Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 24/OUT/2008
Marcio Ehrlich

 

Agência 3 abre nova agência no Rio

A Agência3, que já havia sido formada pela fusão das agências Speroni, Genesis e Ferrari, agora adiciona uma nova empresa ao grupo: a Local, agência que será direcionada para contas regionais, segundo informa Álvaro Rodrigues (foto), presidente da empresa.
A Local está ocupando uma área de 300 m2 no 4º andar do mesmo prédio da Agência3, em Botafogo, e aproveitou cerca de 40 profissionais vindos da agência-mãe. À frente do Atendimento, Planejamento e Novos Negócios está Mauro Lopes, profissional que vem da Publicis. Leonardo Brossa (ex-NBS) assume o cargo de coordenador de Interatividade para o grupo de comunicação formado pela Agência3 e LOCAL. Para a Criação, um supervisor ainda será anunciado.
Na Agência3 vão ficar contas nacionais, como a Eletrobrás, o CCAA, a Rossi e Fundação Getulio Vargas. E na Local ficarão contas como SuperVia, Urbi et Orbi e Pinto de Almeida.
"Não podemos prospectar contas de abrangência nacional, conquistar novos mercados sem deixar de olhar com a atenção devida aos clientes e prospects que fizeram a Agência3 ser esse case de sucesso. Por isso, a criação da Local", acrescenta Álvaro Rodrigues, revelando para a Janela que a criação da Local abre espaço para o surgimento de uma holding de comunicação que provavelmente ganhará o nome de Grupo 3. Para o primeiro ano da Local, a previsão de faturamento é de R$ 8 milhões.


O site da empresa ficará em www.localcomunicacao.com.br.

Agência3 deve levar Impecável

EM PRIMEIRA MÃO - Contam amigos da Janela que a rede de varejo Impecável (a antiga "Maré Mansa") deve anunciar a entrega da sua publicidade para a Agência3, após concorrência que envolveu também a Casa da Criação, a Conexão Brasil e a Ogilvy.
A conta, de acordo com a avaliação do mercado, circula na faixa dos R$ 4 milhões de reais.

Colunistas Rio será julgado este sábado, 25

Com 566 peças de 32 agências de publicidade do Rio de Janeiro, será julgado este sábado, 25, no Hotel Pestana, a versão carioca do 27º Prêmio Colunistas. Como de praxe, as peças de mídia impressa estão dominando o concurso: são 206 anúncios de jornais e 120 de revistas, superando os comerciais de televisão, que somam 106 peças. Em seguida vem a mídia rádio, com 64 trabalhos, batendo mídia alternativa (51), mídia exterior (48), mídia digital (20) e websites (15).
Novamente, este ano, o Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ) estará representado no júri, desta vez por Rodrigo "Joe" de Lamare, diretor de arte da agência Binder. Junto com ele estarão este colunista e mais Cláudia Penteado (Jornal do Brasil), Jomar Pereira da Silva (Revista Hoje), Neusa Spaulucci (PropMark-SP) e Teresa Levin (PropMark-RJ).
Os resultados estarão disponíveis no site da Abracomp, em www.colunistas.com, a partir de domingo, 26.
A festa do 27º Prêmio Colunistas Rio acontece em conjunto com a entrega dos diplomas do 13º Prêmio Colunistas Rio, no Vivo-Rio, em 17 de novembro próximo. As adesões para o evento já estão abertas na Dinâmica Promoções, com Priscila Franco, pelo telefone (21) 2537-8180.

Colunistas Rio divulga os finalistas aos Grandes Prêmios

O Prêmio Colunistas Rio já tem seus concorrentes aos Grandes Prêmios de empresas e profissionais. Os nomes foram selecionados pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda - Abracomp, a partir de indicações feitas pelo mercado publicitário carioca, que deu seus votos no site da premiação.
Durante esta semana, a organização do Colunistas Rio estará convidando as empresas e publicitários finalistas, que assim o desejarem, a apresentarem suas defesas, para ser analisadas com mais detalhe pelos jurados do concurso, que se reunem este sábado, 25, no Rio de Janeiro.
Todos os nomes indicados também serão homenageados durante a festa do Prêmio Colunistas Rio, que acontece dia 17 de novembro, no Vivo Rio.
Aí vão os melhores do mercado carioca em 2007 e 2008, indicados para disputar os GPs do 27º Prêmio Colunistas:

AGÊNCIA DO ANO:
Agência3
Artplan
NBS
Staff
ANUNCIANTE DO ANO:
Alerj
Unimed
Oi
Petrobras
PUBLICITÁRIO DO ANO:
Álvaro Rodrigues (Agência3)
Dudu Godoy (Quê)
Rodolfo Medina (Artplan)
Thomaz Naves (Rede Record Rio)
PROFISSIONAL DO ANO:
Antonino Brandão (NBS)
Luis Cláudio Salvestroni (Agência3)
Marcelo Santos (Percepttiva)
Paulo Castro (Staff)
VEÍCULO ELETRONICO DO ANO:
Rede Record
Tv Globo
SporTV
Oi FM
VEÍCULO IMPRESSO DO ANO:
Lance!
Meia Hora
O Globo
Veja Rio
EMPRESA DE MÍDIA EXTERIOR DO ANO:
Ad Shell
Biruta
R2+M
Sign

Para quem não recebeu, o texto de Fábio sobre Nizan

Como eu sempre comento aqui: que dura é a vida de um colunista. Para dizer que foi sacanagem ele publicar isso ou aquilo é fácil.
Como muita gente sabe, a briga entre Fábio Fernandes e Nizan Guanaes -- iniciada no Maximídia -- explodiu nos últimos dias com a distribuição viral do e-mail que o presidente da F/Nazca enviou a seus funcionários e, como nem todo mundo lá dentro é tão fiel a ele assim, alguns deles sairam copiando o conteúdo para seus amigos de outras agências.
Claro que o texto chegou a mim. E é óbvio que, para qualquer profissional de imprensa, se vazou para o público, tornou-se notícia merecedora de publicação.
Ainda assim, prudentemente, conversei a respeito com alguns amigos publicitários e a opinião deles foi de que seria melhor não publicar o e-mail, porque só mostraria como a classe publicitária é desunida, cheia de profissionais de egos inflados etc e tal.
Hoje, o imbroglio chegou às páginas do jornal O Globo.
O engraçado é que publicitários que haviam me sugerido não publicar a carta, hoje me escreveram "agora que está no jornal, você pode publicar o e-mail"...
É assim, então?
Tá bom.
Há quem duvide que o texto seja realmente de Fábio Fernandes. Assim como há quem me garanta que foi mesmo dele, já que recebeu forward de funcionário da F/Nazca.
Enfim, mesmo eu estando longe de concordar com as opiniões de Fábio (sou admirador confesso de Nizan) -- ou mesmo da atitude dele de escrever um texto assim sabendo que na Internet nada é sigiloso -- aí vai, por único e exclusivo respeito à informação, o texto que, alegadamente, seria de Fábio Fernandes e que já foi lido por 9 entre cada 10 publicitários, pelo menos do eixo Rio-São Paulo:

"Pessoal,
Achei que devia escrever a vocês para falar sobre o Maximidia e o debate/embate que eu travei com o Nizan.
Acho que não é novidade para os mais próximos e os nem tão próximos que tenho diferenças profundas, quase religiosas, na visão sobre o que é e o que deve ser o negócio, o objetivo do trabalho, a missão, os processos, a forma e o conteúdo do prodtuto final de uma agencia de propaganda, em relação ao dito personagem - pra mim, uma caricatura de ser-humano, dublê de político populista e novo-rico deslumbrado, comediante de frases de efeito repetidas à exaustão, arremedo de empresário anti-ético e criativo anti-estético.
Nunca escondi - nem dele - que o acho vil, pernicioso à nossa indústria, predador, oportunista, aproveitador, manipulador.
Nunca deixei de observar e comentar que todo o tempo em que ele esteve criador, foi um tempo que ele utilizou apenas para forjar um personagem que, com tino e capacidade de observação, o levaria a ter seu próprio negócio, onde ele reproduziria não aquilo que ele almejou como empregado mas, ao contrário, os piores modelos, os piores ambientes internos, piores lugares comuns, entre todas as agencias em que ele trabalhou. Desde que isso, convenientemente, implicasse em fazê-lo mais forte, mais rico, mais poderoso.
Nizan é um caso típico de uma pessoa que quanto mais tem mais quer. E que quanto mais quer menos mede esforços e as consequencias nefastas dos atos que ele pratica para ter mais. Ele é o exemplo pronto e acabado da insustentabilidade.
Se fosse presidente dos EUA não seria em nada diferente de Bush - só o discurso seria mais engraçado. Mas invadiria o Iraque, deportaria estrangeiros, perseguiria minorias, poluiria a atmosfera, cagaria para o mundo. O que interessa para ele é ele. E por ele, acha ele, que pode, ele, tudo.
Mas a minha questão mais vital em relação a ele, é o fato de que - queira eu ou não - ele se transformou em uma celebridade da propaganda brasileira. Os incautos, os bobos da corte, os novatos, os leigos, os incultos, clientes inclusive, publicitários inclusive, imprensa, principalmente, inclusive, o acham o máximo. E eu, que convivo muito bem com as minhas invejas, meus desencantos, meus fracassos, não teria nada a objetar se ele o fosse de fato. Portanto não é este, em nenhuma hipótese, o meu problema com ele.
O meu imenso, colossal, infinito problema com ele é que, amparado por essa "populariadade", "unanimidade", "superioridade" ele diz o que quer, do jeito e na hora que quer, destruindo o que quer, com voz e pompas de "representante da categoria".
Agencias que produzem trash for cash (ou, lixo por dinheiro, em bom português) existiram e existirão sempre. Na realidade, em boa parte elas até nos ajudam a sermos melhor percebidos como inovadores, originais, cuidadosos, diferentes.
O Brasil, entretanto, é o único país do mundo onde a publicidade tem no discurso do seu maior expoente que "o que é bom é feito para ser copiado", "propaganda criativa é bobagem", "eficiência é o contrário de originalidade", ou as pérolas que ouvimos no próprio Maximídia "momento de crise não momento de inovar".
Ou seja: na falta de capacidade ou de vontade de fazer boa propaganda, propaganda de qualidade (o que, obviamente, na nossa opinião passa obrigatoriamente por inovação, criatividade, excelência na execução e excitação do pessoal interno de uma agencia de propaganda) o que ele faz - oficialmente - é nos colocar na posição de meninos traquinas, revoltadinhos de plantão, criativos irresponsáveis que querem brincar com o dinheiro dos clientes, enquanto ele finge que é Jack Welch, Warren Buffet ou Armínio Fraga. Nizan não sabe mais quem ele é. Ele é publicitário mas quer fingir que é analista econômico. Foi criativo mas gostaria mesmo era de ser dono da Ambev. Tem um business microscópico mas arrota ares de colega de turma de um Jorge Gerdau.
Mas eu sei quem é Nizan. É um demagogo. Ele sabe bem que o discurso do tradicionalismo, do conservadorismo, da mediocridade, da pasteurização, agrada em cheio a uma imensa gama de bundões de plantão que preferem demitir do que investir. Preferem temer do que empreender, preferem dividir os prejuízos, já que nos lucros ele posa com a esposa em sandálias de 3.200 reais em seu apartamento em Paris. Preferem disseminar o caos, porque a alegria dos bons momentos ele rega com champagne em festas particulares com celebridades estéreis e etéreas de ultima hora.
Na publicidade, que afinal é o meu negócio, embora sempre que eu fale nisso ele ache que o assunto está infantil demais (lembrem-se, ele é um business man) ele sabe também que há bundões prontos a gastar mais para contratar uma meia dúzia de artistas famosos, cantando um jingle com uma logomarca formada por funcionários da empresa, do que se "arriscarem" a criar um posicionamento de verdade, uma linguagem proprietária, um estilo único e próprio.
Na visão desse chupa-sangue de plantão, ele está certo.
Tanto que acerta duas vezes com uma mesma tacada: acalenta os desejos mais primitivos de um ou outro cliente cagão e ainda fatura muito mais em cima do trouxa que tem que enfiar todo o dinheiro do mundo para ser ouvido/visto/lembrado com uma bobajada cheia de clichês e formulinhas baratas, que definitivamente não sobreviveriam a um plano de mídia comprado com poucos recursos. De quebra, ele ainda usa todo o seu arsenal de repetidores e baba-ovos da imprensa e arredores para confirmar que um monte de estrume na verdade é um pote de ouro. E o bobo alegre que aprovou e pagou pela campanha, acha que fez a coisa certa de novo.
Reis nus. Que se sentem vestidos com o melhor da tecnologia e design da indústria textil. E eu, daqui do alto da minha inocência, só vejo que eles têm pênis pequenos.
Não é à toa que ele está tão preocupado com a crise de liquidez que todos vamos enfrentar nos próximos tempos. Ele sabe que o dinheiro, quanto mais valioso e raro fica, melhor tem que ser aplicado. E, com menos dinheiro, é a inteligência o que a propaganda vai voltar a exigir.
Quanto mais economizarmos, compensados por uma mensagem forte e memorável, mais eficientes seremos para os nossos clientes.
Ninguém lembra de um amigo medíocre que fala pouco, alguns até se recordam de um amigo chato que fala muito, mas todos sentem saudades do amigo genial que falava coisas legais. Ou seja: o modelo de negócio dele desmoronou. A festa acabou para quem não passava de vendedor de um montão de espaço na mídia e começou para quem tem o Que e o Como dizer nesse espaço, que será inevitavelmente menor.
E isso ele não sabe fazer.
Isso foi o que suscitou o nosso duelo na última quinta-feira.
Ao contrário do que ele ainda tentou fazer alguns crerem, eu não estava discutindo sobre o ofício da criação ou sobre "leões em Cannes".
Ao contrário do que ele fingiu que estava acontecendo, a nossa discussão não era sobre a criatividadezinha e os sonhos dos seus pequenos criadores.
Nós discutíamos sim era sobre uma questão que, apesar de tudo, ele mesmo ainda tem senso crítico suficiente para entender, mesmo que intimamente isso seja altamente doloroso, já que foi o que um dia ele mesmo já tanto defendera. Nós estávamos discutindo caráter.
Porque, ao contrário dos que não oferecem o melhor para os seus clientes por falta de recursos, talento, ferramental, essa mediocrização a que ele está submetendo as agencias controladas por ele é um esforço premeditado para esvaziar toda e qualquer possibilidade de que o discurso dos que fazem melhor, com mais interesse, mais cuidado, mais compromisso e mais responsabilidade se reestabeleça.
O trabalho que as agencias do Nizan faz, a maneira como ele trata seus funcionários, as propostas comerciais indecorosas que elas oferecem aos seus clientes, não seriam um problema tão grande se não fosse o fato, como eu já disse, de que o discurso que o embasa é avassaladoramente mais potente que o que nós e outros poucos como nós, conseguimos rebater daqui.
Quando alguém vende a alma ao demônio isso deixa de ser um problema exclusivamente dele quando esse alguém vai à Caras, à Exame e à Veja para convencer a todos de que vender a alma é o certo.
E o que aconteceu de bom no final de tudo isso? Na minha opinião, várias coisas.
A primeira é que muitos agora viram que o que ele diz não é uma verdade. É uma opinião viciada, interesseira e oportunista.
E não é a opinião do resto do mercado.
Segundo, é que outros que pensam como nós entenderam que ele pode e deve ser confrontado.
Terceiro, é que se definiram claramente os discursos e as práticas no dia a dia. Agora, já pode-se começar a entender que mediocridade e mesmice são apenas uma opção e, tanto são uma opção, que têm um lugar (ou um grupo) certo onde podem ser solicitadas.
Mas existem sim outras opções e nós estamos na ponta entre as agencias de propaganda latu-sensu que oferecem essa opção.
Quarto, é que sempre é bom ver os que se fazem de bonzinhos e corretos finalmente mostrando as suas garras e suas verdadeiras motivações. Naquele mesmo dia à tarde o Nizan me telefonou aqui na agencia. Como eu não o atendi, deixou, literalmente, o seguinte recado com a Sueli: "Diga ao Fábio que ele é viado, frouxo, que ele me bate em público mas se ele for homem que telefone para mim!"
Disse também, mais tarde, em um jantar com pessoas que me conhecem que "Eu só não bati em Fábio Fernandes porque ele estava maquiado - e eu não bato em homem maquiado". Para os que não entenderam o enigma (como eu, que fui perguntar a uma pessoa que o conhece) ele acha que eu... passo lápis nos olhos. Sim, acreditem. Alguém, inclusive, já o ouviu relatando que alguém lhe contou que uma certa vez, sob a chuva, o lápis dos meus olhos borrou e eu corri para colocar os óculos escuros.... :-)))))
Inacreditável, mas é a mais pura verdade. Foi a esse ponto que esse sujeito chegou.
Por isso mesmo eu resolvi escrever a todos vocês sobre isso. Porque o que eu tenho a dizer sobre ele é bem pior do que seria se ele apenas usasse lápis para ressaltar os seus lindos olhos. O que eu tenho a dizer sobre ele é claro, verdadeiro, profundo e cabal.
Fico feliz de não me maquiar, mas não teria problema nenhum em admití-lo se, ainda que absurdo, isso fosse verdade.
O duro para ele deve ser ouvir o que eu penso - e que a cada dia mais gente vem me dizer que foi bom eu dizê-lo porque é o que quase todo mundo pensa - e, mesmo sendo a mais aguda verdade, não poder admití-lo.
Porque é revelador, comprometedor e devastador.
O rei está nu. E eu sei que ele não é de nada.
Fabio Fernandes
F/NAZCA SAATCHI & SAATCHI
Agency of The Year 1999, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007"