Publicis muda
o comando no Rio
EM
PRIMEIRA MÃO - O vice-presidente de Operações
da Publicis no Rio de Janeiro, Augusto Carvalho, se desligou da
agência esta semana.
Augusto estava na empresa há quase 20 anos. Ele entrou em 1987 para o atendimento da Salles (que foi
comprada pelo grupo Publicis), assumindo em 2000 o comando do escritório,
após a saída de Ricardo Ladvocat do mesmo cargo.
A agência não comunicou ainda os motivos do desligamento
de Carvalho nem o nome de quem passará a dirigir o escritório
carioca.
Dompieri assume
escritório carioca da DPTO
EM PRIMEIRA MÃO -
Responsável, entre outros clientes no Rio, pela conta
da Xerox, a agência paulista DPTO decidiu investir no mercado,
ampliando o seu escritório carioca. Para comandar a operação
e trazer novos clientes para a casa, a DPTO contratou o ex-gerente
de comunicação da Xerox, Paulo Dompieri, que havia deixado
a empresa no final de 2005.
A DPTO-Rio está funcionando na Praia do Flamengo 66 - Bloco
B - Sala 1407, com o telefone 2225-7577.
Lula Vieira
explica nota 9,5 da Mangueira
EM
PRIMEIRA MÃO - Jurado do Carnaval carioca há
12 anos, o publicitário Lula Vieira nunca foi tão
massacrado na vida quanto este ano, pela nota 9,5 que deu ao quesito
Conjunto no desfile da Estação Primeira de Mangueira.
Uma suposta declaração sua de que não teria
gostado do fato de a escola vir toda nas cores verde e rosa desencadeou
a ira dos mangueireses, a ponto de um deles, em e-mail ao Lula,
acusá-lo de ser "pior que o Marcos Valério".
Um xingamento que a opinião pública conquistou em
2005 para uso exclusivo dos publicitários...
A Janela descobriu, porém, que Lula foi injustiçado
por um coleguinha da imprensa, que retirou a sua declaração
do contexto em que foi emitida.
Já que o simpático diretor da VS é publicitário
querido do mercado -- e o colunista aqui sabe na pele como é
dura a vida de jurado --, nada mais pertinente do que a Janela reproduzir,
aqui, o e-mail que o criativo enviou para aquele irado mangueirense,
que, em resposta, declarou que não só estava convencido
da explicação como se desculpou"pelas ofensas
iniciais". Provavelmente a história do Marcos Valério.
Com a palavra, Lula Vieira:
"Caro André,
O que eu disse para o jornal é que, na minha opinião,
as fantasias que compunham a grande massa verde e rosa eram muito
parecidas umas com as outras. Ou seja: além do efeito do
mar verde e rosa, as fantasias das alas não tinham imaginação.Cumpriam
uma função de compor a massa de cor (ou cores, verde
e rosa) para que o efeito final fosse um grande espaço verde
e outro garnde espaço rosa.Mas havia uma monotonia nos detalhes.
As fantasias se pareciam demais.
A história de que eu não gostei deste efeito é
falsa. O efeito ficou bonito. Não sou, nem poderia ser contra
a escola mostrar suas cores. Mas achei que entre os recursos que
uma escola tem em conseguir forrar a avenida com sua cores o que
foi usado não demonstrou criatividade.
Iati, Nego D'água, Tapuia, Iara, Poderosos de Médici,
Colonizadores, Domínios da Região do Rio dos Currais,
Damas da Corte de Medici, eram alas, eram fantasias que se diferiam
entre si apenas por pequenos detalhes.
E a diferença entre estas entidades é muito grande.
Na minha opinião, André, entre uma índia belíssima
como Iati, o Nego dágua e um poderoso de Médici, só
para dar um exemplo, não podem ser representados por duas
fantasias extremamente parecidas, ainda que o efeito final do verde
e rosa tenha sido mantido.
O carnavalesco, que sem dúvida é um excelente profissional,
pareceu a mim que, naquele momento, sacrificou a história,
o drama, a estrutura do enredo (no sentido da evolução
daquilo que está sendo contado) em busca do efeito do mar
verde e rosa. Foi uma decisão, da qual eu achei carente de
imaginação.
Foi o que eu disse para o jornal.
O jornalista pegou apenas o pedaço mais chistoso na opinião
dele e publicou. Ele estava tão certo em fazer o que fez
que virou piada.
É a função dele.
Vamos ao Porto da Pedra.
Meu quesito é conjunto. Os problemas com carros que não
entram, demoras na passagem, atrasos, não são de minha
responsabilidade. Outros jurados cuidam disso.
Eu acho, caro André, que alguns momentos do Porto da Pedra
deveriam servir de exemplo para outras escolas.
Acho que as fantasias e a composição das alas que
mostraram Chiquinha Gonzaga, Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Maria
Clara Machado (também como exemplo) tinham uma plasticidade
e uma dramaticidade ímpar.
Exagerando um pouco, se você me permite, eu diria que um espectador
interessado entenderia a essência da pintura daquelas representantes
de nossas artes plásticas assistindo ao desfile.E o que faz
Maria Clara Machado. E a "alma" de Chiquinha Gonzaga.
Se fosse para fazer uma invasão de vermelho, como a cor da
escola, as fantasias poderiam ser iguais, com o compromisso de darem
cromatismo ao desfile.Mas teve algo novo: cada fantasia tinha uma
história, um pensamento, uma idéia, uma individualidade.
Não poderia dizer que os carros faltaram fizeram, ao observador
que fui no setor 2, a falta que tirasse o brilho do desfile das
alas Ada Rogato (a aviadora), Zuzu Angel, Mãe Menininha,
Irmã Dulce.
Minha função é esta. Se eu estivesse sozinho
em meu erro, os 5 décimos não teriam influenciado
tanto assim.
Fui jurado durante uns 12 anos. Acho que tenho mais tempo de avenida
que muito carnavalesco. Fiz debates, participei de cursos, não
sou neófito neste assunto.
Na minha profissão sou jurado no Festival de Cannes, já
fui de Londres e Nova Iorque. Sou jurado no Festival de Gramado.
Sou conselheiro da única universidade de carnaval do mundo,
a Estácio.
Não mereço ser considerado leviano, nem de ter má
fé. Minha história de 59 anos não deixa dúvidas
quanto a isso.
Um detalhe: a única vez que desfilei no Sambódromo
foi na ala Amigos do Chico. Fui campeão com a Mangueira.
Dei dez para a Imperatriz, Vila Isabel, Beija Flor, Viradouro, Unidos
da Tijuca, Império e Portela. Cada uma por uma razão.
Estou pedindo para a Liesa a oportunidade de debater minhas idéias
com o pessoal das escolas.
Espero que você tenha entendido minhas razões. Não
é necessário concordar com elas. Mas este debate pode
e deve ser útil para o carnaval. O maior espetáculo
do mundo.
Um grande abraço
Lula Vieira"
Bossa Nova conquista
Bagaggio e promove Coli
A
sexagenária rede de varejo Bagaggio, especializada em artigos
de couro para viagens, entregou sua conta na última sexta-feira
para a agência Bossa Nova, dos publicitários Marcelo
Gorodicht e Marcelo Jucá. Com 21 lojas no Rio de Janeiro, a
Bagaggio anuncia regularmente nos jornais O Globo e Extra, que já
na próxima semana terão anúncios criados pela
Bossa Nova. Entre outras agências, a Bagaggio já passou
pela Script e pela Carioca. Seus anúncios do último
ano, criados pela Senior, aliás, estão reproduzidos
no site da empresa, em www.bagaggio.com.br/institucional.cfm.
Outra novidade na Bossa Nova é a promoção do
redator Marcelo Coli (foto) a diretor de criação, no
cargo ocupado por Paulo Castro até o final de fevereiro último,
quando ele deixou a sociedade na agência. A promoção,
explica Gorodicht, foi o reconhecimento do talento e da parceria do
criativo, que o acompanha desde quando o executivo dirigia o escritório
carioca da Fischer América. Quando, há 3 anos, Gorodicht
deixou a Fischer e abriu a agência MG, Coli foi junto, chegando
inclusive a supervisionar a criação por alguns períodos.
Com a promoção de Coli, agora são 3 Marcelos
ocupando cargos de direção na Bossa Nova, o que não
significa absolutamente nada, mas numa reunião deve ser muito
engraçado. :)
Há algo
no ar além da coincidência?
Essas duas peças chegaram à redação
da Janela enviadas por um leitor anônomo, que perguntou: "quem
está copiando quem?"
Nenhuma das duas é assinada por qualquer agência. A
da TAP foi publicada na Folha do Turismo e a da TEAM é a
frente de um folheto promocional.
A similaridade é mesmo impressionante, inclusive em relação
ao número de unidades da escala em cada eixo do gráfico.
Tremenda viagem, não?
Ação
muda o visual da campanha da Distac
A
Ação Propaganda decidiu entrar de cabeça na
briga das agências de varejo criativas, com a recente entrada
de Fábio Barreto no comando da criação. A assessoria
da agência enviou esta semana um release para contar que na
nova campanha do Consórcio VW da Distac, publicada no jornal
O Dia, a identidade visual foi alterada, "ganhando mais movimento
e personalidade". Os títulos remetem ao sonho de possuir
um carro zero: "O sonho pode ser grande, mas as prestações
não" e "Sonhar não custa nada. Realizar
custa bem pouco".
Em outubro de 2004, quando a Janela publicou uma matéria
(veja
aqui) considerando o varejo "o purgatório da publicidade"
e não incluíndo a Ação entre as agências
que buscavam sair do lugar comum, sua diretora Andréa Gomes
de Mattos escreveu para a Janela afirmando que "o diferencial
que um cliente procura numa agência vai além de um
jogo de palavras no título e um layout clean". Ao que
parece, agora, felizmente, a empresária percebeu que "estrutura
e agilidade" qualquer agência organizadinha pode oferecer
ao cliente, mas criatividade é único valor que realmente
vai fazer a diferença entre elas.
A nova campanha da Distac teve criação de Fábio
Barreto, Luciana Esteves e Patrícia Medeiros.
Saudades
se mata na mesa de um bar
Na falta de eventos para o mercado publicitário no Rio de
Janeiro, a galera está indo para os bares matar saudades
dos velhos amigos.
Esta última segunda-feira, Eduardo Domingues organizou uma
concorrida reunião -- mais de 30 pessoas -- dos ex-funcionários
da agência Caio no Belmonte do Jardim Botânico.
Na terça-feira, foi a vez do Bar
Virtual juntar nas mesas do Hipódromo, na Gávea,
quase 20 publicitários cariocas no seu encontro mensal.
E na próxima semana, o chopp já está sendo
marcado para os ex-funcionários da Salles, com atenção
especial para aqueles que passaram pela agência nos anos 80.
O encontro, organizado por Gláucio Binder, será quarta-feira,
15, no Far Up (Cobal do Humaitá), das 18 horas em diante.
Parece que, de vez em quando, os ex-MPM também se juntam
para matar saudades. Se os ex-SGB, ex-Provarejo, ex-JMM, ex-Estrutural,
ex-Pubblicità etc resolverem marcar os seus brindes, podem
mandar o aviso que a Janela divulga.
O Brilhante
Cor-De-Rosa do esporte carioca
No próximo dia 13 de março,
o tradicionalíssimo Jornal dos Sports -- provavelmente o mais
antigo veículo especializado em esportes do país --
vai comemorar suas Bodas de Brilhante, completando 75 anos.
Um verdadeiro sobrevivente, o rosado JS vai aproveitar para contar a sua história
em um caderno especial com textos de Nelson Rodrigues, Mário Filho e João
Saldanha, entre outros. Tomara que o Wellington Rocha, atual diretor executivo
do jornal, não esqueça que o Jornal dos Sports já sediou
uma das mais lidas colunas de propaganda do Rio, "O Mercado", assinada
pelo saudoso doce e querido amigo Genilson Gonzaga.
Reforços do Mercado
Larrat (Rio - RJ) - A agência carioca de marketing promocional
contratou dois novos redatores: Fábio Maia (ex-Dia Comunicação,
Tátil Design, Casa do Cliente e PB) e Milton Von Seehausen (ex-Lemon
e Casa do Cliente).
O Dia (Rio - RJ) - O Grupo O DIA de Comunicação
anuncia a promoção de Simone Botto como sua nova Gerente de Marketing.
Com 3 anos de casa, ela começou na empresa como analista de marketing,
passando por coordenadora e assumindo agora a gerência do departamento,
da qual estava responsável interinamente desde a saída de Eduardo
França. Simone é formada em Publicidade e Propaganda na Universidade
Gama Filho, com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio
Vargas.
Publicis
(Rio - RJ) - Rodolfo Sampaio, vp nacional de Criação
da agência, levou o redator Antônio "Mega" Nogueira (foto
à direita) de volta ao escritório carioca, saindo da Giovanni
FCB. Também entraram na criação da Publicis-Rio o redator
Daniel Duarte e o diretor de arte Bernardo Cople, que vieram da Agência3.
África (São Paulo - SP) - Levou da Publicis
Rio o diretor de arte Humberto Fernandes e o da Giovanni FCB o diretor de arte
Carlos André "Dedé" Eyer, dois dos melhores profissionais
de criação do mercado carioca. Em 2002, Humberto conquistou o
Prêmio Rogerio Steinberg como o diretor de arte mais premiado no
Colunistas Rio, com Dedé ficando em 2º lugar.
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