Luiz Fernando Rila é o jornalista que, segundo bastidores do Palácio Guanabara, deve assumir, a partir de janeiro de 2019, a Subsecretaria de Comunicação Social do Governo de Wilson Witztel no Estado do Rio de Janeiro. Na estrutura do próximo governo, a Subsecretaria ficará vinculada à Secretaria de Governança, novo nome da Casa Civil, que será encabeçada por José Luis Zamith, atual coordenador-geral da transição.
Paranaense criado no Rio e vascaíno por influência do pai de sangue lusitano, Rila tem um longo histórico na imprensa, tanto em redações quanto em assessorias. Graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalhou por mais de 20 anos em veículos do Rio, São Paulo e Brasília, cidade onde morou e atuou por duas décadas. O profissional passou pelas revistas Veja, Época e IstoÉ e, em jornal, além de O Globo, pelo O Estado de S. Paulo, onde foi editor de Política, editor executivo e chefe da sucursal na capital federal.
Depois das eleições de 2010, que cobriu muito ativamente no Estadão, Rila deixou o ambiente das redações. Em abril de 2011 foi trabalhar na FSB de Brasília, empresa de assessoria do jornalista Chiquinho Brandão e marca frequente na retaguarda do noticiário nacional. Menos de um ano depois, em janeiro de 2012, era nomeado diretor-executivo do escritório. Em julho de 2012, porém, o profissional se licenciou da FSB e, através sua nova empresa, a Doppio Serviços de Informação, foi prestar serviços para políticos, como José Dirceu, a quem assessorou durante o julgamento do mensalão. A experiência lhe rendeu alguma dor de cabeça. Em 2015, numa busca feita pela Polícia Federal com o irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo Oliveira e Silva, foram apreendidas notas fiscais da Doppio emitidas para a construtora OAS entre novembro e dezembro de 2013. Luiz Eduardo, ao depor para a PF, informou que havia pedido que a OAS firmasse contrato com a Doppio, a fim de que esta repassasse quantias a José Dirceu, já que, após a prisão do irmão, “houve rescisão de bons contratos que a JD Consultoria mantinha, inclusive envolvendo a OAS”. Rila teve que comparecer à PF, garantindo que, apesar de ter mantido contrato com a OAS, jamais fez repasses para o ex-Ministro da Casa Civil de Lula.
Em 2017, Luiz Fernando Rila dirigiu a área de Comunicação do Ministério da Saúde, período em que teve seu nome indicado (mas não foi sorteado) para participar da Subcomissão Técnica da concorrência do Ministério da Cultura. Na mesma época, chegou-se a comentar em Brasília que Rila não só estava muito cotado como havia mesmo sido convidado a assumir a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Ele, no entanto, acabou não aceitando o cargo.
Este ano, na última eleição presidencial, Luiz Rila fez parte da equipe que assessorou o candidato Henrique Meirelles (MDB).
Casado com a estilista Viviane Kulczynski, Rila é comparado, em matérias publicadas a seu respeito, a um lorde inglês, tanto pelo trato como por estar sempre elegantemente trajado.