Ministério do Planejamento cai na rede por imagem infeliz
| As capas do Código de Ética: antes e depois das críticas nas redes sociais | O Ministério do Planejamento foi obrigado a mudar a capa do Código de Ética dos seus agentes públicos depois de sofrer uma enxurrada de críticas pela imagem publicada no Facebook, com a representação dos agentes dando as mãos sendo interpretada como uma suástica nazista.
A publicação comemorava a portaria, publicada dia 08/10 no Diário Oficial, que instituia um programa para "preservar o serviço público de práticas danosas e dar uma resposta à demanda da sociedade por uma administrativa mais proba, transparente e eficiente”, nas palavras do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira.
Nem a mudança rápida, porém, -- com todo o jeito de "quebração de galho", adotando um fundo neutro dos que podem ser baixados no Freepik --, deixou os usuários da rede sossegados. "Era bem melhor ter feito um post 'erramos! Fizemos uma imagem sem pensar nas consequências! Pedimos desculpas!'", comentou um. "Ah... gostei mais do outro, era mais sincero", alfinetou outro.
A bem da verdade, o ministério se justificou, sim:
“O Ministério do Planejamento esclarece que a imagem é uma alusão a um cata-vento para representar a sinergia e a integração institucional, símbolo que representa o aproveitamento dos ventos para produzir energia, por exemplo. No nosso caso, o cata-vento foi utilizado com a intenção de demonstrar que estamos seguindo, em constante movimento e evolução, de forma colaborativa para a construção de um ambiente cada vez mais íntegro e honrado na Administração Pública. O objetivo é estimular a conduta ética entre e pelos servidores e colaboradores do órgão no relacionamento com o público, no ambiente de trabalho, na execução das atividades e na participação em eventos externos. Não tivemos a intenção de fazer referência ao símbolo do antigo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e pedimos desculpas a quem se sentiu ofendido.”
Como o trabalho original não era assinado, não se sabe se havia sido desenvolvido internamente ou através de alguma agência contratada. Não há registros de que agências trabalham atualmente para o Ministério. A última informação pública é de que até fevereiro de 2016 a responsável seria a Debrito Propaganda, mas com a observação de que o contrato poderia ser prorrogado até fevereiro de 2019.
Em 2015, o órgão esteva envolvido em denúncias da Lava-Jato, com a Polícia Federal cumprindo mandato de busca e apreensão na agência Atmo Propaganda, de São Carlos (SP), para "coletar provas relativas à prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propinas pelas empresas do Grupo Consist - Consist Software, Consist Business e SWR Informática - a agentes públicos ou a partidos políticos", através da assinatura de contratos sem licitação com o Ministério do Planejamento entre 2011 e 2013. Leia-se aqui João Vaccari Neto, então presidente do PT.
(Marcio Ehrlich - 10/12)
Delação da Odebrecht envolve Renato Pereira em Caixa 2 para Pezão
| Cartaz criado pela Prole para a campanha de Pezão ao Governo do Rio em 2014. | A Odebrecht teria pago R$ 23,6 milhões em dinheiro nas mãos do marqueteiro Renato Pereira, diretor da agência Prole, para a campanha de 2014 do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. A Prole é a agência lider do PMDB do Rio, atendendo tanto a conta da prefeitura da cidade como a do governo do estado, desde 2008.
A denúncia foi tornada pública pelo jornalista Gabriel Mascarenhas, da coluna Radar On-Line da revista Veja. Segundo matéria publicada este sábado, 10/12, consta do anexo da delação premiada do diretor da Odebrecht, Leandro Andrade Azevedo, que os pagamentos foram determinados por Hudson Braga, ex-secretário e homem de confiança de Sergio Cabral, como Caixa 2, e entregues diretamente no escritório da Prole na Urca, em troca de Pezão agilizar os pagamentos à Odebrecht pelos contratos que ela assinava com o estado do Rio, como as obras do Metrô fluminense.
O site O Antagonista também envolveu hoje a Prole com Caixa 2 da campanha de reeleição de Eduardo Paes, com dinheiro vivo entregue à agência, que o depositava em contas abertas no exterior. O prefeito teria levado R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões.
(Marcio Ehrlich - 10/12)
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Fiat e Samsung vão atrás das Infinitas Possibilidades em suas campanhas
| Os frames dos comerciais da Fiat e da Samsung falando nas "Infinitas Possibilidades" | Uma coincidência infeliz está juntando a Fiat e a Samsung nas televisões brasileiras este final de ano. Ambas as empresas estão no ar com comerciais que garantem, a seus produtos, "Infinitas Possibilidades".
A bem da verdade, o comercial do Fiat Toro foi ao ar primeiro. Em março deste ano, a Creativity-Online registrava o trabalho com o título de "Infinite Possibilities".
Aliás, usando uma trilha tão espetacular que este colunista correu atrás para descobrir. É um trecho da música "Market Diktat", de Jean-Philippe Goude.
O comercial da Fiat, pelos créditos encontrados na internet, nem nacional é. Ele é assinado pela The Richards Group, de Dallas (USA), e filmado pela Bunker Films (com adaptação para português da carioca Ocean Films).
Quem quiser assistir, clique aqui para o Youtube.
O da Samsung saiu agora, para o Natal e tem a assinatura da Cheil Brasil com produção da Monster Filmes. O trabalho faz a promoção dos produtos S7, Camera 360º, Gear VR e Gear S3.
O comercial da Samsung pode ser visto neste link do Youtube.
(Marcio Ehrlich - 14/12)
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