Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 10/MAR/2006
Marcio Ehrlich

 

Publicis muda o comando no Rio

EM PRIMEIRA MÃO - O vice-presidente de Operações da Publicis no Rio de Janeiro, Augusto Carvalho, se desligou da agência esta semana.
Augusto estava na empresa há quase 20 anos. Ele entrou em 1987 para o atendimento da Salles (que foi comprada pelo grupo Publicis), assumindo em 2000 o comando do escritório, após a saída de Ricardo Ladvocat do mesmo cargo.
A agência não comunicou ainda os motivos do desligamento de Carvalho nem o nome de quem passará a dirigir o escritório carioca.

Dompieri assume escritório carioca da DPTO

EM PRIMEIRA MÃO - Responsável, entre outros clientes no Rio, pela conta da Xerox, a agência paulista DPTO decidiu investir no mercado, ampliando o seu escritório carioca. Para comandar a operação e trazer novos clientes para a casa, a DPTO contratou o ex-gerente de comunicação da Xerox, Paulo Dompieri, que havia deixado a empresa no final de 2005.
A DPTO-Rio está funcionando na Praia do Flamengo 66 - Bloco B - Sala 1407, com o telefone 2225-7577.

Lula Vieira explica nota 9,5 da Mangueira

EM PRIMEIRA MÃO - Jurado do Carnaval carioca há 12 anos, o publicitário Lula Vieira nunca foi tão massacrado na vida quanto este ano, pela nota 9,5 que deu ao quesito Conjunto no desfile da Estação Primeira de Mangueira. Uma suposta declaração sua de que não teria gostado do fato de a escola vir toda nas cores verde e rosa desencadeou a ira dos mangueireses, a ponto de um deles, em e-mail ao Lula, acusá-lo de ser "pior que o Marcos Valério". Um xingamento que a opinião pública conquistou em 2005 para uso exclusivo dos publicitários...
A Janela descobriu, porém, que Lula foi injustiçado por um coleguinha da imprensa, que retirou a sua declaração do contexto em que foi emitida.
Já que o simpático diretor da VS é publicitário querido do mercado -- e o colunista aqui sabe na pele como é dura a vida de jurado --, nada mais pertinente do que a Janela reproduzir, aqui, o e-mail que o criativo enviou para aquele irado mangueirense, que, em resposta, declarou que não só estava convencido da explicação como se desculpou"pelas ofensas iniciais". Provavelmente a história do Marcos Valério.
Com a palavra, Lula Vieira:

"Caro André,
O que eu disse para o jornal é que, na minha opinião, as fantasias que compunham a grande massa verde e rosa eram muito parecidas umas com as outras. Ou seja: além do efeito do mar verde e rosa, as fantasias das alas não tinham imaginação.Cumpriam uma função de compor a massa de cor (ou cores, verde e rosa) para que o efeito final fosse um grande espaço verde e outro garnde espaço rosa.Mas havia uma monotonia nos detalhes. As fantasias se pareciam demais.
A história de que eu não gostei deste efeito é falsa. O efeito ficou bonito. Não sou, nem poderia ser contra a escola mostrar suas cores. Mas achei que entre os recursos que uma escola tem em conseguir forrar a avenida com sua cores o que foi usado não demonstrou criatividade.
Iati, Nego D'água, Tapuia, Iara, Poderosos de Médici, Colonizadores, Domínios da Região do Rio dos Currais, Damas da Corte de Medici, eram alas, eram fantasias que se diferiam entre si apenas por pequenos detalhes.
E a diferença entre estas entidades é muito grande.
Na minha opinião, André, entre uma índia belíssima como Iati, o Nego dágua e um poderoso de Médici, só para dar um exemplo, não podem ser representados por duas fantasias extremamente parecidas, ainda que o efeito final do verde e rosa tenha sido mantido.
O carnavalesco, que sem dúvida é um excelente profissional, pareceu a mim que, naquele momento, sacrificou a história, o drama, a estrutura do enredo (no sentido da evolução daquilo que está sendo contado) em busca do efeito do mar verde e rosa. Foi uma decisão, da qual eu achei carente de imaginação.
Foi o que eu disse para o jornal.
O jornalista pegou apenas o pedaço mais chistoso na opinião dele e publicou. Ele estava tão certo em fazer o que fez que virou piada.
É a função dele.
Vamos ao Porto da Pedra.
Meu quesito é conjunto. Os problemas com carros que não entram, demoras na passagem, atrasos, não são de minha responsabilidade. Outros jurados cuidam disso.
Eu acho, caro André, que alguns momentos do Porto da Pedra deveriam servir de exemplo para outras escolas.
Acho que as fantasias e a composição das alas que mostraram Chiquinha Gonzaga, Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Maria Clara Machado (também como exemplo) tinham uma plasticidade e uma dramaticidade ímpar.
Exagerando um pouco, se você me permite, eu diria que um espectador interessado entenderia a essência da pintura daquelas representantes de nossas artes plásticas assistindo ao desfile.E o que faz Maria Clara Machado. E a "alma" de Chiquinha Gonzaga.
Se fosse para fazer uma invasão de vermelho, como a cor da escola, as fantasias poderiam ser iguais, com o compromisso de darem cromatismo ao desfile.Mas teve algo novo: cada fantasia tinha uma história, um pensamento, uma idéia, uma individualidade.
Não poderia dizer que os carros faltaram fizeram, ao observador que fui no setor 2, a falta que tirasse o brilho do desfile das alas Ada Rogato (a aviadora), Zuzu Angel, Mãe Menininha, Irmã Dulce.
Minha função é esta. Se eu estivesse sozinho em meu erro, os 5 décimos não teriam influenciado tanto assim.
Fui jurado durante uns 12 anos. Acho que tenho mais tempo de avenida que muito carnavalesco. Fiz debates, participei de cursos, não sou neófito neste assunto.
Na minha profissão sou jurado no Festival de Cannes, já fui de Londres e Nova Iorque. Sou jurado no Festival de Gramado. Sou conselheiro da única universidade de carnaval do mundo, a Estácio.
Não mereço ser considerado leviano, nem de ter má fé. Minha história de 59 anos não deixa dúvidas quanto a isso.
Um detalhe: a única vez que desfilei no Sambódromo foi na ala Amigos do Chico. Fui campeão com a Mangueira.
Dei dez para a Imperatriz, Vila Isabel, Beija Flor, Viradouro, Unidos da Tijuca, Império e Portela. Cada uma por uma razão.
Estou pedindo para a Liesa a oportunidade de debater minhas idéias com o pessoal das escolas.
Espero que você tenha entendido minhas razões. Não é necessário concordar com elas. Mas este debate pode e deve ser útil para o carnaval. O maior espetáculo do mundo.
Um grande abraço
Lula Vieira"

Bossa Nova conquista Bagaggio e promove Coli

Marcelo ColiA sexagenária rede de varejo Bagaggio, especializada em artigos de couro para viagens, entregou sua conta na última sexta-feira para a agência Bossa Nova, dos publicitários Marcelo Gorodicht e Marcelo Jucá. Com 21 lojas no Rio de Janeiro, a Bagaggio anuncia regularmente nos jornais O Globo e Extra, que já na próxima semana terão anúncios criados pela Bossa Nova. Entre outras agências, a Bagaggio já passou pela Script e pela Carioca. Seus anúncios do último ano, criados pela Senior, aliás, estão reproduzidos no site da empresa, em www.bagaggio.com.br/institucional.cfm.
Outra novidade na Bossa Nova é a promoção do redator Marcelo Coli (foto) a diretor de criação, no cargo ocupado por Paulo Castro até o final de fevereiro último, quando ele deixou a sociedade na agência. A promoção, explica Gorodicht, foi o reconhecimento do talento e da parceria do criativo, que o acompanha desde quando o executivo dirigia o escritório carioca da Fischer América. Quando, há 3 anos, Gorodicht deixou a Fischer e abriu a agência MG, Coli foi junto, chegando inclusive a supervisionar a criação por alguns períodos.
Com a promoção de Coli, agora são 3 Marcelos ocupando cargos de direção na Bossa Nova, o que não significa absolutamente nada, mas numa reunião deve ser muito engraçado. :)

Há algo no ar além da coincidência?

Essas duas peças chegaram à redação da Janela enviadas por um leitor anônomo, que perguntou: "quem está copiando quem?"
Nenhuma das duas é assinada por qualquer agência. A da TAP foi publicada na Folha do Turismo e a da TEAM é a frente de um folheto promocional.
A similaridade é mesmo impressionante, inclusive em relação ao número de unidades da escala em cada eixo do gráfico.
Tremenda viagem, não?

 

Ação muda o visual da campanha da Distac

A Ação Propaganda decidiu entrar de cabeça na briga das agências de varejo criativas, com a recente entrada de Fábio Barreto no comando da criação. A assessoria da agência enviou esta semana um release para contar que na nova campanha do Consórcio VW da Distac, publicada no jornal O Dia, a identidade visual foi alterada, "ganhando mais movimento e personalidade". Os títulos remetem ao sonho de possuir um carro zero: "O sonho pode ser grande, mas as prestações não" e "Sonhar não custa nada. Realizar custa bem pouco".
Em outubro de 2004, quando a Janela publicou uma matéria (veja aqui) considerando o varejo "o purgatório da publicidade" e não incluíndo a Ação entre as agências que buscavam sair do lugar comum, sua diretora Andréa Gomes de Mattos escreveu para a Janela afirmando que "o diferencial que um cliente procura numa agência vai além de um jogo de palavras no título e um layout clean". Ao que parece, agora, felizmente, a empresária percebeu que "estrutura e agilidade" qualquer agência organizadinha pode oferecer ao cliente, mas criatividade é único valor que realmente vai fazer a diferença entre elas.
A nova campanha da Distac teve criação de Fábio Barreto, Luciana Esteves e Patrícia Medeiros.

Saudades se mata na mesa de um bar

Na falta de eventos para o mercado publicitário no Rio de Janeiro, a galera está indo para os bares matar saudades dos velhos amigos.
Esta última segunda-feira, Eduardo Domingues organizou uma concorrida reunião -- mais de 30 pessoas -- dos ex-funcionários da agência Caio no Belmonte do Jardim Botânico.
Na terça-feira, foi a vez do Bar Virtual juntar nas mesas do Hipódromo, na Gávea, quase 20 publicitários cariocas no seu encontro mensal.
E na próxima semana, o chopp já está sendo marcado para os ex-funcionários da Salles, com atenção especial para aqueles que passaram pela agência nos anos 80. O encontro, organizado por Gláucio Binder, será quarta-feira, 15, no Far Up (Cobal do Humaitá), das 18 horas em diante.
Parece que, de vez em quando, os ex-MPM também se juntam para matar saudades. Se os ex-SGB, ex-Provarejo, ex-JMM, ex-Estrutural, ex-Pubblicità etc resolverem marcar os seus brindes, podem mandar o aviso que a Janela divulga.

O Brilhante Cor-De-Rosa do esporte carioca

No próximo dia 13 de março, o tradicionalíssimo Jornal dos Sports -- provavelmente o mais antigo veículo especializado em esportes do país -- vai comemorar suas Bodas de Brilhante, completando 75 anos.
Um verdadeiro sobrevivente, o rosado JS vai aproveitar para contar a sua história em um caderno especial com textos de Nelson Rodrigues, Mário Filho e João Saldanha, entre outros. Tomara que o Wellington Rocha, atual diretor executivo do jornal, não esqueça que o Jornal dos Sports já sediou uma das mais lidas colunas de propaganda do Rio, "O Mercado", assinada pelo saudoso doce e querido amigo Genilson Gonzaga.

Reforços do Mercado

Larrat (Rio - RJ) - A agência carioca de marketing promocional contratou dois novos redatores: Fábio Maia (ex-Dia Comunicação, Tátil Design, Casa do Cliente e PB) e Milton Von Seehausen (ex-Lemon e Casa do Cliente).

O Dia (Rio - RJ) - O Grupo O DIA de Comunicação anuncia a promoção de Simone Botto como sua nova Gerente de Marketing. Com 3 anos de casa, ela começou na empresa como analista de marketing, passando por coordenadora e assumindo agora a gerência do departamento, da qual estava responsável interinamente desde a saída de Eduardo França. Simone é formada em Publicidade e Propaganda na Universidade Gama Filho, com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.

Antônio "Mega" NogueiraPublicis (Rio - RJ) - Rodolfo Sampaio, vp nacional de Criação da agência, levou o redator Antônio "Mega" Nogueira (foto à direita) de volta ao escritório carioca, saindo da Giovanni FCB. Também entraram na criação da Publicis-Rio o redator Daniel Duarte e o diretor de arte Bernardo Cople, que vieram da Agência3.

África (São Paulo - SP) - Levou da Publicis Rio o diretor de arte Humberto Fernandes e o da Giovanni FCB o diretor de arte Carlos André "Dedé" Eyer, dois dos melhores profissionais de criação do mercado carioca. Em 2002, Humberto conquistou o Prêmio Rogerio Steinberg como o diretor de arte mais premiado no Colunistas Rio, com Dedé ficando em 2º lugar.