EM PRIMEIRA MÃO – Somente as agências Brick, do Rio de Janeiro, e Lume, de Belo Horizonte, se apresentaram esta segunda-feira, 05/02, com suas propostas técnicas e de preço, para a disputa pela conta da Eletrobras Termonuclear (Eletronuclear).
Segundo o edital da Concorrência nº DAN.A/CN-006/2017, a verba a ser investida em comunicação pela empresa é de R$ 2 milhões. Com uma verba dessas, então, por que tamanho desinteresse do mercado?
Um dos fatores recentes é a informação de que o governo brasileiro pretende privatizar o grupo. O ministro do STF Alexandre de Moraes, inclusive, derrubou, na última sexta-feira, 02/02, a liminar da Justiça Federal em Pernambuco que suspendeu o trecho de uma medida provisória (MP) que autorizava a União a privatizar a Eletrobras. Com o Governo Temer precisando de dinheiro, a notícia do leilão pode acontecer a qualquer momento. E se a Eletrobras for vendida, a Eletronuclear vai junto. E quem garantirá que a conta será mantida na agência que levar a concorrência de publicidade?
Outra questão é o próprio histórico da Eletronuclear como cliente de publicidade. Como a Janela já apontou, a última licitação havia sido vencida pela Agência3, mas o relatório de prestação de contas da estatal não é dos mais animadores. Ele apontava que em 2016 foram investidos em mídia nada mais que R$ 67,8 mil. E em produção, R$ 267 mil. Em 2015, a situação havia sido um pouco melhor, com cerca de R$ 1 milhão em mídia.
A próxima fase da disputa acontece dia 20 de março, quando acontece a abertura dos invólucros com a via identificada do Plano de Comunicação Publicitária.