JWT fecha no Rio depois de 87 anos

Nos tempos áureos da JWT Rio, os anos 80, Roberto Leal, V.P. de Operações da Thompson-Rio, Celso Bittencourt, gerente de Promoções, Eugênio Romaguera, gerente de marketing da Pepsi, Ricardo Oliveira, supervisor de grupo e Antonio Kriegel, diretor de marketing, recebendo um Colunistas das mãos de Armando Ferrentini

Encerrou as suas atividades esta sexta-feira, 06, o escritório carioca da agência J.Walter Thompson, a primeira agência de publicidade internacional a estabelecer uma filial no Brasil, em 1929.

Com matriz hoje em Sao Paulo, a JWT, que formou muitos grandes profissionais no mercado carioca, já estava esvaziada nesta cidade há vários anos, mantendo apenas estrutura de atendimento e mídia para clientes como CEG Fenosa, Shell e Revendedores Ford.

Apesar de não termos conseguido contato com a agência, amigos da Janela informaram que a JWT Rio contava com cerca de dez profissionais.

História

A JWT atendeu no Rio alguns dos maiores anunciantes do país, como Esso, Royal, Citibank, Pepsi, TIM e BarraShopping.

Seu escritório no Rio chegou a ocupar o enorme casarão da Rua São Clemente 379, em Botafogo, onde toda sexta-feira havia happy-hours regados a muito escocês e som do piano que havia no lobby. Quando precisou sair de Botafogo, a JWT mandou construir um prédio na Avenida Afrânio de Mello Franco, no bairro nobre do Leblon.

Aliás, a mudança para o prédio de Botafogo propiciou um dos anúncios mais premiados da época, inclusive com um ouro no Clio, criado por Sidney Ribeiro e Antônio Cabral, que dizia "Como ir para a Thompson saindo de outras agência". Na peça -- cuja imagem infelizmente se perdeu no tempo --, a agência mostrava os trajetos de carro entre as principais agências cariocas e o novo endereço da Rua São Clemente.

Passaram pela sua direção de criação alguns dos nomes mais premiados da publicidade brasileira, como Lula Vieira, Pedro Feyer, Ivan Peter Stoy, Gustavo Bastos e Ricardo Galletti.