24 querem a conta de Rosinha
EM PRIMEIRA MÃO - Vinte e quatro agências se apresentaram
na manhã desta segunda-feira no Palácio Guanabara para disputar
as 5 vagas pela conta do Governo do Estado do Rio de Janeiro, cuja verba prevista
para este ano é de R$ 100 milhões. O valor está sendo questionado
por alguns grupos políticos, que querem aproveitar parte dele em investimentos
na saúde e educação.
Mais de 50 empresas retiraram o edital, mas apenas estas levaram suas pastas:
Adma, Agência3, Agnelo Pacheco, Artplan,
Bee, Carioca, DPZ, DS, Fischer América,
Futura, G/Staff, Giacometti, Giovanni FCB, Internad,
J.W.Thompson, Makplan, MG, MktPlus, Nova Forma,
Script, SMA, Tática, VS e Z+.
A concorrência pela conta da Governadora Rosinha está atrasada
em relação à sua previsão inicial. A entega das
pastas das agências chegou a ser programada para o último dia 3
de novembro de 2003 -- também uma segunda-feira --, mas foi cancelada
três dias antes, quando as agências se preparavam para virar o fim-de-semana
no fechamento de seus materiais. Na época, a Secretaria de Comunicação
de Rosinha estava nas mãos de Mauro Silva, agora envolvido com a campanha
eleitoral municipal. Desta vez, o responsável é o jornalista Ricardo
Bruno, que assumiu o cargo.
Na quarta-feira 18, às 10:00h, no Palácio Guanabara, haverá
a comunicação da listagem de habilitadas na fase de documentação,
podendo ser aberto o envelope técnico. O objetivo do governo, se a concorrência
seguir os novos prazos previstos (ou seja, se não houver necessidade
de alguma agência apresentar recurso), é divulgar o resultado final
até 15 de março próximo.
Atualmente Agência3, Artplan, DPZ, Giovanni FCB e Internad compõem
o grupo de agências que cuida da comunicação do Governo
do Estado do Rio.
Quem?
Toda concorrência de governo é a mesma coisa: aparecem agências
cujos nomes são pouco conhecidos não só da imprensa especializada
como dos diretores daquelas agências que costumam freqüentar estes
noticiários. Das que se apresentaram na atual concorrência do Governo
do Estado, cujos nomes não nos lembramos de já ter ouvido estão
a DS e a Mktplus. Ao que parece, a DS é de Brasilia, enquanto a Mktplus
é do Rio, mesmo. Três outros nomes de agências nós
conhecemos de outros estados: a MakPlan, de Pernambuco; a Nova Forma, do Rio
Grande do Sul; e a SMA, do Ceará. Serão as mesmas? Terão
as três vindo de longe tentar um pedaço dos R$ 100 milhões
cariocas? Afinal, pelo menos de São Paulo vieram quatro: Agnelo Pacheco,
Futura, Giacometti e Z+.
No mais, apenas a Adma e a Bee são novidades em concorrências da
publicidade carioca. A Adma foi originalmente uma agência de promoção,
do jornalista Marcelo Alves (ex-revista Promoções e Eventos).
Ela tem uma longa carteira de trabalhos prestados para os Governos Garotinho
e Rosinha e há cerca de um ano abriu com Marlene Matos o seu braço
de publicidade. Na época, já se especulava que teria como objetivo
disputar o Governo do Estado, o que se confirmou hoje.
Resultado do Rio sai dia 5
EM PRIMEIRA MÃO - A Comissão de Licitação que
está responsável pela escolha das 5 novas agências para o
Governo do Estado do Rio marcou para o próximo dia 5 de março, sexta-feira,
às 11 horas, a divulgação dos resultados da disputa técnica,
avaliada a partir das pastas abertas esta quarta-feira no Palácio Guanabara
pelas 24 agências concorrentes -- todas elas habilitadas no quesito documentação.
O resultado técnico praticamente definirá as vencedoras, já
que elas só deixarão de trabalhar para o Governo do Rio se se recusarem
a praticar os eventuais preços ou descontos mais vantajosos que alguma
outra concorrente apresentar na terceira e última pasta de propostas. Até
hoje, jamais se soube de alguma agência que tenha aberto mão de sair
vencedora de uma licitação por não concordar com os valores
oferecidos pelos concorrentes.
Aliás, este sistema esdrúxulo de seleção -- em que
o talento não é o fator final e a proposta de preço só
serve para prejudicar as vencedoras -- um dia vai acabar levado a que as agências
façam um acordo interno para que, em concorrências de governo, nenhuma
delas proponha honorários menores do que os praticados usualmente pelo
mercado. Afinal, agir de forma diferente não lhe dará qualquer vantagem
na disputa. Padronizando a proposta de preço, ninguém perde e fica
tudo ao estilo do que os administradores públicos brasileiros gostam: pelo
menos eles terão feito a parte deles, botando no papel que pediram uma
proposta mais barata.
Quem dançou primeiro foi Matisse
Que a peça
vencedora do concurso pela marca do Carnaval da Bahia 2004 (a 3ª na ilustração)
é uma cópia descarada da marca da Telluride Foundation americana
(a 2ª na ilustração), de 2000, não dá para questionar,
mesmo com a cínica justificativa do autor, Marco Antônio Fróes
Marcelino, de 42 anos, de se tratar de uma coincidência.
Só não dá é pra deixar de citar que nem mesmo a marca
americana é totalmente original. O designer Mark Jasin, da agência
Comm Arts Inc e autor da marca da Telluride foi claramente beber na fonte de Matisse,
cuja primeira versão da peça "Dance" (a 1ª da ilustração)
veio a público em 1909 e há varios anos incorpora o acervo do MoMA,
de Nova York.
Marcelino embolsou os R$ 9 mil do prêmio derrotando 146 trabalhos de 236
candidatos de todo o País. No júri do concurso -- que obviamente
não teve culpa -- estiveram inclusive representantes do capítulo
baiano da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade).
Na Bahia, a revelação do plágio escandalizou a imprensa,
levando a presidente da Empresa de Turismo da Bahia (Emtursa), Eliana Dumêt,
a abrir um inquérito para, no caso de ser comprovada a fraude, pedir o
dinheiro do prêmio de volta.
O assunto "decoração de Carnaval" no Brasil com certeza
já foi menos polêmico...
Carioca se orgulha dos painéis
do Carnaval
O presidente e diretor de criação da agência Comunicação
Carioca, Sérgio de Paula, quer ficar de fora da polêmica sobre
a estética dos 4.250 painéis de decoração de Carnaval
que sua agência instalou no Rio de Janeiro. "Não vou discutir
se eles são bonitos ou feios porque isso depende de gosto. A questão
é que eles foram aprovados pela Vivo e pelo prefeito César Maia",
declarou.
De
Paula considera o projeto mais um case de sucesso de sua agência. "Nós
percebemos que havia uma concorrência para a decoração de
Carnaval deste ano, fomos os únicos a nos apresentar, fomos selecionados
e viabilizamos o trabalho com a iniciativa privada. Foi tudo feito legalmente
e a gente tem orgulho disso", afirmou o criativo para a Janela. "Qualquer
outra questão entre os vereadores e a Prefeitura não diz respeito
à gente", completou.
De acordo com Sérgio de Paula, a escolha de Mário Borriello para
criar a peça -- que tem recebido críticas da imprensa -- deve-se
à sua experiência no Carnaval carioca. No release distribuído
durante a coletiva de apresentação do projeto, a Prefeitura dizia
que esta seria a primeira vez que toda a cidade receberia ornamentação
carnavalesca "destacando os principais ícones cariocas como o Calçadão
de Copacabana e o Pão de Açúcar", imagens que, no
entanto, a população parece não estar conseguindo identificar
na arte de Borriello, batizada de "Na Boca do Povo". Nas palavras
do artista, a arte teve a intenção de "ressaltar a sensualidade
e alegria do Carnaval carioca e o Pão-de-Açúcar, em formato
de boca, revela exatamente isso".
Sérgio de Paula esclarece que também é de Borriello o formato
das peças, que têm 1 metro de largura por 2 metros de altura, com
iluminação interna. Além destas peças fixadas em
postes, a Carioca está produzindo 40 adereços de 10 metros de
largura e 60 pórticos de até 12 metros para colocar nos palcos
que a Prefeitura vão disponibilizar para os bailes populares da cidade.
A operacionalização está a cargo da empresa de promoções
Dilema, que também pertence ao grupo da Carioca e já tem realizado
diversos eventos e shows para a Prefeitura do Rio.
Patrocínio
Esta foi a primeira vez que a iniciativa privada pôde colocar a sua marca
na decoração do carnaval carioca. Na apresentação
à imprensa, isso ficou claro na própria informação
de que o projeto levava a marca "Vivo no Samba". O diretor regional
da Vivo no Rio e Espírito Santo, Antônio Machado, declarou na ocasião
que o objetivo da empresa, além de aumentar a sua visibilidade, era fazer
a Vivo ser percebida "como uma empresa que faz parte do dia-a-dia do carioca,
dos acontecimentos da cidade e de sua vida cultural".
Por conta desta grande exibição da marca, o vereador Rodrigo Bethlem
(que já foi subprefeito na primeira gestão de César Maia)
entrou com uma representação no Ministério Público
afirmando que os galhardetes são mais propaganda do que decoração.
Considerando assim, as peças deveriam estar de acordo com a rígida
Lei Orgânica do Município, que proíbe publicidade em inúmeras
circunstâncias, como a menos de 200 metros de túneis, viadutos
e passarelas, sem falar na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Feijoada
O diretor da agência Comunicação Carioca será
anfitrião de uma feijoada de Carnaval este sábado, 21, em seu
Botiquim Carioca. O convite será uma camiseta, vendida a R$ 90,00 e que
dará direito, além da feijoada completa e bebidas, um show com
o grupo Razão Brasileira e com Zé Catimba. Sem falar que todos
participarão do sorteio de uma fantasia para Caprichosos de Pilares.
A festa vai das 14:00h as 20:00h e as vendas estão acontecendo diretamente
no Butiquim, à Rua da Passagem 19, em Botafogo.
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