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Janela Publicitária - Edição de 13/MAI/2016 Marcio Ehrlich
Para onde vai o negócio da propaganda? Diretores da Abap respondem à Janela
Orlando Marques, Rodrigo Medina e Clóvis Speroni dão dicas sobre o negócio de agências
Essa é uma questão que se perguntam todos os dias os donos de agências.
E alguns deles se reuniram na última sexta-feira, 06 de maio, no Rio, em um encontro promovido pela Abap, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade.
A Janela esteve no almoço de encerramento e conversou com alguns dos líderes do mercado -- Orlando Marques, Rodrigo Medina e Clóvis Speroni -- sobre o que os publicitários precisam fazer para preparar suas agências para o futuro.
Abreia e Miguel abrem Movie Machine de olho no mercado da crise
Bruno Miguel e Caio Abreia, a dupla da Movie Machine.
Ao contrário do que muita gente pensa, a demanda de produção de comerciais está cada vez maior no Brasil. Quem garante é o diretor de filmes Caio Abreia, que acaba de deixar o comando da produtora Yes -- que tinha em sociedade com seu pai Chico Abreia -- e se associou a Bruno Miguel, da produtora Mouse House, na nova produtora Movie Machine.
"Há muito mais produções em andamento, até por conta das necessidades de vídeos para os meios digitais. O que mudou é que estão diminuindo os pedidos de produções mais caras", explica Abreia. Segundo o diretor, a imagem que a Yes tinha no mercado inviabilizava a sua participação em jobs de low-budget. "Não só o mercado não chamava a produtora para estes trabalhos como a nossa própria estrutura impedia que baixássemos nossos orçamentos", lamentou, afirmando que "hoje, todo mundo tem que ser mais competitivo".
A partir dessas preocupações é que surgiu a Movie Machine, numa sociedade de Abreia com Bruno Miguel após a aquisição da Mouse House, produtora deste último. Agora, ambas as produtoras passam a fazer parte do grupo Movie House. Tanto na Movie Machine como na Mouse House, Sabrina Val vai cuidar da área de atendimento. As produtoras ocuparão diferentes sedes, porém, num mesmo edifício na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com contratações em andamento, a operação tem início com dez profissionais. Junto com Caio e Bruno, outros diretores já estão no portfólio da Movie Machine: Arturo Querzolli, Ique Gazzola, Santi Winer e Flavio Zangrandi.
Em conversa com a Janela, Caio Abreia comemora que o formato já é um sucesso. "Em quatro dias de vida da Movie Machine já tínhamos quatro jobs em produção, sendo filmados!", festejou.
Yes encerra as atividades
A Yes iria comemorar 30 anos de existência em 2017. Ela nasceu como "Yes Rio" em 1987 (veja matéria na época), numa iniciativa do premiado diretor Chico Abreia, que estava deixando o comando da criação da agência Artplan, onde também havia sido diretor de RTVC.
Chico Abreia
A Yes já havia tentado uma saída para a crise do mercado em janeiro de 2014 (leia aqui), quando apresentou Felipe Rodrigues -- ex-diretor de criação da Giovanni+DraftFCB e redator da NBS -- como sócio, na função de Diretor de Criação Executivo e responsável por desenvolver uma área de conteúdo e por abrir mais mercado entre as agências de São Paulo. O projeto acabou não vingando e Felipe deixou a produtora no final de 2015.
Com a saída de Caio, agora, a Yes vai fechar as portas, como adianta Chico: "É com profunda tristeza que eu digo isso, mas a marca já deu o que tinha que dar". O diretor lamenta que o fim da empresa tenha acontecido junto com um desconforto na relação entre ele e Caio, que dividiam igualmente as ações da produtora. "Acho que ele não poderia ter aberto uma concorrente da Yes sem ter me dado a chance de ver se eu queria continuar", protestou. Ele cita que todos os funcionários e diretores que a nova produtora apresenta já eram da Yes. Portanto, "Caio terá que fechar a empresa para poder contratá-los formalmente", advertiu.
Chico Abreia lembra que, se a Yes, eventualmente, tinha a imagem de ser cara, isso era por conta da qualidade que a produtora sempre teve. "E os prêmios que ela ganhou eram prova disso", corrobora. O diretor lembra que, mesmo quando passou a operação para Caio, não parou de promover a produtora, levando novos trabalhos. Por exemplo, a Yes produziu todos os filmes da Artplan desde que Chico deixou a produtora, em 1995, para voltar à agência, onde ficou até 2003. Também foram dela os comerciais que Duda Mendonça realizou na primeira campanha do PT para a eleição de Lula, em 2002, assim como os filmes de Ponto Frio, quando Chico Abreia comandou o escritório carioca da DM9, que tinha a conta da rede de varejo.
Atualmente, Chico produz uma série de especiais sobre MPB para televisão (leia aqui) e está envolvido com a produção de um longa metragem sobre a vida de Eder Jofre, juntamente com a Globo Filmes.
Battery nasce no Rio como alternativa criativa e de produção
A equipe da Battery: em pé, João Santos e Dudu Lopes. Sentados, Daniel Lopes e Dudu Almeida.
A final da Copa Verde da CBF, que acontece esta terça-feira, 10 de maio, vai entregar aos vencedores um troféu desenvolvido pela mais nova empresa de criação de conteúdo do Rio de Janeiro: a Battery, aberta pelos criativos Eduardo Almeida (ex-NBS) e João Santos (ex-Giacometti) em conjunto com os sócios da produtora Silence, Dudu Lopes e Daniel Lopes.
Na verdade, o troféu da CBF e o hino da Copa Verde não são os primeiros trabalhos do grupo, que vinha trabalhando na surdina em projetos tanto para clientes diretos, como a própria CBF, quanto para a agência 3A e seu cliente GSK.
Com a crise do mercado publicitário brasileiro -- e em especial do Rio, onde várias agências têm fechado as portas -- a abertura de novos negócios acaba se tornando a solução mais óbvia para os profissionais que as agências tradicionais não conseguem ter espaço para absorver.
Uma das preocupações do grupo é deixar claro que não quer concorrer com estas agências. Da mesma forma, em conversa com a Janela, o produtor Daniel Lopes explicou que o surgimento da Battery não implica no fechamento da Silence. "As duas empresas vão coexistir. Inclusive, já estamos procurando um novo endereço, em Botafogo, para instalar as duas."
Eduardo Almeida reforça que "não estamos levando criativos para dentro de uma produtora, nem produtores para uma agência". O criativo considera que o modelo atual do negócio publicitário está mudando e seria preciso criar algo do zero. "O digital trouxe novas demandas e cada vez menos os clientes pedem da criação a solução do comercial de televisão e do anúncio de página dupla", diz o criativo.
Almeida cita, por exemplo, o troféu criado para a CBF: "Não foi um 'brinde' que criamos para o cliente, e sim um troféu vivo, que tem a ver com o nome do torneio. Ou seja, o que buscamos foi uma solução que viesse a repercutir no noticiário e em imagem para a CBF, funcionando assim como uma nova arma na comunicação do cliente", explicou.
A Battery já tem site, em www.battery.com.br, mas ainda sem reprodução do portfolio.
Patrimóvel decide manter conta na WMcCann
Figura em 3D de Rubem Vasconcelos, desenvolvida pela Koi Factory para a primeira campanha da WMcCann para a Patrimóvel
EM PRIMEIRA MÃO - Quase um mês depois de circular no mercado a informação de que a conta da Patrimóvel estaria deixando a WMcCann pela Bloco 1, do criativo Silvio Lach, o presidente da administradora de imóveis, Rubem Vasconcelos, confirmou para a Janela que, oficialmente, a agência responsável pela conta continua sendo a W.
"O Olivetto é meu amigo pessoal e a agência dele está sempre se oxigenando. Então vou manter a conta lá. Mas continuo gostando muito do trabalho do Silvio Lach e pretendo pedir para ele criar novos anúncios em oportunidades especiais, assim como continuar a indicá-lo para outros projetos do mercado imobiliário", declarou Vasconcelos a este colunista.
Para a Janela, Silvio Lach disse preferir não se pronunciar. Mas, em abril último, em conversa com a coluna, soubemos que sua agência chegou a receber internamente na Patrimóvel o aviso de que passaria a cuidar da conta. Depois de alguns anos distantes da Patrimóvel, Lach botou no ar dois anúncios de oportunidade aproveitando o noticiário sobre o impeachment da presidente Dilma.
Agências do Peladão 2016 oficializam seus escudos
As oito agências -- Agência 3, Binder, Camisa 10, NBS, Ogilvy, Sides, WMcCann e X-Tudo -- que disputarão na próxima sexta-feira, 13 de maio, o Peladão Publicitário 2016 já decidiram os escudos que colocarão nas camisetas de seus times.
Durante esta semana, os nomes dos jogadores que entrarão em campo serão oficializados. Só podem participar funcionários das agências inscritas.
Os jogos acontecerão em um único dia, no campo do Clube Guanabara (Av. Reporter Nestor Moreira, 42, em Botafogo, em frente à Churrascaria Fogo de Chão), com acesso aberto aos torcedores de todo o mercado publicitário carioca. A prova, que já confirmou os patrocínios da produtora Pixel e da Record Rio, tem o apoio da Janela Publicitária e da Touch, com realização da Só 5.
As oito agências que disputam o Peladão 2016 e seus escudos
Já estão formados os times do Peladão Publicitário 2016
Os times da Camisa 10 e da Binder já se enfrentaram em amistoso.
Já estão definidos os nomes dos atletas que entrarão em campo defendendo as oito agências que disputarão na noite da próxima sexta-feira, 13 de maio, o Peladão Publicitário 2016: Agência 3, Binder, Camisa 10, NBS, Ogilvy, Sides, WMcCann e X-Tudo.
A Janela, apoiadora do torneio, publica a seguir estes nomes, junto com os cartolas de cada agência, para a empolgação da torcida carioca!
Agência3:
Adjan Tales, Daniel Bensusan, Diego Guerhardt, Flávio Chubes, Gabriel Kuhlmann, Leonardo Cavalcanti, Paulo Castro, Pedro de Queiroz, Pedro Gomes, Rafael Guedes, Saul Gervásio e William Santos.
Binder:
Flavio Queiroz, Geraldo Garcia, Ivan Nascimento, Leonardo Baptista, Luiz Novelino, Marcelo Andrade, Mario Muniz, Pedro Esteves, Rafael Levy, Renato Barbosa, Rodrigo Lagrotta e Thiago "Petisco" Duarte.
Camisa 10:
Arhur Villas Boas, Bruno Richter, Bruno Pimenta, Carlos Mignot, Charles Trindade, Erivaldo Lima, Igor Pontes, José Amilton, Renan Kvacek e Victor Vicente.
NBS:
Angelo Henrique, Arthur Pires, Bernardo Cople, Camilo Coelho, Fabinho , Gustavo Muniz, Henrique Martins, João Resende, Luiz Cesar, Mario Raposo, Mateus Silva, Orion Oliveira, Otto Frossard e Rafael Pascarella.
Ogilvy:
André Oberg, Daniel Kolb, Frederico Teixeira, Gabriel Padilha, Guga Bittencourt, Guilherme Veloso, Kaio Mendes, Lucas Pires, Pedro Velasquez, Pedro Furtado, Stefano Zyngier e Thiago Rodrigues.
Sides:
Dudu Martins, Eduardo Polarco, Fabiano Klotz, Fábio Barreto, Fabricio Rodrigues, Felipe Mariano, Giuliano Andreiolo, Guilherme Leite, Guilherme Encarnação, Lucas Mendes, Vinicius Assis e Wanderson Barros.
WMcCann:
Bruno Mukai, Bruno Fonseca, Gabriel Gil, Gustavo Giorelli, Gustavo Tupinambá, João Quartucci, Luis Baselli, Pedro Chaves, Rafael Rodrigues, Ricardo Rulière, Roberto Monteiro e Vinicius Siepierski.
X-Tudo:
Fabio Plaisant, Fernando Figueiredo, Guilherme Guerra, Gustavo Machado, Marcelo Gorodicht, Paulo Dourado, Rafael Barros, Thiago Martins, Thiago Hideki, Uriel Bessa, Vinicius Frazão e Wallace Gross.
Os jogos do Peladão Publicitário 2016 começam às 19:00, na Av. Reporter Nestor Moreira, 42, em Botafogo (Clube Guanabara), com o patrocínio da Pixel e da Record Rio.