Como fica 2006?
Acostumados a esperar com ansiedade
a chegada dos anos eleitorais, pela possibilidade de faturamento em
campanhas políticas, os publicitários brasileiros começam
a temer o panorama de 2006, a partir da crise política que
o país está enfrentando nos últimos dois meses.
"Depois do que está assistindo hoje, que empresário
de propaganda vai querer receber verbas de campanhas que venham de
caixa 2 dos partidos?", perguntou um graúdo publicitário
carioca, em conversa com a Janela.
O problema é que -- as próprias CPIs estão comprovando
isso -- é praticamente impossível, pelas regras atuais,
financiar uma campanha publicitária sem dinheiro não
registrado como doação aos partidos. No Brasil, a atividade
de lobby não é vista com bons olhos e, como o deputado
Roberto Jefferson já declarou diversas vezes, fica muito difícil
uma grande empresa aceitar se identificar como doadora de verba para
a campanha de um político quando isso a deixará automaticamente
sob suspeita da imprensa em qualquer licitação que participe
em órgãos públicos. E nem precisa dizer que não
deu muito certo -- pelo menos a longo prazo -- a alternativa adotada
pelas agências do empresário Marcos Valério nas
últimas eleições.
Cortados os empréstimos de bancos mineiros, reduzidas as doações
não declaradas das empresas, de onde virão as verbas
para as campanhas de 2006?
Co-responsáveis pelo cumprimento dos créditos dados
pelos veículos de comunicação (que fora do horário
gratuito não têm porquê dar espaço de graça
para candidato), as agências de publicidade não podem
correr riscos. Como já ensinava o jinglista Jorginho Abicalil,
trabalho para político só recebendo adiantado. "Se
perde a eleição, o sujeito vai dizer que não
tem como pagar, se ganha, esquece logo quem ajudou", dizia ele.
Exemplos de desastres na área não faltam. Alguns até
conseguem chegar ao conhecimento público. Em 20/12/2002,
a Janela publicava que a produtora de comerciais Yes acabou a última
disputa presidencial credora de R$ 600 mil da campanha derrotada de
José Serra. Em janeiro
deste ano, a empresa de outdoors Exibição ía
pra mídia reclamar que estava sem receber R$ 18 mil pela veiculação
em tabuletas da também derrotada campanha do vice-governador
Conde à Prefeitura do Rio de Janeiro.
A crise política parece estar longe de sua solução,
quatro meses antes de 2006. A hora de começar a buscar saídas
é agora.
Aliás, está na imprensa: o secretário de Comunicação
do PT, Humberto Costa, teria sido incumbido de procurar outro responsável
que não Duda Mendonça para cuidar da publicidade do
partido. Ao jornal O Globo, Campos declarou que "o PT deve procurar
publicitários mais baratos para as campanhas estaduais de 2006".
Nenhuma informação sobre competência. O diferencial
será o preço. E aí? Quem de vocês está
em liquidação?
Lage’Magy
oficializa seu final
A agência de publicidade Lage’Magy está comunicando
oficialmente que, depois de 35 anos em funcionamento, encerra suas
atividades nesta sexta-feira, dia 12 de agosto.
Sua fundadora, a artista gráfica e diretora de arte nascida
na Suiça Magy Imoberdorf, 57 anos, conta no comunicado que
nessa última semana buscou colocação profissional
para sua equipe – “praticamente quase todos já
estão em novos empregos”. Agora ela vai aproveitar
esse período de descanso para ficar com a família
na Europa, organizar um novo livro com suas obras e uma exposição
de retratos feitos por ela ainda no final deste ano. “Estou
encerrando uma etapa da minha carreira. Mas, ainda tenho muitos
planos e muita contribuição para dar à publicidade
brasileira”, conta Magy.
Foi na Lage’Magy que a Lycra ficou nacionalmente conhecida,
que “Zip Zipa Tudo” e que a caninha 51 virou “Uma
Boa Idéia”. Esses são exemplos do brilhante
trabalho realizado pela publicitária e os profissionais que
a acompanharam nesses anos todos.
Há poucas semanas a Talent, que era sócia da Lage’Magy,
decidiu desfazer o negócio, gerando algumas manifestações
de desagrado da criativa. No Uol , dia 13 de julho, surgiu um blog
simplesmente assinado "Lage’Magy", denunciando que a agência
estaria sobre ataque. Quem quiser saber mais sobre a agência,
veja em www.lagemagy.com.br
CCRJ lança
Clube do Futuro 2005
A edição de 2005 do Clube do Futuro, concurso criado
pelo Clube de Criação do Rio de Janeiro e organizado
pelo diretor da entidade, Paulo Castro, vai dar como prêmio
aos melhores trabalhos feitos pelos estudantes, 30 estágios
nas principais agências de publicidade cariocas. Estudantes
de todo o país podem participar. Informações
para participação no concurso estão na seção
CCRJr., no site da entidade (www.ccrj.com.br).
As inscrições vão até o dia 19 de agosto.
Blue Bus lança
livro comemorativo
Uma noite de autógrafos na próxima segunda-feira, 8 de agosto,
marca o lançamento do livro que comemora os 10 anos do Blue Bus na Internet.
Nestes 10 anos está contada a história do veículo antes
mesmo de ele ser um site e sim um BBS-Bulletin Board System do mercado de comunicação,
do qual, aliás, este colunista também participava como assinante.
Era um tempo em que as pessoas não ficavam on-line lendo notícias
em sites. Conectava-se por telefone à Internet, baixava-se um pacote
de mensagens, desconectava-se, lia-se off-line, respondia-se e conectava-se
de novo para mandar as respostas.
Entre outros freqüentadores do site de Júlio Hungria estavam Ana
Maria Bahiana, Caio Tulio Costa, Joaquim Ferreira dos Santos, Marcelo Tas, Ricardo
Freire, Pedro Doria, Tutty Vasques e Luiz Alberto Marinho.
O evento acontece a partir das 8 da noite, na livraria da Travessa, em Ipanema,
na Visconde de Pirajá, 572.
REFORÇOS DO MERCADO
Giovanni,FCB
(Rio-RJ) - A Agência do Ano do
Colunistas Rio acaba de contratar o redator
Rafael Pitanguy e o diretor de arte Marcelo
Lobo (foto à direita). Com 12 anos
de experiência no mercado publicitário,
Lobo acumula passagens pela Script, onde
fazia dupla com o próprio Pitanguy,
e por último na Agência3.
Rafael tem passagens pela Artplan, Doctor
e vem da Script. Está no mercado
há 4 anos. (08/08/2005)
MG (Rio-RJ) - Incrementou o Atendimento com a contratação
de André Leitão como executivo de conta. O profissional vem da
WM&S Publicidade, onde atendia a RedeEconomia de Supermercados. (05/08/2005)
PS 10 (Rio-RJ) - O diretor de arte Henrique Lara, que estava na Casa
da Criação, é o novo contratado da PS 10. Henrique em sua
recente carreira, já se faz presente no Anuário Melhor do Rio
Número 5. (05/08/2005)
|