Roberto Justus se assustou com as condições da conta da Secom. Sua agência, a Young & Rubicam, acaba de anunciar que está abrindo mão da cliente, cuja verba de R$ 208 milhões iria dividir com a NBS (1ª colocada) e a DPZ (3ª), pela classificação original da concorrência anunciada em abril último. Com isso, entra no grupo a Calia/Y2, agência de Gustavo Mouco, irmão do marqueteiro de Temer e do PMDB, Elsinho Mouco.
Oficialmente, a Y&R teria desistido de continuar na conta pela prorrogação de mais dois meses da validade da proposta comercial do órgão, o que inviabilizaria a lucratividade no atendimento.
A estranheza do mercado é pela coincidência de seis meses atrás, a agência Prole também ter aberto mão de uma conta recém-conquistada, a do Ministério do Esporte — de R$ 55 milhões anuais –, permitindo, com isso a subida da mesma Calia/Y2, 4ª colocada, para o grupo das classificadas.
Na verdade, no caso da Secom, a Calia/Y2 já havia sido anunciada como classificada a partir da desclassificação da DPZ&T pela comissão de licitação, pelo ridículo erro burocrático de ter escrito que sua proposta financeira teria validade de 60 dias e não dos 90 exigidos pelo edital. Como a DPZ&T entrou com recurso, a presença da Calia/Y2 estaria pendente do julgamento da questão. Com a saída da Y&R, porém, a Secom fica até à vontade para reclassificar a DPZ&T sem que a Calia/Y2 deixe o grupo.
Se o recurso da DPZ&T não for aprovado, a Calia/Y2 sobe para o segundo lugar e entra, em terceiro, a Fischer, que somou 77,50 pontos na disputa.