Varejo é o purgatório
da publicidade
Cliente de varejo precisa de criativo de propaganda?
A contar pela estatística, basta um operador de Photoshop jeitoso para
montar os anúncios e um boy para pegar as informações de
preço no cliente e levar o CD-Rom com a autorização para
o jornal. Aliás, com uma boa banda larga de Internet, também dá
para dispensar o boy.
Entre as dezenas de anúncios das 38 páginas do classificado de
automóveis Carroetc. do jornal O Globo desta quarta-feira, 13, este colunista
não conseguiu contar mais do que 7 ou 8 que permitiram o redator deixar
o título da peça com alguma idéia mais criativa que "o
menor preço é aqui" ou semelhante.
No mais, fotos de carros fornecidas pelas fábricas e destaques para as
ofertas não deixam muito espaço sequer para os diretores de arte.
Mantendo a estética das oficinas mecânicas, inclusive, quatro anúncios
apelavam para fotos de mulher bonita para atrair o comprador masculino.
Não por acaso, entre as agências que buscaram sair do lugar comum
estão aquelas que não se apresentam como "especializadas
em varejo", signifique isso o que for. São agências -- nomes
que encontrei nos anúncios de hoje -- como a 100%, Artplan, Brasil.Com,
ID&A e MG.
As demais, juro que não entendo o que pretendem. Se não conseguem
mostrar um diferencial criativo para o cliente, lhes sobrará as vantagens
financeiras de custos internos ou repasses de comissão para justificar
a manutenção da conta. Posso até estar errado, mas me parece
que isso só abre a guarda para o cliente ficar tentado a trocar de agência
quando outra lhe oferecer um desconto maior na comissão do veículo.
A culpa pela surra que a criatividade está tomando nos cadernos de varejo
é dos clientes ou das agências? Fica aberto o assunto para discussão.
Varejo é o purgatório (Falam os leitores)
De Gustavo Bastos, Diretor de Criação da 100%Propaganda
Marcio,
Em primeiro lugar, parabéns por ter levantado esta discussão.
O caderno de classificados de automóveis sempre serviu de vitrine para
agências criativas do Rio, acho que desde que a Artplan e o Gatão
Veículos eram parceiros.
Como você mesmo falou, agências como a 100%, MG, Artplan e Brasil.com
tentam sair da paisagem e da selva fechada que virou o caderno Carro&Etc
e o sábado nos Classificados do O Globo.
A sua pergunta provocativa do final, de quem é a culpa, é de fácil
resposta: a culpa é das agências. Ou pelo menos de algumas agências.
São elas que privilegiam a negociação de comissões
ao invés do trabalho diferenciado e criam esta ilusão para o cliente.
Pode ver que cliente que já teve alguma experiência com agências
mais criativas e viu o resultado de um trabalho diferenciado no seu dia-a-dia,
na sua marca e nas suas vendas, mesmo que resolva trocar de agência, troca
por outra agência criativa, profissional. Torna-se um cliente mais bem
preparado para aprovar uma campanha, para exigir de sua agência, e sabe
que um desconto na taxa nem sempre é o melhor negócio em propaganda.
Resumindo, são clientes que já sabem que agência tem que
ser especialista mesmo é em boa propaganda.
Um abraço,
Gustavo
De Roberto Sá Filho, Supervisor de Criação da Praia
de Comunicação:
Márcio,
Parabéns pelo texto publicado hoje (13/10) em sua coluna, o tema é
sério.
Num mercado não regulamentado, como o de propaganda, o risco de perdemos
o diferencial criativo de uma vez é sério.
A Propaganda é o equilíbrio entre a arte e o negócio e
essa balança não pode tender para um só lado.
Porém o mais grave é que os clientes "morrem" optando
por agências que cobram mais barato, essas contratam profissionais mais
baratos e menos experientes para manter a lucratividade da agência. E
o mais grave: profissionais conceituados no mercado trabalham por menos para
conseguirem se manter trabalhando, criando assim uma bola de neve negativa em
todos os setores do nosso negócio.
Bem, só quero mesmo é dar os parabéns pela coluna e principalmente
pela atitude.
Roberto Sá Filho
De Marcelo Gorodicht, Diretor Geral da MG:
Caro Márcio,
Não poderia deixar de me manifestar sobre a matéria publicada
hoje na Janela, afinal, propaganda de varejo faz parte da minha história.
Primeiro, gostaria de te parabenizar. São matérias como essa que
fazem da Janela uma coluna sobre propaganda, e não meramente um boletim
na Internet.
Sobre a questão de quem é a culpa pela má qualidade dos
anuncios de classificados, concordo inteiramente com o Gustavo. A culpa é
de algumas agências (que detém a maioria destas contas) que privilegiam
a negociação em detrimento da qualidade do trabalho. E a culpa
é do mercado como um todo que não denuncia ao CENP esta prática,
para que estas agências possam ser fiscalizadas.
Não há dúvidas de que o trabalho bem feito gera os melhores
resultados. O nosso cliente de classificados (Wilsonking), já passou
por Casa da Criação, D+, Doctor, Fischer América e MG por
exemplo. Ou seja, a teoria defendida pelo Gustavo é perfeita: o cliente
pode até trocar de agência por um motivo ou por outro, mas não
abre mão da qualidade.
Enfim, fica o meu apoio à matéria e a sugestão de que pelo
menos uma vez por semana, a Janela "levante uma bola" dessas, para
discussão do mercado.
Abraços,
Marcelo Gorodicht
De Raoul Nótrica, Diretor de Criação da ID&A:
Caro Marcio,
Estas perguntas sempre pairam no ar... Mas eu diria que, como em qualquer relação
na vida, esta situação não existiria se ao menos um dos
lados não estivesse satisfeito com ela. Pelo que tenho visto, os dois
devem estar muito satisfeitos assim, não vamos meter a colher.
Um abraço,
Raoul
De Bruno Israel, Diretor da We Parcerias Estratégicas em Comunicação:
Marcio, essa discussão me lembra um comentário feito pelo Julio
Ribeiro: cada vez mais, os clientes têm as agências que merecem.
Um abraço,
Bruno
De Andrea Gomes de Mattos, Diretora da Ação Propaganda:
Prezado Márcio,
A julgar pela sua receita estatística, de que basta um operador de photoshop
jeitoso e um boy para resolver a publicidade de varejo, tudo funcionaria às
mil maravilhas.
Só que na realidade, as coisas não funcionam bem assim.
É preciso estrutura, agilidade, pertinência, sintonia e, principalmente,
criatividade voltada para gerar resultados, coisa que, infelizmente, grande
parte das agências do mercado, ditas criativas, não têm e
o que é pior: nem valorizam.
Por isso, quando a gente lê (como é o caso agora) análises
fora de uma avaliação contextual maior, a gente também
tem vontade de comentar o assunto.
O diferencial que o cliente procura numa agência é a capacidade
que ela tem de ser parceira no seu negócio, competente, envolvida e,
acima de tudo, comprometida com os seus resultados.
O diferencial que um cliente procura numa agência vai além de um
jogo de palavras no título e um layout clean. E para ser mais específico,
no caso do varejo de automóveis, vai mais além de agências
que em nome de uma criatividade em causa própria, sofrem da miopia de
utilizar os classificados para produzir propaganda de fábrica, quando
deveriam fazer propaganda de concessionária.
Quanto ao fato de trocar de agência, a análise também não
pode ser tão simples assim. Cliente não troca de agência
só porque o título é “O menor preço é
aqui” ou “Antecipe-se ao lançamento”, ou ainda “Achou,
ganhou”, “Juntou, trocou”, ou coisas do gênero usadas
no varejo geral.
Cliente troca de agência quando sente que ela está só preocupada
com ela mesma, voltada para seu umbigo, priorizando o prêmio ao resultado,
apresentando preços absurdos e sem critérios, descuidando no atendimento
ou ficar brincando com o seu dinheiro quando deveria respeitar como se seu fosse.
Mas existem ainda outras razões para clientes trocarem de agência
e que, infelizmente, estão se tornando freqüentes no mercado: a
falta de seriedade de algumas agências (minoria, graças a Deus)
que pregam o discurso da criatividade como postura e da honestidade comercial
apenas para consumo externo. Agências charmosas, que usam de toda a sua
“criatividade” para, acredite, enganar o cliente e o veículo,
ao mesmo tempo.
São aspectos como esses, de preocupação e importância
fundamental, que precisam ser encarados e discutidos para preservar o que realmente
importa no nosso mercado: a credibilidade.
Sejamos objetivos: Caderno de Varejo é lugar de resultados, onde a tabela
de seminovos com todas as suas condições têm a mesma importância
do que um layout arejado. Onde a foto do carro que veio da fábrica tem
o mesmo valor e necessidade do que um título emocional.
Desculpe se acabei me alongando demais nas minhas considerações,
mas acredite que são fruto de quem trabalha há muitos anos neste
mercado do Rio de Janeiro e conhece, um pouquinho, como ele funciona.
Como você sabe, a Ação Propaganda tem em sua carteira muitos
clientes de varejo, fidelizados e satisfeitos há vários anos.
Sendo criativa e, o que é muito importante: comprometida com os resultados.
Grande abraço,
Andréa Gomes de Mattos
De Francisco Lucchini, redator da Que/Next:
Caro Marcio,
Quando estava estudando propaganda, colecionava os anúncios do Gatão.
Depois, tive a felicidade de criar para ele na Artplan e colecionar prêmios.
E, como tínhamos informação, o cliente não deixava
de vender porque era um anúncio criativo!! Muito pelo contrário.
Acompanhei tb anúncios da Ótima Veículos, da saudosa Mental
Mark.
Guardando proporções, era como uma guerra das colas, só
que entre concessionárias GM. Aliás, diga-se de passagem, os clientes
(compradores de carro, leitores do classificados) também colecionavam
os anúncios, sugeriam idéias, davam a sua opinião, criticavam
quando passávamos do limite, enfim, interagiam. O Caderno de classificados
era VIVO. Ou seja, o investimento que era feito num anúncio mais inteligente
era multiplicado. Gerava comentários, mídia espontânea.
O motorista de taxi comentava, o ascensorista comentava, o patrão comentava,
o diretor comentava. E a marca era a principal beneficiada com tudo isso. O
nome dele. Tb tive oportunidade de fazer bons trabalhos com o Silvio Lachtermacher,
o Fernandinho Rocha, Caique e Duda na Staff/CP&F, ou antes, na Grottera,
antes do Sérgio de Paula e depois com ele.
Eu podeira até defender aqui o anúncio clean, o layout bonito,
o título inteligente e tudo mais só pelo prêmio.
Mas não. Defendo o consumidor. A inteligência dele. Não
acredito que alguém que pague uma grana num patrimônio, num bem,
num carro de valor, goste de ler anúncios com "o gerente enloouqueceu",
"não compre sem nos consultar", "Deu a louca no pátio",
"O aniversário é nosso mas o presente é seu".
É não respeitar a inteligência de um cara que vai comprar
um Mistubshi, um Jaguar, Um BMW, um Audi, ou até mesmo um Golf, um Astra,
etc. Recentemente, ganhei Grand Prix no Prêmio o Globo com um anúncio
de ilha que dizia: "Na rua é a mesma coisa: tem um monte de carro
em volta mas olham primeiro para o seu". Quem acha que a agência
trabalhou com mídia/atendmento/criação e veículo
para ganhar prêmio está enganado. Era para chamar mais atenção
no meio do varejão. Conseguimos! E aí depois veio o prêmio
como conseqüência.
A culpa? Infelizmente não sei. Ou procuraria resolver. Só sei
que seria muito bom poderamos aquecer este setor, já que, para um mercado
que está minguando, o varejo aquecido e criativo seria excelente. Outro
detalhe: todos têm muito mais critério para avaliar propaganda
chata na TV. Todo mundo reclama, acha uma erda, comenta negativamente, troca
de canal. No jornal, ainda não tem controle remoto, mas dá pra
virar a página! Ah! É sempre bom lembrar: os publicitários
são tambem consumidores de carro. E enquanto publicitário e consumidor,
estou com você. Estamos no purgatório. E como purgatório
nao existe...
Chiquinho Lucchini
De Gustavo Bueno, diretor da Vox Brasil:
Todos tem razão. Cada um a sua própria razão, pois sabem
"onde aperta o calo".
Entretanto, vale a pena salientar que o mercado de propaganda é reflexo
dos próprios profissionais que dele participam. É muito mais fácil,
por exemplo, prospectar clientes que estão anunciando e que muitas agências
roeram o osso para apresentá-los ao mercado, viabilizando negociações
com os veículos e, embora não concorde, abrindo mão de
parte da única remuneração que lhes resta.
Não podemos esquecer que os próprios veículos são
também concorrentes dispondo de descontos especiais e "departamentos
criativos" para abocanhar os diretos. Chegam ao cúmulo de credenciar
CLIENTES como corretores, dando o desconto de agência.
Existem também as agências "especializadas", que trabalham
para diversos concorrentes, contrariando as Normas Padrão, em troca de
quase nada, oferecendo mil vantagen$...enfim, esta é a realidade: vivemos
na selva.
Outro dia, um cliente nosso foi abordado por uma agência especializada
em informática, lhe oferecendo folhetos, mala-direta, home page, papelaria,
e-mail marketing, entre outras coisas, em troca da veiculação.
Como contratar tantos "criativos" para executar tantas peças
de graça? Qual é a mágica?
Os resultados desta carnificina estão ai, publicados diariamente nos
jornais. Cabem aos profissionais sérios, com muita luta, tentarem mudar
este quadro, mesmo que seja utopia.
Abraço
Gustavo Bueno
De Rafael Simi, Assessor de Imprensa da FR Produções Artísticas
Márcio,
Respeito a opinião da leitora Andrea. É direito dela "defender
seu próprio umbigo", afinal sua agência trabalha com diversos
clientes de varejo. Porém, estou do lado do Chiquinho Luchinni nesta
questão. Não acho que a agência possa mostrar a "capacidade
que ela tem de ser parceira no seu negócio, competente, envolvida e,
acima de tudo, comprometida com os seus resultados", como disse a Andréa,
criando estes anúncios que vemos nos jornais. Quer dizer, então,
que a agência faz diversas análises de marketing, reuniões
de briefing, estudos de concorrência e chega à conclusão
de que o grande meio de atingir seu "target" é colocando uma
foto safada do carro e o título "O patrão ficou malucooooo".
Ah, tá bom. Em tempo: é bom lembrar que de nada adianta fazer
milhares de estudos comerciais e, no final, ninguém ler o anúncio.
E, no meio de 800 anúncios de jornal que dizem a mesma coisa, nos classificados
de sábado, só mesmo quem tem um mínimo de criatividade
é que chama alguma atenção. Infelizmente, hoje em dia,
esse mínimo é mínimo mesmo.
Abraço,
Rafael Simi
De Leco Almeida, mídia
Quero muito parabenizar a Márcio por levantar essa questão na
publicidade. Mas, não posso deixar de parabenizar mais ainda o Gustavo
Bueno, diretor da Vox Brasil, por falar as "verdades" que todo profissional
de publicidade sabe (principalmente os mídias), mas que apenas poucos
"podem" abordar o assunto.
Digo isso me referindo a "duas caras" que os veículos de comunicação
tomam ao negociar com um mídia dentro da agência e com os clientes,
quando negociando direto. Tudo isso em nome da "lei da Selva"! Falo
tudo isso pois sou mídia e, apesar do pouco tempo de profissão
(7 anos), já me deparei diversas vezes com esse impasse e não
estou longe de esbarrar com isso novamente.
Não me estenderei pois opiniões todos têm... Mas parabenizo
novamente o Gustavo por abordar assuntos que os "novatos" de publicidade,
assim como eu, gostariam de falar mas não encontram abertura para isso.
Abraços,
Leco
N.R.: A Janela esteve tão aberta para ele quanto para você,
certo? É só mostrar a cara.
De Guto Graça, diretor da B2G Media Group
Marcio,
Tudo o que todo mundo disse está correto, mas a grande verdade é
que foi esquecido um ponto importante, como disse Paul Valéry, "o
futuro não é mais como era antigamente". Não que justifique
o anúncio ruim, mas aconteceu um fenômeno e alguns não acompanharam.
Em função da velocidade de informação, o "intermediário"
foi perdendo seu valor, assim cadernos de classificados de carros esqueceram
sedução e se transformaram em informeciais impressos.
Agora a desculpa de que o varejo é um purgatório ou inferno, eu
não concordo. Veja o upgrade que os anúncios de turismo varejo
receberam, em especial o trabalho recente da Agência3. Varejo. Bem arrumado,
as vezes com títulos interessantes e inteligentes.
Mas criatividade para vencer neste varejo será , não mais apenas
um bom título, mas convencer o cliente a fazer algo realmente diferente
. Como ousar, ter coragem de sair dos Classificados e fazer uma empena genial,
um mobiliário urbano inteligente, um site diferenciado, pensar em novos
canais etc...
A criatividade do publicitário não pode mais se restringir ao
lay out e texto de uma página de jornal.
Abraços
Guto
De André Pedroso, diretor de criação da DM9
Marcio,
Fico impressionado como algumas pessoas ainda colocam em jogo o valor da criatividade
na propaganda de varejo. Mais impressionado ainda eu fico com a divisão
varejo/construção de marca.
O Itaú não faz varejo? A Telefônica não faz varejo?
A Vivo não faz varejo?
Não é possível que este assunto ainda mereça discussão.
Quem ainda acha que título engraçadinho e layout clean são
só para valorizar o redator, o diretor de arte e a agência, certamente
não sabe o que está acontecendo na propaganda.
Prêmio é negócio, é chamariz, é assim aqui,
em São Paulo, em POA, em Londres e em qualquer canto. E prêmio
sem resultado é tiro na água.
Sendo direto: os anúncios estão ruins, muito ruins.
Mas não estão ruins só por causa do layout péssimo
e dos títulos sem esforço.
Os anúncios estão ruins porque estão iguais.
As promoções são default, tudo bem. Mas como apresentá-las
de maneira mais atraente?
O preço não pode ser melhor? Então discuta a forma de pagamento
com o cliente através desta "parceria".
Falta talento aos publicitários responsáveis por este buraco negro
criativo.
E a culpa é de quem não tem habilidade publicitária suficiente
para sustentar o discurso criativo e tenta defender seu próprio negócio
agravés de argumentos toscos, geralmente muito bem elaborados através
de um precinho camarada. Porque mais dia menos dia os clientes destas agências
descobrem que seus concorrentes estão crescendo mais com uma publicidade
mais criativa e eficaz. E vão procurar as agências responsáveis.
Foi esse tipo de postura, míope, sem preparo, sem talento, sem inteligência
e outras coisas mais sérias, que fizeram o mercado carioca chegar onde
chegou.
E ainda bem que existem a 100%, a MG, a Artplan, a Id&a, a Staff e, obviamente
a DM9DDB para provar que talento no varejo ajuda a construir marcas.
Beijos
André Pedroso
De Antonio Bastos, Diretor de Atendimento da Espaço de Comunicação
Marcio,
É verdade, tudo é verdade. As agências são culpadas,
os veículos que dão descontos aos clientes diretos são
culpados, e os clientes também são culpados - todo mundo grita
e ninguém tem razão! Lembra desse ditado?
O cliente, de varejo - e outros também, muitos deles demitiram seus bons
profissionais que cuidavam da comunicação de marketing e colocaram
no lugar pessoas despreparadas, mas muito, muito mais baratas. Essas pessoas
têm o foco no "preço", ficam muito felizes e mostram
serviço quando conseguem algum desconto, algum repasse e com isso, garantem
o cumprimento da meta - ECONOMIZAR! Palavra de ordem na nova economia: diminuir
custos, isso sim é tangível, é mensurável, "é
resultado", principalmente para os mais despreparados que não conseguem
julgar ou discernir a boa da má propaganda (isso ainda não tem
nenhuma relação com "resultado", a tão falada
propaganda de resultado).
Aí, foi jogado para as agências toparem ou não esse jogo
- do preço. As menos criativas, e as mais criativas também, tanto
faz, tanto fez, pois muitos dos talentosos e criativos que ainda andam pelas
agências também fizeram parte deste "balcão de negócios"
que se tornou, em particular, o classificados de automóveis, de imóveis,
de móveis etc. Ah! Menos os da seção de termas, esse não
tem jogo... é mole (ôps!) ser criativo.
Mas o que deve ser pensado não é se o anúncio é
mais ou menos criativo, isso é uma obrigação de qualquer
agência, ser criativa... se vai ser ou não, é outra questão...
como se uma agência não pudesse ser criativa "só porque"
repassa grana.
Todos nós sabemos que nem sempre é possível fazer exatamente
o que a agência quer, ou recomenda. Temos padrões muitas vezes
ditados pelas marcas, etc. Além disso, muitos profissionais bons, sérios
e criativos acabaram sendo vencidos pela batalha com um gerente de comunicação,
na verdade com um gerente "comercial", no caso da maioria das concessionárias
de veículos, que praticamente "mandava" no anúncio.
Aí, fragilizados pela necessidade de ganhar o leite das crianças...
cederam e perderam o encanto. Como se não bastasse o cliente despreparado,
veio a besteirada do repasse da comissão de agência para ganhar
a conta do outro e fazer volume - que tiro no pé! Muitas que fizeram
isso já se foram, porque não fizeram as contas direitinho e acabaram
pagando para trabalhar. Outras ainda estão aí...
Isso tudo acontece, porque no nosso mercado todo mundo sabe quanto uma agência
ganha. Um amigo me disse certa vez: "você sabe quanto o restaurante
ganha no prato que está nos servindo?" Não, não sabemos.
Mas todo mundo sabe, conhece o ganho das agências. E aí, Marcio,
só restou o ditado: "em casa que falta pão, todo mundo grita
e ninguém tem razão!".
Valeu, Marcio, esse assunto, o da falta de criatividade, suscitou o assunto
do repasse da taxa de agência... 10 pontos pra você.
Abraços,
Antonio Bastos
Blog encontra inspiração
da Almap
Os leitores da Janela, que, como todo publicitário, não se cansam
de consultar anuários e sites, encontraram no blog português Publicidade
Off-The-Record uma reprodução do trabalho que dá toda
a pinta de ter sido o inspirador da campanha da Almap para a revista Veja, ganhadora
de um Leão de Ouro no Press&Outdoor do Festival de Cannes deste ano.
A peça é um poster polonês, da década de 80, criado
para o filme "De Volta para o Futuro", produzido por Steven Spielberg
e dirigido por Robert Zemeckis. A referência é óbvia, tanto
no antropomorfismo da ilustração como no estilo do traço
e nas cores (apesar de que Veja usa o amarelo e preto em seus outdoors há
muito tempo).
Claro que isso não tira o mérito da campanha criada pela redatora
Sophie Schoenburg e pelo diretor de arte Roberto Fernandez (que também
assinou as ilustrações brasileiras). A série é brilhante
por ter transformado -- conscientemente ou não pelos criativos -- o conceito
inicial em algo perfeitamente adequado à linha editorial da revista da
Abril. Tanto que também mereceu o Ouro no último Colunistas São
Paulo, em que eu mesmo fui o presidente do júri.
Além disso, referência não é uma prática corriqueira
e aceita na publicidade?.
Conta do Rio Sul teria ido para Giovanni FCB
No escritório carioca da agência Giovanni FCB, até as 15:00h
desta sexta-feira nenhuma comunicação oficial do Rio Sul havia sido
recebida com a informação da conquista da conta, que o jornalista
Adonis Alonso deverá publicar em sua coluna Preto no Branco da próxima
segunda-feira no caderno Propaganda & Marketing.
Segundo a versão online da publicação, a Heads (que chegou
a ser considerada uma das favoritas) ficou com o segundo lugar na preferência
do cliente, enquanto a Publicis Salles Norton, até então responsável
pelo cliente, levou o terceiro lugar. A MPM, que também se apresentou para
a disputa, ficou em quarto.
Apesar da sensação geral de que a Salles não merecia ter
perdido o cliente, pelo seu histórico de bons trabalhos realizados, o mercado
carioca recebeu a informação da ida da conta para a Giovanni com
otimismo, pela manutenção do cliente em uma agência que há
muitos anos investe forte no Rio de Janeiro. A Heads tem a sua origem em Curitiba-PR
e a MPM, que é de São Paulo, mantém no Rio apenas um escritório
de representação.
Pan Rio 2007 tem pictogramas da Dupla Design
A Dupla Design, dos designers Ney Valle e Cláudia Gamboa, que venceu em
2003 a concorrência pela escolha da logomarca do Pan Rio 2007 e conquistou
o job de criação da programação visual do evento,
apresentou hoje no Rio, em coletiva de imprensa promovida pelo Comitê Organizador
dos Jogos Panamericanos, a série de pictogramas que identificará
os 35 esportes disputados.
A equipe de criação (foto), da qual também participou a designer
Fabiana Takeda -- que em 1998 já havia conquistado o 3º lugar no concurso
nacional pela marca dos 500 anos do Descobrimento --, decidiu usar várias
cores, em lugar do tradicional preto-e-branco dos pictogramas esportivos. "Buscamos
criar uma alegria típica do esporte e do brasileiro e, em particular do
carioca", explicou Ney Valle.
A pesquisa de imagem das modalidades esportivas, segundo informaram seus criadores,
tomou por base vídeos e fotos. Os pictogramas procuraram dar idéia
de movimento sem perder a noção de mosaico, um elemento visual importante
que une todo o conjunto. "Na logomarca do evento, usamos o recorte na asa
dos pássaros de forma a fazer aparecer o Pão-de-Açúcar
no fundo. Nos pictogramas, a silhueta do atleta é que está recortada
no fundo, e as cores formam as imagens auxiliares que identificam as modalidades,
como a rede de vôlei, por exemplo", comentou Valle..
Eliana Mattos procura agência
A publicitária Eliana Gomes de Mattos,
ex-diretora das agências Elan Garden e Ação, está procurando
"uma boa e pequena agência", para atendê-la como cliente
em sua nova atividade na área de design de interiores e Feng Shui.
Diz Eliana que "a conta ainda é pequena, porém interessante
de se trabalhar, pelo diferencial que apresenta de serviços e desafios
de abrir este mercado ainda pouco conhecido". Ela está atrás
de quem a atenda com criatividade e entenda do seu serviço.
Para conhecer melhor o trabalho da empresa é só visitar o site www.fengshuirj.com.br (N.R.em 03/03/2006: link atualmente desativado)
. Os contatos também podem ser feitos pelos telefones (21) 3816-5517 ou
3816-5518.
Conceptiva cria ferramenta
de mídia para cinema
A agência Conceptiva criou o game Cine
Quiz, uma ferramenta de mídia que procura utilizar o cinema como veículo.
De acordo com o projeto, os espectadores são recebidos na sala de projeção
por atores, que explicam como será o jogo. Nos próximos minutos,
antes da exibição do filme, serão transmitidas cinco perguntas,
cinco números de aparelhos celulares correspondentes e três opções
para resposta.
O primeiro telespectador que ligar para um dos cinco celulares que estarão
disponibilizados em frente à tela, terá a oportunidade de responder,
e, se estiver correto, ganhará um prêmio. Os temas das questões
podem ser sobre um produto ou serviço e, durante os cinco minutos de brincadeira,
o anunciante ficará exposto na tela de projeção. "Dessa
forma, a marca dos nossos clientes não sofrerá concorrência
e os espectadores se distraem, podendo ganhar bons presentes", explica Fábio
Viana, sócio da Conceptiva.
Atualmente, o Cine Quiz está disponível nas sessões de sexta-feira
a domingo nas 40 salas da Art Filmes Exibidora, que possui unidades nos shoppings
centers do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. "Criamos o Cine Quiz
para oferecer uma ferramenta de mídia relativamente barata e segmentada.
Podemos falar especificamente com os espectadores do Art Fashion Mall ou do Art
Norteshopping, locais freqüentados por públicos diferentes",
conclui Fábio.
Imagina Produções
realiza mudanças
A Imagina Produções duplicou o
tamanho físico das suas instalações, comprou novos equipamentos
e realizou novas contratações, é o que informa ao janela
Karina Rei, sócia e Diretora de Atendimento da produtora. "Gostamos
de pensar que somos como um canivete suíço, versáteis e cheios
de utilidades para os nosso clientes. Então, passamos a usar a imagem de
um canivete em nossa comunicação", explica Karina. Essa é
a razão para o canivete aparecer em todo material gráfico e no site
da Imagina, o www.imagina.com.br.
Os últimos trabalhos da produtora foram um efeito no filme para a Bienal
de São Paulo, encomendado pela Y&R e a demo do iogurte Corpus Fresh,
para a Danone, em filme protagonizado por Paulo Zulu, realizado junto com a O2
Filmes. "Estamos trabalhando bastante para os nossos principais clientes
aqui no Rio, mas temos prospectado bastante em São Paulo, onde no momento
existem vários amigos cariocas na direção de criação
de importantes agências, com excelentes oportunidades para a Imagina",
conta Karina.
5º Interseção
contará com grandes nomes da publicidade
Entre
18 e 22 de Outubro acontecerá no Campus da Praia Vermelha o 5º Interseção,
que é a Semana de Propaganda e Marketing da UFRJ. De acordo com Wallace
Granja, aluno da faculdade e participante da organização do evento,
este ano haverá a participação de grandes nomes da propaganda,
como Rodolfo Sampaio, vice-presidente de criação da Publicis Salles
Norton; Álvaro Rodrigues, diretor de criação da Agência3 e presidente do Clube de Criação do Rio de Janeiro; Bob Gueiros,
diretor de criação da Binder FC+B; Antonio Jorge Alaby Pinheiro,
diretor de mídia da 1Comunicação e do grupo de mídia
do Rio de Janeiro; Jeanlouis, da Ogilvy e Mather e Carlos Henrique Equi, presidente
da Staff, entre outros.
De acordo com a organização, os ingressos estarão a venda
no campus da Universidade, localizado na Avenida Pasteur, número 250, na
Urca. Os alunos da UFRJ pagam R$ 4,00 por dia e R$ 16,00 pelo passaporte. Já
os visitantes pagam R$ 6,00 por dia e R$ 24,00 pelo passaporte. Toda a renda obtida
será destinada ao projeto dos Doutores da Alegria, que é o tema
da 3ª Edição do concurso de criação Cid Pacheco.
Pelo o que informa o site do Interseção, o objetivo da competição
é o reconhecimento do talento universitário e a aproximação
com o mercado de trabalho. As inscrições são realizadas através
do endereço eletrônico www.eco.ufrj.br/intersecao.
"O Interseção da UFRJ é inteiramente organizado pelos
alunos do 2º ao 9º períodos da Escola de Comunicação
e conta com o apoio da professora Mônica Machado, do curso de Publicidade
e Propaganda", conta Wallace. Para maiores informações, o estudante
pede que se entre em contato através do e-mail intersecao@ufrj.br
e pelos telefones (021) 8151-6326, com Ana Bia Parente ou (021) 8132-1951, com
Letícia Sicsu.
Fanta premia com celulares
Fanta, Motorola e Tim realizam a promoção
"Papo Fanta", que distribuirá 35.000 prêmios em todo país.
O consumidor que encontrar em qualquer embalagem de Fanta Laranja, Fanta Light
ou Fanta Mix uma prova de compra premiada deverá levá-la para ser
trocada por um cupom em um dos 520 postos de troca divulgados no site
www.fanta.com.br . Ao raspar o cupom, a pessoa ficará sabendo o prêmio
ganho.
"Fizemos uma pesquisa com o nosso público-alvo e descobrimos que o
celular é o seu grande objeto de desejo. Para os adolescentes, o aparelho
é até mais atraente do que prêmios com um valor mais alto.
Por isso, fomos buscar a parceria com a TIM e com a Motorola", diz a diretora
de marketing da Coca-Cola Brasil, Mônica Horcades.
No total, pelo o quê afirma o site, serão distribuídos 5.000
celulares Motorola C200, personalizados com visor e teclado laranja e o logo de
Fanta; 1.125 créditos em minutos com 50 minutos cada; 25.000 blah!Sons
e 6.375 TIM Torpedos com 50 torpedos cada para os clientes TIM. Todos os cupons
estarão premiados na promoção que irá até o
dia 30/11/2004.
A campanha da "Papo Fanta" foi criada pela agência Ogilvy e contará
com comercial na TV, material em ponto-de-venda e ativação nas lojas
TIM participantes. Além disso, as embalagens dos refrigerantes contarão
com um rótulo promocional.
Reforços
MPM (São Paulo-SP) - Caroline Zimermam, Gabriela
Verdeja e Mariana Bonjovani são as novas aquisições da
MPM para os cargos de assistente de RTV, supervisora de atendimento para Burger
King e coordenadora de mídia, respectivamente. Caroline teve passagens
pelas rádios 89 FM e Metropolitana, Gabriela pela Age e Mariana iniciou
carreira na Salles. (14/10/2004)
CaradeCão Filmes (Rio-RJ) - A produtora anuncia
mais um diretor para a sua equipe - Ernani Nunes. No seu portfolio, trabalhos
para agências como Giovanni,FCB, DM9 DDB, Loducca, F/Nazca S&S, entre
outras. Acumula também dois shortlists em Cannes com os filmes “Posição
Desconfortável” e "Comida Ruim", ambos criados pela Fallon
para United Airlines. Com filme “Vitrola”, da Eugênio DDB
para Flogoral, foi finalista do Clio Awards. No Festival de Londres deste ano
é finalista com os filmes "Astronauta" para a Flogoral e "Comida
Ruim" para United. (14/10/2004)
OPM (Rio-RJ) - O diretor de arte Renato Rocha (ex-Scalla)
é o novo reforço da equipe de criação da OPM, que
tem a direção de Fábio Marinho. (14/10/2004)
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