Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Marketing & Publicidade - Edição de 24/MAI/1987
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da coluna "Marketing & Publicidade" foi publicada originalmente no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Constituinte mira os remédios

Se depender do Deputado Carlos Mosconi, relator da subcomissão que está estudando os assuntos de Seguridade, Saúde e Meio Ambiente na Constituinte, a partir da promulgação da nova Carta Magna, o Brasil não verá mais qualquer espécie de propaganda de medicamentos, formas de tratamento, tabaco e bebidas alcoólicas.
Isto foi o que descobriram, esta semana, os líderes da Publicidade Brasileira, ao lerem o item 7 do relatório final daquela subcomissão, que simplesmente proibiu toda comunicação daqueles produtos e serviços, sem prever exceções.
Assustadas com a notícia, várias entidades publicitárias - como a Fenapro - Federação Nacional das Agências de Propaganda e a ABAP - Associação Brasileira de Agências de Propaganda -, se mobilizaram durante a semana em atividades de lobby no Congresso, procurando demonstrar o radicalismo da sugestão, que - por sua síntese - acabaria permitindo interpretações tão absurdas como a de até impedir a publicação de folhetos dos laboratórios farmacêuticos destinados a esclarecimento dos médicos, trabalho considerado como "propaganda" e que é muitas vezes feito por agências de publicidade.
Além disto, é claro, existe a preocupação com a repercussão que uma proibição deste porte poderia gerar na própria estrutura do mercado publicitário brasileiro, não só de agências como de veículos de comunicação. Afinal, entre os cinco maiores anunciantes brasileiros estão nada menos que o Laboratório Dorsay e a Souza Cruz.
Segundo Paulo Roberto Lavrille, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Rio, a proposta dos publicitários é transferir as eventuais proibições sobre propaganda de remédios, cigarros e bebidas para uma Lei Ordinária, o que permitiria ali deputados e senadores discutirem o assunto com maior profundidade e determinar os limites da liberdade de veiculação com mais precisão.
De qualquer forma, o que o Congresso precisa levar em conta, também, é que a propaganda é apenas o final de um processo autorizado pelo próprio Governo.
Ou alguém desconhece, por acaso, que todo medicamento cuja propaganda se assiste na televisão ou se lê nos jornais e revistas já foi devidamente examinado e liberado para comercialização pelo Ministério da Saúde?

Petrobrás entra na luta com seus postos

Entra no ar no próximo dia 14 de junho uma grande campanha institucional criada pela Artplan para os postos de gasolina da Petrobras, colocando a empresa estatal brasileira de petróleo de volta à disputa deste mercado que, há tempos, vem sendo competentemente atacado pelas demais distribuidoras.
A campanha, conta Fabio Fernandes, vice-presidente de Criação da Artplan, terá três comerciais de TV (produzidos em consórcio pela Hiper Film, do Rio, e Oficina, de São Paulo), peças de rádio e anúncios de jornais e revistas, evidenciando a qualidade do atendimento dos Postos Petrobrás.
A parte publicitária, porém, faz parte de um trabalho de marketing mais completo da Petrobras, desenvolvido pela agência. Paralelamente à veiculação das peças, será desencadeada uma promoção, inédita na empresa, de incentivo ao público interno: o 1º Desafio Petrobrás. Esta promoção, à parte dos momentos de treinamento aos frentistas, terá todos os elementos necessários a eventos do gênero, como contagens de pontos e prêmios aos profissionais que se destacarem.
A novidade, porém, é que, apesar de ter âmbito apenas interno, a promoção será comunicada ao público em cartazetes e spots de rádio. Conforme explica Fernandes, a agência e a Petrobras consideraram bastante oportuno sugerir aos usuários de automóveis "que aproveitem o momento em que os Postos Petrobrás estão em pleno desafio para experimentar o seu bom atendimento". Uma ótima ideia para multiplicar tanto os efeitos da propaganda quanto da promoção.

Cobra também lança seu PC

A Cobra - Computadores Brasileiros começa, em junho, a campanha de lançamento criada pela Caio para seu novo microcomputador XPC, compatível com o Personal Computer da IBM.
A campanha, com peças de revistas e outdoor, marca a volta da Cobra às mídias de interesse geral, ela que nos últimos anos se restringia às publicações especializadas em informática.
E marca também a surpresa de ver que nem a Cobra conseguiu se afastar da realidade de mercado, ao reconhecer a qualidade e a popularidade do projeto do micro IBM-PC.
Paradoxalmente, hoje, no Brasil, só um fabricante de computadores não consegue ter a autorização para fabricar aqui um micro compatível com o IBM-PC.
A IBM.

Royal troca agência

A conta do Refresco Royal, que estava na Almap, acaba de passar para a CBBA/Propeg-Rio, empresa hoje ligada ao grupo J. Walter Thompson, que internacionalmente atende à Royal. Viviano Caldas, VP da agência, conta que já está em preparação a próxima campanha de verão do Refresco Royal.
A CBBA/Propeg-Rio, na verdade, tem mais razões para comemorar: também entrou agora para a agência a conta da fabricante de móveis Oca, que vai lançar brevemente uma cadeira chamada Barbar para competir com a conhecida Giroflex...

ABAP muda direção nacional

Dentro de, no máximo, 60 dias, todas as regionais da ABAP - Associação Brasileira de Agências de Propaganda deverão ter novas diretorias, inclusive a do Rio. E que aquele é o prazo para a renovação total da entidade, agora que já está empossada a nova Diretoria Nacional da ABAP, presidida pelo diretor da MPM-RS, Antônio Mafuz.
A chapa de Mafuz, que concorreu sozinha, foi composta ainda por Luiz Celso de Piratininga (Adag-SP), como vice­presidente Nacional; Edgard de Melo (ASA-BH), VP de Assuntos Associativos; Caio Domingues (Caio-RJ), VP de Assuntos Legais; Nelson Ortega (Almap-SP), VP de Assuntos Internacionais; Oswaldo Mendes (Mendes-PA), VP de Assuntos Estaduais; Ivan Pinto (Lintas-SP), VP de Assuntos Internacionais; Hiran Castelo Branco (CB-BA/Propeg-SP), Diretor de Eventos; Rino Ferrari Fº (Rino-SP), Diretor de Publicações; Fernando Barros (CBBA/Propeg-BA), 1º Secretário; Bene Vaisman (Artplan-RJ), 2º Secretário; Hélio Cardoso (Lintas-SP), 1º Tesoureiro; e José Petrucio Melo (Constata-SP), 2º Tesoureiro.

Pubblicità enrola folheto

A Pubblicità teve uma boa sacada para a campanha publicitária do Edifício Infante Dom João IV, que seu cliente Construtora Cunha & Mota está lançando na Tijuca.
Aproveitando o nome português e nobre do empreendimento, a agência decidiu inovar e, ao invés de optar pelos tradicionais folhetos distribuídos aos motoristas que passam pelas redondezas, produziu um cartaz vertical com a forma de pergaminho, que será distribuído ao público enrolado e amarrado pelas tradicionais fitas vermelhas e verdes ao estilo luso.

Melhor da semana

Philips assume pioneirismo do estéreo

O "Melhor da Semana" é uma homenagem que estaremos prestando aqui todos os domingos às empresas e profissionais brasileiros cujas atividades, iniciativas, declarações etc. tiverem claramente se destacado durante a semana, dos ponto de vistas de marketing e publicidade.
E a primeira empresa a receber o título de "Melhor da Semana" é a Phillips do Brasil, pela muito bem aproveitada promoção de relançamento de seu televisor estéreo, agora que o Brasil finalmente optou pelo sistema de transmissão BTSC.
Na verdade, a Phillips já vinha se preparando para este dia desde abril de 1985, quando lançou o seu Trendset 20" com todos os botões e circuitos de som para a transmissão em dois canais, faltando apenas o decodificador, cujo sistema dependia da decisão governamental,
Agora, a empresa foi bastante ágil no seu marketing para reapresentar o produto em promoção conjunta com a TV Manchete, criando impacto e demonstrando ao provável comprador que a transmissão em estéreo é uma realidade na qual ele pode confiar.
A rapidez da Phillips em sair na frente, ela que baseia sua comunicação de marketing em apresentar seus produtos como "de última geração", fazem-na merecer este prêmio de "Melhor da Semana".

IAA e NY criam prêmio

Alexander Brody, Gerald Goldberg e Mary Covington
 Brody, Goldberg e Covington apresentam os troféus.

Nova Iorque - A International Advertising Association e o The New York Festivais, numa iniciativa conjunta, irão incentivar e promover anualmente as campanhas publicitárias sobre temas de utilidade pública, em todo o mundo. A decisão foi divulgada por Alexander Brody, presidente mundial da IAA, presidente e executivo principal da Dentsu, Young and Rubicam Worldwide, Mary Covington, diretora executiva da IAA e por Gerald M. Goldberg, presidente do The New York Festivals, entidade promotora de competições internacionais de propaganda em televisão, cinema, rádio e na imprensa escrita.
Como base deste esforço, a IAA será responsável pelo patrocínio e promoção dos troféus reservados à utilidade pública em todos os veículos. Os prêmios para a categoria public service dos Festivais de Nova Iorque se tornarão também prêmios da IAA, e o prestigioso Crystal Globe Award, da International Advertising Association passará a integrar a premiação dos festivais. Além disso, a IAA e o The New York Festivals indicarão uma comissão julgadora especial para a propaganda de utilidade pública, e as duas organizações irão criar novas categorias e critérios de avaliação para as inscrições para aquele prêmio.
The New York Festivals é composto pelo Festival Internacional de Filme e TV, realizado no outono, para filmes publicitários; pelo Festival Internacional de Rádio, destinado a comerciais falados, e o Festival Internacional de Propaganda, para anúncios impressos. Os eventos de rádio e imprensa escrita acontecem na primavera.
Num comunicado aos associados da IAA pertencentes a capítulos distribuídos em 74 países, Mary Covington e Goldberg salientaram a ênfase que os estatutos da IAA emprestam ao papel social da publicidade e à educação. "O trabalho conjunto com The New York Festivais ajudará a atingir esses objetivos, estimulando-se anunciantes, agências, governos e veículos, para que apoiem a publicidade de utilidade pública, cada vez mais, nos países onde funciona a IAA". O comunicado ressalta que o objetivo é também "promover maior compreensão da responsabilidade da propaganda e do seu papel como veiculadora de informações sociais e culturais, além de apoiar e premiar os trabalhos mais criativos e eficientes em todos os meios de comunicação".
Tanto a IAA como The New York Festivals têm longa folha de serviços prestados no campo comunitário. A IAA, fundada em 1938, tem mais de 2.500 associados em todo o mundo. A organização, integrada por anunciantes, agências e veículos em 74 países, sempre fez do reconhecimento à propaganda de utilidade pública uma atividade prioritária. A IAA já patrocinou dois congressos internacionais sobre a matéria, em 1979 e 1983. Também em 1983, a entidade conferiu o seu Anual Award a Robert Kein, presidente do Conselho Superior de Propaganda dos Estados Unidos por seus esforços em favor da propaganda de utilidade pública.
Em 1985, o comitê executivo da IAA recomendou que a associação adotasse um programa anual para relacionar diversos temas para campanhas de utilidade pública. O primeiro esforço desta série foi a campanha contra o uso de drogas empreendido atualmente pela IAA em cooperação com a Divisão de Narcóticos das Nações Unidas.
Além do Crystal Globe Award da IAA, diversos capítulos patrocinam programas próprios de reconhecimento a temas de utilidade pública em seus respectivos países. Por sua atividade no setor, têm-se destacado os capítulos da Áustria, Brasil, Dinamarca e Índia.
O Festival de Propaganda de Nova Iorque, ao premiar os melhores comerciais de televisão e cinema nos últimos 29 anos, também reserva um troféu especial para as campanhas de utilidade pública, em cada uma de suas versões. Entre os países que mais se destacaram na categoria, nos festivais de 1986, estão Austrália, Brasil, Canadá, Inglaterra, França, Nova Zelândia, Noruega, África do Sul, Espanha e Estados Unidos.

Abaeté reage às críticas

Marcus Neves

Profundamente magoado com o que chama de "acusações levianas", o diretor da Abaeté Propaganda, Mário Leão Ramos, enviou ao editor do jornal Meio & Mensagem, Luiz Sérgio Borgneth, correspondência solicitando a publicação dos esclarecimentos sobre a atuação da Abaeté no mercado, levando em conta as críticas que foram dirigidas à agência pelo diretor de criação da Almap, Ronaldo Conde, através daquele veículo.
Em matéria publicada na edição de 13 de abril com uma mesa-redonda sobre a 1ª Semana Internacional de Criação Publicitária, que se realizou em São Paulo, o Meio & Mensagem reuniu profissionais da área de propaganda para um debate, entre os quais figurou Ronaldo Conde. Este declarou, textualmente, que a Abaeté havia ficado com a "parte do leão" das verbas publicitárias do governo Brizola e que, nem por isso, investia em pessoal. Além de dizer que a agência "está acabando".
A reação na Abaeté foi imediata. Mário Leão Ramos enviou uma carta ao editor do Meio & Mensagem (que foi devidamente publicada em edição de 11 de maio) explicando que, em momento algum, a agência se beneficiou, através de fraudes ou artifícios, das verbas publicitárias do Governo estadual.
Na correspondência enviada a Luiz Sergio Borgneth, Leão Ramos esclarece que a Abaeté foi selecionada, juntamente com mais 17 agências, em concorrência pública, para atender às contas de propaganda do Governo do Estado do Rio de Janeiro. E que, por unanimidade, foi eleita como agência administradora, "função que desempenhou ao longo dos quatros anos do Governo Leonel Brizola, sempre com seus mandatos renovados pelas demais agências".
Mário Leão Ramos destaca ainda que, em 40 anos de atividade, jamais a Abaeté deixou de investir em pessoal, tendo, durante o período do governo Brizola, reforçado sua equipe com profissionais de alta categoria, tanto na Criação como na Mídia e, nesta última, ampliando o quadro para mais de uma dezena de profissionais. Cita os exemplos de Eduardo Câmara, na Criação, e Erly Francisco de Jesus, na Mídia, o primeiro ganhador de vários prêmios, inclusive Clios e Erly eleito "Mídia do Ano" em 1983.

Contos & Contas

Genilson Gonzaga

É preciso ter muito tereré

Topo, numa dessas esquinas do mercado, o publicitário Kleber Buhr, que está de volta à Editora Abril para dirigir a operação de comercialização de um novo produto de vasto potencial, o Guia Rural.
Kleber está recrutando profissionais competentes na praça, entre eles alguns estudantes dispostos a ingressar no ramo, aprendendo na prática do batente remunerado.
Troco com o Kleber uns dedos de prosa e fico sabendo do seu desencanto com estudantes de Comunicação Social, todos, ou quase todos, sem brilho nem estrutura intelectual ou base cultural.
Baixou em conhecida faculdade e aos professores pediu que mandassem o melhor aluno. O rapaz chegou bem recomendado para a entrevista de praxe e com as credenciais de primeiro da turma.
Kleber cuidou de colocá-lo à vontade, relaxando-o com dedos de prosa. Deu a abertura para que falasse da sua vida, das suas aspirações, das suas predileções, das namoradas e dos professores.
Em vão, Kleber percebe que está perdendo tempo, mas ainda dá uma chance a mais. Está, afinal, diante do primeiro da Turma. Se e o melhor aluno, deve ser cobra.
E, para entusiasmá-lo desanda a falar do mercado publicitário, das perspectivas do produto ungido pelos gastos óleos do marketing rural e das boas chances de ganhar dinheiro. Sustenta desconfortável monólogo até indagar do candidato o que achava da oportunidade de se incorporar a um projeto de tal monta, que é o Guia Rural da Abril.
Perguntou e viu o pânico expresso nos olhos do rapaz. Que puxou pelo cérebro e, num comovente esforço de articulação, soltou esta preciosidade:
- E preciso ter muito tereré.
E o Kleber, despachando-o, com a promessa de que ainda voltariam a se encontrar:
- E bota tereré nisso, meu filho.
Pois é a ditadura de 64, que durou 21 anos, praticou com a juventude brasileira um genocídio muito maior que o de Hitler, o genocídio cultural, o pior de todos.

O Márcio Ehrlich não precisa de apresentação. Sua estreia nas páginas do JORNAL DO COMMERCIO hoje me desvanece, Nós o contratamos para brindar o leitor com o charme e a competência desse excelente profissional na arte de retratar o que vai pelo fascinante mundo da publicidade e do marketing, cujos instrumentos são indispensáveis para o país sair da entaladela em que o meteram. O Marcio tem tereré, mas sabe das coisas. E como sabe.

MKT MIX

Propaganda no Brasil vive nova fase dura

Particularmente difícil este momento que estão vivendo as agências de publicidade no Brasil.
Já vai longe a lembrança daquele tempo em que os líderes da publicidade brasileira otimista como todo o País ostentavam orgulhosamente a marca de deter 1,5% do PIB.
Em 1985, o país parou todo o primeiro semestre, estarrecido com a doença de Tancredo Neves e a expectativa dos acontecimentos.
Ainda bem que, no segundo semestre, conseguiu-se respirar um pouco, porque logo em 1986, com o Plano Cruzado, quem não pegou aquele fôlego aprendeu o que era penar. Agência de propaganda vive de seus clientes anunciarem.
Mas por que um anunciante iria anunciar se não tinha produto para vender, se não interessava vender porque o custo de produção era maior que o de venda, ou se tudo o que conseguia chegar às lojas era automaticamente vendido?
O resultado não pode ser outro. Várias agências de propaganda, de Norte a Sul do Brasil, entraram o ano realizando demissões em massa.
Enxutas, imaginaram, poderiam enfrentar com realidade qualquer que fossem as perspectivas de 1987.
Qual.
A metralhadora salarial começa a trazer uma nova surpresa.
Alguém já disse que o principal capital de uma agência desce pelo elevador todo dia às seis horas da tarde. Ou seja, qualidade, em propaganda, tem um alto custo.
Só que as verbas dos anunciantes brasileiros definitivamente não estão conseguindo acompanhar o ritmo do aumento da folha de pagamento. E as agências começam a se apavorar mais uma vez com a possiblidade de cortes.
Em suma, não poderia haver momento melhor para o JORNAL DO COMMERCIO voltar a publicar uma página sobre o Marketing e a Publicidade no Brasil, mostrando para todos os seus leitores os exemplos daqueles que estão conseguindo, a custa e muito esforço, superar as suas dificuldades e manter acesa a chama deste importante segmento da atividade econômica brasileira.
A volta de mais espaços sobre Marketing & Publicidade na imprensa carioca era um anseio declarado do mercado.
Esperamos cumprir com a expectativa deste mercado e colaborar, na medida do possível, com o seu reconhecimento e desenvolvimento.
Assim como esperamos receber todo o apoio que este espaço jamais volte a fechar.

Profissionais do Ano já tem finalistas

Um júri de 24 consagrados profissionais de propaganda e colunistas publicitários - entre os quais este, representando os jornalistas cariocas - reuniu-se na última semana em São Paulo a convite da Rede Globo de Televisão para a escolha e o julgamento dos finalistas do Prêmio Profissionais do Ano, Mercado Nacional, nas categorias Comercial e Campanha.
Depois de 5 horas de trabalho, nas quais foram assistidas cerca de 30 campanhas e 90 comerciais isolados, o júri escolheu - por simples soma de pontos dos votos secretos e sem qualquer discussão - os seguintes trabalhos para receberem o diploma de finalista e entrarem na revotação para os Grandes Prêmios finais·.
Campanhas:
• "Horário não gratuito", da W/GGK para o Relógio Grand Prix, da Nelima.
• "Natal Brasil", da Provarejo para a Mesbla.
• "Cores", da J. Walter Thompson para a Kodak
• "Detalhes", da Denison para a Brastemp.
• "Tenha fé na Tecnologia", da São Paulo Criação e Publicidade para Fertilizantes Copas.
Comerciais de Mercado
• "Einstein ", da Adag para Balas Soft, da Q-Refres-Ko
• "Visão Dupla", da MPM para Proal, da Promax.
• "Helicóptero", da MPM para Fiat Elba.
• "Hotel", da MPM para Fiat Elba.
• "Corrida", da Artplan para Malt 90, da Brahma.
• "Passarinho", da Trop para Cuecas Zorba.
• "Mãos", da Lintas para Fio Dental, da Johnson & Johnson,
• "Expresso do Oriente", da MPM para a Editora Record.
• "Moto-Gêmeos", da Progress para Cerveja Antárctica.
• "Buzina", da MPM para Parador, do Instituto De Angeli.
• "Estrada", da DCS para o Tênis Olimpikus, da Azaléia.
• "Maestro", da McCann Erickson, para Diplomata, da General Motors.
Pelo processo de julgamento adotado pela Globo, torna-se quase uma loteria tentar adivinhar quais serão os vencedores, Mas, a tentação é irresistível.
Assim, mesmo que não tenham sido, necessariamente, meu voto, lá vai, para conferir no dia da entrega: em Campanha, aposto em "Natal Brasil".
Em Mercado, "Maestro".

Gente

• Joe Garcia deixou a vice-presidência do Citibank para assumir, esta semana, a vice-presidência executiva do American Express Card.
• A DPZ-Rio montou um supergrupo exclusivo para o atendimento de seu importante cliente Ceras Johnson. Peter Robertson (ex-Souza Cruz) fica como diretor da Conta; e como supervisores, nada menos que Manha Zuim e Ricardo Ladvocat.
• A DPZ, aliás, foi buscar na MPM o brilho do jovem redator Gustavo Bastos para fazer dupla com o diretor de arte catalão Jordy Carrera.
• Marcio Murgel, agora que já está em pleno andamento a absorção de sua agência Oliveira, Murgel pela Giovanni, se permite a ampliar suas atividades. Além de pertencer ao board da Giovanni, ele esta dando assessoria de marketing à Hospital, uma nova empresa de seguros de saúde.
• Ney Leandro de Castro, que o mundo intelectual também conhece como o articulista Neil de Castro, deixou a vice-presidência de criação da Assessor e já está redigindo na Brasil-América, a agência do Grupo CB.
• Franco Paulino acaba de vingar os criadores cariocas que reclamam quando as agências daqui contratam profissionais de São Paulo. Pois ele acaba de deixar o escritório da Salles, no Rio, para dar a força de seu talento na matriz da Salles em São Paulo.

Produção publicitária ganha prêmio nacional

Foi realizado em São Paulo, no último fim de semana, o 1º Prêmio Colunistas-Produção, exclusivamente dedicado a reconhecer e premiar a qualidade de produção dos trabalhos publicitários e promocionais realizados no Brasil, e que, por comemorar o 20º aniversário de criação do Prêmio Colunistas, analisou trabalhos dos últimos 20 anos nas áreas de Filme, VT, Som, Fotografia e Ilustração.
O prêmio, lançado pela Abracomp - Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda, teve este colunista como presidente e ainda no Júri, a presença de A. P. Rossini, Armando Ferrentini, Eloy Simões, Francisco Alberto Madia de Souza, José Cláudio Maluf, Nelson Cadena, Roberto Simões e Sílvia Dias de Souza, todos jornalistas especializados no setor.
A participação do Rio nos resultados 1º Colunistas-Produção foi excelente. Na área de VT, inclusive, a maioria dos grandes prêmios foi conquistada pelas produtoras cariocas. Vejam, a seguir, os resultados de todos os grandes prêmios do 1º Colunistas-Produção e os resultados das empresas e profissionais cariocas nos vários segmentos de mercado:
FILME
GP de melhor filme: "Pescaria", da CPU para Cinzano.
GP de melhor direção: "Estação", da Cinema Centro para C&A.
GP de melhor produção: "Paris 45", da Tec Cine para Mesbla.
GP de direção de arte: "Semáforo", da Cinestudio para Seagram.
GP de melhor montagem: "Alto Verão", da Cinema Centro para C&A.
GP de melhor fotografia: "Amanhecer", da Chroma para Anderson Clayton/Fiorella.
GP de melhor cenografia: "Liberdade", da Cinema Centro para White Westinghouse.
GP de melhor figurino: "Foto", da Jodaf para Sul América.
GP de melhor maquiagem: "Marilyn", da Jodaf para Monroe.
GP de melhor casting: "Pescaria ", da CPU para Cinzano.
GP de melhor efeito especial: "Tanque de Gasolina", da Jodaf para Texaco.
GP de melhor interpretação: "Gargalhadas", da Cinema Centro para Curt.
GP de melhor trilha: "Summertime", da Cinema Centro e Voz do Brasil para C&A.
GP de melhor animação: "Bond Boca", da Briquet para Cepacol.
SEGMENTOS DE MERCADO
• Bebidas não alcoólicas
Destaque de cenografia: "Pântano", da Claquete para Brahma/Guaraná.
• Institucional e corporativo
Destaque de fotografia: "Cidade", da Tec Cine para Bolsa de Valores.
• Moda
Prata de melhor filme e destaque de melhor interpretação: "Amassadinho", da Claquete para Inega.
• Varejo I - lojas de departamentos:
Ouro de melhor filme e destaques de melhor cenografia, fotografia e direção de arte: "Paris 45", da Tec Cine para Mesbla.
VT
GP de melhor VT: "Tribunal", da Globotec para Rio Gráfica.
GP de melhor direção: "Tribunal", da Globotec para Rio Gráfica.
GP de melhor produção: "Verde Amarelo", da Tycoon para Petrobrás.
GP de melhor direção de arte: "Grito da Moda", da Sir para Jeans Krieger.
GP de melhor edição: "70 Neles", da VT Um para Souza Cruz/Hollywood.
GP de melhor fotografia: "Esquimó", da Sir para Prosdócimo.
GP de melhor cenografia: "Ki-Paixão", da Globotec para Kibon.
GP de melhor figurino: "Volta ao Passado", da Miksom para M. Abbud.
GP de melhor maquilagem: "Lá Nave Va", da Globotec para Fest-Rio.
GP de melhor casting: "Tribunal", da Globotec para Rio Gráfica.
GP de melhor efeito eletrônico: "Piscina", da Mikson para Mikson Vídeo.
GP de melhor efeito especial: "Turma do CB", da Tycoon para CB.
GP de interpretação: "Tribunal", da Globotec para Rio Gráfica.
GP de trilha: "70 Neles", da VT Um e Cardan para Hollywood.
SEGMENTOS DE MERCADO
• Bebidas não alcóolicas:
Ouro de melhor VT e destaque de efeitos, trilha e fotografia: "Chapinha", da VT Um para Coca-Cola.
Destaque de computação gráfica: "Coca-Cola", da GCG para Cola-Cola.
• Beleza
Prata de melhor VT e destaques de efeitos eletrônicos, cenografia e interpretação: "Nus - Quatro Momentos", da VT Um para Davene.
• Cigarros e tabaco
Ouro de melhor VT e destaques de direção, produção, fotografia, direção de arte, figurinos: "70 Neles", da VT Um para Souza Cruz.
• Comunitário
Ouro de melhor VT e destaques de produção, edição e cenografia: "Turma do CB", da Tycoon para o Grupo CB.
• Comunicação e cultura
Ouro de melhor VT e destaques de figurino e trilha: "Expresso do Oriente", da Globotec para Editora Record.
Destaque de produção e de casting: "Tribunal", da Globotec para Rio Gráfica.
• Financeiro, seguros e poupança
Destaque da direção de arte: "Citibank", da Tycoon para Citibank.
Destaque de cenografia: "Banco do Brasil", da Tycoon para o Banco do Brasil.
• Imobiliários
Prata de melhor VT e destaques de maquilagem, efeito eletrônico e interpretação: "Reagan", da Globotec para Servenco/American Flat.
Destaque de efeitos especiais: "Guru", da Globotec para Servenco.
• Institucional e corporativo
Ouro de melhor VT e destaques de direção de arte, cenografia e efeitos especiais: "Verde Amarelo", da Tycoon para Petrobrás.
• Moda
Ouro de melhor VT e destaques de direção, edição e trilha: "Jeans Krieger", da Tycoon para Jeans Krieger.
• Produtos de uso pessoal:
Ouro de melhor VT e destaques de direção, produção, direção de arte, edição, fotografia e trilha: "Comando", da Tycoon para Technos Relógios.
• Serviços públicos
Ouro de melhor VT e destaques de direção, edição e fotografia: "Copa", da Tycoon para Embratel.
• Varejo I - lojas de departamentos.
Destaque de interpretação: "Papai Noel", da Globotec para Norte Shopping.
Destaques de fotografia e direção de Arte: "Orquestra de Drinques", da Globotec para Rio-Sul.
Destaque de trilha: "Natal Maravilha", da Tycoon para Hiper Supermercados.
SOM
GP de melhor jingle: "A Gente Leva", da MCR para US Top.
GP de melhor spot: "Ninguém Ligou", da New Zelão para Pompéia Veículos.
GP de melhor trilha: "Conheça Minas", da DC Vox para Embratur/Governo de Minas.
GP de música/tema musical: "Chegadas", da MCR para Consul.
GP de letras: "Mussum", da Tape Spot para Epatovis.
GP de arranjo: "Zé Preá", da Tape Spot para Estomazil.
GP de solo vocal: "Cardápio", da MCR para Pomaretti.
GP de solo instrumental: "Clarinete", da New Zelão para Sul América de Seguros.
GP de locução: "Ninguém Ligou", da New Zelão para Pompéia Veículos.
GP de efeitos especiais: "Jingle Bells", da MCR para Purina.
SEGMENTOS DE MERCADO
• Farmacêutico e saúde:
Ouro de melhor jingle: "Zé Preá", da Tape Spot para Estomazil.
Prata-de melhor jingle e destaque de solo vocal: "Mussum", da Tape Spot para Epatovis.
• Financeiros, seguros e poupanças:
Ouro de trilha e destaque de arranjo: "88 Anos", da DCVox para Sul América Seguros.
• Imobiliário:
Destaque de letra: "Mandala", da Tape Spot para Mandala.
• Moda:
Ouro de trilha: "Musical da Metro", da Tape Spot para Poesi.
• Política:
Ouro de melhor jingle e destaques de música, letra e solo vocal: "Tasso Jereissati", da Tape Spot para PMDB.
• Varejo I
Ouro de melhor jingle e destaques de letra e solo vocal: "Cunhado", da Tape Spot para Supermercados Balaio.
• Diversos
Ouro de spot e destaque de arranjo: "Conheça Minas", da DC Vox para Embratur/Governo de Minas.
ILUSTRAÇÃO
GP de melhor ilustração: "No início do século...", de J. L. Benício para o Banco do Brasil.
SEGMENTOS DE MERCADO
• Automobilístico II - veículos pesados:
Ouro de melhor ilustração: "Cenas de Estrada", de J. L. Benício para Revista Carga.
• Bebidas não alcóolicas:
Ouro de melhor ilustração: "Feliz você neste Natal", de Nilton Ramalho para Coca-Cola.
• Comunicação e cultura:
Ouro de melhor ilustração: "3.Fest Rio", de J. L. Benício para Riotur.
• Farmacêutico e saúde:
Ouro de melhor ilustração: "Quem não tem Solarcaine...", de Nilton Ramalho para Shool Brasil.,
• Institucional e corporativo:
Ouro de melhor ilustração: "Zbignew M. Ziembinski", de Nilton Ramalho para Burroughs.
• Produtos de uso pessoal:
Ouro de melhor ilustração em P&B: ''Roditi, a música concreta...", de Nilton Ramalho para Roditi.
• Diversos:
Ouro de melhor ilustração: "Quem se hospeda no Copa...", de J. L. Benício para Hotel Copacabana Palace.

VT Um fez o comercial da pólio

Um exército de pernas mecânicas que marcham pelo vídeo e, passo-a-passo, vão parando até a última, em close, também parar.
Esta foi a imagem idealizada pela agência gaúcha Módulo para o comercial que lançou a nova Campanha de Prevenção contra a Poliomielite, do Ministério da Saúde.
Produzido pela VT UM, do Rio, o comercial procurou adequar-se ao briefing do Ministério da Saúde, de "uma mensagem forte, mas não extremamente drástica, que fizesse o espectador achá-la chocante ou de mau gosto".
Para a sua realização, conta Freddy Nabhan, diretor do comercial, a VT UM contratou os efeitos especiais de Álvaro Bonfim que, através de sofisticado mecanismo, conseguiu o clima compassado de movimentação das pernas, desde o movimento à sua total inércia. Para valorizar, foi utilizada uma trilha marcada pelo som de um tambor acompanhando o ritmo dos passos, até entrar a mensagem do Ministério: "Se toda criança for vacinada, mesmo se tiver tomado várias doses, tudo isso vai virar ferro-velho".
Falando em Ministério da Saúde, o órgão realiza dia 27 próximo, a abertura das pastas de documentos para nova concorrência, que escolherá outras três agências para atender sua conta publicitária. Atualmente, o Ministério é atendido pela Módulo, Denison e Escala.