Agências cariocas querem tempo para digerir Rosinha
As agências participantes da concorrência pela conta do Governo
do Estado do Rio recusaram a proposta da Comissão de Licitação
de abrir mão do prazo de 5 dias para apresentação de recursos
e abrir imediatamente as pastas com as propostas de preços.
Num clima de estarrecimento que esta coluna jamais viu em seus 26 anos de existência,
os empresários cariocas preferiram ter um pouco mais de tempo para digerir
a decisão da principal representante do estado -- a Governadora Rosinha
Garotinho -- de escolher, para a sua comunicação, três empresas
que nunca abriram escritório no Rio: a Agnelo Pacheco, de São
Paulo; a SMA, de Fortaleza; e a Makplan, de Recife. Apenas as cariocas Agências
3 e Giovanni FCB conseguiram conquistar vagas entre as cinco disponíveis.
Em contato com a Janela, os empresários cariocas deixaram clara a sua
decepção. "Como a gente pode criticar os anunciantes da iniciativa
privada que entregam suas contas para agências de fora, quando o próprio
Governo faz isso", questionou um deles. "A Governadora Rosinha conseguiu
desmoralizar o mercado carioca", declarou outro, não aceitando que
entre Artplan, Carioca, DPZ, Fischer América, G/Staff, Internad, J.W.Thompson,
MG, Script, Tática e VS -- que estão há muitos anos no
Rio -- não houvesse alguma que compreendesse mais os problemas do estado
mais que aquelas três agências vencedoras.
Segundo informações obtidas pela Janela, os publicitários
cariocas vão se reunir ainda esta sexta-feira com as lideranças
do mercado para estudar as possibilidades de reversão dos resultados
anunciados. Alguns dirigentes de agências já confidenciaram à
Janela que acionaram seus advogados para dar entrada em recursos na próxima
semana. "Não podemos nos acovardar e deixar esta situação
passar em branco", chegou a comentar um deles.
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