Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
A Fenêtre Publicitaire é a cobertura da Janela Publicitária em Cannes 2015, por Marcio Ehrlich, Fabio Seidl e Antônio C. Accioly,
com o patrocínio da 11:21, Bl3nd, Lucha Libre, PressCell e X-Tudo.
LE BALANCÊ BALANCÊ DU FESTIVAL
Apito final no Palais de Festivals. Fim de papo no Cannes Lions 2015.
E vamos a aquele balancê rapidinho, mas gostoso com o que rolou de mais genial – ou não – esse ano.
GRAND PRIX DE LA FENÊTRE
F/Nazca, Stink e Satélite comemoram o GP.
Vai, Brasil. A coisa mais bacana que aconteceu no festival esse ano foi o primeiro GP em Film da história do país. E para uma agência que construiu sua história fazendo filmes excelentes. Parabéns, F/Nazca.
Além disso, puta vitória da Satélite, uma das produtoras mais premiadas do mundo esse ano e da dupla de diretores Jones+Tino, da Stink.
Jones, aliás, me deu meu primeiro estágio. Muito antes de entrar no mundo do cinema, ele era redator no Rio e me deu o primeiro estágio. Eu comecei, já tava lá há dias ralando e chegou na criação um cara que eu nunca vi na vida.
- O Jones tá aí?
- Não. Quer deixar um recado?
- Não... Ué. Quem é você?
- Fabio, estagiário, prazer. E você?
- Arnaldo, dono da agência. Desde quando você tá aqui?
- Pouco mais de uma semana já.
- Peraí. Ô, Galletti!
Chega o Ricardo Galletti, eu também não sabia quem era, mas era o diretor de criação. Ficava em outra sala.
- Diga.
- Quem autorizou esse seu estagiário na criação?
- Meu? Não tenho estagiário nenhum, cheguei de férias segunda.
É, o Jones, não avisou ninguém que “me contratou”, nem ao RH, nem ao diretor de criação, nem ao dono da agência... Mas acabei ficando.
Ah, o GP de Film viral também tem Brasil na ficha. Como já havíamos comentado aqui, Mauricio Mazzariol assina a campanha de Geico, pela The Martin Agency USA.
E teve outro ouro com o Brasil no palco. O lindão There’s No Bed Like Home da Mother é assinado pelos brasileiros Diego Cardoso e Caio Gianella.
Jones reencontra seu ex-pupilo no Palais.
There's no bed like home
Nota do Editor: O que o Fabio Seidl não contou acima, mas eu conto, é que ele não só continuou na tal agência do Arnaldo Cardoso Pires, a Cult, como uns dois anos depois chegou a diretor de criação de lá. Tinha talento, o pupilo do Jones. (M.Ehrlich)
Voltamos com a programação normal.
FENÊTRE D'OR
Foi o ano da mulherada. Foram 4 GPs para ideias que pensam no “empowerment” (a nova palavra transadex e chocrível da moda) da mulher. PR para #LikeaGirl, da Leo Burnett Toronto/Chicago/Londres para P&G Always, Em Cyber: I Will What I Want, da Droga5 para Under Armour, o Glass Lion, categoria praticamente desenhada para isso, com Touch the Pickle, da BBDO India para P&G e em Media: Red Light Campaign, da Y&R Turquia para Vodafone.
Repare que essas ideias, que também ganharam em outras categorias, não são para ONGs, são para grandes marcas, o que mostra uma preocupação grande nessa inclusão.
Aliás, recebemos diversos, muitos, vários e-mails pedindo fotos dos topless nas praias, das “gatas” do festival. Mas sei lá, achamos que não ia combinar muito com o papo que estava rolando aqui.
FENÊTRE D'ARGENT
Fabio Seidl e Accioly tomando mé.
O goró. A Lions Beach, com eventos e happy hour na praia, assim como o Connect Bar são ideias que deram certo. A Cabana Village que é a área que as empresas encontram para fazer reuniões também com vista pro mar. Ninguém quer ficar enfurnado no Palais e muita gente boa percebeu isso e fez eventos outdoor, o dia inteiro, com biricotico molhando a beiça do povo. Gênios.
Accioly que o diga, foi a 550 festas para “trabalhar” e agora precisa de um fígado zerado.
FENÊTRE DE BRONZE
Isso sentado com cara de Mama Bruscheta é um robô que veio para o Innovation Lions.
Innovation. Foi um ano de expansão e o espaço das palestras e exposições de Innovation deve crescer ano que vem. A entrada de mais tecnologia no festival é inevitável. E ter a R/GA como agência mais premiada do ano, a primeira “digital” a conseguir a façanha é um sinal de para onde o festival está indo.
FENÊTRE FERMÉE
O festival inchou. E a culpa é nossa. São mais de 14 mil pessoas. E filas de mais de uma hora pra ver qualquer coisa, o que não combina com um evento com um investimento alto por parte dos delegados e agências. Não sei se há uma solução para isso.
Incidentes médicos ocorreram durante o festival e a velocidade e eficência no atendimento também receberam muitas críticas. E pra isso tem solução.
Cannes é, e continuará sendo por muito tempo, o grande festival da publicidade mundial. A apertada, que a mudança na votação trouxe critério, teve aspectos positivos e negativos. Saíram menos leões, vai aumentar a fome de ganhar. E ano que vem, pode apostar, vai ter mais gente aqui pra acompanhar essa briga e as novidades. A gente também, se Deus quiser.
MOMENTO AMAURY JR.
Pra não dizer que não teve mais o Momento Amaury Jr., aí vão, meio atrasadas, as fotos que o nosso fotógrafo Antonio Carlos Accioly tinha esquecido de mandar revelar.
Álvaro Rodrigues, da África e jurado de Outdoor Lions, e Rita Durigan Seidl.
Este colunista, Moa Netto
(w3haus) e Leo Ehrlich (Impact BBDO Dubai)
Andrea Siqueira (África), Claudio Leite (Lew Lara) e Kiska Peres (Bossa Nova)
Galera, obrigado pela companhia, pelas mensagens, por participarem dessa zona.
Muito obrigado mesmo a 11:21, Bl3nd, Lucha Libre, X-Tudo e Press Cell pelo apoio gigante.
E esses badernistas da notícia gostariam de agradecer especialmente a turma da imprensa brasileira que sempre recebe a gente com o maior carinho, ao Estadão e a querida Clélia Salgado que representa o Festival no Brasil e em especial a Camila e a equipe incrível de Press Relations do Festival.