputa as agências NBS, Euro
RSCG Contemporânea, Artplan
e, novamente, a Heads, agora já
estabelecida no Rio a partir da conquista
da Petrobras.
Heads,
agora completa no Rio, leva o Rio
Sul
Na sua segunda tentativa de levar
a conta -- participou da concorrência
de 2004 -- a agência curitibana
Heads conseguiu conquistar a conta
do shopping Rio Sul, disputando com
a Artplan, Euro Contemporânea,
Giovanni+DraftFCB (que tinha a conta
anteriormente) e NBS.
Da primeira vez, a agência ainda
não estava instalada no mercado
carioca. Agora que está com
escritório montado no Rio --
com vários prêmios conquistados,
inclusive, pela equipe de criação
liderada por Flávio Medeiros
-- a Heads conseguiu convencer o Rio
Sul a lhe entregar a conta.
A verba do cliente -- como costuma
acontecer -- é um mistério
para o público, ficando, segundo
estimativas, entre 3 e 8 milhões
de reais.
M&C Saatchi ignora crise e chega
ao Brasil
Em um cenário de "paralisação
mundial", conforme avaliação
de Moray Maclennan, a M&C Saatchi,
terceira no ranking da Inglaterra,
acaba de anunciar a abertura, em São
Paulo, do seu 16º escritório
mundial, o primeiro no Brasil. "Quando
todos estão paralisados, é
o momento de mover", acredita
Maclennan, CEO da M&C Saatchi
Worldwide durante coletiva de imprensa
nesta terça-feira, 17 de março,
em São Paulo.
Para o inglês Geoffrey Hamilton
Jones, ex- diretor executivo da Ogilvy
São Paulo que assume a Presidência
da M&C, o momento é difícil
para grandes grupos que crescem através
de aquisições. "Não
é um risco porque, se formos
comparar, o nosso investimento inicial
é baixo".
Apesar de ser uma full service, a
estratégia prevê equipe
enxuta, atualmente com sete pessoas,
operações começando
do zero, preferência por associações
com talentos locais independentes
e uma exaustiva perseguição
pela "Simplicidade Brutal",
filosofia que permeia a marca da operação
ao trabalho final. "Queremos
resgatar grandes idéias e quebrar
vícios", aposta Geoffrey.
Juntamente com ele, a equipe está
sendo encabeçada pelos brasileiros
Virgílio Neves, diretor de
arte, e Lilian M. Lovisi, redatora,
ambos à frente da criação,
e Patrícia Weiss, responsável
pela área de novos negócios.
A única aquisição
anunciada é da empresa de pesquisa
de mercado e planejamento Bolze &
Buosi, que passa a se chamar M&C
Saatchi/ Insight. As sócias
Rosangela Bolze e Damiana Buosi assumem
respectivamente como CEO e COO da
nova empresa, passam a ter uma participação
societária pequena- cuja porcentagem
não foi revelada- e continuam
atendendo de forma independente aos
clientes Unilever, Citibank, Coca-
cola e Natura.
Atrás
da alegria brasileira
A M&C Saatchi nasce tendo clientes
como as contrutoras americanas Hines
e BMO, voltada para a classe C, e
Make a Wish, instituição
filantrópica para crianças
com câncer. A idéia é
expandir para outros países
na América Latina e focar em
nichos específicos como o de
luxo, de esporte e entretenimento
e de bens e serviços para a
classe C. "Não queremos
que cada unidade ultrapasse 60 funcionários,
justamente para manter a simplicidade
nos processos", adverte Patrícia
Weiss.
Por que o Brasil? David Kershaw, CEO
da M&C Saatchi Pic, justifica
com o fato do Brasil estar entre os
10 maiores mercados no ranking de
investimentos publicitários,
além da necessidade de fortalecer
relação com clientes
globais e da oferta de talento. "O
resto do mundo está muito deprimido",
ironiza, "queremos nos infectar
com a alegria e o bom humor do brasileiro".
M&C Saatchi no mundo- Fundada
em 1995, a agência está
presente em 13 países registrando
ao todo 1038 funcionários.
Em 2004 o M&C Saatchi Group abriu
seu capital na Bolsa de Valores de
Londres para formar a M&C Saatchi
Pic.
Leitor
acha coincidência com a campanha
de FedEx
De Roberto
N Cunha:
" Meu nome é Roberto N
Cunha, sou redator Brasileiro aqui
no Qatar e essa semana me deparei
com um fato que muito me chamou a
atenção. A coincidência
criativa entre a campanha da FEDEX,
confeccionada pela DM9 aí do
Brasil e a campanha da ARAMEX, confeccionada
pela FP7 Dohaaqui do Qatar. Não
tenho certeza se a campanha Brasileira
foi veiculada (até pelo histórico
de fantasmas do Brasil), porém
a campanha aqui do Qatar foi. De qualquer
forma acho que são muito parecidas.
Porém, deixo para meus amigos
Brasileiros tirarem suas próprias
conclusões. Aqui está
um burburinho só."
N.R.: Roberto, como já
comentei algumas vezes aqui na Janela,
não acredito em chupadas propositais
em grandes agências, até
porque criativos conceituados não
precisam disso. Pelo contrário,
devem ter pavor, porque alguém
inevitavelmente vai encontrar a outra
peça. Com a Internet e os anuários,
todo mundo tem acesso às mesmas
informações.
Trabalhando em um mesmo segmento,
não é difícil
a criadores -- e você sabe disso
-- chegarem a conclusões semelhantes.
Sejam brasileiros ou qatarianos.
Essa campanha do redator Arício
Fortes e do diretor de arte Benjamin
Yung Jr., da DM9DDB, já havia
sido motivo de comentários
no site do CCSP, com leitores apontando
que outros haviam chegado a idéias
bem parecidas, em peças para
a DHL
e para a TAM.
Realmente, não há argumento
melhor para vender um serviço
de entrega do que a sua rapidez. Daí
para o conceito "mal você
despachou, o outro já está
recebendo" me parece um passo
natural.
Como as caixas para embalar as mercadorias
são o ícone mais gráfico
destes serviços (até
porque a marca vai nelas), o resultado
dá no que estamos vendo. Aí
vira só a questão de
quem solucionou melhor o desafio.
Na minha opinião, a DM9 até
sai na frente do embate, pela direção
de arte, com o ponto focal das peças
bem solucionado e a opção
de colocar objetos compridos para
permitir que tanto as mãos
que enviam quanto as que recebem toquem
neles.
Cannes
abre inscrições para
Youngs no Brasil
Se você nasceu depois de 27
de junho de 1980, tem no mínimo
dois anos de experiência profissional,
nunca se inscreveu no Festival de
Cannes e fala inglês, pode concorrer
a uma vaga como Young Lions (ex-Young
Creatives) para o próximo Festival
Internacional de Publicidade, que
acontece no balneário francês
em junho próximo.
A inscrição só
pode ser feita pelo Limão
e a seleção será
realizada pelo representante de cada
país, no caso brasileiro, o
jornal O Estado de São Paulo.
Em anos anteriores, a escolha do representante
carioca já foi coordenada pela
Janela Publicitária e, depois,
pelo Clube de Criação
do Rio de Janeiro. Este ano, ninguém
ainda conseguiu patrocínio
para garantir a presença de
um criativo do Rio no grupo. Não
é para menos. A vaga custa
a bagatela de R$ 17 mil, que nos dois
últimos anos foi bancada pela
Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Com a mudança na direção
da ESPM -- Flávia Flamínio
entrou no lugar de Alexandre Mathias
-- a verba não foi renegociada.
Argumento
complicado
O valor de R$ 17 mil sem dúvida
desestimula a qualquer empresa a se
animar a assumir o patrocínio,
principalmente considerando que o
retorno é praticamente inexistente.
Com a mesma verba -- ou até
menos -- é possível
comprar uma cota de apoio à
cobertura dos sites jornalísticos
(inclusive na nossa Janela Publicitária),
garantindo ao patrocinador ver sua
marca reproduzida nas dezenas de matérias
publicadas durante o Festival.
Apoiar os novos talentos é
importante, mas o sistema precisaria
ser repensado para estimular os mecenas
do mercado.
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