YDREAMS:
UM PASSO À FRENTE
Um
homem entra numa loja de sobretudo e óculos escuros e conversa
com um vendedor.
Ele abre a roupa e uma tela de cristal líquido no seu peito
transmite um vídeo de um certo Dr. Symbian que indaga ao vendedor
algumas questões.
O comerciante responde as perguntas tocando na tela, é fotografado
por um celular e surge uma impressora portátil. Ele recebe
um cartão de identificação e um par de óculos
escuros, para completar uma missão.
O misterioso personagem segue em frente. E passa por outra loja com
uma enorme vitrine virtual com um touch screen em pleno centro da
cidade, onde os clientes são atendidos por uma personagem holográfica.
Nem Matrix, nem Minority Report. Estas são algumas invenções
da YDreams, empresa aqui de Portugal já presente na Espanha,
EUA, China e, em breve, no Brasil.
O
agente com os equipamentos era pra lançar um celular da Nokia.
A vitrine digital (foto à direita), para a Vodafone, empresa
de telefonia celular que já tinha um cubo de cristal líquido
num espelho d´água (foto mais abaixo), em que os clientes
podem jogar usando celulares.
Brasileiros e Parque Temático nos projetos
A Ydreams é uma multinacional de cabeças também.
Na matriz portuguesa, um galpão hi-tech ao lado de uma universidade,
pessoas de vários países desenvolvem ações
e equipamentos inéditos para servirem como instrumentos de
marketing, entretenimento e cultura.
É o caso da carioca Karina Israel (foto), diretora da divisão
de advertising, ex-Ogilvy Interactive (SP) e MLab (RJ):
"Temos
uma premissa simples: a interação e a fusão de
ambientes virtuais e reais. Isso melhora a experiência do consumidor,
a percepção dos produtos e o valor das marcas."
Defende ela.
A PC Magazine americana disse que a empresa é "a Silicon
Valley na Costa da Caparica". Mas vem mais por aí.
A divisão Cultural da empresa já está testando
um "Miradouro Virtual". Por fora é um destes binóculos
públicos que existem nos pontos turísticos. Quando se
coloca os olhos, além da vista, pode-se acessar conteúdo
sobre o local e visualizá-lo nas lentes. Tudo customizado.
Num castelo, por exemplo, podem aparecer soldados reconstruindo uma
batalha. Gira-se a cabeça e o vídeo continua no novo
cenário. Surreal.
Mas
o projeto mais ousado foi recentemente divulgado no jornal Expresso.
Está em estudos um parque temático interativo na Grande
Lisboa que pode ter a assinatura de uma grande marca, como a Pixar.
Tomara que esta matéria renda um convite no futuro...
Conheça melhor a YDreams e suas invenções em:
www.ydreams.com
AINDA CANNES
O site Adlatina teve saco para fazer as contas e publicou um "ranking
de efetividade" dos países em Cannes, ou seja, o inscrito
X o que ganhou.
Se eu fosse melhorzinho em matemática, teria feito um desses
para a Fenêtre... Mas o critério leva em conta o sistema
de pontuação de Cannes, bem complicadinho. Não
vale nada, mas é curioso.
O Brasil ficou mal: só 0,08% de aproveitamento e a 39ª
colocação. Foram 2198 peças inscritas para 1
GP, 7 ouros, 8 pratas e 26 bronzes.
Abaixo disso, só a Noruega e a Itália. Esta última,
inscreveu a portentosa cifra de 609 peças e voltou com um bronzezinho,
um abraço amigo e olhe lá.
Os americanos e ingleses, países mais premiados, ficaram em
17º e 9º, respectivamente.
Confiram o "Top 10" e os retrospectos:
1º: Bielorússia: 17,5% de aproveitamento: 4 inscrições
(0 GP, 1 ouro, 0 prata, 0 bronze)
2°: Colômbia: 2,53%: 83 (0, 3, 0, 0)
3°: Israel: 2,1%: 81 (1, 1, 0, 0)
4°: Tailândia: 1,81 %: 348 (0, 4, 4, 5)
5°: França: 1,65 %: 940 (1, 11, 7, 11)
6°: Singapura: 1,65 %: 424 (0, 3, 8, 3)
7°: Rússia: 1,55%: 45 (0, 1, 0, 0)
8°: Polônia: 1,46%: 89 (0, 1, 0, 2)
9°: Inglaterra: 1,43 %: 1699 (1, 11, 15, 27)
10°: África do Sul: 1,42 %: 612 (0, 6, 6, 5)
NO EMBALO
A TBWA\Paris, agência do ano em Cannes no meio de um processo
de concorrência, acaba de arrancar das mãos da Y&R
mundial apenas uma enorme fatia da conta global da Danone.
Para quem ainda duvidava da importância dos prêmios
para os clientes...
TERRORISTAS
Eu não vi, o pessoal aqui da McCann que contou.
A TVI, canal lider audiência em Portugal, realizou uma empreitada
impressionante: mandou uma repórter entrevistar uma organização
terrorista no Oriente Médio.
Os casca-grossas, depois de muita negociação, toparam
receber a corajosa jornalista em seu covil. A moça quis logo
saber quem são os inimigos deles.
"Todos os países que patrocinam a guerra contra o nosso
povo e invadem a nossa terra são nossos inimigos!" diz
o assassino mascarado.
"E que países são esses?"
"Os Estados Unidos, a Inglaterra, a Espanha..."
"E...Portugal, não?" interrompe a intrépida
repórter.
"Portugal?!!" responde o curioso fascínora
"É...Portugal também tem tropas por aqui!"
"Ah...nós nem sabíamos disso...."
"Pois tem!"
"Ok, tudo bem..."
Sei não, comecei a ficar meio preocupado...
BOMBA
Aliás, uma das bombas que explodiu em Londres estava a apenas
100 metros da McCann inglesa, em uma região onde ficam algumas
outras agências.
A
MARCA DO MÊS
Fica aqui atrás do prédio onde eu trabalho.
"Tareco", diz o dicionário, significa: "traste
velho", "indivíduo tolo" ou, na última
e melhor das hipóteses, "irriquieto, traquinas".
Ok, fiquemos com esta.
Já não bastasse os donos da escolinha acharem que
"Anão Irriquieto" é um nome em que os pais
podem confiar para deixarem seus filhotes, os empreendedores acharam
que precisavam de um bom slogan.
E que tal: "Um lugar para CRESCER feliz."? É, faz
todo sentido.
NA ESTRADA
Aconteceu com um publicitário brasileiro aqui em Portugal.
O cidadão estava dirigindo e é parado pelo Seu Puliça.
"O senhor me desculpe, mas estava fazendo ultrapassagens numa
pista que tem a faixa contínua..."
"Como é que é, seu guarda?"
"Havia uma faixa contínua ali na pista, que indica que
o senhor, naquele trecho, não pode fazer ultrapassagens..."
"FAIXA CONTÍNUA NA PISTA??? COMO ASSIM? NÃO TINHA
NENHUMA PLACA INDICANDO QUE TINHA UMA FAIXA CONTÍNUA NA PISTA!!!!"
O policial fez o teste do bafômetro só para constatar.
O nosso colega perdeu a carteira na hora.
A ÚLTIMA
Falando
em carteira de motorista, estou tentando tirar uma daqui.
Não é tarefa para gente sem perseverança.
Tem que ir a 5 lugares, pagar 3 taxas e completar 10 quesitos antes
de entregar a carteira brasileira e pegar uma européia. É
assim que funciona.
Algumas tarefas são bem estranhas. Por exemplo: ir a Junta
de Freguesia (tipo de Sub-Prefeitura) e arranjar duas testemunhas
que morem no bairro (não podem ser parentes) para comprovarem
que eu moro lá.
Contas no meu nome? Não valem. Tem mais: dos meus vizinhos
da rua de cima, só valem os que moram nos prédios
pares. Na rua de baixo, só os que moram dos números
59 a 75, 321 a 459 ou 615 a 711. Os outros estão fora, são
de outra "junta". Juro que não é exagero!
Mas a fase final da gincana é a mais difícil. Tenho
um formulário em que tenho que escolher entre dois itens:
TROCA ou SUBSTITUIÇÃO. E agora?
Fábio
Seidl é redator da McCann-Erickson Portugal-
Julho/2005)
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