Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 02/DEZ/1977
Marcia Brito & Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.


Mídia do Rio reúne-se com Imprensa Nanica.

Com a participação destes colunistas, representantes da Imprensa Nanica debateram sobre o setor com o Grupo de Mídia na sala de reuniões da agência MPM.
Na terça-feira, 29 de novembro, a MPM Propaganda cedeu sua imponente mesa de reuniões para um importante encontro entre o Grupo de Mídia e os representantes da chamada Imprensa Nanica.
Aquela reunião teve por finalidade concretizar uma ideia lançada aqui, na Janela Publicitária do dia 4 de novembro, quando Marcio Ehrlich propôs um plano de comercialização para aqueles jornais, através da criação de uma "Central de Imprensa Nanica".
Todos nós reconhecemos que os jornais político-culturais exercem uma influência enorme sobre determinada faixa de público que a grande imprensa já não consegue sensibilizar. E, reconhecemos também, o quanto os jornais de bairro são importantes, como veículos esclarecedores de opiniões à comunidade a qual se dirigem.
Mas, apesar de todos estes reconhecimentos, a Imprensa Nanica raramente mereceu ser apontada num planejamento de mídia das grandes agências de propaganda. Por outro lado, a própria Imprensa Nanica (com algumas exceções, é claro) ainda mantém um visível despreparo, em nível de realizações comerciais, desconhecendo a complexidade que envolve um planejamento de mídia dentro do sistema de comercialização de uma empresa de propaganda, e até a função de uma agência de propaganda em relação a seus clientes.
É evidente que tanto o Grupo de Mídia quanto os representantes daqueles jornais terão muito trabalho pela frente até que consigam estabelecer definitivamente o caminho que favoreça igualmente suas posições. O importante é que a semente foi plantada.
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A seguir, um ping-pong de questões levantadas durante a mesa-redonda:
Ralph (revista "Rádice") - "A Imprensa Nanica não é um movimento apenas jornalístico, e não deve ser só comercial. Vamos deixar bem claro que, inclusive, anunciar na gente é um ato político".
Maria Alice Langoni (Grupo de Mídia e MPM) - "A nossa presença junto de vocês é porque sabemos o que a Imprensa Nanica representa. Nossa proposta é que vocês se organizem e nos prestem informações. O Grupo de Mídia está disposto a ajudar vocês, mas a iniciativa deve partir dos veículos."
Narciso Lobo (jornal Bagaço) - "O grande problema da Imprensa Nanica é conseguir manter uma periodicidade. Mas, se os mídias programarem nossos jornais, este problema acaba".
Maria Alice Langoni (GM e MPM) ­ "O GM não está aqui para resolver o problema de vocês. Nós queremos que vocês resolvam".
Roberto Pereira (O Patropi) - "Eu não vejo problema nenhum na união dos jornais de bairro com os "político-culturais", e na hora de elaborar a tabela de preços, dividem-se os grupos".
Maria Alice Langoni (GM e MPM) ­ Podemos até fazer uma cooperativa para os jornais de bairro e outra para os "político-culturais". Nossa ideia é que vocês descubram o caminho."
Marcio Ehrlich - "A ideia da Central é que as agências possam receber apenas um convite que represente uma série de veículos nanicos. Mas não se pode obrigar a que todos os jornais participem desta Central".
Antônio Luiz Acioly (GM e SGB) ­ Às vezes nós precisamos anunciar em jornais de bairro, anúncios específicos para um público determinado. Mas nem conseguimos juntar dois jornais da região para fazermos a programação. Não podemos programar apenas um jornal. Ou se programa todos ou não se programa nenhum". Como esta ideia, se a formação desta central vingar, poderemos até pensar numa proposta com o IVC em termos de conseguirmos auditorias sobre a tiragem destes jornais, já que não se pode determinar a circulação deles, por não serem todos vendidos em bancas".
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Nesta primeira reunião foi constituído um Comitê, para continuar estudando os problemas, formado por três representantes do Grupo de Mídia (que serão escolhidos na próxima reunião do GM, dia 6-12), quatro representantes provisórios dos jornais político-culturais (Luiza Mirian, do Movimento; Ralph, do Rádice; Júlio César Montenegro, do Beijo; e Narciso Lomo, do Bagaço) e quatro dos jornais de bairro (Edson Mattos, do O São Gonçalo; Dario Paes, do ZN: Roberto Pereira, do Patropi; e Júlio Rigas, do Jornal da Tijuca).
Para a coordenação do Comitê, o Grupo de Mídia indicou Marcio Ehrlich, por ser considerado "imparcial", já que não está ligado nem ao GM, nem à Imprensa Nanica.
O Comitê se reunirá dia 13 de dezembro, às 18 horas, novamente na MPM Propaganda. Até lá, os representantes de cada jornal devem levar suas sugestões aos respectivos integrantes do Comitê, ou tomar mais informações com Marcio Ehrlich no telefone indicado nesta coluna.
(MB)

Eu só queria entender...

A Central de Out-Door faz coisas que nos obrigam a sair do sério. Depois de um péssimo trabalho gráfico no Cartaz Comemorativo dos 404 anos de Niterói, no qual o azul do céu se confunde com a azulejada da impressão da estátua do Cristo, pondo a perder toda uma ideia razoável, a Central de Out-Door de São Paulo desenvolveu uma ideia que não sei como adjetivar. Das 32 folhas que compõem o cartaz, 24 estão ocupadas apenas, pela programação visual que conserva-se permanentemente nas tabuletas". As cinco restantes são trocadas periodicamente, e nelas são escritas frases como: "Você sabe o que é um Out-Door?". "O Out-Door lhe deseja um bom dia!", "Oi, vamos trabalhar por São Paulo?", "Esta marca é nosso tema central", "Esta marca vai dar o que olhar" etc., tudo com a intenção de fazer o público fixar a logomarca da COD.
Agora, quem souber nos explique. Qual é a importância do público fixar aquela logomarca? Qual é a importância do público leigo saber o que é um out­door? Desde quando o público tem alguma importância para as empresas de out-door? O público pode escolher o out-door que quer consumir? O público pode desligar o out-door que não quer ver? Isto tudo está ou não cheirando a tremenda demagogia? Cartas para a "Janela", seção "Eu só Queria entender ... " (com licença do macaco).
(ME)

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

A Rede Bandeirantes vai oferecer no próximo dia 8 um almoço de confraternização aos supervisores de mídia. Na oportunidade, Mário Makoto. Homem de Veiculação de 76 receberá o Troféu Bandeirantes, e os profissionais presentes elegerão o Homem de Veiculação de 1971.
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A SGB contratou Sinézio Souza Soares (ex-Grant) para seu Departamento de Mídia.
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A JP&S tem duas novas contas: FAG - Arquitetura Promocional S.A. e Dadauto Comércio e Indústria, de Vitória.
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Ernesto Viana (ex-Rossi) comunica que sua agência "Texto e Arte Propaganda" já está funcionando a todo vapor, na Rua Coronel Gomes Machado, 130/702, em Niterói. Seu chefe de arte e sócio é Antônio de Souza Brandão (também ex-Rossi).
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A revista Arte Hoje funcionará como catalogo de uma exposição de aquarelas de Debret, na Galeria Debret da Embaixada do Brasil em Paris. Arte Hoje fará uma matéria de 1ª páginas em Francês e Português, e enviará cerca de 5 mil exemplares para a França. Data de fechamento: 6 de dezembro.
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A Redinger & JG conquistou a conta da Caderneta de Poupança Cofrelar, anteriormente da Franco Paulino, Moraes. E João Guilherme, o JG da agência, está na Nigéria, representando um de seus clientes, fornecedores do Correio Brasileiro, que por estar implantando os Correios Nigerianos, convidou a todos para exporem seus produtos na Feira Internacional de Lagos. De lá, João Guilherme iria até Londres fazer uma pesquisa nos meios gráficos.
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Reginaldo Bessa se apresenta dias 3 e 4 de dezembro no teatro do Instituto de Educação. Em seu show "Passageiro do Vento". Reginaldo incluiu o jingle por ele criado para o Jornal do Commercio, e que vem sendo muito solicitado em suas apresentações.
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Esta coluna sai às sextas e fecha as quintas, ao meio-dia. Qualquer informação pode ser enviada para a Rua Barão de Itambi, 7/605 - Flamengo - Rio - CEP 20000 - RJ. Ou passada pele telefone 286-4876.