Obrigado!
Recebemos vários emails comentando a estréia da Janela Internacional.
Alguns, claro, de amigos suspeitos. Agradecemos e deixamos uma mensagem de carinho
especial ao companheiro Fábio Augusto, diretor de arte da Agência3: Caveira, “Janela Lusitana” é o caray.
UTILIDADE PÚBLICA
A Janela Internacional também serviu para encontrar outro carioca aqui
em Lisboa. Eduardo Storino (ex-Esquire, Provarejo, Standard Ogilvy & Mather
entre outras) está à frente do atendimento da FCB Portugal. Gente
finíssima.
NAMORO OU AMIZADE?
Dois grupos de publicidade do Brasil receberam destaque dos noticiários
portugueses nos últimos dias.
Um, novamente, é a Artplan. Depois do Rock in Rio, como se sabe, Roberto
Medina está trazendo para Lisboa a idéia da mega-árvore
de Natal da Lagoa.
Comenta-se que Medina teria mais de um cliente interessado em parcerias mais
duradouras. Fala-se no Millennium, banco com a maior rede do pais, que patrocina
a árvore e é atendido por uma agência espanhola. E na British
Petroleum, com quem a agência já trabalhou este ano.
O outro é o grupo Fischer que estaria à procura de uma agência
para anexar à sua rede. E Portugal ainda tem pelo menos umas três
ótimas agências independentes. Será que vem aí a
Fischer Ibérica?
O BRASIL DÁ IBOPE
É supreendente o sucesso das novelas brasileiras aqui. Só no canal
SIC por exemplo, passam umas cinco. “Cabocla” é a mais assistida.
Antes era “Chocolate com Pimenta”. Mesmo contra Celebridade e Senhora
do Destino.
Por tabela, várias brasileiras estão no ar em campanhas publicitárias:
Daniela Cicarelli (Cerveja Sagres), Juliana Paes (Páginas Amarelas) e
Malu Mader (Shopping Amoreiras) e Débora Secco (Guaraná Antarctica).
Este imigrante agradece e pede que ninguém exporte Marcos Pasquins e
seus similares.
MAS
O MAIOR SUCESSO DA MÌDIA PORTUGUESA É...
Alexandre Frota! O pornostar está na Quinta das Celebridades (www.tvi.iol.pt/quinta/home.html)
, que não passa só às quintas, mas de domingo a domingo
(quinta é fazenda...).
O “rurality show“ é uma Casas dos Artistas com parto de porcas,
ordenhas de cabras e gente plantando leguminosas, quase que com duplo sentido.
É que Frotinha colou num tipo chamado José Castelo Branco (na
foto, com o coelho), um Clodovil ligado em 220v que não costura (e nem
faz nada, é só uma bicha famosa).
Dormem juntos, barbeiam-se, massageiam-se e, claro, brigam: “Qualé,
White Castle, quer sair na porrada comigo agora então, brother?”
foi uma das grandes frases do nosso Frotinha no programa até agora.
“White Castle” não quis briga, mas um tal de Pedro Ramos
e Ramos, decorador, quis. Votou pela eliminação de Frota dizendo
ser “um patriota”. O palhaço preconceituoso foi o primeiro
expulso pelo público.
Frota e Castelo Branco fizeram as pazes no mesmo domingo com um beijinho ao
vivo. Mas no rosto...
“Beijão mesmo só no último capítulo!”,
promete Frota, que também tenta dar um sapeca na luso-gostosa Ana Afonso.
O que vier, para Frota e os veículos é, literalmente, lucro. Nunca
se vendeu tanto jornal e revista. Alô, Sílvio...
QUEIMANDO GORDURA
Além de notícias sobre o Frota, os jornais dão que, devido
ao aumento da obesidade na Europa, já se estuda – atenção
– a PROIBIÇÃO da publicidade de produtos muito calóricos.
Pode ser só, como se diz aqui, batota. Teria que ser bem macho para queimar
o investimento de alguns dos maiores anunciantes do mundo (quantas calorias
tem um refrigerante?).
Porém, na última discussão parecida, caso dos cigarros
e do álcool, gerou restrições na Europa e várias
proibições no Brasil.
Aliás, na Inglaterra, as cervejas já estão vindo com advertências
nos rótulos, como os cigarros.
Pelo sim, pelo não, o McDonald´s já está distribuindo
em toda a Europa tabelas nutricionais e folhetos educativos sobre seus produtos.
Seria coerente proibir logo a publicidade de tudo. Afinal, o consumo, de uma
maneira geral, alimenta o capitalismo e este gera a pobreza do mundo.
NO BANCO
Fui abrir uma conta no banco (onde mais?). O gerente do outro lado da mesa e
atrás do computador informa:
- O nome do senhor não entra no cartão.
É que meu nome completo é Fábio Seidl Barbosa da Silva
e, de fato, não cabe em cartão algum.
- É, senhor Fábio... “Seidl Barbosa da Silva” é
um sobrenome um bocado grande. Tem que escolher um nome ou uma abreviação...
- Não há problema, neste caso basta Seidl.
- Basta Seidl? Ok...
Uma semana depois chega o cartão. Com este nome aí da foto.
Segundo Marco Leal, diretor de arte aqui da McCann, português da gema,
que sabe das coisas, tive sorte. Com a resposta que eu dei não seria
surpresa se no cartão viesse escrito “Basta Seidl”.
A ÚLTIMA
Edson Athayde, brasileiro, é considerado o Nizan ou o Washington da publicidade
portuguesa. Hoje mora no Rio, onde o conheci antes de vir para cá. E
me indicou um livro dele para eu me interar sobre o mercado daqui.
É dele uma frase que me veio à cabeça, em meio à
velha discussão sobre a crise: “O público está cansado
de anúncios com auto-elogios.”
Me ocorreu um complemento para ela: “O mercado, o cliente inclusive, está
cansado de publicitários com auto-elogios”.
Sei não, mas acho que esta nossa crise é de identidade.
Basta, Seidl.
Fábio
Seidl é redator da McCann-Erickson Portugal-
21/10)
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