VAZIATION LIONS

Vaziaça a entrega de prêmios do Innovation Lions na noite de ontem e cá entre nós, meio estranho a galera não se interessar pela premiação.

Poucas peças inscritas e pouquíssimas premiadas, a ponto do Festival ter que passar um trecho dos cases vencedores de bronze (o que nunca acontece) e chamar os vencedores de Prata para subir no palco.

Em geral, teve muita ideia difícil de entender nos cases, de tão técnicos.

Um dos ouros da categoria Creative Data, por exemplo foi o Museu do 9/11 em Nova Iorque. Não foi como cliente. O museu em si foi premiado.

Não houve GP.

Na Categoria Innovation, mais coisas interessantes e a R/GA nadou de braçada com peças como o Baby Owlet, um monitor para acompanhar seu pequerrucho.

Eu gostei bastante do livro Penny the Pirate, que testa a visão das crianças.

E muita gente achou controverso o GP para What3Words, uma empresa que desenvolveu uma solução para quem mora em lugares que não tem endereço: ao invés de coordenadas de GPS, três palavras aleatoriamente selecionadas do dicionário. Ou seja: ao invés de 43.5509N, 7.0172E, um lugar se chamaria, por exemplo: Santo.Cachorro.Pizza.

Tá. O problema que incomodou os delegados brasileiros é que o case – que pela primeira vez em Cannes foi apresentado ao vivo – começou citando as favelas do Rio como locais que não tem endereço. E várias tem.

Logo depois, explica que a solução seria colocar um app na mão de todo mundo, que transformaria as 3 palavras em coordenadas e vice-versa. Aí começa a segunda questão: em que gadget o rapaz da Comunidade do Macaco Bolado vai fazer isso? Por fim, o que acontece se a casa de alguém tiver palavras que ninguém quer? Como por exemplo: prostituta.ladrão.burro. Essas perguntas foram feitas por um jornalista na coletiva de imprensa e acabaram ficando com uma resposta um pouco aberta: “esse é só o começo de uma ideia que está se aprimorando e melhorando.”
	9/11 Memorial Museum
Penny The Pirate	What3Words

LIKE A BOSS

Eduardo "Boss" Marques com Rafael Rizuto e seu Silver Lion

O brasileiro Eduardo Marques (na foto de camisa rosa), diretor de criação executivo da 180LA, teve dois momentos “like a boss” ontem. Recebeu um convite de última hora para ir a festa de uma produtora em St Tropez, no Niki Beach Club. Estava lá curtindo as champanhotas à beira do mediterrâneo, recebeu a ligação do dupla, Rafael Rizuto:

- Cara, onde você está?
- St. Tropez, festão.
- Velho, a gente vai subir no palco hoje.
- Como assim, não foi prata em Innovation?
- Foi, mas prata vai subir. Volta.
- Como? Não vai dar tempo.

E lá foi ele, pedir para o pessoal da festa se podia antecipar a volta dele para Cannes num helicopterozinho que estava transportando alguns convidados.

Pegar leão, muita gente já pega, mas chegar de helicóptero, só conheço o Dudu.

NÃO TAVA RUSSO

Twin Souls, da Y&R Russia

O Brasileiro Luis Tauffer também subiu ao palco ontem para receber seu leão de ouro em Creative Data pela Y&R da Rússia pelo projeto Twin Souls. E de Brasil no palco ontem, foram só eles mesmo.

CLIMA PESADO

A Google Beach, um dos espaços mais legais do festival, foi fechada anteontem em respeito ao executivo da empresa que faleceu, após ter sido atropelado por um táxi no Domingo.

QUINZE

15. Esse era o número de delegados assistindo o shortlist de filmes ontem no Palais. Não faz muito tempo e a galera fazia fila do lado de fora do Palais desde às 7 da manhã para ver os comerciais.

Fabio Seidl é o caxias da Fenêtre que vai à entrega do Innovation e ao shortlist de Films.