Publicitários cariocas
espanam seus títulos de eleitor
Se, na política brasileira, 2005 verá um recesso
eleitoral, na publicidade carioca as entidades vão viver
um ano agitado.
A partir das eleições do Sindicato das Agências,
marcadas para março, os cariocas terão que decidir
se renovam ou não suas lideranças na Abap-Rio, no
Sindicato dos Publicitários, no GAP e no CCRJ.
Vejam o que devemos assistir este ano nas entidades cariocas:
SINDICATO DAS AGÊNCIAS
Esta fatura está definida, conforme matéria anterior da Janela.
Dia 4 de março, as agências deverão colocar Gláucio
Binder na liderança de sua entidade patronal.
ABAP-RIO
A última eleição para o capítulo carioca
da Associação Brasileira de Agências de Propaganda
aconteceu em 30 de abril de 2003, prorrogando por mais uma gestão
o mandato de Caio Cezar Valli (foto à direita) no comando
da instituição, tendo como vice-presidentes Albano
Alves Filho (Internad) e Gustavo Oliveira (Giovanni FCB). Tanto
por não poder disputar um terceiro mandato como por não
estar no momento como executivo de alguma das agências associadas
à ABAP, Caio deverá passar o cargo para um novo nome.
Pelas informações chegadas à Janela, costuras
já começaram a ser feitas nos bastidores do negócio
para a montagem de chapas à sucessão da atual diretoria,
tanto prevendo nomes ligados ao grupo atual como outros com menor
participação até o momento no movimento associativo.
SINDICATO DOS PUBLICITÁRIOS
O
presidente da entidade, há vários triênios,
é Cléverson Valadão Ridolfi (foto à
esquerda). A última eleição, em 2002, não
transcorreu sem problemas. O publicitário Erly Francisco
de Jesus, da Dilema, chegou a montar uma chapa para tentar renovar
o comando sindical, mas há poucos dias da disputa teve a
sua candidatura impugnada por não ter atendido a algumas
exigências da burocracia sindical. Na época, Erly chegou
a declarar para a Janela que aguardaria os 3 anos para se reorganizar.
Agora, é aguardar para ver.
De qualquer modo, o Sindicato dos Publicitários enfrenta
uma dúvida maior para o seu futuro: a reforma sindical em
tramitação em Brasília. Se hoje a entidade
não tem apelo suficiente para atrair os profissionais mais
graduados das agências de propaganda -- muitos trabalham como
"empresas" --, a partir do fim da cobrança obrigatória
de contribuições sindicais o órgão terá
que buscar desesperadamente atrativos reais para garantir a sua
sobrevivência como representante da classe publicitária.
GAP-RIO
O
Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio está praticamente
morto, considerando-se a falta de sinais de vida nos muitos últimos
meses. Seu presidente Eduardo Forbes (foto à direita) foi
eleito por aclamação em outubro de 2003, já
que a maioria de sua chapa sequer compareceu. De lá para
cá, tentou aprovar uma reformulação nos estatutos
do GAP-Rio mas não obteve apoio da classe para prosseguir.
A prosseguir a desmobilização entre os profissionais
de atendimento do Rio de Janeiro, é provável que a
entidade tenha o seu fim melancolicamente decretado em 2005.
CCRJ
Prestes
a comemorar 30 anos de existência -- fato que o atual presidente,
Álvaro Rodrigues (foto à esquerda), chegou a declarar
na imprensa que desconhecia -- o Clube de Criação
do Rio de Janeiro deve se mobilizar para eleições
em setembro deste ano, já que a atual diretoria foi eleita
em setembro de 2003, derrotando a chapa liderada por Gustavo Bastos.
Setembro não tem se mostrado um período das mais produtivos
para a disputa, por sua proximidade com o Festival do Rio, que o
CCRJ promove em Búzios. De certa maneira, duas diferentes
diretorias acabam se envolvendo com as fases de planejamento e execução
do evento, dificultando as definições de responsabilidades.
O Clube também enfrentou dificuldades no festival do último
ano, tanto de patrocínios como de apoio da classe. Ficou
nítida uma presença maior de estudantes que de profissionais
de criação no balneário fluminense, e há
setores da entidade propondo um reestudo de seus objetivos.
HSBC vai abrir aos sábados
Depois
da ousadia de ampliar o horário normal de abertura de suas agências
bancárias para 9 às 18 horas, o HSBC está se preparando para
abrir também aos sábados. A informação é do
diretor de marketing da instituição, Glen Valente, que adiantou
à Janela que a experiência começa ainda este mês em
agências que funcionam dentro de shopping centers.
A estratégia de estender o horário do banco, que já vinha
sendo anunciada em peças de rádio, ganha este domingo um comercial
de televisão, parte da nova campanha de produtos criada pelo escritório
curitibano da J.W.Thompson, responsável pela conta desde o alinhamento
internacional do banco com a agência de publicidade.
A nova campanha de televisão -- que envolveu uma verba de produção
de R$ 3 milhões para um volume de mídia de R$ 45 milhões
-- foi apresentada à imprensa especializada na última quarta-feira,
em São Paulo, pelo diretor da Thompson e responsável pela comunicação
do HSBC desde a sua chegada ao Brasil, Mario D' Andrea (foto). Ela compreenderá
23 comerciais de 30" produzidos pela Cine, 5 deles dirigidos por Clóvis
Melo para os produtos do banco e 18 dirigidos por Luiz Ferré tendo como
tema as cidades nas quais o HSBC detectou maior potencial de crescimento de mercado.
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Na assinatura dos comerciais, o gesto do ator representa
o horário estendido e as portas abertas do HSBC.
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Os roteiros destas peças seguem a estratégia da campanha do banco
que está atualmente no ar. Nela, o HSBC procura mostrar que conhece as
praças em que atua a ponto de saber curiosidades que seriam apenas de seus
habitantes. Para isso, nas próximas três semanas cada cidade terá
seu plano de mídia exclusivo. A partir daí, os comerciais passam
a ter veiculação nacional, revezando-se na mídia ate junho.
De acordo com Valente, 70% da verba de comunicação de marketing
do HSBC -- que hoje ocupa a 7ª posição do ranking brasileiro
de bancos, por ativos -- é direcionada atualmente para a mídia,
ficando o restante para as demais ferramentas, das quais marketing direto representa
a maior parcela.
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