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A Fenêtre Publicitaire é a cobertura da Janela Publicitária em Cannes 2015, por Marcio Ehrlich, Fabio Seidl e Antônio C. Accioly,
com o patrocínio da 11:21, Bl3nd, Lucha Libre, PressCell e X-Tudo.
 

Mais indicações de criativos na Fenêtre Frenetic Predictions

Se você vai a Cannes ou não, pelo menos vai acompanhar por aqui, antes do que os jurados do festival decidirem, os trabalhos que mais impressionaram alguns dos principais criativos do Rio.
E também conhecer o que eles pensam sobre o que a Fenêtre considera exagero na presença de trabalhos "proativos" concorrendo a premiações.
Hoje, com Ricardo Real, Dani Ribeiro, Gustavo Bastos e Daniel "Japa" Brito.


Ricardo Real, da Script Ricardo Real, diretor de criação da Script

A Script inscreveu um trabalho no Festival de Cannes, mas Real não irá este ano ao festival. Suas previsões de Leão vão para:
"Beats by Dre, The Game Before The Game", da R/GA: O filme é uma obra prima, e não "é ideia de Cannes” rsrsrsrs, é uma ideia para conquistar fãs. Considero o melhor filme da última Copa do Mundo. A ideia contextualiza muito bem os produtos da apple no universo dos bastidores dos atletas e o filme consegue envolver o espectador brilhantemente. “Antes dos gols, antes da glória, há um jogo que não é visto sendo jogado no vestiário” essa é a mensagem. Resultado: comprei a música e o headphone para minha filha
"Gisele Bündchen, I Will What I Want", da Droga 5: Mais uma vez não "é ideia de Cannes” rsrsrsrs, é uma ideia para conquistar fãs e provocar a interatividade. Golaço da Droga 5. Parecia ser uma parceria improvável de Under Armour e Gisele. Entre o barulho das opiniões contraditórias das redes sociais, a revelação foi um filme de Gisele ignorar os comentários assinando I WILL WHAT I WANT.

O exagero dos trabalhos "proativos" pode distorcer os resultados do Festival?
Acredito que qualquer coisa em exagero pode fazer mal à saúde.


Daniela Ribeiro, da Publicis Dani Ribeiro, diretora de criação da Publicis

Dani não vai a Cannes, por uma razão nobre: "Tanto em 2014 quanto este ano, troquei a Croissete pela Clarice, minha bebê de 1 aninho". Mas conta que a Publicis Brasil inscreveu ideias boas e supercompetitivas, pelas quais ela vai torcer muito daqui. E previu que ganhem Leões estes trabalhos:
"Like a Girl", da Always: Porque fala de preconceito entre gêneros de forma verdadeira e contundente, com uma grande marca internacional puxando esse debate de forma sutil.
"Trip Book Smiles", da FCB Brasil: Achei um uso genial de tecnologia, totalmente pertinente para o cliente e muito bem executado. E porque me deu aquela raivinha boa de “eu queria ter feito isso!”

O exagero dos trabalhos "proativos" pode distorcer os resultados do Festival?
Eu acredito que cada juri vai saber avaliar e corrigir essas possíveis distorções. E a minha polianice vai além: tem tanta ideia incrível para job grande de marca grande que eu acho que tem espaço pra tudo, desde que seja bom.


Gustavo Bastos Gustavo Bastos, diretor de criação da 11:21

Gustavo não vai a Cannes. Foi em 2014, pretende ir em 2016, mas este ano só mandou trabalhos da agência: oito inscrições em film e print. E aposta
"Monty The Penguin", da John Lewis: Emocionante, uma peça de ideia e realização consistentes.
"Sainsbury's Christmas", da Military & Outdoor: Ousado e bonito filme de Natal contando a verdadeira história de uma trégua no meio de uma batalha na primeira guerra mundial pelo Natal. Ideia e realização perfeitas.

O exagero dos trabalhos "proativos" pode distorcer os resultados do Festival?
Acho que o festival se acostumou ao convívio entre os trabalhos de verdade e os "proativos", que em geral estão nas mesmas categorias, as de trabalhos para ONGs, etc, então não chega a distorcer o resultado. Na maioria das categorias, ganham trabalhos de verdade, mesmo nas categorias para ONGs, o que eu acho ótimo. Propaganda de verdade que ganha prêmos é mais estimulante para os profissionais e para os clientes, que a cada ano são em maior número no festival, e isso é muito bom.


Daniel "Japa" Brito Daniel "Japa" Brito, diretor de criação da FCB Brasil.

Japa vai ficar no Brasil este ano. A FCB do Rio, aliás, não se inscreveu no festival, apenas o escritório de São Paulo. As previsões de Leão do criativo são estas:
"Nivea Doll", da FCB: Simples, educativo, surpreendente e divertido.
"Todo Mundo é Gay | Festival Mix Brasil", da Neogama BBH: Aborda o tema sem moralismo. Super bem produzido, com um roteiro impecável.

O exagero dos trabalhos "proativos" pode distorcer os resultados do Festival?
Eu acho que campanhas da categoria "for good" não deveriam concorrer. Trabalhos assim sempre maquiaram o resultado do festival. E isso só tende a crescer. Com as novas tecnologias, produzir um “ fantasma bonzinho" ficou muito mais caro. As ideias precisam de video-cases, protótipos e assessoria de imprensa. Por outro lado, não existem mais a necessidade da veiculação comprovada, é só postar no youtube. O resultado é uma vantagem para grandes agências e grupos internacionais, que contam com mais verba de investimento.


Marcio Ehrlich não foi a Cannes mas ficou ligado e logado no Festival.