A conta da Prefeitura do Rio de Janeiro está agora apenas com as agências Binder e Propeg. Em junho último, sem grandes alardes, as duas tiveram seus contratos renovados, passando a dividir sozinhas os R$ 56,5 milhões anunciados como sendo a verba de comunicação anual da gestão de Marcelo Crivella. A Prole, que vinha dividindo a conta com aquelas duas desde a licitação realizada por Eduardo Paes, encerrou seu relacionamento com o município em 30/06.
Não por vontade própria, no entanto. Segundo amigos da Janela, a Procuradoria do Município teria impedido a renovação do contrato com a Prole baseada em uma determinação em Brasília — por conta do envolvimento do marqueteiro Renato Pereira (foto), sócio da agência, em denúncias apuradas pela Operação Lava-Jato — de que a Prole não poderia participar de concorrências até maio de 2019.
Como a Prole teria se defendido, respondendo à Procuradoria que a própria Prefeitura já havia renovado com a agência anteriormente, a questão está sob estudos no órgão municipal.
A informação da renovação com a Prole e a Binder foi confirmada pela Janela na página de transparência da Prefeitura, que demonstrou ainda que, no período entre 01/01/2017 e 30/06/2018, atendendo a conta, a Binder ficou com o valor de R$ 20,605 milhões, a Propeg com R$ 19,354 milhões e a Prole com R$ 24,815 milhões.
A Prefeitura do Rio de Janeiro vinha sendo o único cliente atendido pela Prole. Em 2017, a agência abriu mão de sua participação no atendimento da conta do Governo do Estado do Rio.