Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 07/JAN/2005
Marcio Ehrlich

 

Prisma inaugura filial no Rio

Prisma - Real CaféO publicitário carioca Eduardo Domingues, ex-diretor da Caio, está trazendo para o Rio a agência capixaba Prisma Propaganda, para atender ao aumento na demanda de trabalhos destinados ao mercado regional e nacional da empresa, alguns específicos para o Rio de Janeiro.
O escritório, que leva o nome Prisma Rio, está operando no Edifício Mourisco em Botafogo.
De acordo com Fernando Manhães, diretor da Prisma, a sede do Rio será inicialmente de atendimento, planejamento e suporte ao cliente. As demais áreas serão supridas pela matriz em Vitória. O objetivo da agência, inicialmente, ele explica, será o de prospectar clientes de médio e pequeno porte.
Além disso, diz Manhães, a operação no Rio de Janeiro coloca a agência em situação privilegiada para também atender, de forma mais eficiente, aos clientes capixabas. "Nossa ligação ao eixo Rio-São Paulo ampliará o horizonte produtivo da agência. Passaremos a oferecer maior apoio às necessidades dos clientes fora do Espírito Santo, atendendo com mais facilidade e velocidade as demandas que dependam de maiores recursos, sem falar que estaremos colocando à disposição nossa base no Rio, local de importantes decisões junto aos veículos de grande projeção nacional e fornecedores de ponta", explica.
A Prisma atua no mercado capixaba há 16 anos. A agência tem no portfólio o único Leão de Ouro em Cannes conquistado pelo Brasil na categoria Media Lions, para o café solúvel Real (ilustração acima).

Publicitários brasileiros com peças no Louvre

O Papai Noel (ou o Pai Natal, como dizem nossos amigos portugueses) foi mesmo generoso com os cariocas Diogo Mello, diretor de arte da BBDO Portugal e Léo Vilela, fotógrafo e sócio do estúdio Platinum.
O anúncio "Canguru" feito Diogo com o redator português Nuno Cardoso e clicado e manipulado pela Platinum ganhou o direito de participar da exposição permanente de publicidade do Museu do Louvre, em Paris.
A honraria inédita foi concedida a todos os medalhistas de ouro da Epica Awards deste ano.
A peça, única portuguesa da lista, foi criada para a linha de caminhões da Nissan e traz um canguru carregando um hipopótamo na bolsa.
Diogo Mello trabalhou no Rio na Script e na Contemporânea e já passou por agências nos Estados Unidos e na Inglaterra.

Incentive House fatura R$ 60 milhões no Rio

Responsável pela coordenação de projetos e serviços de todos os escritórios regionais onde a agência atua, exceto São Paulo, a Incentive House Rio de Janeiro está comemorando o fechamento de 2004 com um faturamento de R$ 60 milhões, apresentando um crescimento de 33% sobre o faturamento de R$ 45 milhões em 2003, que já haviam representado um índice 30% superior aos números de 2002. A média mensal de contemplados com os produtos de premiação distribuídos pela filial é de dez mil pessoas.
A Incentive House, maior agência de marketing de relacionamento da América Latina, pertencente ao Grupo Accor no Brasil. Em todo o País são oito escritórios regionais. O primeiro deles foi exatamente o do Rio, criado em 1989. Após 15 anos de mercado, a Incentive Rio conta com aproximadamente 300 clientes, entre eles as indústrias farmacêuticas GSK - GlaxoSmithKline e Merck, a seguradora Sul América, as operadores VIVO e Intelig, a Shell e o Ponto Frio.

Reveillon teve vídeo de Pinaud e Schmidt

A Fim de Semana Pictures, do redator carioca Bruno Pinaud, foi uma das produtoras convidadas por Heleno Bernardi, curador do Telamix, para produzir um vídeo que que foi projetado no telão digital de 90m2 instalado na esquina da Av.Atlântica com a Rua Princesa Isabel, durante o revellion na praia de Copacabana.
O vídeo, que originalmente, não tem som, chama-se "O Paradoxo do Passarinho" e é sobre "medo, rotina, ignorância, preguiça ou o que quer que prenda você", segundo seu autor. Junto com Pinaud participou da criação Deko Schmidt. A pós-produção foi de Fred Vegele.
Para ver o vídeo, acesse, no site da produtora, o endereço https://www.fimdesemanapictures.com/para.htm

Exibidora cobra os outdoors de Conde

A exibidora de outdoors Exibição, do Rio de Janeiro, está distribuindo um comunicado à imprensa especializada protestando por não ter recebido, até agora, pela veiculação da campanha do vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Paulo Conde, à prefeitura da cidade. A seguir, na íntegra, o texto da empresa:

SERIA O CIDADÃO LUIZ PAULO CONDE UM MAU PAGADOR?

Não podemos acreditar numa resposta afirmativa para o questionamento acima, mas convidamos os amigos a analisarem conosco os fatos abaixo descritos:
Nós, a Exibição Publicidade e Promoções, empresa de outdoor com 3 anos de existência, porém com mais de 15 anos de experiência, tivemos a grata honra no sorteio do T.R.E. (sorteio para distribuição dos outdoors para esta ultima campanha) da participação da FRENTE POPULAR com 45 placas de nossa propriedade.
A distribuição da campanha de Outdoor do candidato LUIZ PAULO CONDE, segundo o Sr.Alexandre Furlanetto (coordenador da campanha), seria de responsabilidade da empresa Satélite Rio Painéis e para tanto a entrega, escolha e o pagamento desta campanha estavam centralizados pela Satélite, que agora, com certeza deve estar amargando o mesmo problema que a gente.
Para a última bisemana da campanha, o candidato LUIZ PAULO CONDE, através da sua Assessoria (Alexandre Furlanetto) autorizou a exibição de 50 cartazes, sendo que nós só exibimos 45 que totalizava o custo de R$ 18.000,00 (Dezoito mil reais).
Agora apresentamos o problema, e quem sabe, os amigos que estão recebendo esta mensagem nos ajudem com uma solução.
CADÊ OS R$ 18.000,00??
Até hoje, dia 05 de Janeiro de 2005, não sentimos o toque deste numerário em nossas mãos, nem pudemos ver a sua cor, dinheiro tão desejado por nós, pois como não somos uma empresa de grande porte, ele faz falta, mas nossa responsabilidade é de GRANDE PORTE e estamos amargurando a dor desta falta, tentando contornar nossos débitos como o habitual jogo de cintura que a maioria dos pequenos empresários está acostumada a fazer quando se vê diante de um problema desse porte.
Desta forma, pedimos aos amigos que, se por ventura, encontrarem por aí os Srs LUIZ PAULO CONDE ou ALEXANDRE FURLANETTO, por favor, nos ajudem transmitindo para eles o recado abaixo.
CADÊ O DINHEIRO???
Jorge Marcos Mothé
Ger.Comercial da Exibição Outdoor
Rua Beneditinos, 18/304 - Rio de Janeiro – RJ - (21) 2233-1082/2233-4889

Pelo 8º dia sem o Animal

Talvez a última foto do Animal, na festa do Colunistas-Rio, em 9/9/2004. Fazendo pose para o fotógrafo, claro.
Ainda me recuso a chorar pelo Animal.
Não consigo imaginar uma razão para colocar tristeza na memória de um cara que, sempre que pôde, fez as pessoas sorrirem.
Claro que o Animal vai fazer falta. Claro que é chato imaginar que a gente não vai mais encontrar aquele gordo na frente do Macintosh de nenhuma agência. Nem nas rodinhas das festas de propaganda. Nem nas filas dos McDonald’s da vida. Mas a lembrança dele, isso a gente sabe que vai continuar nos encontrando em muitos lugares e por muito tempo. E sempre que ela chegar, a gente vai inevitavelmente sorrir. Ele não ía gostar disso?
O José Luciano Marinho da Silva Gaberel de Moraes viveu como quis. O Animal mais ainda. Aliás, viveu como vivem muitos que parecem saber que uma vida vai ser pouco pra realizar, expressar, curtir, comer, incomodar, modificar tudo o que precisam.
A Janela se orgulha de ter reconhecido o talento do Animal no começo da sua carreira publicitária. E de acompanhar cada passo que ele deu para deixar a sua marca no mercado carioca. A marca de quem tanto juntava dedicação ao trabalho quanto irreverência, como convém a um verdadeiro criativo carioca. Com a inevitabilidade do duplo sentido, o Animal soube ocupar o seu espaço no mercado. Julgar se poderia ter sido por mais ou menos tempo, é uma pretensão de poder divino a que este colunista não se arroga.
Que o Animal não vai ser esquecido foi fácil de ver pela presença de mais de 100 publicitários no seu enterro. Amigos que respeitavam o seu trabalho, gostavam dele e que -- com licença da família -- esperavam uma despedida mais divertida que a que ele recebeu. Ao estilo do que todos imaginávamos que ele gostaria de ter.
Histórias maravilhosas sobre o Animal existem muitas para ser contadas. E se no Jardim da Saudade elas não puderam ser ditas, no Jardim Botânico o foram, por todos os que seguimos solenemente para o Belmonte brindar à vida eterna daquele grande sacana.
Animal, não sei se você vai estar no lugar pra onde um dia eu vou. Mas se a gente se encontrar, vai ser divertido.

Pelo Animal (Falam os leitores - 1)

De Fabio Seidl, redator da McCann Erickson Portugal e da Janela Internacional:
"Fui pego de surpresa com a notícia da passagem do Animal.
Se a criatividade carioca perde um pouco da pimenta, os amigos ficam sem o companheiro, o vozeirão, a gargalhada e um milhão de piadas.
Nessas horas eu confesso que não sei bem o que dizer, mas vale sublinhar o exemplo de um cara que não perdeu o bom humor e a persistência nem nas horas muito, muito difíceis. Para ele ou para os amigos.
Um abralho, Animal! Vai deixar saudades para cacete."

Da equipe da XL Comunicação:
"Ficamos muito tristes coma notícia sobre o falecimento do Gaberel. Mesmo que não tenhamos conhecido pessoalmente é de imenso pesar para todo o mercado, principalmente o do Rio, perder um talento do top dele.
Deixamos aqui registrados nossos sinceros sentimentos à toda a família e aos amigos."

Pelo Animal (Falam os leitores - 2)

De Marcelo Gorodicht, diretor da MG Comunicação
"Querido Marcio,
Parabéns pelo maravilhoso texto sobre o inesquecível amigo Animal. Você conseguiu exprimir exatamente o que foi esse grande profissional e amigo de todos nós. Pra nós da MG, a convivência com ele em seus momentos finais foi muito dura. Por isso, ainda não havíamos conseguido nos pronunciar a respeito. Enfim, faço minhas as suas palavras e aproveito para desejar um feliz 2005 a todo o mercado carioca. Abraços"

De Francisco Lucchini, redator da Quê/Next:
"Márcio,
Quando um ano como 2004 termina com tantas tragédias, parece até que vai ser difícil desejar um Feliz 2005.
Mas, aproveitando uma carona no seu texto sobre o Animal que sempre foi um cara que soube tirar piadas e risos das situações mais inesperadas, a gente pensa que dá! É, dá sim! É uma bela homenagem.
Abs,
Chiquinho"

De Fabio Gil, redator da Agência3
"Márcio,
Muito bacana o texto “8 dias sem o Animal”. Sou redator da Agência3 e conheci o cara ainda na 100% (onde comecei minha carreira). Gostei dele bem antes de saber do incidente do e-mail que “atrapalhou” a sua carreira.
E a sua nota carrega o alto astral/humor que o Animal deixou para todo mundo que gostava dele.
Parabéns."

De Marcelo Glielmo, redator (recém-chegado de SP) da Ação Propaganda
Hoje comecei diferente meu dia. Sem café, sem jornal, sem humor mas com muitas saudades. Saudades daqueles que não pude sequer conhecer. Antes de duplar com a arte duplei com a alma, tentando ser solidário. O Animal subiu, para onde também vão as canetas já sem tinta de tanto criar, os pincéis com cerdas gastas e roughs bem vividos. Junto com ele sobe um pensamento, no fundo um desejo - Será que de lá de cima ele consegue dar um equilíbrio um pouco mais angelical no "Color Balance" de nosso Rio de Janeiro? Ou quem sabe com uma "Clone Tool" divina limpar a destruição na Ásia? Não será este o próximo job do Animal?
Fica aí minha torcida, pelo Luciano e outros vários colegas que subiram nos últimos meses.
Deve ser o grande Diretor de Criação "convocando" nossos talentos para criar um novo layout deste mundo já muito desgastado. Tomara que com cores mais vivas ele seja feito e com linhas menos tortas nosso enredo seja escrito.
Hoje também aposento mais uma caneta, meu ritual, minha oferenda a todo colega que sobe para a Agência maior. Animal, mesmo sem conhecê-lo foi um prazer ter ouvido sua história.
Torço para que continue a brilhar aí em cima.
Um grande abraço a todos."

De Priscila Serra, assessora de imprensa
"Marcio, convivi muito pouco com o Animal aqui na MG. Mas foi tempo suficiente para descobrir uma pessoa generosa, alegre, participativa, divertida e também polêmica. Posso dizer que foi “amor à primeira vista”. Apesar de só nos conhecermos de nome tínhamos uma imagem diferente um do outro. Bastou uma só conversa para que tudo se transformasse numa bela parceria profissional e todo o passado numa piada. Infelizmente, com a passagem dele, não deu tempo para que isso acontecesse também no lado pessoal. Não guardo a imagem do Animal doente. E sim, aquela do talentoso publicitário que tive o prazer de conviver durante algum tempo. Abraço."

Pelo Animal (Falam os leitores - 3)

De Marcelo Coli, redator da MG Comunicação e último dupla do Animal:

A Tsunami que passou por mim.

Uma Tsunami também me atingiu num domingo. Porque era exatamente isso que o Animal era: uma Tsunami, uma força da natureza. Era simplesmente impossível ficar perto dele sem que você fosse arrastado. Animal era um ser humano em estado de ebulição. Tudo nele era demais: alegria, inteligência, ironia, implicância, ego, vontade de discutir, força para trabalhar, humor, chatice, sacanagens, grosseiras, piadas sem limite com as meninas e, principalmente, a intolerância à mediocridade.
Conviver com o Animal era uma arte (ninguém tem um apelido assim por acaso) e o mais engraçado é que o próprio apelido já despertava nas pessoas uma visão errada de quem ele era.
Uns o achavam desagregador. Ora, nunca vi uma pessoa capaz de reunir tantos amigos ao redor dele (mulheres principalmente, ninguém ganha o apelido de “amigo da mulherada” à toa).
Outras diziam que ele não gostava de trabalhar. Isso é verdade, ele não gostava, ele amava trabalhar, tanto que virava várias noites na agência para garantir a perfeição do trabalho.
E outras tantas o achavam mau-caráter, líder negativo e coisas do tipo. Talvez porque não tenham convivido algum tempo com ele para saber o quanto era capaz de ajudar o próximo, sendo um colega de trabalho ou alguém que estivesse só querendo começar. Poucas vezes vi alguém ver um Portfólio com tanta calma e com tanto interesse. Ele sabia o quanto uma palavra de estímulo funcionava para quem estava começando.
Bom, se vocês acharam que eu iria deixar de falar do famoso e-mail, tão de sacanagem, né? Ele iria me dar um esporro se eu não tivesse citado isso numa carta de despedida.
Animal não era santo, e a morte nem de perto o transformou num anjo, aliás, com aquele tamanho, haja asas pra ir voando pro céu. Ele deve estar no meio do caminho ainda. Mas, voltando ao assunto. O seu maior pecado foi expressar a opinião num grupo de discussão pela internet criado por ele e com um humor tão cáustico que só ele poderia ter. Vários tentaram convencê-lo a não enviar tal coisa. Mas o Animal era assim destemido, perdia o emprego, perdia o amigo, perdia a razão, mas não perdia a piada. O grande azar foi ter alguém que ele julgava amigo no grupo de discussão. Esse alguém distribuiu o desabafo com o resultado do julgamento do CCRJ para todos os diretores de criação do Rio. Esta é a história. Sem mais nem menos, nada mais existiu além disso. A grande sorte do Gaberel foi que mesmo no meio dessa imensa besteira que fez, ele ainda tinha amigos e um chefe disposto a defendê-lo. Amigos que discutiram com ele durante uma semana e o conveceram o quanto ele estava errado e ele pediu desculpas publicamente. E olha, vocês não têm noção do quanto era difícil convencer aquele gordo teimoso de uma coisa.
Mas este não é um texto triste de despedida, sei que ele não gostaria disso, até porque o próprio enterro teve momentos tragicômicos:
- Pra começar fomos todos de van pro subúrbio (nada mais Animal que isso). E lá chegando estavam 4 pastores tendo uma briga de ego entre eles para descobrir quem poderia falar mais para tentar converter a nós, publicitários, que vivíamos no “pecado da maconha”.
- O caixão teve que entrar de lado na sepultura porque era muito grande, é mole?
- E o pior, como a última grande piada, aquele gordo viado finalmente levou todos os amigos da zona sul para passear perto de Bento Ribeiro, onde morava e defendia que era o melhor bairro do Rio porque a Xuxa, o Ronaldinho e ele eram de lá (típico do Gaberel se incluir no meio dos grandes e famosos, bem pelo menos grande com certeza).
Vou me lembrar dele com alegria e com a vontade de viver e fazer propaganda boa que meu amigo sempre teve. Façam isso também.
Para encerrar, uma frase que explicava muito aquela personalidade rotunda: “ Sou Animal porque de vegetal o mundo já tá cheio.”
Vá com Deus, foi uma honra ser seu dupla.
Um abraço do Marcelo que te conhecia: o Marcelo Coli.

Pelo Animal (Falam os Leitores - 4)

De Marcos Silveira, diretor da Doctor
"Uma noite dessas estava chegando em casa e me deparei com um gordo sentado no portão da minha casa. Claro que achei esquisito: não é todo dia que você encontra um gordo sentado na posição de buda no seu portão. Como não cheiro maconha, achei mais estranho ainda.
Será que o maluco vai me vender incenso?
Tá precisando de alguma coisa? Perguntei.
Ele respondeu, candidamente: estou, estou precisando de um estágio. E tem que ser na sua agência. E se você não me der, você não entra em casa.
A noite seguiu com o gordo sentado na minha poltrona, minha mulher na cozinha fritando bolinho e ele acabando com a Coca-Cola das crianças.
Imagino agoro o gordo, sentado na porta do céu, impedindo São Pedro de entrar: com todo respeito, São Pedro, o sr. só entra se me arrumar um lugar divertido lá dentro.
São Pedro deve estar rindo até agora."

De Ulisses Oliveira
"Conheci o Animal quando só se chamava Luciano, e nem sonhava com propaganda. Precisava rodar umas filipetas e me indicaram uma casa em Bento Ribeiro que faria tal serviço. Dentro do recinto, me deparei pela primeira vez com aquele ser imenso (era bem menor, acreditem), uma porrada de pintchers (acho que escreve assim) e uma laser PB da xerox toda detonada. De cara, fiz amizade com aquele maluco careta porra-louca, sua esposa então grávida e sua mãe.
Depois ele foi trabalhar numa gráfica de um centro espírita, fazendo capas de livros (vcs sabiam disso?). Em 1997, Marcillius (kuque), me convidou pra trampar na N2, uma agência pequena. A gente logo precisou de um operador ninja. Resolvi convidar Luciano pra trampar com a gente. A partir daí, essa figura gorda começou a interagir com o tal mundo da propaganda e suas facetas.
Em um aniversário lá em casa, ele foi apresentado à Sartori (que na época estava na Doctor). Luciano dias depois apareceu por lá dizendo que era amigo de Sarta, arranjou um espaço e daí foi fazendo seu caminho como profissional. Esbarrei com ele várias vezes e via mudanças. Tattoos, naum era mais tão careta, piercings, confusões. Enfim era um diretor de arte estereotipado. Quando explodiu o lance do mail, ele ficou derrubado, soco no queixo. Abriu sua agência e o resto vc s jah sabem.
Lembro de ter visto Animal no hospital um dia antes de ter sido liberado pra ir pra casa, deixei uns cds de ps2 pra ele se distrair, brinquei dizendo que estava 100% yellow e dei um beijo em sua testa.
Nunca imaginei que aquela estrutura toda pudesse ir embora, levei um choque com a notícia e não chorei, fiquei triste, pela família, pelo futuro que não mais existe pra ele e pelo planeta que perde um cara diferenciado, com talento isento de academicismo, repleto de humor e sensibilidade.
Um abralho Animal, um abraço vagabundo :) "

De Rafael Pitanguy, da Script
"Meu primeiro estágio foi um rotativo de 3 meses na Artplan. Acabei passando por tantos departamentos que só me sobraram 2 semanas na criação. Saí de lá, praticamente, sem portifólio. Mas com grandes amigos. E foi um desses amigos, o Animal, que ligou para o Silveira e conseguiu me colocar na Doctor. Ao Gaberel só tenho que agradecer: pela força, pelas risadas e pela amizade."

De Anita Linetzky, da Três Comunicação
"Marcio, fui surpreendida, aqui em João Pessoa onde moro atualmente, pelo telefonema de um diretor de arte local perguntando logo de manhã cedo se eu já sabia o que tinha acontecido com o Animal. Até aqui, Animal era conhecido e seu trabalho respeitado. Conheço criativos daqui que acompanharam sua carreira com admiração e podem citar vários trabalhos premiados dele.
Isso é animal, não?
Tive o grande prazer de conviver com essa figura querida quase que desde o início de sua história. Trabalhamos juntos. Participei de inúmeras confraternizaçãoes que sem ele certamente não teriam tido metade da alegria. Eu gostaria de dizer muito. Mas li emocionada o texto do Marcelo Coli e percebi que não é preciso falar mais. Está tudo ali. Um beijão, Animal de estimação."

De Gueta Ridzi
"Marcio, parabéns pelas breves pelavras sobre o nosso Animal!
Voce conseguiu retratar exatamente o que aquele maluco beleza nos fazia sentir... Estive no Hospital nos ultimos dias e a imagem nao era nada boa e mesmo assim ele nao perdia o bom humr e a irreverência. ele me disse: Gueta eu sei que vou morrer a qualquer momento, e nada pode mudar isso... a vida é assim!
Parabéns pelas palavras!!!"

MKT MIX

Casa Nova
A MG Comunicação deixou seu escritório de Ipanema para começar o ano na Torre do Rio Sul (Rua Lauro Muller, 116 grupo 508). o novo telefone é 3873-8561.

Flertes da Primavera
Fontes da Janela garantem que não chegaram ao verão os dois namoros que chegaram a ser ensaiados recentemente no Rio: o do reencontro profissional entre Marcos Silveira e Sérgio de Paula e o da junção entre a 100% de Gustavo Bastos e a Praia de Marcello Mendes.

O Negócio da Camisa
A Janela agradece aos leitores que conseguirem explicar "o negócio da camisa" do Jô Soares no comercial da Samsung. Eu ainda não entendi. Camisas desfocadas mudam de cor?