JB já
circula no formato Berliner
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Helio Tuckler com a prova do novo JB |
O Jornal do Brasil começou a circular este domingo nas bancas
de jornais com seu novo formato Berliner, considerado uma tendência
no mercado mundial mas até então inédito no Brasil.
Esta semana, durante encontro com publicitários cariocas, o
vice-presidente da empresa, Helio Tuckler (foto) apresentou o produto
confirmando as informações que já circulavam
de que o veículo manteria o formato Standard apenas para seus
cerca de 60 mil assinantes. Ainda assim, os assinantes que preferirem
receber seu JB no formato Berliner poderão fazer a opção.
No novo tamanho, um pouco maior que o tablóide, o JB vai circular
com 170 mil exemplares no domingo. Mas seu diretor comercial, Paulo
Fraga, acredita que, aos poucos, os assinantes deverão migrar
para o novo jornal. Fraga garantiu que a duplicidade de formatos não
vai ter impacto negativo significativo para o mercado publicitário.
"Mais de 85% dos nossos anúncios são autorizados
em tamanhos que permitirão a sua utilização tanto
na edição Berliner quanto na Standard", disse,
esclarecendo que apenas os demais deverão ser entregues em
materiais diferentes.
Junto com a mudança física, o JB alterou a sua logomarca
e a sua programação visual, substituindo o vermelho
pelo azul e ampliando a utilização de cor em suas
matérias. O conteúdo também recebeu o incremento
de novos jornalistas, como o cartunista Paulo Caruso e o colunista
Fred Sutter, de volta à casa.
DIVULGAÇÃO
A novidade do JB está sendo acompanhada de um esforço
de marketing como há tempos o veículo de Nelson Tanure
não via. Além da campanha publicitária institucional
criada pela Publicis e das ações em PDV e para assinantes
criadas pela Ação, o JB está fazendo diversas
promoções. Este fim-de-semana, equipes de promotores
circulavam pelas praias da Zona Sul distribuindo folhetos simulando
a nova edição, já no formato Berliner.
Fabio Barreto
deixa a Ação
O redator Fabio Barreto, que há
três meses havia assumido a direção de criação
da agência Ação -- da empresária Andrea
Gomes de Mattos --, deixou a empresa para atuar em marketing político,
de olho nas eleições de outubro próximo. Na Ação,
o redator Miguel Simas, que já estava na agência antes
da entrada de Barreto e ultimamente atuava como supervisor de criação,
ficará responsável pelo departamento.
Antes de assumir na Ação, Fabio Barreto foi diretor
de criação da agência Ronson.
Richter abre
Camisa10
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Bruno Richter e Victor Vicente |
O diretor de arte Bruno Richter se juntou ao redator e seu ex-companheiro
de criação na OPM Victor Vicente (também ex-Scalla)
e ao empresário Augusto Simas para criar no Rio a agência
Camisa10 Propaganda.
A empresa inicia suas atividades com jobs para a SNG (agências
credenciadas do Grupo BMG), a rede de farmácias Qualifarma,
o Atelier Leblon, a empresa de marketing esportivo RM Sports, a agência
de turismo vip Travel Place e a empresa de escritórios virtuais
Rio Offices.
De acordo com Richter, a Camisa10 não vai se limitar à
mídia convencional. O site, ainda em construção,
estará em www.c10propaganda.com.br.
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Faleceu Carlos
Henrique, a voz das Sendas
"Duvidamos que alguém venda mais barato!".
Com esse bordão e o polegar direito levantado o locutor Carlos
Henrique -- cujo verdadeiro nome Henry Charles Gonçalves
poucos conheciam -- tornou-se nos anos 70 e 80 o símbolo
publicitário das Casas Sendas, a ponto de chegar a ser seu
gerente de propaganda e, depois, sócio da agência Giovanni
(que detinha a conta da rede de supermercados) nos seus primeiros
anos.
Carlos Henrique faleceu esta segunda-feira e será enterrado
às nove horas de amanhã, 18 de abril, no cemitério
Jardim da Saudade de Paciência, saindo o féretro da
capela 5.
FIGURAÇA
O locutor foi uma figura muito querida do mercado publicitário,
por sua enorme simpatia. Mistura de cliente e locutor, ele mesmo
aprovava e gravava os textos que os criativos lhe levavam para os
comerciais e spots das Sendas.
Wanderlei Gonçalves, diretor da Nova Onda e também
requisitado locutor do mercado publicitário, conta que, no
começo de carreira, viveu uma experiência inesquecível
com Carlos Henrique, que já era um nome consagrado. A voz
das Sendas puxou-o de lado e perguntou:
- Wanderlei, digamos que você tenha uma gravação
marcada para as 3 da tarde e duas outras produtoras chamem você
para o mesmo horário. O que você faz?
Wanderlei, novato, explicou que pediria desculpas e justificaria
com o compromisso já assumido com a primeira.
Carlos Henrique cortou na hora:
- Errado! Você marca com as três. E chega atrasado.
Faleceu Carlos
Henrique - Falam os leitores
De Marcos Abrahão, diretor da Scalla
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Marina Miranda e Tião Macalé
em comercial do Disco |
"Márcio,
A nota triste da sua coluna me remete ao início da minha
carreira como publicitário, pela agência PASS - House
dos Supermercados Disco.
Na época, o Disco, a Sendas e as Casas da Banha dominavam
o mercado carioca de varejo, criando uma certa rivalidade, saudável
e muito competitiva, entre os seus times de criação
publicitária.
Carlos Henrique marcou um tempo na comunicação de
varejo, anunciando primeiro sozinho, depois ao lado de sua filha,
as ofertas diárias das Sendas. Era uma comunicação
que nós, da concorrência, tentávamos suplantar
com toda a criatividade possível. Mas a simplicidade da forma
e a simpatia do personagem tornavam isso uma tarefa árdua.
Lembro que quando criei a campanha "NOJENTO" para o Disco,
estrelada por Tião Macalé e Marina Miranda, utilizando
paródias, um dos roteiros levava esses personagens a fazer
uma sátira dos comerciais de Carlos Henrique e sua filha.
Até então nunca o havia conhecido pessoalmente, mas
soube que ele achou aqulo muito divertido, mas exagerado. Numa das
incontáveis gravações realizadas na Provarejo,
tive a oportunidade do primeiro contato com Carlos Henrique. Então
Mirando, um grande iluminador, gaiato como ninguém, me apresentou
como o criador do NOJENTO. Pensei que eu iria apanhar ali mesmo.
Carlos Henrique com seu porte elegante, era bem mais volumoso que
eu, nos meus mirrados 1,58 metros. Ele me olhou sério por
um tempo e depois abriu um sorriso, aquele mesmo sorriso Sendas
que duvidava que alguém tivesse preço melhor. Apertou
minha mão e me deu os parabéns:
- Belo trabalho. Mas ficaria melhor se o Tião Macalé
tivesse um sorriso Sendas.
Na hora eu achei a idéia genial e falei que no próximo
comercial ele teria. Providenciamos então uma dentadura para
o Tião e incluímos mais um esquete, no pacote mensal
que era gravado nos estúdios do SIR Laboratórios,
em Curitiba. E o Tião foi para o ar na semana seguinte expondo
um belo sorriso completo, não tão sincero como o de
Carlos Henrique, mas surpreendente.
Depois daquele dia na Provarejo, nunca mais tive contato com o Carlos
Henrique. Mas aquele breve encontro me fez entender o motivo do
seu sucesso como garoto propaganda: a autenticidade. O sorriso que
ia para o ar era o mesmo que ele emprestava às pessoas do
seu dia-a-dia. Era espontâneo, era natural, era autêntico.
Não era o sorriso exigido pelo diretor de cena. Por isso
ele conseguia tanta empatia com o público, que permaneceu
por muitos anos fiel ao sorriso Sendas."
Do redator Claudio Ortman
(Ipatinga - MG):
"Conheci o Carlos Henrique lá pelos anos 80, quando
a sede da Giovanni ainda era na Rua Santa Amélia, na Tijuca.
Sempre sorridente, simpático e ostentando sua habitual marca
registrada: o polegar erguido em sinal de positivo. O mesmo que
o popularizou nas campanhas da Sendas.
Ouvi histórias engraçadíssimas dele e sobre
ele. Uma delas dizia que lá ia o Carlos Henrique pela Avenida
Atlântica, mais ou menos no horário do almoço,
no banco do carona do carro de alguém da agência, quando
o sinal fechou. Ao seu lado, parou outro carro tendo uma mulher
ao volante. Ela olhou, naturalmente, para o carro onde estava o
nosso personagem, como olharia para qualquer outro que estivesse
ali. Ao perceber que se tratava de alguém que lhe parecia
familiar, olhou mais uma vez, outra e mais outra.
Carlos Henrique percebeu que estava sendo observado e, certamente,
que havia sido reconhecido. Mas a motorista não fez nenhuma
menção de falar com ele. Apenas, ficou olhando repetidamente,
demonstrando que estava reconhecendo-o. Mas parecia estar tendo
dificuldade de lembrar-se exatamente quem era ou de onde o conhecia.
E ficaram ali, naqueles segundos que pareciam uma eternidade: Carlos
Henrique, de rabo de olho, como que esperando por uma reação
dela que, por sua vez, não tirava os olhos tentando puxar
da memória que era aquele homem.
O sinal abriu e, no momento em que os carros começaram a
andar, bastou um gesto dele para ela ter certeza de que realmente
o conhecia: discretamente, ele ergueu o polegar pela janela, sem
esconder um sorriso discreto, de satisfação e vaidade
no canto da boca, por ter sido reconhecido.
Grande Henry Charles. Com certeza, Deus também ergueu o polegar
para recebê-lo."
De Valois Corrêa, redator da Contemporânea
"Marcio.
Trabalhei com o Carlos Henrique, na Giovanni, durante uns 3 anos. Ele sempre
foi muito fiel à Sendas. Houve uma época em que adoeceu e comentou
com o pessoal da agência: "Estou com hérnia de Sendas!"
Quando alguém tentou corrigi-lo, dizendo que a hérnia era de disco,
ele se levantou, dizendo que "essa hérnia aí é da
concorrência e eu não tenho hérnia da concorrência.
A minha é da Sendas." Aí piscou o olho, abriu um sorriso
e foi embora.
Grande sujeito e um bom chefe. Vai deixar saudades.
Forte abraço,
Valois"
De Dinoel Sant Anna, da Disa Produções
"Prezado Márcio,
Por uma dessas circunstâncias inexplicáveis não
li o site nos dois últimos dias. Com grande pesar, só
hoje fui informado, pelas excelentes locutoras Eloá Dias
e Zezé, sobre o falecimento do Carlos Henrique. O Inesquecível.
Porém, seria imperdoável deixar de reivindicar uma
homenagem para essa nobre figura com quem convivi a partir dos anos
sessenta. Afinal, com ele aprendi inúmeras lições
de vida e de locução. Importante é que os mais
jovens saíbam que o Carlos Henrique não era apenas
a voz, o sorriso simpático e o polegar em sinal de positivo.
Antes de Sendas a carreira do excepcional locutor já estava
consolidada.
Ao longo dos meus anos, como locutor de comercias, trabalhei com
inúmeros talentos, mas nenhum entrava num estúdio
tocava piano, contra-baixo, bateria, cantava e fazia a locução,
com várias vozes, como ele. Modestamente construi minha carreira
embalado, como criança, pelos ensinamentos e conselhos que
dele recebi.
Portanto, pela obra que deixa para a publicidade essa inigualável
figura, aproveito para sugerir que seja instituído o "Prêmio
Carlos Henrique de Locução Publicitária"
que, sem qualquer exagero, homenageará um homem que dedicou-se
com todo talento bem servir a propaganda. A sugestão está
dada, espero que o Clube de Criação se sensibilize
e acate essa idéia. Atenciosamente. Dinoel Sant Anna (Diretor
da Disa Produções)"
ABA defende
as mesas-de-compras
A Associação Brasileira de Anunciantes - ABA distribuiu
um comunicado ao mercado com a sua posição oficial
sobre as críticas que a Associação das Produtoras
de Som - Aprossom fez à Telefônica, por esta estar
cotando trabalhos das produtoras sem a interveniência das
agências de propaganda.
Esta é a íntegra do documento:
Os anunciantes
e os processos
de compra de suprimentos de marketing
Em vista de recentes manifestações a respeito
da legalidade, validade e ética dos processos de compra
de suprimentos de marketing por parte das empresas anunciantes,
a ABA quer esclarecer alguns pontos relevantes sobre a questão:
- A existência de processos, sistemas e áreas
especializadas em compra de suprimentos pelas empresas é
prática empresarial essencial para manter a competitividade
das organizações, uma obrigação
da gestão das companhias para com seus acionistas
e um mecanismo importante de redução do preço
de produtos e serviços ao consumidor final.
- Tais processos de compra são bastante diversificados
e conhecidos por uma variedade de denominações,
como procurement, searching, mesa de compras, pregões
e outros mais – mas todos se encaixam na obrigação
das organizações em adquirir qualidade
crescente por preço decrescente.
- Apesar de suas peculiaridades, a área de marketing
deve ser considerada como todas as demais para efeitos dos
mecanismos de compra de suprimentos e um esforço
gradativo de ajuste dos processos utilizados está
na pauta de diversas organizações, que se
deram conta do grande potencial de melhoria na aquisição
de produtos, serviços, conhecimento e tecnologia
aplicável às atividades mercadológicas.
- Tais procedimentos mais contemporâneos e eficientes
de compra de suprimentos de marketing são perfeitamente
legais, válidos e éticos – desde que
respeitadas as peculiaridades de cada item, as determinações
legais aplicáveis a cada caso e o objetivo maior
de contratar a melhor alternativa técnica pelo preço
mais conveniente para a empresa cliente.
A ABA informa também que, devido à crescente
importância e complexidade da compra de suprimentos
de marketing, seu novo Comitê de Gestão Financeira
de Marketing já listou entre suas prioridades a análise
dessa questão, visando consolidar o conhecimento e
as melhores práticas existentes no Brasil e exterior
e oferecer, nos próximos meses, um documento referencial
a suas associadas e ao mercado em geral.
ABA - Associação Brasileira de Anunciantes |
Com saudades do tempo em que organizações adquiriam
qualidade crescente pelo preço justo, a Janela não
pode deixar de observar o efeito de empobrecimento em cascata que
este novo processo gera.
Me parece razoável imaginar que quanto mais as empresas aviltarem
os preços pagos aos seus fornecedores, menos estes terão
para pagar aos seus profissionais, que terão menos ainda
para consumir os produtos vendidos pelas empresas, realimentando
o ciclo de depreciação da economia.
Reforços do Mercado
Lance! (Rio - RJ) - A ex-editora executiva do Jornal dos Sports Milena
Beffa assume a coordenação de arte do Diário Lance! Milena
também presta consultoria como gerente de produto das obras gráficas
do grupo Diários Associados do Jornal do Commercio e já teve passagem
como diretora de arte na Rede Globo e Jornal O Globo.
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