Se a Secom agora não está mais ligada à Presidência da República e sim ao Ministério das Comunicações, por que a revogação da sua concorrência nº 1/2020, para agências de publicidade, foi publicada esta sexta, 13/11, no Diário Oficial da União, com o cabeçalho da Presidência?
E se o cabeçalho foi da Secretaria de Governo da Presidência da República, por que a nota foi assinada pelo Ministro das Comunicações, Fabio Salustino Mesquita de Faria (na foto acima com o presidente Jair Bolsonaro)?
Amigos da Janela interpretaram a confusão ao fato de que, tendo sido redigida no tempo em que a Secom era secretaria presidencial — é assim que está no cabeçalho do edital –, a revogação precisava, formalmente, sair por lá. Pode ser.
Revogação bem vinda
Apesar de o mercado estar ansioso para que haja uma nova disputa pela conta da Secom — hoje com as agências Artplan, Calia/Y2 e NBS — a desistência do Governo Federal em seguir com o edital original foi vista com bons olhos. Lançada no início de agosto último, com previsão de entrega de propostas em setembro, a licitação recebeu uma série de críticas de entidades publicitárias, sendo suspensa logo no final de agosto para “ouvir questionamentos de entidades representativas do setor para realizar uma melhor avaliação técnica e aprimorá-lo”, segundo nota da própria Secom.
Vale lembrar que, em agosto de 2019, a Secom, ainda na Presidência da República, prorrogou seu contrato com Artplan, Calia/Y2 e NBS por 12 meses, com a cláusula de que valeria “até a conclusão de nova licitação”. A ideia do órgão, naturalmente, era que, antes de agosto de 2020, novas agências tivessem sido escolhidas.
Não deu certo. E, novamente, os contratos precisaram ser renovados.
Pelo visto, Artplan, Calia/Y2 e NBS continuarão ainda por muito tempo cuidando desse cliente. Com certeza, elas não devem estar reclamando nem um pouco da confusão.
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