Janela Publicitária    
 
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 22/OUT/2016
Marcio Ehrlich

 

Segundo Peladão coloca 10 agências cariocas em campo

Legenda
Já está marcado para este próximo sábado, 22 de outubro, a partir as 14 horas, o segundo Peladão Publicitário. Desta vez, com mais participantes: Agência3, Artplan, Binder, Camisa 10, NBS, Ogilvy Rio, Prole, SIDES, WMcCann e X-Tudo.

Mais uma vez, o evento acontece no Complexo de Futebol Só 5 (no Botafogo do Mourisco) e tem o patrocínio da Record Rio, copatrocínio da Pixel, com o apoio da Janela Publicitária.

No primeiro Peladão, realizado em maio último, com 8 agências participando, a campeã foi a agência Camisa 10, vencendo uma disputa de pêntaltis contra a Binder. Em terceiro lugar ficou a Sides.

Naquela edição, o artilheiro do campeonato foi o redator da Camisa 10 Victor Vicente, enquanto o goleiro menos vazado foi o diretor de criação da Agência3, Paulo Castro.

(Marcio Ehrlich - 18/10)

Sergio Cardoso assume atendimento da Rio Cinema Digital

Daniela Tolomei - Gabriel Mellin - Sergio Cardoso
Daniela Tolomei, Gabriel Mellin e Sergio Cardoso
A produtora RCD - Rio Cinema Digital está agora com o reforço na equipe do profissional de atendimento e ex-RTV de agência Sergio Cardoso, que até recentemente estava na Ciranda Filmes.

Sérgio chega para atrair mais trabalhos não só a área de publicidade, como para integrar os serviços da RCD, que entrou no mercado audiovisual pela realização de filmes institucionais e hoje procura ultrapassar até mesmo o conceito do "Branded Content", como explicaram à Janela seus diretores Gabriel Mellin e Daniela Tolomei.

"Estamos com nosso pensamento estratégico voltado para o futuro", assinalou Mellin, que vê a produtora também podendo desenvolver projetos comerciais que envolvam o product placement em conteúdos artísticos. "Há muitas formas de contar histórias", lembra o profissional, que antes de abrir a RCD dirigiu trabalhos para grandes produtoras como Hungry Man, Mixer e Conspiração. "O que esperamos com a entrada de Sérgio Cardoso é ajudar as agências e os anunciantes a explorarem todas as formas possíveis de se comunicar com seus públicos através dos meios audiovisuais", completou.

Daniela Tolomei, que assina a Produção Executiva da RCD, observa que a estrutura da empresa permite que ela alce os voos que quiser. "Temos estúdio e equipamento próprios, inclusive para fazer transmissão ao vivo, como aconteceu recentemente em um show na Comunidade Santa Marta, para o projeto #makethefuture da Shell internacional".

Para Sergio Cardoso, a nova empresa é um desafio bem vindo. "O mercado procura cada vez mais produtoras full service, que não pensem apenas na publicidade tradicional e consigam otimizar custos sem abrir mão de bons resultados", ressaltou o profissional, que começou sua carreira de quase 40 anos -- a serem completados em 2017 -- como assistente de RTVC na Standard Ogilvy & Mather, passou pela mesma área na gigantesca MPM e depois se dedicou à atuação em produtoras, inclusive a sua própria Mr.Magoo.

(Marcio Ehrlich - 19/10)

Disque-Denúncia pede doações em campanha da 11:21

O comercial com a famosa e anônima atriz.
A crise brasileira também atingiu o Disque-Denúncia, o conhecido sistema de denúncias anônimas do Rio, que, depois de 21 anos de existência, está correndo, inclusive, o risco de suspender as suas atividades.
O resulto foi que, pela primeira vez, em sua história, a instituição resolveu pedir ajuda financeira à população, através de uma campanha desenvolvida pela agência 11:21.

O resultado foram dois comerciais, que o diretor de criação da agência, Gustavo Bastos, explica que, mesmo sendo objetivos no texto, brincam com a constatação de que quase toda campanha de ONG pedindo doação conta com atores e atrizes famosas para conseguir a empatia dos doadores. "Como a característica do Disque-Denúncia é não identificar o denunciante, também resolvemos deixar nossos famosos no anonimato, colocando-os de costas para a câmera", detalhou Bastos. Além disso, suas vozes foram distorcidas, do mesmo jeito com que os noticiários de tv fazem para não permitir que seus entrevistados sejam identificados.

Complementando os dois filmes para TV e cinema, haverá ainda spot de rádio e mobiliário urbano, sempre utilizando a imagem dos famosos anonimos. A campanha será veiculada na Record Rio, nos cinemas Estação, rádio Tupy, MUBE no circuito da Clear Channel, Facebook, Instagram e Twitter. A gráfica MPV7, que já tem especialização na impressão de mobiliário urbano, também entrou como apoiadora.

Ficha técnica:

Criação: Gustavo Bastos e Clarisse Costa
Diretor de Criação: Gustavo Bastos
Planejamento: José Guilherme Vereza
Mídia: Bianca Brandão
Produção: Pixel
Direção: Felipe Sabugosa
Áudio: Nova Onda
Aprovação: Zeca Borges, Gabriela Franco, Lula Vieira

(Marcio Ehrlich - 19/10)

PERFIL
Thomaz Naves, diretor comercial e de marketing da Record Rio.

Por Renata Suter

Thomaz Naves e a divertida decoração de sua sala na Record Rio
Thomaz Naves e a divertida decoração de sua sala na Record Rio
Quem melhor do que um publicitário para produzir seu próprio slogan? O intrépido Thomaz Naves criou o dele, curto e objetivo: "o fazedor". Inquieto, jamais se satisfez com o sucesso obtido ao longo de sua carreira, sempre quis mais. Trabalhou na Coca-Cola, uma das maiores empresas do mundo, na Mesbla, à época a maior loja de departamentos brasileira, no BarraShopping, o maior shopping da América Latina, no Flamengo, maior time do Brasil, e hoje é diretor comercial e de marketing da Rede Record, vice-líder de audiência entre as redes de TV do país. Não, ele não perdeu a determinação por estar numa empresa que, neste momento, não é líder. Ao contrário, convicto, Naves afirma: "Trabalhar na Record representa o desafio de torná-la a maior emissora do Brasil."

A Record surgiu em sua vida há dez anos, quando Thomaz queria dar uma guinada aceitando novos desafios profissionais. A televisão lhe pareceu a melhor oportunidade. Naquele ano, a emissora faturou em publicidade no Rio parcos R$30 milhões. Uma década e um Thomaz Naves depois, ela atingirá os R$ 220 milhões.

Mineiro de Belo Horizonte, 52 anos, formado em Administração de Empresas, pós-graduado em Marketing, divorciado há cinco anos da carioca Juliana - com quem ficou casado por outros 11 e com quem teve os filhos Maria Antonieta e Felipe -, Thomaz Newton Ferreira Naves começou a carreira profissional ainda muito novo, na Universidade Newton Paiva, fundada por seu avô na mesma cidade onde nasceu. Começou como estagiário, fazendo de tudo um pouco. Em seguida foi para a área de eventos, enquanto cursava a faculdade.

Thomaz Naves e o Baixinho da Kaiser
Em tempos de Coca-Cola, com o Baixinho da Kaiser.
O trabalho de Naves, mesmo ainda tão jovem - 18 anos apenas -, foi reconhecido a ponto de lhe valer um convite para trabalhar na Coca-Cola, onde ficou por seis anos. Entrou como coordenador de eventos, em 1982, e saiu como gerente de marketing.

Sua primeira experiência fora da empresa familiar lhe valeu crescimento profissional, mas também as dificuldades do mundo corporativo, onde vaidades e ciumeiras podem atrapalhar a trajetória de muitos. A pouca idade, aliada ao seu crescimento rápido dentro da empresa, geraram desconforto para outros profissionais, o que acelerou a saída de Thomaz da Coca-Cola.

Em 1987, seguiu para a SMP&B, agência que se destacava como mais importante de Minas Gerais. Foi contratado para atender a conta regional da Brahma, parte de um acordo entre a SMP&B e a Standard, que deu origem à primeira - Standard, Moreira, Paz & Bastos. Surpreendentemente, a conta da Brahma durou apenas 30 dias na Standard e, obviamente, a agência também perdeu a conta regional.

Cristiano Paz encontrou uma outra função para Naves, que passou a se dedicar aos novos negócios da SMP&B. E assim, saiu em busca da conta do BH Shopping. Foi lá que, inquieto como sempre, teve a ideia de acompanhar seu primeiro cliente bem de perto. Sugeriu a Cristiano ocupar uma sala no shopping, para vivenciar o dia a dia e estar atento às oportunidades. Thomaz tornou-se o primeiro profissional de atendimento num posto avançado dentro de um shopping. "Isso fazia toda a diferença. E é o que sinto falta hoje. Existe um distanciamento das agências em relação ao dia a dia dos clientes. Eu, se fosse agência hoje, faria isso de novo", sugere.

MOVIDO A DESAFIOS

A presença diária do responsável pelo atendimento da SMP&B no shopping atraiu a atenção de ninguém menos do que José Isaac Peres, o fundador e presidente da Renasce - Rede Nacional de Shopping Centers -, à qual pertencia o BH. Em 1989, de olho no quanto Naves passou a conhecer sobre o negócio, Peres decidiu contratá-lo. A primeira missão foi cuidar do então problemático Park Shopping de Brasília, como gerente de marketing, com o desafio de tornar o empreendimento produtivo. Em um ano e meio, o shopping brasiliense duplicou o faturamento. Peres se entusiasmou tanto com o resultado que levou Thomaz para o marketing do BarraShopping, no Rio.

José Isaac Peres e Thomaz Naves
Com José Isaac Peres, em tempos do BarraShopping.
O trabalho de Naves continuou despertando atenção, tanta que lhe valeu um novo convite, dessa vez para a Mesbla, onde ficou dois anos - 1991 e 1992 - como diretor de marketing. A ideia era profissionalizar a comunicação da loja de departamentos. Mudanças na direção da empresa tornaram inviável sua permanência por lá e, insatisfeito, mandou um recado para José Isaac Peres por intermédio de um amigo comum. Não apenas voltou para a Renasce, como ainda ganhou nova função: diretor de merchandising. 

Thomaz admite que deve a José Isaac Peres - a quem classifica como "um visionário" - sua entrada na área comercial. O todo poderoso da Multiplan - grupo do qual a Renasce fazia parte - acreditava muito em shoppings enquanto canais de comunicação e queria que seu novo diretor de merchandising o ajudasse nisso. A ideia era "vender" melhor os espaços, trabalhar os corredores, colocando carros, linha branca de eletrodomésticos e produtos que gerassem movimento. "Atualmente, essa é a segunda maior fonte de receita de qualquer destes empreendimentos no Brasil. Quando saí, o negócio já faturava 18 milhões de dólares", lembra Naves.

Ainda seguindo a mesma ideia de vender o shopping, Thomaz criou e comercializou a Semana BarraShopping de Estilo. A ideia surgiu numa conversa com a estilista Mary Zaide e sua execução deu tão certo que teve desdobramentos: o Morumbi Fashion e o BH Fashion.

Naves saiu do Grupo Multiplan em 1999, mas um ano antes disso, abriu sua própria empresa, a Rede Shopping de Comunicação, que surgiu como solução para o fato de Naves ter, por conta do enorme sucesso do negócio, faturado alto demais, causando saias justas com outros executivos da empresa de Peres. A saída, encontrada pelo próprio Thomaz, foi abrir uma empresa que prestaria serviço à Renasce. A quebra da cláusula de exclusividade o permitiu ampliar sua rede de atuação, chegando a atender 37 shoppings em todo o país. Apesar do bom desempenho nos negócios, algumas arestas com o sócio, José Roberto Marques, levaram Naves a dissolver a sociedade.

Thomaz Naves e Contemporânea: Adilson Xavier, Jarbas Nogueira, Cristina Amorim, Jorge Barros e Sergio Viriato.
Em 1992, cliente da Contemporânea, recebendo o Prêmio Colunistas, ao lado de Adilson Xavier, Jarbas Nogueira, Cristina Amorim, Jorge Barros e Sergio Viriato.
Em 1999, Julio Lopes e Luiz Lobão levaram Naves para a diretoria de marketing do Flamengo. A partir daí, a ideia era que os três convencessem o Flamengo a topar uma parceria com a ISL - a primeira grande agência de marketing esportivo do mundo. Até a operação se consumar, algumas situações rocambolescas se sucederam, mas confirmaram Thomaz como diretor de marketing do time carioca, então presidido por Edmundo Santos Silva. Numa bela sacada, Naves percebeu que poderia transformar o principal mascote do Flamengo, o urubu, num produto rentável. Arriscou ligar para um contato da DreamWorks de Steven Spielberg, do tempo que trabalhou na Renasce. Para sua surpresa, Spielberg topou desenhar o novo mascote. O preço cobrado pelo americano era salgado, 60 mil dólares, mas Santos Silva topou. O projeto caiu por terra graças a Julio Lopes, a mesma pessoa que incentivou a iniciativa, mas insistiu em contar a novidade para o então colunista do Globo, Ricardo Boechat. A notícia apareceu na primeira página do jornal e o negócio imediatamente foi inviabilizado por conta de uma cláusula de "right of first" - que concedia o direito de ser consultado num eventual caso de crescimento de nova atividade - do mesmo Spielberg com outra empresa brasileira.

O ambiente conturbado causou a demissão de Naves. Ele então saía de lá com uma conversa já em andamento com a Cemusa, que acabou sendo seu novo destino profissional, em 2000, e até 2005, como diretor comercial e de marketing. "A Cemusa foi o meu endosso na área comercial, apesar do fato do mercado de mídia exterior ser, naqueles tempos, muito pouco profissional. Ou nos posicionávamos, junto das TV's, dos jornais, das revistas e rádios ou jamais decolaríamos." 

Em 2005, Alexandre Accioly, de quem Thomaz é amigo há mais de 30 anos, conseguiu convencê-lo a ser seu sócio e a deixar a Cemusa. Em 2006, os dois, mais Luiz Calainho e Luiz Oscar Niemeyer, produziram no Brasil aquele que foi considerado o melhor show da banda U2, em 110 shows realizados numa única turnê. A maior arrecadação de venda de patrocínio da banda até hoje aconteceu aqui. Apesar desse enorme sucesso, a experiência de apenas dois anos não foi lá a favorita de Naves, que para preservar a amizade com Accioly, preferiu deixar a sociedade.

Coincidentemente, Walter Zagari - vice-presidente comercial da Record - havia pedido a Thomaz a indicação de um nome para a área comercial da empresa no Rio. O indicado foi um amigo que julgava perfeito para a vaga, mas a negociação não seguiu adiante. Zagari convidou então o próprio Naves para ocupar a função. Numa conversa no escritório da emissora em São Paulo, Thomaz foi surpreendido por um contrato pronto para assinar e começar na Record. A ruptura da sociedade com Accioly apenas acelerou esse processo.

TROCA DE CADEIRAS

"Trabalho na Record há 10 anos e nunca fui convidado para ir a um culto sequer, jamais me constrangeram, o comando da emissora sempre separou a religião do trabalho. O mercado cobrou muito, no início, o fato de a Record ser dirigida por evangélicos, achavam estranho ter bebida alcoólica, charutos e um cartaz escrito 'fuck you' na minha sala", esclarece Naves, cansado dessas cobranças.

Por falar nisso, sobre o assunto que não sai das rodas de conversa no momento, a eleição do futuro prefeito do Rio de Janeiro, Thomaz acredita que, se Marcelo Crivella for mesmo eleito como indicam as pesquisas, a Record corre o risco de, ao contrário de ser beneficiada como especulam, encontrar mais dificuldades em qualquer futura parceria com a prefeitura, justamente para não dar margens a comentários.  

SALVE SIMPATIA

Thomaz Naves, Camila Carvalho, Mariana Lopes, Reynaldo Figueiredo e Sergio Prazeres
Este ano, na Festa do Mídia, com sua namorada Camila Carvalho e sua equipe na Record Rio: Mariana Lopes, Reynaldo Figueiredo e Sergio Prazeres
Em 2011, em nota sobre Thomaz Naves, a jornalista Hildegard Angel o definiu como uma pessoa que tem o dom de atrair interesses e simpatias. Qual é o segredo para, apesar de polêmico, ser querido por tanta gente? "Tratar bem a todos - do que ganha menos ao que ganha mais. Não esquecer que um dia as coisas mudam", acredita Naves, que tem, além desse hábito, uma mania curiosa. "Sabe quando você consegue trocar uma cadeira na empresa em que trabalha? Quando você chega, porque todos fazem tudo o que você quer. E foi assim que eu sempre fiz. A cadeira do meu escritório na Record eu troquei quando cheguei lá. Hoje, com 10 anos de empresa, depois de aumentar o faturamento de R$30 milhões para R$220 milhões, a chance de autorizarem a troca da minha cadeira é zero", brinca. 

O slogan que criou para ele mesmo, "o fazedor", entrega em parte a receita do sucesso de Thomaz Naves: "É importante fazer, tentar. Não adianta se preocupar com o mercado publicitário de São Paulo, por exemplo, achando que lá tudo é melhor, e nada fazer para o mercado do Rio se recuperar. A Record investe 5% de seu faturamento em marketing, da mesma forma que as agências recomendam a seus clientes que façam. No entanto, as próprias agências não fazem isso."

A "mania" de acreditar tanto, a ponto de conseguir aquilo que quer, é, segundo Naves, uma "herança" de José Isaac Peres: "Quando ele diz que algo vai acontecer, ele acredita naquilo e faz acontecer." A admiração, aliás, é mútua: "Fico muito satisfeito em saber que o período em que Thomaz trabalhou para a Renasce contribuiu para impulsionar sua carreira profissional, principalmente de um setor como o marketing, que incentiva e promove as empresas e sua relação com seus clientes", avalia Peres.

Ao longo de sua carreira, Naves recebeu quatro prêmios pessoais: Homem de Marketing do Ano, em 1991, da ABMN - Associação Brasileira de Marketing e Negócios, na qual acabou sendo presidente desde 2012, mais uma vez, em 2001, Homem de Marketing do Ano pela revista PropMark, Publicitário do Ano de 2012 do Colunistas Rio e, em 2013, Cidadão Honorário do Rio de Janeiro pela Câmara Municipal da cidade.

VIZINHO NADA CONVENCIONAL

Polêmico, Thomaz Naves tem também fama de namorador. Jura que a fase pós-divórcio, quando surgia com namoradas diferentes nos eventos mais badalados, ficou para trás. Namora há seis meses a carioca Camila Carvalho, 33 anos, publicitária - atualmente diretora de marketing de uma empresa de cosméticos. "De todas as namoradas, Camila é a mais bacana!" afirma empolgado.

Ao conhecer a atual namorada com quem, registre-se, garante que jamais teve qualquer DR, Thomaz, preocupado com a diferença de quase 20 anos entre eles, arriscou diminuir três anos de sua própria idade. Quando estava pronto para contar o deslize à namorada, sua filha Antonieta foi mais rápida e, brincando, acabou revelando a idade do pai. "Tenho fama de namorador, mas gosto de namorar sério, de ter um relacionamento fixo, uma companhia constante".

O cartão com flores enviado aos vizinhos de seu apartamento em São Conrdado.
Morador do bairro carioca de São Conrado, Naves surpreendeu ao chegar ao condomínio para onde se mudou no final do ano passado. Mandou entregar, em cada um dos 60 apartamentos - que tem vizinhos como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, entre outros nomes da alta sociedade local -, flores com cartões em que escreveu: "Olá, eu sou o Thomaz Naves, seu novo vizinho e gostaria que recebesse essas flores como uma forma de apresentação nada convencional. Nessa foto, meu maior patrimônio: Lipe e Maria Antonieta. Estamos no apartamento 1002, e aqui sempre terá uma xícara de açúcar à disposição, um café, uma taça de vinho." A apresentação rendeu nota em colunas sociais do Rio.

Vaidoso no limite, Naves faz ginástica, cuida da boa forma - e a da namorada também -, gosta de boas marcas de roupas - tem uma coleção de mais de 400 gravatas que nem usa mais - e acredita que um profissional de marketing tem obrigação de cuidar da própria imagem: "Quem não consegue cuidar da própria imagem, não consegue cuidar da imagem de um produto. É preciso passar a melhor mensagem. Somos todos produtos e temos que nos ver como um."

Entre suas manias está a de acompanhar, até mesmo de casa, a audiência da Record, que assiste de um painel enorme instalado em seu apartamento. Mas faz um alerta: "Quem estiver comigo terá que aceitar isso. Não enxergo meu trabalho como trabalho, mas como um divertimento. Por isso, tanto faz se tenho que trabalhar em finais de semana e feriados ou em dias úteis."

Paralelo à firme determinação de levar a Record à liderança das emissoras brasileiras, Thomaz Naves arregaça as mangas para lançar no próximo ano a sua biografia, que será escrita por um craque do assunto e contará com mais detalhes a história que está aí acima desse fazedor.

(Renata Suter - 21/10)

Eletrobras oficializa conta na Agência3 e Leiaute

A Agência3 continuará à frente da conta da Eletrobras
EM PRIMEIRA MÃO - Depois de muitas idas e vindas, a Eletrobras publicou na edição desta sexta-feira, 21/10, do Diário Oficial da União, o resultado de sua concorrência DAC n° 01/2016, para a escolha das agências que cuidarão de sua publicidade, com uma verba, no primeiro ano, de R$ 28 milhões.

Como a Janela já havia previsto em matéria de 08/07, foram vencedoras as mais pontuadas desde a área técnica: Agência3, que havia, então, alcançado 97,67 pontos, e Leiaute, com 93,33 pontos.

Curiosamente, no último dia 10, o mesmo Diário Oficial publicava que a empresa havia considerado,como habilitadas, além da Agência3 e da Leiaute, a Nova/SB. Esta agência, na fase técnica, havia se colocado em quarto lugar, com 87,67 pontos, abaixo da Prole -- que, portanto, perdeu o terceiro lugar --, com 88,67.

PENDENGA

Enquanto isso, na Eletrobras Eletronuclear, a concorrência n° GCN.A/CN-319/2015 continua sem solução. Em 13 se setembro último, a Janela registrou na matéria "Agência3 sai na frente da Eletronuclear" que a mesma Agência3 havia chegado em primeiro lugar na fase técnica, com 79,34 pontos, deixando em segundo lugar a Propeg, com 78,57 pontos e em terceiro a mineira Fazenda, com 78,05 pontos.

Recursos impetrados a partir deste resultado levaram a Comissão de Licitação a revisar as notas, e publicar, no Diário Oficial de 14 de outubro, aviso desclassificando a Propeg e alçando a Fazenda ao primeiro lugar, com 78,05 pontos e a Agência3 ao segundo, com 73,49.

Aberto novo prazo de recurso, desta vez, foi a hora de a Agência3 protestar. A agência já entrou com seu recurso mas, como o prazo desta fase termina esta sexta-feira, só a partir da próxima semana a Comissão vai julgar as alegações da Agência3 e de quem mais eventualmente tiver entrado, para que a concorrência possa voltar a caminhar, com a convocação para a abertura da Proposta de Preços.

QUE FAZENDA É ESSA?

Leitores da Janela entraram em contato curiosos com a presença da agência mineira Fazenda na cabeça da concorrência da Eletronuclear. Até porque, na já citada matéria de julho, havíamos registrado que ela também disputou a conta da Eletrobras e, na ocasião, foi desclassificada.

Pelo site da agência, em fazendacm.com.br, ficamos sabendo que, a agência, dirigida por Thales Alves da Silva, é sediada em Belo Horizonte, e tem, na grande maioria de sua lista de clientes, prefeituras de cidades mineiras, como Itaúna, Carmópolis de Minas, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Claudio e Formiga, entre outras. A Eletrobras Eletronorte também aparece na relação, assim como a Assembleia de Minas.

Em 2013, o nome da agência foi envolvido em suspeita de corrupção, apontada pelo Ministério Público de Minas, envolvendo seu cliente Prefeitura de Itaúna. Segundo o MP, o ex-prefeito Eugênio Pinto e sua ex-namorada e ex-chefe de gabinete, Íris Léia Rodrigues, teriam dado vantagem à Fazenda Comunicação e Marketing Ltda, que -- de acordo com matérias publicadas em sites noticiosos da região -- "recebeu mais de R$ 700 mil em contratos de publicidade". Tudo isso para preparar uma futura candidatura de Íris Léia à Prefeitura. Na época, a agência distribuiu comunicado assegurando que não tinha qualquer envolvimento com a denúncia.

(Marcio Ehrlich - 21/10)