A transformação da Embratur em agência, feita por Bolsonaro, tornou o antigo “Instituto Brasileiro de Turismo” uma caixa preta. Mesmo a Janela solicitando à secretaria da presidência de Gilson Machado, em nome da transparência, as informações relativas à concorrência pela conta emergencial de publicidade no valor de R$ 27 milhões, tudo está sendo negado à imprensa. A Embratur não revela sequer os nomes das empresas que entregaram propostas, o que, tradicionalmente em concorrências de governo, é disponibilizado em atas públicas.
Para se ter ideia do caos de comunicação que virou a Embratur, sua assessoria de imprensa, impossibilitada de ajudar, nos mandou reclamar com a ouvidoria. Só que, no link da ouvidoria que consta do site da Embratur, você é levado para uma plataforma integrada, chamada Fala.br, da Controladoria Geral da União, onde, após um enorme cadastro, você descobre que… a Embratur não está entre as empresas sobre as quais se pode reclamar! Catch-22!!!
Enfim, corremos atrás e, pelo nosso levantamento, três agências compareceram para entregar propostas na segunda chamada da disputa que leva o número de processo 72100.001614/2020-43: a Calia — que já havia se apresentado na primeira chamada e voltou –, a Nacional, e a Fields.
O prazo se havia encerrado em 29/09. E, passados estes 10 dias, a caixa preta da Embratur está valendo também para as três. Nenhuma delas recebeu, até agora, informações sobre o que aconteceu com o material que levaram para a licitação.
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